A Sad Courtesan Story escrita por Isolde


Capítulo 6
A Flower Blooming




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Quando ela pôs os pés dentro da pequena casa, o sol erguia-se frio acima de sua cabeça.

Embora as árvores em volta dali estivessem sem folhas e escuras, o cheiro que saía do lugar dava-lhe um presente mágico.

Uma cortina de seda vermelha separava Yu Mai da casa da cortesã. De fato, parecia uma miniatura do Pavilhão Qin Huai. Era como uma caixinha de mistérios, que escondia perfumes, maquiagem e prazer.

Uma garota saiu correndo pela porta. Estava assustada e tentava equilibrar nos braços vários utensílios de limpeza ao mesmo tempo.

Uma risada gostosa foi ouvida, e então ela a chamou:

– O que está esperando, Yu Mai? Não vou mordê-la tão cedo.

Ela forçou um sorriso, obrigando os pés temerosos a entrarem no lugar.

Iria perguntar algo como ‘’Mordeu aquela garota também?’’ Mas as palavras simplesmente sumiram de sua boca quanto seus olhos encontraram com os dela.

Seus orbes negros continham um brilho jovial e gracioso. Os olhos delineados com um fino traço negro e os lábios, tão convidativos e vermelhos quanto um pincel mergulhado na tinta.

– Se quer sair mesmo desse lugar, tem que aprender a amá-lo, garota – disse pausadamente, levantando-se da cadeira.

– Como faço isso? – perguntou Yu Mai, descendo os pequenos degraus e se juntando a You Ya.

– Lembre-se do que somos...

You Ya aproximou-se lentamente dela. Despiu o braço direito da manga do quimono que usava.

– Toque minha pele.

– Por quê? – perguntou.

– Apenas toque – insistiu a mulher.

Yu Mai balançou a cabeça e afundou lentamente o dedo indicador no antebraço branco da cortesã.

Ela torceu o nariz e bateu com um leque na mão da garota.

– Ai!

– Não o faça como se fosse uma criança curiosa! Faça com calma e gentileza... Assim.

Ela pousou a mão no antebraço de Mai. Desceu-a calma e gentilmente, diminuindo a quantidade de dedos que utilizava naquela suave dança de toques.

Cinco, quatro, três, dois... Então, voltou com a mão inteira para o pulso da garota, conduzindo-a levemente para si, até estarem muito próximas.

Yu Mai sorriu, estava surpresa.

– Acha que isso vai funcionar com os clientes?

– Funcionará se fizer do jeito certo – dizia, enquanto ainda alisava o braço da menina – A maioria das garotas aqui pensa que é preciso muito esforço e gemido para dominar alguém, quando na verdade, pode fazê-lo com toques, olhares e sorrisos...

Ela se sentia confiante.

Mordeu o lábio inferior e encarando a pele de You Ya, imitou o toque que ela havia executado.

– Como fui?

– Muito bem, se quiser parecer com uma criança assustada – disse ela, cruzando os braços.

Ela deu a volta por detrás da garota e segurou seus ombros, sussurrando em seus ouvidos:

– Parte da magia está no olhar... Olhe nos meus olhos, não na minha pele.

Yu Mai virou-se, tão próxima da mulher que seus narizes se tocavam.

Os olhos, onde ela havia mandado. Preto no preto, um encarando a imensidão do outro.

Sua mão acariciava o braço dela com graça e discrição.

E então, You Ya tocou os lábios claros de Mai com seus lábios vermelhos como tinta.

A garota não se assustou.

A respiração da cortesã era tão calma e pacífica como uma brisa arranhando a superfície de um lago.

Seus sentidos entraram em uma sintonia assustadora.

A garota descolou os lábios dos dela e disse:

– Isso não é certo.

E aquilo a fez sorrir.

– Você quer sair daqui ou não quer?

Ela confirmou com a cabeça.

E então You Ya sorriu novamente.

– Mostre-me como você tira o seu quimono.

Quando o sol finalmente escondeu-se pelas árvores escuras, ela finalmente desabrochou para o mundo que a esperava.

Ela finalmente soube o significado da palavra sedução.


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