Pov. Narradora

Para Pedro ouvir aquela palavras da boca de Karina era como uma sinfonia, já para Karina dizer aquilo era como se seu lado orgulhoso tivesse sido nocauteado e nesse momento estivesse começando a cair na real do que havia acontecido.

– Eu esperei tanto para ouvir isso de você novamente.- Ele foi até ela mas, antes que pudesse encostar nela a mesma desviou.

– Olha Pedro, eu não sei o que você esta tentando fazer mas pode ter certeza que não esta dando certo.- Disse ela firme.- Eu sei que você como pai, quis que sua filha ficasse confortável, eu entendo mas não pense que você sendo legal comigo eu vou deixar você ficar com a casa, com o carro, porque isso é dos nossos filhos.- Ela apontava o dedo na cara dele.

– Você ta pensando que eu to fazendo isso, pra tirar seus direitos sobre os bens?- Ele se mostrou indignado.

– Claro, o que mais poderia ser?-Continou firme.

– Eu nunca liguei pra dinheiro nem nada do tipo, e você sempre soube disso. Agora você realmente foi longe demais- Ele ficara chateado por Karina ter pensado que em algum momento ele faria aquilo.

– Eu quem fui longe? Tem certeza?Falso.- Cerrou os olhos.

– Sua louca.- Ele disse sem pensar e saiu revoltado.

Karina revirou os olhos e se sentou na poltrona que havia ao lado do berço.

– Mamãe!- Samuca entrou no quarto de onde havia saido quando Pedro acabara de cantar a música pensado que os pais se beijariam, coisa que ele tinha nojo.

– Oi meu amor.-Disse Karina tentando não se mostrar abatida.

–Porque vocês estavam brigando?-Se sentou no colo da lutadora.

–Não...-Foi interrompida.

– Não adianta negar, eu ouvi.-Ele disse surpreendendo a mãe.

– Você nunca ouviu que casais brigam?-Ela tentou ser convincente sem assusta-lo.

–Mas vocês não se gostam mais?-Ele virou a cabeça fazendo bico.

– É... É... É por isso que a gente briga, porque gostamos muito um do outro.- Enrolou-se nas palavras.

– Esses adultos.- Saltou do colo de K.- Vai entender.-Disse ele saindo, deixando Karina de queixo caido.

====== A noite...======

Passava-se das 23:00 horas quando Karina terminava de beber água e subia para seu quarto, Pedro observava cada movimento deitado no sofá, o mesmo passou 20 minutos olhando para o teto quando finalmente o sono se manifestou fazendo assim com que ele começasse a fechar os olhos, mas antes que pudesse entrar num sono profundo ouviu ao longe algumas resmungadas, tentou não dar atenção e voltou as suas tentativas de adormecer, mas aquele barulho voltou a incomoda-lo e quando finalmente ae rendeu e começou a prestar atenção percebeu que os ruídos vinham de dentro de sua casa, como havia apenas ele no andar de baixo deduziu que vinho do de cima. Foi ate o quarto de Samuca mas estava tudo calmo, se dirigiu ate o de Karina receou, mas quando percebeu que a luz estava acessa bateu.

– Karina? Está tudo bem?- Falou alto para que ela ouvisse, mas não obteve resposta.- Eu vou entrar em.- Girou a maçaneta.

– Não!- A lutadora falou espontânea.- Eu estou bem, não precisa entrar.- Sua voz estava falha.

Mesmo com sem a passagem da garota Pedro arriscou-se a colocar apenas a cabeça para o lado de dentro, Karina estava sentada na ponta da cama com a mão na parte de baixo da barriga, reprimindo os lábios um no outro e fazendo careta.

– Eu sabia que você estava sofrendo.- Ele já estava posto na frente dela.

– Eu falei pra você não entrar.- Ela falou soltando o ar que segurava.

– Porque não me falou que estava sentindo cólicas de novo, o médico disse que quando for assim outra pessoa tem que fazer a massagem que ele ensinou.- Ele disse pegando o óleo na gaveta.

– Eu não quero sua ajuda.- Ela disse firme.

– Você não tem que querer, você precisa de ajuda e não vai se fazer de teimosa pro meu lado.- Ele falou mais firme ainda, a deixando assustada.

Ele foi até ela, e apesar de ele parecer estar nervoso foi deitando-a na cama com delicadeza enquanto ela resmungava de dor, o mesmo levantou a blusa dela e passou o óleo nas mãos e em seguida encostou-as na barriga no começo ele não tinha jeito o que fez sofrer mais um pouco, mas estava tudo quando ele foi pegando a pratica ela foi se acalmando e ele se emocionou por poder sentir pela primeira vez o bebê chutar. Karina aos poucos se aclamava as dores aviam passar e ela aproveitava a massagem, estava prestes a dormir quando sentiu que Pedro parará, ele levantou e foi lavar as mãos, quando voltou deu mais uma olhada para ela e estava saindo do quanto.

– Eu achei que você poderia me ajudar.- Ele parou e demorou um tempo antes de retornar, enquanto ela levantava e ia ate uma gaveta do guarda-roupas.

– Com o que?- Ele falou enquanto ela retornava com um livro na mão.

– A escolher o nome do bebê.- Ela mostrou a capa do livro na qual estava o titulo " O livro do bebê".

– Eu?- Ele arqueou a sobrancelha.

– Apesar de todos os defeitos, você ai da é o pai.- Ela deu de ombros.

Ele sentou-se receoso e foi chegando mais perto, no começo eles estavam desconfortáveis com a presença do outro ma com o tempo foram se soltando e assim iniciou-se uma discussão sobre qual dos nomes seriam.

– Eu tive uma ideia.- Pedro disse já bravo, se levantou e pegou um caderno e uma caneta.- Você pega uma folha e escreve os nomes que você goste e depois eu pego o livro e escrevo e no fim veremos quais os nomes em comum.- Ele explicou sua teoria.

– Finalmente ele pensou.- Ela zuou antes de começar a escrever.

Karina passou um tempo foleando o livro e escrevendo no papel e logo em seguida entregou para Pedro que demorou menos que a garota.

– Vamos conferir.- Ele falou colocando o papel sobre o cama.

Na folha de Karina havia apenas três nomes e o de Pedro haviam apenas dois, os dois se entreolharam.

– Seja bem vinda Valentina Duarte Ramos.- Disse Pedro passando a mão na barriga da lutadora.

====== Na manhã seguinte ======

Karina acordou e sentiu dores musculares afinal havia dormido toda torta e sentiu um peso em suas pernas e ao olhar se assuntos com Pedro que acabara adormecendo alí.

– Psiu.- Cutucou a cabeça dele.- Pedro.- Deu um tapa.

Ele levantou a cabeça e a olhou feio, se levantou e sentou na cama como se estivesse refletindo mas apenas levantou e saiu sem dizer uma palavra, Karina foi se direcionando para o banheiro sem entender nada dos últimos acontecimentos e quando saiu percebeu que Pedro falava ao telefone, se arrumou e parou no topo da escada numa tentativa de ouvir que ele falava do outro lado da linha, percebeu que se tratava de uma mulher mas ele desligou e ela acabou não ouvindo nada, desceu o degraus e antes de dar bom dia pra Pedro ele já havia atravessado a porta.

– Garoto maluco.- Ela falou com um sorriso de lado.

====== Na noite do mesmo dia ======

Pedro passara parte do dia fora, e quando Karina sai na janela via o rapaz sentado na praça, agora o mesmo voltara, passou pelo sofá e não trocou uma palavra com a lutadora que estava sentada no mesmo, subiu e começou a mexer nas gavetas deixando Karina impaciente mas antes que ela começasse com uma discussão ele desceu as escadas sentando-se ao lado dela sorridente.

– Tenho até medo quando você olha assim.- Ela se afastou para o lado.

– Quero te entregar uma coisa.- Ele mostrou um pacotinho.

– Ah não Pedro, de novo com essas coisas doidas.- Ela iria levantar.

– Espera, você vai gostar.- Ele puxou ela pela roupa, que se sentou novamente.

Ele entregou o pacote para a mesma que olhou a embalagem antes de abrir e quando finalmente o fez se sentiu encantada com aabraçando com um pingente no qual haviam as siglas " SV".

– São as iniciais dos nomes de nossos filhos. - Ele sorriu com a felicidade dela.

– È lindo.- Ela disse tentando colocar mas precisou da ajuda dele.

– Obrigada.- Ela disse o abraçando mas afastou-se novamente.

– Você está fazendo aquilo de novo.- Ela bufou

– O que?- Ele arqueou a sobrancelha

– Ser legal demais, fofo demais.-Ela falo e ele passou um tempo pensando.

– Que papo estranho foi aquele la no quarto do bebê?-Ele disse depois de num tempo. - Você sabe que eu não sou interesseiro.- Ele se virou para ela.

– Pedro, esse assunto pra mim acabou.- Ela virou o rosto.

– Eu só queria entender.- Ele falou enquanto ela ia subindo as escadas mas logo em seguida se direcionou novamente para ele

– Você só tem que entender uma coisa que eu não te am...- Ela se alterou, mas parou antes que pudesse fazer besteira.

– O que? Fala!!! Você não me ama mais, é isso?!- Ele foi eté ela que balançou a cabeça positivamente.

– Na verdade eu tenho dúvida se um dia eu já te...- Foi interrompida.

– Não termina a frase, porque apesar de tudo que eu fiz esses anos de todas as besteiras você já me amou sim, e muito.- ele segurou ela pelo braço.

– Eu juro que tentei, mas não mandamos no coração.-Ela se segurava para não chorar na frente dele.

– Você já me amou sim e vai me amar novamente.- Ele bateu o pé e saiu apressado.

Assim que ele passou pela porta Karina desabou, já Pedro se manteve firme e foi andando apressado pela rua, que pelo horário estava deserta, ao passar pela praça acabou encontrando com Zé.

– Eai cara.- O lutador cumprimentou o guitarrista.

– Beleza.- Pedro falou e já estava saindo quando Zé resolveu puxar conversa.

– E aquela história com a K?- Pedro tentou responder rápido já que estava apressado.

– Na verdade esta indo de mal a pior.-: Ele foi saindo.

Zé ficou parado absorvendo o que ele havia dito, sorriu e continuou andando. Já Pedro chegou na casa dos pais sem mem bater, entrou cumprimentou mãe e já foi puxando o pai para um lugar a sós.

– Pai agora não da mais pra mim.- Ele disse sem pestanejar.

– Primeiro me explica o que ela fez dessa vez.

– Ela simplesmente disse que nunca me amou.- Ele não se segurou e acabou caindo nas lágrima.

–Mas assim? Na lata?- Marcelo sentou-se tentando consolar o filho.

– Eu não vou fazer mais isso, vou sair de casa e deixa-la livre.- Disse ele determinado.

Continuaaaa...