Bebê de Outubro 2 escrita por Bia Red


Capítulo 18
Capítulo 17


Notas iniciais do capítulo

Sei que ando meio sumidaas cá estou eu novamente espero que gostem, obrigado pelos comentários. Beijão 👻💋



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Pov. Narradora

Karina ficou mais um tempo sentada no chão gelado do banheiro, pensou... pensou, e então levantou-se rapidamente descendo as escadas, e quando viu a ponta do cabelo de Pedro do sofá sua coragem evaporou-se fazendo assim ela diminuir o passo e assim andava e pousava antes de dar mais um passo quando chegou no limite se manteve calada apenas processando o momento em que falaria, a coragem bateu a sua porta.

– Desculpa.- Disse rapidamente sem nenhuma preparação.

– O que?- Pedro não conseguiu assimilar o que Karina acabara de fazer.

– Ah..- Resmungou ela.-Eu disse Des-cul-pa.- O jeito envergonhado e bruto com que ela falou fez com que Pedro soltasse um sorriso imperceptível aos olhos dela.

– Olha Karina, eu não sei se vou aguentar muito tempo você me tratando assim.- Ficou serio e falava firme.

– Eu sei que peguei pesado, mas você esta me deixando confusa com essa sua preocupação toda.-Cruzou os braços.

– Karina não sei qual seu tipo de problema mas eu nunca que iria ver uma pessoa com dores e não ajudaria, principalmente a mãe dos meus filhos, você pode me ignorar, me ofender fazer de tudo mas eu nunca vou deixar você sofrendo.- Tentou transparecer firmeza.

– ...- Pela primeira vez Karina ficara sem palavras.

– Mas eu aceito seu pedido desculpas.- Tocou de leve o nariz dela e saiu.

Karina ficou um tempo parada com cara de tacho e só saiu só transe quando Pedro passou deu-le um beijo na bochecha.

– Se arruma que vou te levar em um lugar hoje.- Disse ele saindo pela porta.

A lutadora pos a mão no local beijado e deu um pequeno sorriso, e então voltou novamente ao transe, quando voltou ao mundo real lembrou das palavras de Pedro e se submeteu a tentar arrumar-se decentemente então mesmo não podendo subiu as escadas correndo.

Já se passava das 19:00 quando Pedro voltou para casa, viu Karina sentada no sofá e em seu pensamento mesmo com roupas simples ela era perfeita, sabia que ela estava com um pé atrás com ele mas o mesmo tentaria até o seu limite.

– Vamos?- Ele disse assustando-a.

– É que... Eu... Não sei se vou.- tentou enrolar o garoto.

– Esta sentindo alguma coisa?- Já se preocupou.

– Não nada, mas acho que não quero ir com... Você.- Fez cara de pouco caso.

– Para de ser durona.- Disse entre dentes.- Eu só quero que você vá em um lugar comigo, eu não mordo... A menos que você peça.- Piscou, o que a fez revirar os olhos.

– Eu sei que andamos mais próximo e teve o jantar mas isso não quer dizer que eu esqueci tudo que me fez, as ceninhas de ciumes e todo o resto.- Ela fala tudo calmamente como se aquilo não incomodasse.

– Você nunca esquece algo parece o "senhor" Gael.- Foi irônico.- Mas... Só estou tentando criar um relacionamento relevado para que nossos filhos cresçam em um ambiente saudável.- Falou autoritário.

– Você ta brincando com a minha cara né?- Ela achou ridículo o jeito do garoto falar.

– Na verdade to sim, mas eu preciso que venha comigo, assim que quiser voltar para casa eu te trago.- Implorou.

– Ta, eu vou.- Se deu por vencida.

Pedro comemorou eles entraram no carro e Karina ia o caminho morrendo de vontade de perguntar "- Já estamos chegando?" mas se conteve. Já estavam a um tempo na estrada quando Pedro quebrou o silencio.

– Tire os sapatos.- Disse tirando os seus enquanto parava em um farol vermelho.

– Como?- Franziu o cenho.

– Isso que você ouviu.- Continuou dirigindo.

Parou o carro no estacionamento e seguiram pela praia.

– Vamos andar um pouco até chegar lá.- Disse ele com os sapatos em uma mão e uma sacola grande na outra.

Karina respirou fundo, sabia que não adiantaria perguntar para onde ele estava a levando. Depois de andarem por um tempo chegaram a uma parte da praia que mais parecia uma ilha e então adentraram por uma trilha e quando estavam chegando o roqueiro tampou os olhos de Karina.

– Pedro, o que você esta fazendo?- Fez bico.

–Calma, só mais um pouco.-Ele disse manuseando o corpo dela pelo caminho.

– Pronto.-Disse tirando a mão do rosto da mesma revelando uma casa na árvore.

– Pedro o que é isso?- Disse encantada.

– Vamos subir pra você ver melhor.- Ele foi ajudando-a subir pela escada de madeira e quando chegaram ao alto ficaram olhando pela sacada e logo atrás deles havia uma porta.

– Essa é minha casa.- Ele disse.- Ben não é uma casa igual as outras mas eu sempre vim aqui quando precisava espairecer.- Karina continuou com uma cara de interrogação.- Na verdade quem construiu foi meu pai e eu dei apoio moral, quando eu tinha 8 anos minha mãe percebeu que eu e meu pai não nos comunicavamos muito e por isso ela deu a ideia de uma casa na árvore como lá perto de casa não dava meu pai escolheu esse lugar, demoramos 2 meses para terminar, logico que depois achamos uma tolice termos feito ela em lugar um pouco longe de casa mas nada se compara a proximidade que consegui com o senhor Marcelo, quando fui crescendo podia vir sozinho e ficar aqui refletindo ou cantando sem que ninguém reclamasse.-Ele começou a se emocionar por isso parou de falar.

– Nossa é lindo, a história e a casa, e o bom é que da pra ver o mar daqui.- Karina tentou manter o clima bom que se formou quando ele contava sobre seu pai.- E a TomTom? Você quem a trás aqui?- Estava sem assunto por isso disse o que veio em sua mente.

– Ninguém nunca veio aqui alem de mim e meu pai, senti como se fosse uma coisa minha e dele.- Ele era carinhoso ao falar do pai.

– Me senti até desconfortável de estar em lugar tão importante para duas pessoas fraternas.- Tentou olhar para ele mas seu olhar se guiou para baixo.

–Esse lugar é seu também.- Roçou seu braço no dela.

– Hã?- Se assustou com as palavra e com o toque.

– Eu e meu velho fizemos uma acordo, quando sentissemos que estava na hora podíamos mostrar esse lugar para a pessoa mais importante das nossas vidas, ele trouxe minha mãe no aniversario de casamento de 30 anos, ele me disse que trouxe ela apenas porque sentiu que o casamento estava indo de mal a pior e sempre sentiu que esse lugar tinha uma magia única, tanto que depois desse dia eles conseguiram entender as necessidades do outro e as diferenças foram deixadas de lado e ate hoje eles estão filmes e fortes.- Seus olhos brilhavam.

– E por que me trouxe aqui?- Tinha os olhos atentos.

– Fala serio Karina.- Ele revirou os olhos.

– Ta bom, vou mudar a pergunta, E Por que me trouxe aqui, agora?- Ela o olhava.

– Por que de acordo com a tese do meu pai... Estavamos felizes o bastante para precisar da "magia" desse lugar, já agora...- Ficou de frente para ela.- Quem sabe não funciona.- Ele disse tocando de leve o queixo dela, trazendo-a para sí.

– O que tem lá dentro.- Ela disse desviando antes que seus lábios se tocassem e entrando pela porta.

Passaram um tempo sem trocar uma palavra, enquanto Karina olhava em cada canto Pedro ainda na porta tentava se recuperar dos últimos acontecimentos.

– É...eu trouxe algumas coisas.- Gaguejou e mostrou a sacola a ela que se sentou no chão mesmo esperando que ele a seguisse.

Pedro abriu a sacola e tirou de lá uma cesta de comida alguns cobertores e almofadas, e o mais inusitado, um jogo de tabuleiro. Foi até um baú torando de lá um violão, enquanto eles comiam Pedro tocava uma melodia e Karina sorria, logo depois forraram o chão e Pedro levantou uma lona que servia de teto revelando o céu coberto por estrelas e assim ficaram deitados cada um de um lado no começo Karina olhava para o céu sorrindo mas logo foi se fechando e quando não aguentou mais ficar perdida em seus próprios pensamentos se levantou rapidamente se sentado.

– O que? Ta passando mal? Quer ir ao banheiro?- Pedro se levantou e passou as mãos nas costas dela.

– Não, eu só quero ir embora.- Suspirou.

–Mas por que? Nem jogamos ainda.- Se mostrou despreocupado.

– Você falou que quando eu quisesse ir embora me levaria.- Começou a ficar brava.

– Tudo bem, a gente vai.- Ele deu um sorrido forçado.

Enquanto Pedro arrumava as coisas Karina percebeu que ele havia ficado chateado, se sentiu culpada mas não aguentaria mais ficar ali com ele por perto, o ajudou para que fossem mais rápido e por conta de seu desespero quase caiu na escada. Resmungou quando lembrou que o caminho ate o carro seria grande.

– Eu gostei do lugar.- Foi a única coisa que disse antes de ir para o carro, já Pedro apenas assentiu, o caminho foi silencioso e ao chegarem ao bairro Karina saltou do carro sem ao menos olhar para o roqueiro que foi guardar o carro, só então percebeu que algumas luzes da casa de seus pais, sua antiga casa, estavam acesas então resolveu passar por lá, bateu na porta e foi recebido pelo pai.

– Ô meu filho, você aqui essa hora.-Marcelo estranhou.

– Vi que as luzes estavam acesas e resolvi subi, o que faz acordado.- Tentou puxar assunto antes de ir ao ponte onde queria.

– Sua mãe saiu com as amigas ne, ai eu fico grilado esperando ela voltar.- E assim ficaram em silêncio.

– Eu levei ela lá.-Foi direto ao ponto.

– Ela quem? Lá aonde?- Tentou entender o filho.

– A Karina, na casa da árvore.- Se sentou.

– Ué e o trato de que...- Foi interrompido.

– Só pode levar se a relação estiver indo de mal a pior.- Completou.- Eu sei, e é por isso que a levei.- Suspirou passando as mãos nos cabelos.

–Mas vocês pareciam super bem.- Estava sendo o mais compreensivo possível.

– Era tudo fachada, na real estamos na pior, eu levei ela lá e pensei que seria como você e a mãe mas deu tudo errado, ela quis ir embora.- Fecho a cara

– E se eu te falar que sua mãe fez a mesma coisa.-Marcelo levantou a sobrancelha.

– Mas você disse que tinha dado tudo certo.- Ficou sem entender.

– Meu filho, eu não te contei mas eu levei sua mãe lá antes desse dia e deu tudo errado a gente tava de boa olhando as estrelas ai ela levantou, e eu perguntei se estava tudo bem ai ela disse...- Foi interrompido.

– Que queria ir embora.-Pedro completou.

– Olha Pedro, não desiste não tá, lute.- Marcelo foi firme nas palavras.

–Eu já fiz tantas coisas mas até agora só levo fora.- Fez cada de cachorro abandonado.

– Você que fez a besteira não foi? Vai ver que depois ira valer a pena.- Deu algumas batidas no ombro do roqueiro.

– Obrigado pai.- Disse emocionado.

– Sempre que precisar filho.- Também se emocionou.- Não esquece, se ela for sua ela voltara para você mas pra isso terá que se esforçar.- Pedro assentiu.

O garoto saiu de lá determinado agora sabia exatamente o que faria e re acordo com seus cálculos tudo dará certo.

Ou não...

Continuaaa...


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Notas finais do capítulo

Espero que gostem, vou tentar postar com mais freqüência. Beijão 💟💟