Diário de uma Jovem Louca escrita por Ancy Gomes


Capítulo 7
Capítulo seis- Café com coraçaõ


Notas iniciais do capítulo

Gente esse capítulo esta bem animado. muitas intrigas para Alice não acham?
Hahaha. E Josh.. Leiam e verão.
~Boa Leitura.~



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Quando cheguei a casa de meus parentes, todos já tinham parado de chorar e estavam alguns até rindo de umas piadas idiotas. Fui lá no ultimo quarto da casa e achei meus primos que estavam gravando mais um pedaço de “nosso” jornal chamado “Jornal do Mal”. Da ultima vez, meu primo sem conceito de maquiagem, tentou me maquiar, mas só tentou, por que ficou um horror.

Hoje acordei bem e me vesti com uma calça jeans azul escuro, uma regata larga branca, meu coturno preto. Quando desci para a cozinha não tinha ninguém lá, talvez Liany, minha mãe já tivesse ido trabalhar e Ronald deve ter ido junto para a cidade.

Chego na escola e Ancy já me interrogando, é claro que ela já sabe sobre a minha perda.

–Oi! Você está bem? Como sua família esta? Olha eu sinto muito.

– Esta tudo bem. Estamos todos bem. Não se preocupe em sentir nada. Está tudo bem.

–Certeza? Olha as vezes a morte vem para que a pessoa possa descansar.

–Certeza! Eu penso assim também, pode até ser duro para quem esta na terra, mas para quem se foi deve ser leve, como se acabasse de nascer de novo.

–Eu acho que somos muito parecidas. Temos até os mesmos gostos. Eu te amo, sua V-A-D-I-A.- nós rimos muito.

É sempre assim, não vemos problemas em nos insultar. Sinto que essa é uma daquelas amizades poucas mas que você leva para sempre.

–Eu sei o que pode te ajudar.- ela continuou- Lembra do meu irmão? O Josh...

–Eu sei quem ele é. Passo mais tempo na Sua casa do que na minha.- eu a interrompi

–Que seja! Continuando, ele vai dar uma festa em casa em comemoração aos seus 19 anos, e pediu para eu te chamar. Vamos?

–Você está brincando? E ainda pergunta se eu vou! Mas é claro sua tola. Que horas e que dia?

–Amanhã, você chega a partir das 12:00 dia, mas o pessoal vai chegar umas 18:30. Tá? Assim você me ajuda e ajuda ele. Ok?

–Pode deixar, estarei lá queridinha Ancy. Mas espera, foi seu irmão que me chamou ou você que insistiu?

–Digamos que ele me chamou para ajudar na lista. E quando cheguei lá perguntei: “Quem já esta ai?”. E ele respondeu: “Meus amigos e aquela sua amiga que passa mais tempo aqui do que na própria casa.”

Eu olhei para ela, com uma cara de “você jura isso?”, ela balançou a cabeça em concordância.

–Certo amanhã estarei lá.

O resto das aulas correm bem. Até que seriam chatas se não tivéssemos que ensaiar o teatro. Quando tudo termina, eu saio com um arranhão na minha perna porque cai na aula de Artes aliás, me jogaram no chão, mas fazia tudo parte. E chamo Ancy para ir ao shopping comigo, para comprar a roupa que eu vou no sábado.

Assim que saio da escola vou para minha casa, almoço, tomo banho e coloco uma calça jeans clara super rasgada, uma camiseta bem colada preta e um cardigã vermelho e um All Star cano alto preto. Então vou buscar minha amiga na casa dela. Ela esta realmente normal de mais, com um shorts jeans claro, uma bata bege com um filtro dos sonhos colorido desenhado, um cardigã preto- não combinamos- e um Vans preto.

–Vamos as compras, coisa feia!- ela diz toda animada.

–Vamos logo com isso.- ela entra no carro.- Pronta?- ela assente com a cabeça.

Dirijo pelas ruas da cidade com o som no ultimo, uma musica que nós duas adoramos, ”Let You Down- Black Veil Brides”. Todos os olhos de meninos rockeiros e lindos estão em nós. Simplesmente AMO isso, e Ancy também. Chegando no shopping vamos direto para as lojas e fazemos a festa. Pegamos umas dez peças de roupa cada uma e desfilamos no provador. Primeiro usamos uma roupinha Girlie ridícula, depois um top e uma calça super larga, um vestido preto e mais um monte de roupas. Depois de enlouquecer as vendedoras e comprar quase que a loja inteira vamos ao um restaurante japonês e depois- como somos gulosas- para uma lanchonete tomar um café.

–Eu vou querer um café expresso com creme e ela também.- eu falei

–Pode deixar- disse a atendente com uma verruga estranha logo acima dos lábios- Mais alguma coisa?

–Não, obrigada.- eu digo com toda simpatia que consigo retirar de mim, o que não é muito.- Você viu aquele garoto que olhou para gente quando estávamos saindo da loja?- digo me dirigindo a minha amiga.

–Sim, claro que vi! Deus Grego, você quer dizer?- eu concordo com a cabeça, e rimos sem parar.

–E quem tanto vai estar na festa amanha?

–Eu não sei, só fiz uma parte da lista. Disse para ele que era importante chamar que realmente ele se importa e que se importa com ele. Mas vai ser uma festa daquelas. Não acha?

–Sim claro. Vai ser um máximo. E a banda, quem são?

–Ah, eles são uns conhecidos de Josh. Mas eles não vão tocar o tempo todo, vai ser mais no meio da festa. E o melhor, não tem hora para acabar.- ela disse toda animada

–Como seu pais deixaram? Até por que eles são bem reservados, e controladores quando se trata de festas- o que é verdade.

–Eles disseram que quando ele nós dois fizermos 19 poderemos dar uma festa em casa, mas nós teremos que pagar, e se quebrar qualquer coisa teremos que arcar com as consequências.

–Que legal! Mesmo tendo que pagar, já é um jeito de criarmos um tipo de responsabilidade. Acho que quando fizer 19, vamos chamar para ir à uma balada. Que tal?

–Uma ótima ideia.- nessa hora os cafés chegam.

Meu Deus eu amo café, esse cheiro, esse gosto amargo, e o creme dessa lanchonete é o melhor, até por que vem meio desenhado, no meu veio um coração, olho para o balcão de pagamento, o mesmo lugar onde pegam o café, e não vejo nada de mais. É que uma vez que veio um coração para mim, era um menino que tinha gostado de mim. Muitas vezes os funcionários mandam mensagens pelo café. É bem legal.

Ficamos ali um tempão, até pedimos uma Banana Slpit, ficamos conversando, e rindo, paquerando. Na hora de pagar ela me dá o dinheiro do dela e vou pagar enquanto ela termina seu sorvete. Levantei-me e fui em direção ao caixa. Chegando lá tinham apenas umas três pessoas na minha frente. Quando chega minha vez, e vejo quem é que esta atendendo, tomo um susto. É ele. O idiota do outro lado da rua, o estupido do cinema.

Ele me olha malicioso, e da um sorriso de lado.

–Gostou do café?- ele pergunta

–Foi você?- eu falo indignada

–Quem mais seria? Gostou ou não?

–Gostei, estava muito bom, obrigada.

–E como vai a sua vida? Ainda tropeça em pernas de pessoas, ou foi só um charminho para mim?- ele sorri, e me encara tentando me analisar.

Mas que raiva, para que um sorriso tão lindo? Eu rio melancolicamente, mas acho que ri muito alto, por que atrai alguns olhares.

–Muito bem.- tento ser a mais sarcástica que consigo- Na verdade, pode até ser.

–Ser o que?- ele me encara curioso.

–Charme ou desatenção, não sei.- digo ainda muito sarcástica.- Tire suas próprias conclusões.

–Pode deixar. Ficou em 18 reais.- ele digita na máquina- Tem planos para amanhã? Eu estava pensando que você poderia sair comigo.

–Direto.- me surpreendi, isso é raro- Tenho planos sim. Não vai rolar, e porque eu iria em algum lugar, o qual não sei onde, com alguém que nem conheço direito?

–Que pena. Você poderia ir para conhecer essa pessoa. E conhecer um lugar novo. Mas deixa para lá.

Ele me olhou, como se fosse um vampiro a me devorar, como se estivesse reconhecendo sua presa, logo sua expressão mudou, como se estivesse me admirando.

–Nos vemos por ai, ou não.- disse dando uma piscadinha e um sorriso amigável para ele

–Ou sim.- ele sorrio malicioso e piscou também.

Eu dei as costas do balcão, até pensei em olhar para trás, mas me segurei. Cheguei a mesa e Ancy já tinha terminado os sorvete.

–Vamos?- ela disse animada

–Vamos.- eu disse.

Fraquejei e olhei para trás, onde ele não estava mais. Ele tem um certo dom de sumir do nada, não é?

–Para onde agora?- disse voltando a atenção para minha amiga.

–Vamos para mais algumas lojinhas de assessórios e vamos em bora. Que tal?

–Pode ser. Sabe, eu estava pensando em dormir lá na sua casa hoje, assim, não já fico lá arrumando tudo desde já. Posso?

–Claro que sim. Vou avisar minha mãe. Então façamos o seguinte, terminamos aqui, você passa na sua casa pegar sua roupa, vamos ao mercado comprar doces para a noite, e depois disso vamos para casa. Pode ser?

–Claro! Vamos?

–Sim!

Saímos da lanchonete, e fizemos conforme falamos. E chegamos na casa de minha amiga. Jantei por lá, dei os parabéns adiantados para seu irmão, que me deu um abraço um pouco mais apertado do que o normal, e não tirou os olhos de mim no jantar. Estranho, muito estranho. Subimos para o quarto, e ficamos conversando.

–Você viu o garoto que me atendeu no caixa?- eu pergunto, animada.

–Vi sim, por que?

–Foi ele que vi do outro lado da rua na casa de Megan. Lembra aquele que pedi para você procurar, mas você não achou? Então, era ele na lanchonete, e no cinema.

–Ah meus Deuses Gregos, ele deve ser um deles. É lindamente lindo. Você tem certeza que era ele?- ela estava quase gritando.

–Claro que sim. Você viu aquele piercing no lábio?- eu disse.

Ela tem os mesmos gostos que eu, sei que ela o amou.

–Mas é claro. Ele é lindo. E eu vi também que vocês conversaram. Estou certa?- ela disse levantando a sobrancelha e sugerindo alguma coisa.

–Sim, está certa.- eu disse abrindo a caixa de bombons variados.

–E o que vocês conversaram?- ela não mudou a expressão, só entortou um pouco para ver meu sorrisinho.

–Ah, nada de mais.- eu disse agora olhando para ela com um olhar de “Rolou muita coisa”.- A gente só conversou sobre o café e...

–Foi ele que mandou o café com coração?- ela me interrompeu.

–Foi sim. Posso continuar?- ela assentiu com a cabeça, e ergueu as mãos em sinal de rendição.- Obrigada. Então como eu dizia... ele perguntou se eu tinha planos para amanha...

–Você disse que iria com ele não disse? Você não perdeu essa oportunidade, perdeu?- ela me interrompeu de novo.

–Que saco, posso continuar? Obrigada! Eu disse que não iria, por que tinha compromisso, e por que ele é um desconhecido, que queria me levar à um lugar desconhecido.- eu ergui a sobrancelha direita, o máximo que podia.

–Você não fez isso. Sua burra! Podia desmarcar aqui conosco.

–Mas claro que não! Eu assumi uma responsabilidade, vou leva-la até o fim, ou seja, até depois de amanhã.

–Você que sabe.- ela disse dando uma mordida no chocolate.- Mas o que você não sabe é que...- quando ela ia terminar de falar, o irmão dela entrou no quarto e ela tacou o travesseiro no seu rosto.

–Ei. Bruta.

–Podíamos estar peladas. Você não pensa nisso?- ela disse.

–Eu não ia me importar.- ele disse olhando misteriosamente para mim, e com um sorrisinho de canto.

Maldade. O irmão de minha amiga é muito bonito. Seus cabelos são escuros, mas com luzes, que ficaram lindas, olhos castanhos mas com lente âmbar, piercing na sobrancelha, atlético, rockeiro. Meu Deus, agora que eu percebi o que ele disse.

–Safado!- eu falo jogando um bichinho de pelúcia nele, mas ele desvia.

Então começamos uma guerra de travesseiros e bichinhos de pelúcia. Foi muito engraçado. Fizemos montinho, comemos chocolate e por fim ele disse

–Boa noite, princesas.

–Boa noite- dissemos juntas.

Ele estava saindo do quarto, me olhou e piscou para mim.

–Seu irmão é bem safado. Einh?

–Eu sei. Haha. Mas nem liga não, é o jeito dele. Mas eu vi o jeito que ele te olhou.- ela piscou para mim

–O que? Está de brincadeira? Nem a pau, ele é como você para mim. Entendeu?- eu disse encarando misteriosa minha amiga.

–Entendi- ela me encarou e rio.

E começamos a guerra de novo, até o sono chegar. Para falar bem a verdade, nem sonhei essa noite. Simplesmente capotei.


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Gente peço só uma coisa, comentem, por favor, é chato postar para o vento do sul de Nyah.
Mas se não tiverem a fim de comentar também, fica ao seu critério. É que é um incentivo para o escritor, mesmo que seja uma crítica, é ótimo receber comentários. Tentem ler ouvindo a musica Let You Down- Black Veil Brides.
~Beijos Grandões~



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