Deixe a neve cair escrita por Snow Girl


Capítulo 52
Proteção


Notas iniciais do capítulo

Oi meus amooooores, só vou colocar o que aconteceu por último no último capítulo basicamente porque eu tinha escrito uma Odisséia e o Nyah bugou e apagou e agora eu não lembro mais o que eu ia falar com vocês. Pois é minha memória é pior que de um peixinho de aquário.
"— Não encosta em mim — berrei dando um tapa em seu rosto e me afastando. — Guardas!
Passos se apressaram pela escadaria, mas não era o tropel que eu esperava. Uma única pessoa descia os andares rapidamente.
— Ah, que pena, parece que o guardas estão de férias — disse Yeva com um sorriso maníaco.
Eu queria esganar ela, mas me mantive ereta.
— Princesa, Layla — a voz do rei estava ansiosa. — O que houve?
Todos os olhos se voltaram para o homem mais velho descendo a passos rápidos e, tão rápido que eu não acompanhei o movimento, seu irmão levou a mão ao cós da calça, pegou uma arma e disparou um tiro.
— Rei Ivan! — berrei enojada vendo-o desabar na escadaria larga."



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Por um instante tudo pareceu congelado no tempo.

— O que vocês fizeram? — Sasha finalmente saiu da sua posição de cão de guarda e correu para o tio, sue rosto branco ainda mais pálido que o normal. Eu permaneci grudada no mesmo lugar.

— Nada pessoal, meu irmão, mas se eu quiser que meus filhos governem eu preciso me livrar daquilo que está em seu caminho — Alexander disse sem remorso algum e apontou a arma preta para mim.

— Pai — Demyian disse. — Você prometeu que não faria nada à Layla depois que a gente se livrasse do rei.

— É, ele também me prometeu Dimitri e nem por isso ele está aqui comigo, certo? — Kira resmungou para o irmão. — Atire logo, papai.

Eu também perdi o movimento, mas de repente Sasha estava sobre a irmã, batendo nela e puxando seu cabelo, falando baixo demais para que eu entendesse enquanto as duas se engalfinhavam no chão.

Voltei os olhos para a ameaça mais iminente, que era o homem armado e apontando para mim.

Eu não tinha como me defender e muito certamente não teria como lutar contra cinco — ou quatro, se Sasha estivesse do meu lado — deles.

— Saia da minha frente, Demyian — eu disse com o maior ódio que pude reunir.

Sem me olhar ele falou comigo.

— Layla, eu amo você. Não vou deixar nada acontecer — disse.

— Ah sim, por isso que você tentou me estuprar, não é?

Sasha, que estava ainda se engalfinhando com a irmã se levantou. deixando Kira presa pelo pescoço à sua frente como um escudo humano.

— Como assim você quase estuprou Layla? — ela encarou o irmão e parecia muito, muito furiosa.

— Não foi estupro — Demyian respondeu-nos. — Eu só estava tentando consumar nosso casamento.

Alexander pigarreou.

— Podemos focar no que é importante, no momento?

— Pai… — Sasha começou e ele a interrompeu.

— Sasha, ou você cala a boca ou vai levar um tiro. — E você, Demyian, saia da frente dessa garota.

— Coloque a arma para baixo lentamente — uma voz atrás de nós fez todos nos virarmos.

Dimitri, Yuri e vários homens que eu não reconhecia entraram bem devagar, quase todos portavam algum tipo de arma, e isso incluía os dois príncipes. Alguns vestiam uniformes de soldados, mas a maioria esmagadora usavam roupas pretas com insígnias douradas.

Corri para Dimitri e ele me colocou atrás de si sem sequer me olhar.

— Você está bem? — sua voz parecia feita de aço e apesar de não passar de um sussurro ela tremia com o ódio.

— Alexander matou o rei — respondi, minha voz tremia de medo no mesmo ritmo que minhas mãos. — Ele quer me matar.

Yuri deu um passo à frente, saindo da aglomeração compacta e eu o puxei para trás pelas costas do casaco, tentando forçá-lo a voltar.

Dimitri pegou minha mão e continuou segurando-a com força.

O silêncio na sala era opressor.

— Onde estão os guardas e os empregados do palácio? — o príncipe mais velho perguntou firme e lentamente ainda mantendo a arma preparada.

— Em um lugar onde eu possa soltá-los quando meu filho for rei para que eles nos sirvam — respondeu o seu tio com desdém.

— Um bom plano, mas não acredito que vá acontecer — Yuri disse. — Vou te contar o que vai acontecer. Eu vou atirar você exatamente daqui a três segundos se você não soltar essa arma. Esses homens vão acorrentá-los e todos irão para a cadeia por uns bons cinquenta anos.

— Improvável — Alexander ergueu as sobrancelhas com desdém.

— Um — o príncipe tinha um sorriso na voz —. Dois — o sorriso aumentou sinistramente —. Três.

Dois tiros foram dados ao mesmo tempo e eu gritei e tentei me jogar no chão. Com a mão firme de Dimitri segurando-me tudo que eu consegui fazer foi cair de joelhos.

Eu não conseguia olhar.

Dimitri se ajoelhou no chão ao meu lado. Parecia que ele tinha feito isso em câmera lenta.

— Layla? — sussurrou.

Eu virei a cabeça para vê-lo. Sua expressão era preocupada.

— Sim? — minha voz parecia anestesiada, mole como algodão.

— Está tudo bem, amor. Acalme-se.

— O seu pai está morto — murmurei incoerentemente.

— Eu sei — disse baixinho. — No fim das contas não tinha sido ele, afinal.

Eu não sabia o que ele queria dizer. Minha capacidade de processamento parecia congelada.

Yuri se ajoelhou a minha frente e passou uma mão lentamente diante do meu rosto.

— Ela está em choque — disse para o irmão. — Precisa de um médico.

— Estou bem — murmurei. — Só estou com frio.

Dimitri me puxou para seus braços.

— Fique longe dela! — Demyian gritou em algum lugar.

Eu me encolhi.

— Shhh, estou aqui, amor. Tudo vai ficar bem, eu prometo — Dimitri falou acariciando meus cabelos.

— O rei está morto — murmurei. — Morto. Por minha culpa.

Yuri tirou seu casaco e colocou sobre meus ombros.

— Deite-a no chão, Dimitri.

Com gentileza seu irmão fez o que foi pedido e eu fiquei olhando para o teto alto.

Tudo parecia confuso e eu sentia como se estivesse flutuando em um sonho. Era estranho, mas não ruim.

— A pele dela está fria — sussurrou Dimitri.

— Já chamamos uma ambulância para que alguém cuide do choque e dos feridos.

Dimitri se movimento ao meu lado, desconfortável.

— Eu não posso deixá-la assim, Yuri — sussurrou para a pessoa que estava ao nosso redor andando nervosamente. — Layla precisa de mim.

— Não faz sentido continuarmos nos escondendo agora que sabemos quem era o verdadeiro inimigo — concordou o mais velho. — Nosso pai está morto. Você deve assumir o trono ao lado de Layla.

— Pensei que você assumiria agora que voltou — disse meu marido, baixinho.

Vi Yuri negar com a cabeça quando me movi para olhar para ele.

— Thalia e eu estamos bem com a nossa vida simples. Não vou arrastá-la para isso.

Dimitri assentiu e ficou em silêncio, massageando meus ombros.

— Eu te amo, Layla. Nunca vou te deixar, ouviu? Tudo vai ficar bem, eu prometo.

Yuri voltou e me fez comer açúcar, o que ajudou um pouco a me livrar da sensação anestesiada.

Quando os aliados de Yuri encontraram os empregados, abracei Anya firmemente e nós duas desatamos a chorar como dois bebês.

Eu já estava quase totalmente bem os paramédicos chegaram e admito que pareciam bastante chocados com o que viram.

Eu não quis olhar pela sala e permaneci nos braços de Dimitri por muito tempo.

Aquela foi possivelmente uma das piores noites da minha vida.


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Notas finais do capítulo

Sim, até mais o/



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