Melodia sem ternura escrita por NanaTheLazy


Capítulo 8
Cowboy fora da lei


Notas iniciais do capítulo

https://www.youtube.com/watch?v=23EO7sDO9Lw ◄ Raul Seixas - Cowboy fora da lei
Demorei, por bons motivos, mas voltei com estilo. Com o maior capítulo dessa fanfic, até agora.
Eu sei, eu sei que disse que ia ser "Tô nem ai" da Luka, mas eu simplesmente não consegui escrever (além de estar meio ocupada com concursos). Ai meu pai começou a ouvir essa música de novo aqui em casa, e eu lembrei de vocês! ♥
Espero que gostem.



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Bonzinhos sempre se ferram!

Essa é a verdade que a sociedade tenta esconder, para fingir que esse mundo ainda tem uma esperança. Mas não tem.

Quando eu era pequeno minha mãe sempre dizia — Para se vangloriar com as amigas — “Menino esperto esse dai! Ainda vira prefeito, 'cê vai ver.”. Mas mamãe, eu nunca quis ser prefeito, já pensou se eu fosse eleito?! Certeza que alguém ia querer me assassinar.

Já meu pai, esse queria porque queria que eu servisse a nossa pátria. Mal havia completado minha maioridade e ele já me “chutava” rua abaixo para que eu fizesse a inscrição no exército, ele não entendia que eu já havia servido tanto a pátria, eu não precisava provar mais nada. Mas meu pai cobrava que eu provasse.

Por isso virei um cowboy, um cowboy fora da lei. Não do tipo Durango Kid, esse negócio de roubar dos ricos para dar aos pobres é história pra boi dormir.

Acho que quando eu decidi mesmo virar um ladrão, foi quando meu pai havia me levado em um salão, para me apresentar aos seus amigos, quando cheguei lá a primeira coisa que eu notei foi uma grade cruz de madeira, com um homem seminu pregado e sangrando. Claro que fiquei horrorizado, e perguntei ao meu pai o que era aquilo (nesse tempo eu tinha uns quatorze anos, ainda não haviam me contado nada sobre religião), ele me explicou bem detalhadamente sobre aquele homem, o tal de Jesus, desde o nascimento na amanjedoura até a morte pelas mãos do povo que ele queria salvar.

Aquilo realmente me assustou, um homem tão bom morrendo jovem (apenas trinta anos!) e de uma maneira tão cruel.

Ah, mas não, se você está pensando que foi isso que me fez virar um ladrão, está errado. Claro, esse foi um dos fatores, mas o que realmente me fez virar o que eu sou estava por vir.

Três homens mascarados e armados entraram no salão gritando, pegaram uma jovem moça que estava perto da porta para servir como refém. Nem eu, nem meu pai fomos besta para tirar uma de herói, mas o amigo dele foi. Meu pai até tentou impedir, mas foi em vão.

Ele já havia tomado três tiros no peito por reagir.

O pior não foi ele morrer, o pior foi ele NÃO morrer na hora. Ficar agonizando no chão, sem ninguém indo ajuda-lo, por medo de acabar na mesma situação.

E no dia seguinte, a matéria do jornalzinho da cidade era “Bêbado morre em briga de bar”. Foi nesse dia que eu parei de ler jornal com meu pai — o que já havia virado uma tradição. — Porque se fosse para ler mentiras, eu mesmo poderia escrevê-las.

Foi nesse ponto que desenvolvi minha teoria, que não vale a pena ser bom. E desde então tenho assaltado vários lugares, cada vez ficando mais rico, enquanto os bonzinhos só ficavam mais pobres.

E eu já disse para os meus companheiros de bando, se eles quiserem entrar para a história, isso é por conta deles. Eu só vou ser aquele homem, que quando for morto só vão dizer; “Menos um bandidinho sujo para esse mundo”.


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Notas finais do capítulo

►Se gostarem comentem ♥
►Se verem algum erro me avisem, porque mesmo tentando revisar tudo, as vezes eu deixo passar algo.



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