Sorry to You escrita por MihChan


Capítulo 9
Pela honra de Grayskull, eu sou... Não, pera.


Notas iniciais do capítulo

E aí gente? Belezinha? (Enjoei do "~Yo" de sempre. Resolvi inovar xD só que não)
Demorei? Não sei se eu demorei, mas se eu demorei, desculpem. Vou confessar que esse capítulo já estava pronto, mas eu estava esperando para ver se mais alguém comentava o capítulo anterior ;u; Sim, sou dessas e-e *foge*
Obrigada a quem comentou e um obrigada especial a thethecaa que favoritou ❤
Bom, é isso, Boa leitura ~> Comentem e-e
(PS: O título tem e não tem a ver com o capítulo, mas né ;3;)



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Perseguidores na ativa. ~brilho repentino~ O que é aquilo? Uma luz forte... Será o brilhante mundo dos populares? Ah, não, pera.

Voltei para sala quando ouvi o sinal, que não demorou muito depois do Ishikawa ter contado o que deveria ter dito muito antes. Mas mesmo assim, o que ele disse não respondeu todas as minhas perguntas. E o pseudo-ataque? Acho que ele estava mesmo drogado.

Tivemos o restos das aulas e Alice e Chiyoko me chamaram pra tomar um sorvete, que eu aceitei alegremente. Aquilo eram coisas que adolescentes normais fazem e para mim é um grande passo.

Vai ser legal, elas disseram. Tarde somente das meninas, elas disseram. Os meninos nem se atrevam a querer ir, disseram. Uhum, claro. Não sei porque eu ainda acredito no que elas me falam... Chamaram o Ishikawa de propósito! Ah, e o Jun veio de brinde.

Eu fui emburrada até o centro comercial. Eles conversavam animadamente um pouco a minha frente. Ishikawa desacelerou um pouco o passo e veio mais para trás para me acompanhar no mesmo ritmo.

– Você não precisa me fazer companhia. – eu disse, ríspida.

– E quem disse que eu quero? – perguntou ele, sem me encarar.

– Te obrigaram? – sorri ironicamente.

– Não.

Tá, então por que tá aqui, sua anta? Bufei e ele riu de uma maneira infantil e zombeteira. Corei um pouco.

– Ei, por que está vermelha? – perguntou se inclinando e ficando com o rosto muito próximo do meu.

Senti vários olhares sobre mim. Olhei para frente e meus amigos nos encaravam com cara de “now kiss!”. Fiquei sem expressão e empurrei o Ishikawa pra longe. Eles me encararam desapontados e eu continuei a andar, pisando duro. Dai-me paciência.

Tomamos sorvete em uma sorveteria um pouco mais a frente. Como sou lerda, fui a última a terminar e enquanto isso, todos conversavam e a Chiyoko fazia uma trança no meu cabelo.

Voltei pra casa com o você-sabe-quem no meu pé. E não, não era Voldermort. Ele não falava nada, mas me encarava como se quisesse ler a minha mente. Suspirei derrotada e parei de andar para encará-lo.

– Se eu responder o que está pensando, você para de me atazanar? – perguntei e isso pareceu surpreendê-lo.

– Eto... – ele pensou um pouco – Porque está tão próxima daquele garoto se você mesma disse que não gostava do sexo oposto? – o encarei como uma monga completa. Hã? – Inoue Eri. – ele mantinha uma expressão meio irritada ao falar o nome do desenhista-san.

– Hã... – olhei em volta e por algum motivo, corei – Por nada. Apenas nos aproximamos. – sorri amarelo e comecei andar novamente.

– Estão bem próximos. – ele enfatizou o “bem” – Diria que estão íntimos. – disse.

– Qual é a desse faniquito?- perguntei totalmente confusa.

Ele não respondeu. Limitou-se a continuar a andar com o olhar perdido no chão. Mais um pouquinho e acaba batendo a cara em poste. Eu ia rir muito, mas antes que isso pudesse acontecer, ele parou de novo e me encarou sem expressão alguma. Senti um arrepio e parei também.

– Você gosta dele?

– Eh? – arregalei os olhos.

– Você ouviu o que eu disse.

– Hum... eu... Não, eu apenas...

– Gosta dele. – ele voltou a andar, sem me dar nem uma chance para falar algo. Senti meu sangue ferver.

– Eu gosto de você! Satisfeito? – falei sem pensar. Ele virou-se e me encarou, perplexo.

Revirei os olhos. Ops! Parece que uma certa garota acabou de falar algo nada a ver. Hahaha! Sabia que eu dou risada quando estou nervosa? Pois é! Hahaha.

– Está brincando comigo, certo? – ele arqueou uma sobrancelha ao me ver rindo e fazendo poses estranhas enquanto.

– É claro! – respondi - Você acha que alguém em sã consciência ia gostar de você?

Isso foi meio cruel...

– Certo... – ele disse.

Passamos na doceria e, por incrível que pareça, eu nem fiz questão de nada. Peguei umas balas com o dinheiro da minha mesada mesmo e enxotei o Ishikawa o mais rápido possível.

Avisei que havia chegado e subi rapidamente para meu quarto. Sentia uma estranha vontade de chorar. Entrei no meu quarto, ignorando as piadinhas do meu irmão, que ficou até assutado com meu ato. Me joguei na cama.

O que ouve Agora? “Está brincando comigo, certo?”. Apesar de ter dito que sim, minha vontade foi de falar que era verdade. Mas eu não gosto do Ishikawa. Eu só falei aquilo porque... Na verdade, não sei porque falei aquilo, apenas saiu. Ele gosta de Alice e eu não gosto dele... Certo?

...

Acordei cedo e meu irmão implicou comigo, feliz da vida por ter tanta gente acreditando no time. Meu pais me perguntaram se eu estava bem e eu respondi que sim apesar de não ter certeza.

Comi mais do que o normal e em uma velocidade estranha. Fui chamada de monstrenga pelo babaca do Ryuuji. Pulei nele. Nos estapeamos. Vimos um sorriso gentil do meu querido pai. Paramos para não sermos mortos.

Saí de casa com a minha linda bicicleta e fui pelo meu caminho habitual. Graças a Deus, a Chiyoko não resolveu passear por aqui de novo e eu estaria livre de problemas pelo caminho. Mas uma coisa me incomoda: O que exatamente eu sinto pelo Ishikawa?

Corri para a sala por ter chegado atrasada. Por sorte, era o Fukuda-sensei e ele me recebeu com um sorriso e não com um facebook. Entendeu? face book? Uma livrada na cara! Eu sou hilária! Não? Okay.

Fukuda nos explicou a importância dos execícios físicos e blábláblá e o sinal tocou. Teríamos aula de gramatica agora e eu não prestei nem um pouco de atenção. Pensava em como o Ishikawa é idiota. Não que isso seja novidade, porque não é, mas eu estava um pouco aflita. Será que ele tinha começado a gostar de mim e tinha esquecido a Alice? Ele está agindo estranho ultimamente... E aquele lance de eu gostar dele? Não que eu tenha certeza do que sinto, mas e se eu...?

Fiquei o encarando e tentando usar o poder da mente para decapitá-lo. Ishikawa percebeu e me olhou meio assustado. Bufei por não conseguir o que eu queria e a Alice me cutucou, olhei para trás e ela fez um sinal de positivo e murmurou um “eu estou torcendo por você”. Afundei minha cabeça no livro em minha mesa.

Pensem comigo: Segundo alguns mangás shoujo que li, as meninas eram todas apaixonadinhas e tinham ataques perto do garoto. Eu não sinto meu coração acelerar, a não ser que ele faça algo inesperado e idiota. Não coro quando ele sorri, até porque ele parece um retardado... Meia verdade... Não o acho atraente, apesar de a Chiyoko e a Alice falarem que ele é extremamente bonito. Exagero total! Eu definitivamente não gosto dele! Não me entendo! Parece que estou me contradizendo.

Depois de ter mais algumas aulas que eu não prestei atenção, Chiyoko me cutucou enquanto andávamos lado a lado pelo corredor. A propósito, a Alice sumiu na velocidade da luz assim que o sinal tocou.

– Já escolheu algum clube pra entrar? – a ruiva me perguntou, meio preocupada.

– Está em algum? – perguntei.

– Sim! – seus olhos brilharam – No clube de atletismo... – ela bateu os dedos indicadores um no outro, envergonhada.

Dei uma risada. Eu já devia imaginar isso. Está tão na cara dela o amor não-tão-platônico pelo Fukuda-sensei. Mas eu devia mesmo me certificar que ela não fique doida com as suas mandingas pra conseguir o amor de sua paixonite.

– Mas então... – ela voltou do mundo da lua – Já pensou em algo?

Ela parecia mesmo preocupada comigo, e tem seus motivos. Não nos conhecemos a anos mas, com certeza, a Chiyoko me conhece bem. Ela me trata como se fosse sua filha e, como toda mãe, só quer o melhor pra mim. Por isso que eu te amo, Chiyo-chan!

– Você sabe... – ela sorriu sem graça, parando de andar e me encarando – Você não é boa em praticamente nada! – ela riu, maldosa, quando viu minha cara. Estapeei-a.

Retiro tudo que isso sobre ela! A Chiyoko é cruel!

Ela foi rindo da minha cara até o refeitório, onde eu a obriguei a me comprar um lanche por eu ter esquecido meu dinheiro.

A ruiva podia estar me zoando, mas ela estava mesmo preocupada comigo. Como ela me conhece bem, eu também a conheço. Logo as atividades dos cubes iriam começar e eu precisava me enturmar em algo se não quisesse que a Chiyoko ficasse mal como no ano anterior. Como eu havia chegado no fim do ano, não tive coragem de entrar em nenhum clube e a Chiyoko não tinha tanto tempo pra passar comigo. Eu ficava bem sozinha e ela se sentia culpada por isso.

Preciso pensar em algo.

Estávamos caminhando de volta pra sala. Encontramos a Alice e a mesma disse que tinha sumido para imprimir alguns cartazes e que depois nos mostraria. Encarei a sala do 1-B, furtivamente, e elas imitaram tentando me entender.

– Está me procurando, Teru-tan? – ouvi a voz do Yuu-chan e me assustei no mesmo momento. Olhamos para trás e ele sorriu.

– Estava. – sorri, confirmando.

Ele regulou estranhamente minhas amigas, sorriu de maneira nada inocente encarando uma certa ruiva e depois corou levemente. Ah não...

– Aproveita e me apresenta sua amiga. – sussurrou no meu ouvido e sorriu para a Chiyo-chan, que pela primeira vez na vida, eu vi corando por causa de um comentário de um garoto.

Ele se teletransportou para o lado dela e ficou encarando-a sem dizer nada. . Ela apenas abaixou a cabeça, muito vermelha. Beleza. Levem esse aliem daqui porque eu preciso achar a verdadeira Chiyoko.

Pera... Ele está cheirando ela? Parecia nervoso.

Alice encarava a cena com os olhinhos brilhando e eu só pensava em qual nave espacial tinham feito lavagem cerebral na Chiyo-chan e como só eu estava achando aquela cena estranha.

– O que é um pontinho amarelo nas ondas do mar? - ele falou, finalmente, e bateu palmas de forma empolgada.

– Eh..? - todas nós soamos e o encaramos sem entender nada.

– Ruffles a batata da onda! - ele completou e começou a rir histericamente.

Okay. Chamem o manicômio.

Ele parou de dar uma de doido e pareceu sem graça. Contei a tudo as garotas enquanto ele sorria e dizia o quanto eu era fofa com os uniformes em estilo marinheiro e marias-chiquinhas no cabelo. Eu ri me lembrando dele também.

– Me passa seu número, Aoizinha? – ele pegou o celular. Procurei pelo meu e trocamos os números.

Ele pediu o de Alice e o de Chiyoko também, que relutou um pouco antes de passar. Estou vendo um casal se formando...

O sinal tocou e as meninas se prepararam para seguir para a sala. Eu corri para o banheiro para fazer o que ninguém pode fazer por mim. Desculpe por isso. Sei que foi meio desnecessário.

Saí do cabine e lavei as mãos e o rosto. Quando terminei de enxugar e encarei o espelho, uma coisa loira estava atrás de mim. A loira do banheiro estava me encarando com cara de quem ia me matar – lógico! É a loira do banheiro. Quando me preparei para gritar, a garota se pronunciou.

– Eu estava te stalkeando esses últimos dias... – ela disse e eu virei, vendo que não era a loira do banheiro e sim uma perseguidora assumida.

Isso não me tranquilizou muito, sabe...

Pela honra dos perseguidores, eu sou Aoi! Cadê uma espada quando se precisa delas? Bom, só sei que essa garota não me é estranha e, por motivos desconhecidos, ela está me acusando de algo que eu não faço ideia do que seja. Será que o meu onii-chan idiota me meteu em alguma encrenca?

– ... E assim cheguei a conclusão... – voltei a prestar atenção no que ela dizia – que você é a garota que o Eri-sama gosta e por isso ele me rejeitou. – ele parecia ressentida.

– Está me confundind-

Parei de falar quando me toquei. Aquela era a garota da excursão! A loirinha modelo que se declarou pra ele. A garota me encarou com o cenho franzido.

– Olha, não sei como chegou a essa conclusão, mas eu-

– Claro que sabe! – ela me interrompeu – O sumiço de vocês dois durante o teste de coragem? A foto de vocês de mãos dadas? Ele fica extremamente corado quando está perto de você! E sair beijando uma garota qualquer...! – ela estava notavelmente indignada.

– Beijo? Aquilo não foi um beijo. Foi na bochecha! – me defendi – E me desculpe se eu não sou popular! – fiz careta.

– Eu não me importo com nada disso, bobinha! – ela riu e apontou o dedo indicador na minha direção – Somos rivais no amor agora! – NANI?! – Isso mesmo! E você não vai me derrotar! – ela riu de maneira neurótica e tossiu logo depois – É só isso. – sorriu meigamente pra mim e saiu do banheiro, saltitando.

Nem preciso dizer que eu fiquei com medo dessa garota... E o pior é que ela acha que somos rivais no amor. Quanto mais eu rezo, mais assombração me aparece. Destino, é sério amigo querido, pare de zoar com a minha cara.

Depois de levar uma bronca por ter supostamente bolado aula, eu fiquei com cara de retardada pensando em como eu sou azarada. Agora mais confusa que antes, encarei Ishikawa intimidadoramente. Ele pareceu assustado.

– O que foi que eu fiz agora? – perguntou.

– Hunf!

– Você é terrível! – Alice e Chiyoko me defenderam de algo que nem sabiam do que se tratava.

Logicamente eu não vou sair falando pra ninguém que estou confusa em relação aos meus sentimentos. Elas surtariam e encheriam minha cabeça com titica de galinha, Chiyo-chan provavelmente me faria acreditar que eu gosto do Ishikawa e isso seria uma catástrofe.

Senti um arrepio e olhei de canto de olho para a porta da sala. A metade de um rosto conseguia ser vista, estava me encarando, cabelos loiros, aura assassina. A minha mais nova stalker e rival no amor: Akene-san.

Suspirei derrotada. Eu quero ir pra casa.

Outro dia - Escola:

– Alice-chan se case logo com o idiota do meu irmão e o leve embora da minha casa e de perto de mim. – eu reclamava em uma aula vaga.

A única coisa que eu fiz desde que acordei foi reclamar. Não saber o que eu estou sentindo está sendo um tormento. É tudo culpa dele! E falando no Ishikawa, ele nem veio para a escola hoje. Baka! Talvez eu leve minhas anotações para ele...

– Pensou em que clube vai entrar, Aoi-chan? – Alice perguntou, sorrindo. Ela me disse que estava no clube de culinária. Sim, tinha isso, e ela era ótima com doces. Já com os salgados... Não irei comentar.

Meu ser se iluminou e eu sorri de orelha a orelha. Eu tinha pensado sim. Era o clube perfeito pra mim! O clube pra quem não é bom em absolutamente nada.

– Vou entrar no clube de música! – anunciei e elas me encararam como se eu fosse louca. Se entreolharam logo depois.

– Sabe tocar algo? – Alice perguntou.

– Não.

– Sabe cantar? – Chiyoko perguntou.

– Não.

– Como cargas d’água você quer participar do clube de música desse jeito? – Chiyoko começou a bagunçar meu cabelos em uma crise de “leve a sério, sua boboca!”

Depois que tivemos todas as aulas, na hora do intervalo, eu corri até o clube de música. Não tinha ninguém quando eu abri a sala. Suspirei. Poxa, queria falar com o líder desse clube. Mexi em alguns instrumentos e ri sozinha dos sons engraçados de uns instrumentos estranhos.

Ouvi a porta ser arrastada e me virei para trás, assustada. Inoue-san me encarou surpreso. Sorri ele que retribuiu o sorriso.

– O que faz aqui? – perguntou.

– Pensei em entrar para o clube. – respondi e ele sorriu.

– Parece que vamos ser parceiros então. – ele disse.

– Você é membro? – perguntei surpresa e ele assentiu – Pensei que fosse do clube de artes.

– Bom, eu não sou exatamente membro deste clube e realmente sou do clube de artes, mas eu gosto de música e toco com eles as vezes. – ele sorriu e tocou algumas notas em uma guitarra.

– Sugoi! – exclamei e ele corou.

– E-e você? Toca? Canta?

– Na verdade não. – sorri amarelo.

Ele deu um risada e disse que gostaria muito de conversar mais comigo, mas precisava ir embora. Fiquei tentando fazer sair algo da guitarra. Nada. Ninguém apareceu e eu resolvi tentar depois.

Quando todas as aulas acabaram, peguei minha bicicleta e segui um pouco relutante para a casa de Ishikawa. Cheguei e toquei o interfone, sua mãe me atendeu e pediu para que eu entrasse.

Ela me explicou que ele estava com muita febre e de cama, por isso não havia ido a escola. Agradeceu-me por ter anotado algumas coisas pensando nele. Eu corei com isso. Na verdade, não tinha pensado por esse lado, apenas pensei que devia recompensa-lo por me acompanhar até minha casa todo dia.

Eu iria apenas deixar as anotações e ir embora, mas a Ishikawa-mãe-san insistiu para que eu subisse para ver o Ishkawa, que ela disse ser meu namorado. Corei de novo, mas subi. Não quis discutir com uma mulher tão boa e simpática.

Abri a porta do quarto de Ishikawa e o vi dormindo em sua cama. Me aproximei. Ele estava coberto com seu cobertor e tinha uma toalha molhada na testa. Suava e resmungava algo enquanto dormia. Sorri. Ele parecia bonito dormindo.

Okay, Aoi. Pare já com isso.

Ia sair de seu quarto, quando deixei as anotações em cima da pequena mesinha, mas vi algo muito tentador: um canetão preto. Peguei-o e me dirigi ao Ishikawa, lhe dando um óculos e bigodes. Me segurei para não rir e saí o mais rápido possível de lá.

– Já vai, querida? – a mãe do garoto – que eu acabara de transformar num velhinho cegueta - perguntou ao me ver calçando os sapatos.

– Hã, hai. – respondi sem graça. Quando ela visse a linda obra de arte que eu fiz...

– Arigato pelas anotações novamente. – ela sorriu.

– Claro.

Tratei de sair correndo de lá. Deixei minha bicicleta na garagem, anunciei que cheguei, subi as escadas quase rolando pra baixo de novo, entrei no meu quarto e me joguei na cama. Comecei a rir.

– Talvez eu goste... dele. – falei enquanto ria.

Quando percebi o que tinha dito, corei e afundei um travesseiro na minha cara. O que estou dizendo? Mas ele estava tão bonito dormindo... Nem parecia o mesmo Ishikawa. Quanta bobagem! Chega, me recuso a continuar com isso!

– Mamãe, eu quero dinheiro! – gritei.

– Pra que? – Ryuuji abriu a porta do meu quarto.

– Desde quando você se chama mamãe? – perguntei.

Ele me encarou de uma forma que eu sabia que era melhor correr. E assim terminou meu dia. Meu onii-chan-lolicon correndo atrás de mim enquanto gritava: “Me respeite, sua pentelha!”


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Notas finais do capítulo

Aoi está ficando popular e cada vez mais pirada xD O que acharam? Já tá na cara muita coisa. Só é associar a sinopse com a história que, né... xD Comentem. Me digam o que acharam, se algo precisa ser melhorado, se a Aoi tem que parar de fumar orégano, porque né huehuehuehue Espero que tenham gostado!
~ Ja ne :*