Vida em Erebor escrita por Vindalf


Capítulo 1
Reconstruir do chão


Notas iniciais do capítulo

Agradeço aos muitos consultores dos mais diversos assuntos que ajudaram a tornar esta fic um pouco mais verossímil, apesar dos meus devaneios. Eu também não posso deixar de mencionar a ajuda do Tolkien Group, mestres de tudo Tolkien, em vocábulos específicos.

Ortografia de nomes foi a de Tolkien e/ou de seus tradutores. Em caso de grafias divergentes, optei por usar a de Tolkien.
Dicionário de Khuzdul e costumes anões foram, em parte, usados do blog e páginas do The Dwarrow Scholar. Também copiei as legendas de O Hobbit: A desolação de Smaug. Outros eu apelei para o meu headcanon.



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"Era o melhor dos tempos, era o pior dos tempos; tínhamos nada a nossa frente, tínhamos tudo a nossa frente"

Charles Dickens

1.

Reconstruir do chão

O recomeço da montanha

Desde pequena, Anna tinha paixão por histórias medievais. Não tanto pelos castelos e guerras, mas pela vida quotidiana. A pequena Anna enchia sua mãe de perguntas para tentar descobrir como aquelas pessoas viviam sem as facilidades da vida moderna. Como se viravam sem geladeira? E como viajavam sem carros ou estradas? O que faziam sem televisão?

Já durante boa parte de sua adolescência Anna foi uma entusiasta das feiras renascentistas. Ela adorava passar horas entre pessoas vestidas como no século 12 ou 15, provando as comidas e bebidas da época, olhando os jogos, as danças, as músicas. Depois Anna entrava num ônibus moderno, andava por ruas asfaltadas desfrutando da iluminação pública e da canalização subterrânea de esgoto e água até chegar a seu prédio, subir de elevador ao andar correspondente e entrar em casa, onde Billy, o gato, já a esperava na porta.

Porque jamais passara pela cabeça de Anna viver no século 10 ou 12.

Mas era exatamente assim que ela vivia agora. Ela estava casada, vivendo em Erebor, esperando seu primeiro filho com Thorin, Rei Sob a Montanha. Eles haviam sobrevivido à jornada até Erebor, ao dragão Smaug e à batalha contra orcs e goblins.

Os primeiros meses foram difíceis. Havia todo o estrago feito por quase dois séculos da ocupação de Smaug, para não mencionar a sujeira normal acumulada por decênios de falta de limpeza.

A montanha era ocupada aos poucos. Os primeiros a chegar vieram das Colinas de Ferro, súditos de Dáin Ironfoot. Os anões das Montanhas Azuis, exilados de Erebor e seus descendentes, ainda demorariam meses para chegar.

A notícia da retomada da Montanha Solitária e da reconstrução de Valle e da Cidade do Lago (rebatizada de Esgaroth) lentamente se espalhou pela redondeza e atraiu muita gente. Havia muito serviço a fazer, e o ouro de Erebor voltava a fluir, como nas canções dos tempos idos. Anões de Ered Mithrin e das Colinas de Ferro, homens de outras localidades... Um mercado improvisado logo se instalou perto de Valle.

Aos poucos, a paz e a prosperidade retornavam às terras do Oriente.

Muitos soldados de Dáin permaneceram para guardar a Montanha Solitária mesmo depois de seu senhor ter voltado às Colinas de Ferro. Afinal, a notícia de muito ouro sempre atraía gananciosos e aqueles interessados em se apossar de coisas que não lhes pertenciam. Até Thorin conseguir recompor um exército para Erebor, era com os soldados de Dáin que ele contava para a segurança da montanha.

Enquanto isso não acontecia, Thorin II, chamado Oakenshield, dividia-se em reconstruir Erebor e construir uma família com Anna.

Como em muitas ocasiões desde que chegara à Terra Média, Anna viu-se fazendo coisas que jamais imaginara antes. Serviço doméstico era um deles. Se mesmo com as facilidades do século 21, serviço de casa não era o forte de Anna, que dirá no ambiente rústico da Montanha Solitária?

Muitas vezes Thorin ralhava com ela por isso. Ela era Consorte do Rei: haveria criados para cuidar disso para ela. Ademais, ela não deveria se esforçar por causa do bebê. Mas Anna sorria para ele e dizia, beijando-lhe o nariz:

— É por ser Consorte do Rei que devo dar o exemplo, meu rei.

Thorin reclamava um pouco, mas não conseguia deter sua mulher. Agora que sua barriga estava mais aparente, ela pedia ajuda aos rapazes para a faxina mais pesada.

Anna gostava de perambular pela montanha, mesmo correndo o risco de se perder, oferecendo a pouca ajuda que era capaz de dar. Ela odiava se sentir inútil.

Apesar de estar há semanas morando em Erebor (ela calculava umas seis ou sete desde a Batalha dos Cinco Exércitos), Anna não se cansava de admirar a magnitude do lugar. Ela se sentia em estado permanente de admiração de seu novo lar: ambientes maiores que uma catedral, estruturas gigantescas por quaisquer padrões, os vestígios da riqueza dos velhos tempos por todos os lados. Tudo só a incentivava a explorar cada vez mais e tentar achar modos de contribuir para aquele local voltar ao antigo esplendor.

Todos os dias Anna fazia questão de entrar no salão que terminou servindo de enfermaria para os feridos mais graves que ainda se recuperavam da Batalha dos Cinco Exércitos. Óin era o curador-chefe e tinha outros ajudantes, com certeza, mas Anna gostava de ser útil aos soldados que tinham ajudado a reaver a montanha. Ela trocava curativos, limpava as feridas, ajudava a alimentar os doentes ou às vezes simplesmente sentava-se junto aos anões alojados em macas, dando-lhes atenção ou um sorriso. Óin lhe ensinava a arte de tratar de doentes, mostrando as diferentes ervas, demonstrando como fazer unguentos, emplastros e outros remédios.

Anna não tinha se dado conta, mas a importância dessas visitas era grande. Os homens sabiam que ela era a Consorte Real, e a atenção que ela lhes dava fortalecia o reinado de Thorin. Alguns dos soldados falavam que poderiam ficar em Erebor ou trazer suas famílias das Colinas de Ferro. Balin apontou esse fato para Anna e Thorin. A moça deu de ombros e disse apenas que tinha prazer em ajudar Mestre Óin no que pudesse, pois ela não sabia fazer muito e gostava de aprender o que ele ensinava. Atender doentes na enfermaria era uma das coisas que ela fazia com muito gosto, porque era basicamente um ato de caridade.

Erebor precisava muito de pessoas dedicadas, e Anna podia ver isso. Infelizmente, por não ser daquele lugar, ela não sabia fazer muito. Mas sentir-se inútil era coisa que Anna odiava. Portanto, ela estava sempre percorrendo a montanha, oferecendo a ajuda que podia.

— Mestre Bombur! — saudou, ao entrar nas cozinhas reais. — Como estão as coisas por aqui hoje?

O rotundo anão sorriu, saudando:

— Dona Anna! — Imediatamente, alguns de seus ajudantes se curvaram diante de Anna. — Como está, milady?

— Gostaria de ser mais útil, Bombur. Há algo que eu possa fazer para ajudá-lo?

Ele fez um gesto mostrando o redor:

— Como pode ver, gente não me falta, louvado seja Mahal. E eu não pensaria em explorar a Consorte do Rei.

— Quantas vezes eu o ajudei com as refeições, Bombur? Sinto saudades disso.

Ele sorriu.

— Eu também, milady.

Anna reforçou:

— Alguma coisa que eu deva mencionar ao Conselho? Amanhã teremos uma reunião.

— A comida doada pelos elfos e homens deve durar meses. Se usarmos direito, não teremos necessidade antes da primavera acabar.

— Fique atento, Bombur, pois podemos receber mais anões das Colinas de Ferro antes das caravanas de Ered Luin e então esse quadro pode mudar.

— Sim, senhora.

Anna sorriu:

— Você tem sido ótimo, Bombur. Todos estão de parabéns. Continuem com o bom trabalho.

O anão sorriu, e os demais se curvaram enquanto Anna saía. Aquele costume enervava Anna, mas Thorin garantiu que nada podia ser feito: era o costume. Anna agora fazia parte da realeza.

Ela só queria que seus amigos, agora chamados de "Os 13 de Erebor", continuassem a tratá-la como sempre.

Mas nada mais seria como sempre foi.

Anna percebia essa realidade a cada reunião do Conselho. Ela era recebida com olhares que variavam de raivosos e indignados a irônicos. Ela estava sempre cercada por Fíli (que aprendia a ser rei), Dwalin e Balin.

Uma de suas primeiras sugestões foi recebida com ironia pelos demais clãs. Mesmo Balin parecia reticente, e explicou:

— Simplesmente não é nosso modo de vida, madame. Anões não lidam com agricultura ou gado.

Anna argumentou:

— Por isso é que entregaríamos essa terra a homens, que sabem cultivá-la. Eles plantariam alimentos e criariam gado em terras de Erebor, entregariam a produção a nós e pagaríamos por isso.

Pendir, um dos representantes dos outros clãs, protestou:

— Se a terra é nossa, por que pagá-los?

Anna explicou:

— Porque tirar comida da terra é trabalho duro e não sabemos fazê-lo. Se soubéssemos algo sobre o trabalho de terra, não precisaríamos dos homens.

Thorin ponderou:

— Compramos nossa comida de homens e elfos. Isso não estremeceria nossas relações com eles?

— Não se plantarmos apenas para ter uma reserva. Se algo acontecer com as lavouras deles, eles poderão não vendê-las para nós porque seu povo passaria fome. Quem passaria fome, neste caso, seria o povo de Erebor.

Dwalin disse:

— Faz sentido. Não dependeríamos tanto dos amantes de árvores.

Anna acrescentou:

— Poderíamos até vender comida para eles, nesse caso.

Houve alguns grunhidos de aceitação relutante na mesa, e Pendir lançou um olhar ferino para Anna, que sorria para Balin. Thorin decidiu:

— Podemos discutir melhor isso antes de tomar uma decisão. No momento, há assuntos mais urgentes a tratar. Como estão os trabalhos de recuperação?

Balin suspirou:

— Cada vez que pensamos estar avançando, descobrimos um novo estrago do dragão. Será preciso cavar novos túneis de exaustão para as minas e uma saída de emergência. No momento, Erebor tem uma única saída e entrada.

Dwalin sacudiu a cabeça, comentando:

— Isso nunca é boa estratégia.

Thorin quis saber:

— Como está Ori na biblioteca?

Balin respondeu:

— No momento ele separa os livros inutilizados dos que possam ser recuperados.

— Peça a ele que procure todas as plantas da montanha. Precisamos saber a melhor localização de um rota de fuga.

Anna sugeriu:

— Há como recuperar o túnel de seu avô?

Fíli se animou:

— Podemos tentar.

Anna se ofereceu:

— Eu ia mesmo visitar Ori. Posso falar com ele.

Thorin decretou:

— Essa reunião está encerrada. Consorte, fique e me atenda.

Anna achou estranho o modo como ele a tratou, mas evitou falar na frente dos demais. Esperou até todos saírem para indagar:

— Thorin, que isso quer dizer?

— Precisamos discutir algumas coisas.

— Aconteceu alguma coisa?

— Não, mas vai acontecer em breve. Você teve uma ideia muito boa, essa de entregar uma lavoura para os homens cuidarem.

— Você gostou?

— Bem interessante. Podemos discuti-la no almoço. Já comeu?

— Não, mas...

— Que tal fazer isso agora? Você não tem se alimentado.

— Thorin, eu estou ótima, mas posso ver que algo o preocupa. O que é?

— A vida em corte. A presença de Pendir me alertou para algumas circunstâncias.

— Circunstâncias?

— Sua presença no Conselho pode ser mal-interpretada.

— Mesmo? Desculpe, eu pensei que esse fosse o costume. Não é comum consortes fazerem parte do Conselho Real?

— Sim, este é o padrão. E é aí que entram as circunstâncias. Você é uma consorte estrangeira.

A esperta Anna logo percebeu o problema:

— Você teme que os outros digam que o Rei Sob a Montanha está sob influência estrangeira.

O rei parecia vexado:

— Vida na corte é alimentada de fofocas e intrigas. Eu sinto muito, ghivasha.

Anna assentiu:

— Eu entendo. Não é culpa sua. Vai me tirar do Conselho?

Thorin sorriu para ela e abriu os braços, chamando:

— Minha pequena, venha aqui.

Anna se jogou nos braços dele.Thorin a ajeitou sentada em seu colo, seus braços a envolvendo, antes de beijar seus cabelos, dizendo:

— Eu amo você e preciso de sua ajuda para governar Erebor. Mas no Conselho você estará exposta. Não sei se poderei protegê-la.

Ela se aninhou a ele:

— Oh, Thorin, meu amor. Eu só quero ajudá-lo. Estarei sempre a seu lado. Eu sempre temi prejudicá-lo.

Ele beijou sua bochecha:

— A única coisa que pode me prejudicar é sua ausência, ghivashel. E nosso pequenino?

Anna pôs a mão no pequeno volume em seu ventre, sorrindo:

— Por enquanto é uma pequena sementinha que vai crescendo a cada dia. Mas não sei se ele cresce como deveria. Gostaria de poder perguntar a outras mães como é a gravidez entre anões.

Thorin lembrou:

— Logo minha irmã chegará a Erebor.Tivemos notícias de Dís. A caravana já deixou as Montanhas Sombrias. Em poucas semanas ela estará aqui.

— Se fosse no meu mundo, dificilmente ela levaria mais de dois dias para chegar das Montanhas Azuis a Erebor.

Thorin a encarou.

— Você sente saudades de seu mundo, não é?

Anna deu de ombros.

— Eventualmente, sinto falta das facilidades que as máquinas trazem. Mas só sinto saudades de minha mãe e uns poucos amigos. Esse é meu mundo agora, Thorin.

Ele a beijou:

Ghivashel...

— E você é meu ukurduh.

Thorin riu.

— Pode dizer apenas ukurduh. Quando coloca "duh" no fim da palavra, quer dizer meu.

— Ai, desculpe. Eu nem deveria saber nada de Khuzdul, não é?

Ele concordou:

— A língua é proibida para estrangeiros.

Aquilo pesou no coração de Anna. Ela era uma estrangeira, jamais deixaria de ser. Por isso, ela encostou a testa na dele, sussurrando:

— Eu amo você, Thorin Oakenshield. Não importa nossas diferenças.

Ele a beijou com carinho:

— Pequena, você tem esse rei a seus pés.

Anna sabia disso. E muitos outros também. Mas se essa certeza aquietava Anna, para outros tinha o efeito contrário.

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Acordar ao lado de Thorin sempre era uma experiência que emocionava Anna. Partilhar a cama com ele ia muito além do sexo, para ela. Não havia apenas a sensação de aconchego, intimidade e paz. Além de amada, Thorin a fazia sentir-se segura, protegida e celebrada. Quando ele a envolvia em seus braços musculosos e firmes, Anna se sentia como se nenhum dos males do mundo fosse capaz de atravessar aquele escudo de amor e carinho.

Ninguém a tinha feito se sentir assim antes em toda sua vida.

Acordar ao lado de Thorin também significava ocasionalmente observá-lo dormir. A visão era magnífica: os longos cílios levemente curvados, a expressão doce em seu rostos, as sobrancelhas numa expressão relaxada, o rosto todo até mais jovem. Thorin parecia majestoso até quando adormecido, e Anna se dedicava a reflexões mais profundas, sobre sua vida ao lado daquele homem e a vida dos dois dali para frente.

Ambos tinham uma grande tarefa pela frente. Reconstruir Erebor não seria fácil. Felizmente, Anna descobriu, seu papel naquela sociedade poderia ir além de cuidar do rei, da casa e dos filhos. Na cultura dos anões, mulheres tinham relativa autonomia. Como consorte de um rei, ela podia desfrutar de ainda mais autonomia.

Essas circunstâncias satisfaziam Anna, já que ela não tinha intenção de deixar seu destino ser governado por um mundo dominado por homens. Mas ela dificilmente tinha planos de liderar uma rebelião feminista na Terra Média.

Afinal, Anna ainda precisava criar um filho naquele lugar. Aquele filho era o seu milagre pessoal.

Bilbo brincara com ela, dizendo que talvez ela tivesse sangue hobbit, afinal. Era fato que hobbits eram uma raça fértil, o que explicaria uma gravidez entre raças. Anna se sentia ainda mais ligada ao hobbit, a quem considerava não mais um tio, mas quase um irmão.

Seus pensamentos foram interrompidos por uma voz grave que a saudou:

— Bom dia, esposa.

Anna se virou para o marido e beijou a ponta de seu nariz:

— Bom dia, esposo. Dormiu bem?

Thorin a abraçou:

— E como não? Você me esgotou ontem à noite, miúda insaciável.

Ela ficou vermelha:

— Meu marido é um homem de paixões profundas, e me faz querer sempre mais.

Ghivashel...

Eles se beijaram, e Thorin a apertou contra seu corpo, inflamando o desejo de Anna. Se os dois se deixassem levar por suas paixões, ficariam na cama o dia inteiro.

Verdade seja dita, eles tinham feito isso em umas duas ocasiões, além do dia de núpcias.

Mas naquele dia Thorin viu sua mulher erguer-se, chamando:

— Vamos lá, meu amor, seu reino nos chama. Daqui a pouco Balin estará aqui nos chamando para o desjejum. Não quero que ele pense que somos incapazes de controlar nossos desejos.

— Talvez seja tarde demais, ghivasha, e ele já pense isso.

— Thorin...!

— Mas esse segredo ele guardará com sua vida.

— Você é um rei de muita sorte, sabia?

Ele se sentou na cama, observando-a escolher as roupas do dia.

— Eu sei. Sabe, você não deveria estar fazendo isso.

— Fazendo o quê?

— Escolhendo suas roupas. Uma criada deve fazer isso.

Anna comentou:

— Que bobagem, Thorin. Sou perfeitamente capaz de escolher minhas roupas.

Ele lembrou:

— No momento, não temos mulheres aqui nem uma vida de corte, ainda, mas você precisará de uma criada mais tarde.

Anna pensou melhor:

— Presumo que eu vá precisar de ajuda depois que nosso filho nascer. Mas até lá, não vejo por quê.

Thorin indagou:

— E nosso pequenino? Está bem?

— Estamos ótimos — garantiu Anna. — Só do que precisamos no momento é um banho. Vamos, eu o espero lá dentro.

— Eu também?

— Vamos aproveitar a água quente. — Anna tirou a camisola e sorriu, despida. — Prometo que desse banho você vai gostar.

— Miúda insaciável — rosnou Thorin, saltando da cama e a perseguindo até o quarto de banho, enquanto ela corria dele, dando gritinhos.

Desnecessário dizer que eles se atrasaram tanto para o desjejum que Balin teve que ir buscá-los.

Palavras em Khuzdul:

ghivashel = tesouro de todos os tesouros

ghivasha = tesouro

ukurduh = meu coração


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Notas finais do capítulo

Obs: procuro ser fiel aos livros e aos filmes. Infelizmente, eu sou horrível com datas. Peço perdão por qualquer eventual incongruência.





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