The Slytherin escrita por Ravena


Capítulo 18
Colar mágico




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Pov Hermione

Eu já estava recuperada após a frustrante derrota. Tinha tomado um banho quente e tinha abusado nos sais de banho na banheira. Depois de nos arrumarmos, com roupas pretas lindas feito espiãs, eu e minhas amigas saímos do dormitório.

Era de noite, e nesse horário era proibida a circulação de pessoas nos corredores, mas, como sempre, não me importei. Sinceramente, acho muito estranho quando as pessoas se vestem de preto achando que não vão chamar atenção. Acho que você acaba chamando mais atenção do que se estivesse vestindo normalmente. Mas estava escuro de qualquer forma e eu queria usar uma roupa nova.

—Mione, é muito longe esse lugar que você esta nos levando? - perguntou Miranda.

Estávamos no sétimo andar do castelo, e, considerando que o Salão Comunal da Sonserina era nas masmorras, já havíamos andado um bocado. Por que elas acham que eu não tinha ido de salto alto?

Eu parei em frente a uma parede do sétimo andar. Aparentemente, era uma parede como qualquer outra, sem nada de especial. Comecei a duvidar se o lugar em que eu tinha depositado a minha esperança na verdade fosse só um mito. 

—Não. É aqui. - eu disse apontando para a parede.

—Mione, você pirou? - perguntou Miranda - Não tem nada aqui.

Respirei fundo. A Sala Precisa tinha que existir. Não acredito que tinha subido mais de sete andares para nada. Pensei em um lugar seguro, onde ninguém iria nos achar por engano e ao mesmo tempo nós pudéssemos fazer todas as nossas pesquisar. De repente, uma porta começou a surgir na parede.

—Não, Miranda - eu disse com um sorriso - Eu não pirei.

Foi praticamente um tiro no escuro, mas acho que valia a pena tentar, e estava certa. Abri a porta e demos com uma sala enorme. Havia muitos livros em estantes que iam ate o teto da sala, uma mesa grande no meio da sala e vários abajures.

—Bem vindas a Sala Precisa - eu disse, admirada. Finalmente Hogwarts havia sido útil para alguma coisa. 

—Esse lugar é incrível - disse Miranda.

—Ele faz tudo o que vocês quiserem - eu disse - Se vocês quiserem comida, vai aparecer uma mesa de bufett enorme com todos os tipos de comida que vocês possam imaginar.

Não sabia nada a respeito da sala, na verdade. Ouvi um boato sobre sua existência há alguns anos atrás, antes mesmo de eu entrar em Hogwarts. Aparentemente, a sala conseguia proporcionar tudo o que queríamos, mas não sei se há restrições. Mas, queria bancar a sabichona de qualquer forma, então torci para que comida também fosse proporcionada pela Sala. 

(ps da autora: NÃO É) 

—Então esse livros são registros de todas as famílias bruxas? - disse Miranda

—Sim - eu disse- Fui bem específica a respeito de nossos desejos. Acho que temos aqui todas as árvores genealógicas do mundo bruxo.

—Isso é incrível- disse Miranda. Acho que não iremos conseguir extrair nada além dessas palavras.

—Eu quero o livro da família Gray-disse Leia se virando para uma das enormes paredes.

Um livro enorme saiu da estante e flutuou até às mãos de Leia. Seu braço era tão magrinho que pensei que ele romperia com o aparente enorme peso do livro.

—Isso é incrível - disse Miranda

—Você só sabe falar isso? - perguntou Leia enquanto apoiava o livro em uma mesa próxima. Nós nos juntamos sobre ela, para todas podermos ler.

—E tem mais alguma coisa para falar?- disse Miranda -Olha para esse lugar!

 —Qual é o nome da sua avó?- perguntei para Leia.

—Aurora Gray - ela disse

O livro era muito grande e tinha uma aparência extremamente antiga. O emblema de um grande leão vermelho de auto-relevo era a principal figura da capa. Aparentemente, deveria ter mais de 1000 anos. 

—Me mostre Aurora Gray - eu disse para o livro. Em circunstâncias normais, eu acharia que estava louca. 

O livro se abriu em uma página

''Aurora Gray, Zaimer quando solteira, se casou com Henry Gray, com quem teve Liara e Aria Gray. A família Gray provém de uma longa linhagem bruxa, a qual se ramificou em vários braços desde os primórdios de sua formação. Acredita-se que muitos bruxos famosos tenham surgido nessa linhagem. Por maior que essa dinastia seja, é provável que restem pouquíssimos integrantes na atualidade, tendo em vista que grande parte de seus integrantes foram caçados. Isso aconteceu pois há uma lenda que ronda essa família, mas é algo antigo e impreciso, uma falácia que não tem comprovação. Acredita-se que estes sejam descendentes de Godric Gryffindor e, consequentemente, a maldição da dualidade está marcada em seu sangue. A filha de Aurora, Aria, morreu com 10 anos, vítima de tuberculose. Com a morte de Aria, Aurora e Henry adotaram Lidia Gray, Monteghard quando orfã''- eu li

Nossa, isso era muita coisa para absorver. O que era a maldição da dualidade? Será que Gray estaria amaldiçoada? Ela era descendente de um dos fundadores de Hogwarts? Era coisa demais para assimilar que eu fiquei quase tonta. Será que ela poderia ser mais importante do que eu por descender de uma pessoa tão poderosa como Gryffindor? Mas espera. Não se sabe se ela realmente é descendente dele, é só uma hipótese, como o livro deixa bem claro. É, talvez eles tenham cometido um engano. 

Leia, por outro lado, estava muito animada. Finalmente tinha descoberto o verdadeiro nome de sua mãe e estava ansiosa para descobrir mais sobre sua verdadeira família. Um livro tão grosso quanto o da família Gray saiu das estantes e flutuou até sua mão. Era o livro da família Monteghard. 

—Me mostre Lídia Monteghard

O livro se abriu em uma página:

—''Lidia Monteghard é filha de Kandrix e Damos Monteghard, irmã de Jane Monteghard. Seus pais morreram há anos atrás devido a uma caça aos trouxas mal sucedida. Desde então, Jane e Lídia foram deixadas em orfanatos separados. Jane foi adotada por Brian e Rene enquanto Lídia foi adotada por Henry e Aurora.''- leu Leia - A família Monteghard possui associações com a família Gaunt, porém não se sabe se estão diretamente ligados ao sangue de Salazar Slytherin. Há teorias que dizem sobre um provável ancestral comum, mas nada foi confirmado. Por via das dúvidas, a família tem conexão com o sangue de Slytherin, e talvez, possa ser considerada seus herdeiros. Porém, é importante destacar que não possuem o mesmo poder que os Gaunt e seu talento para ofidioglossia é menor que o da primeira família. 

—Você é herdeira de Salazar Slytherin? - perguntou Miranda, admirada.

—Acho que sou - disse ela sorrindo. Ela estava radiante e acho que nunca a tinha visto tão feliz.

Algo me intrigava muito naquela história toda. Tenho certeza que já ouvira o nome antes. Claro que sempre me interessei muito por Salazar Slytherin, afinal, ele foi um dos maiores bruxos da história. Li muitas biografias e livros a respeito dele, então talvez vira o nome desta família em uma das obras. Mas, o nome despertava um lado mais íntimo em mim, como se fosse rotineiro...

—Ela não, nós.— eu disse. Me lembrei do verdadeiro nome de minha mãe. Jane Monthegard. 

Eu estava me tremendo toda. Sempre soube que minha mãe havia sido adotada, mas nunca me interessara muito por isso. O que importava para mim é que ela fora adotada por uma família muito rica e sangue-puro, e eu não poderia pedir mais nada.

A realidade de provavelmente ser herdeira de um dos maiores bruxos da história era impressionante. Já sabia que eu fora destinada a grandeza no momento em que nasci, mas aquilo era realmente inimaginável!

—Como assim? - perguntou Leia. Ela me fitava com um olhar imparcial.

—Minha mãe é a Jane - eu disse - Leia, nós somos primas!

Fiquei realmente feliz com a notícia. Amava Leia como se ela fosse minha irmã e ter uma conexão de sangue com ela foi incrível. Nunca me senti tão feliz em toda a minha vida.

Hermione Monthegard Granger, descendente de Salazar Slytherin.

—A sua mãe também é adotada? - perguntou Miranda. Não sei como ela devia estar se sentindo com toda aquela demonstração de afeto, ao qual ela não fora convidada. Acho que sentia ciúmes de nós, de um certo modo.

—Sempre soube que ela era, mas nunca me interessara muito. E isso é realmente incrível...

—OLHEM!- Miranda me interrompeu com um grito agudo. Expressava medo pelo seu olhar.

Ela apontou para um colar que estava em cima do livro. Não notei o colar até o momento. Podia jurar que ele tinha acabado de aparecer ali. Parecia muito com o meu, mas era bem mais antigo e também mais acabadinho. 

O estranho era que ele brilhava de uma forma incandescente, quase fantasmagórica. De repente, todas nós fomos sugadas para o seu interior e tudo ficou escuro.


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