Uma Nova Etapa escrita por Bianca Saantos


Capítulo 11
Capítulo 11


Notas iniciais do capítulo

Oi Oi Genteeee

Desculpa pela enorme demora que eu fiz. Tinha muitos afazeres, então fiquei um pouco sumida no Nyah. Mas aqui estou novamente!!
Obrigada aos comentários, e espero que não tenham me esquecido.

Boa Leitura !!



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Por Violetta *

_Oi Angie – falei atendendo meu celular.

_Olá Violetta. – respondeu. – Como está?

_Muito bem e você?

_Ótima. – respondeu novamente. – Te liguei para avisar que dentro de duas semanas, eu e seu pai apareceremos aí na Califórnia, para fazer uma visita a você, espero que não te atrapalhemos. Ele queria ir sem avisar, mas seria injusto.

_Tudo bem Angie, obrigada por me avisar, estarei esperando por vocês. – falei e assim desligamos, sem mais cerimônias.

Eu estava pronta para ir à aula, na verdade eu estava super atrasada. Francesca não me acordou hoje, e ela sempre faz isso. Ou seja, ela está irada comigo. Francesca já havia ido, o que me deu muita raiva.

Peguei minha mochila e voei até o colégio, eu sabia que eu só entraria na segunda aula, as regras são muitas, e tem que ser cumpridas, eu não tinha chance de entrar na primeira aula com um atraso de vinte e cinco minutos.

***

_Violetta Castilho. – a voz de minha diretora Priscila, chamou meu nome. Sim, ela tinha o mesmo nome que a minha professora de ballet. – Isso são horas de chegar ao colégio?!

_Mil desculpas, não foi intencional. – falei eufórica devido ao tanto que eu havia corrido. – É que não fui acordada, nem pelo eu celular, e nem pela minha amiga, por favor, perdão.

_Tudo bem, já que nunca se atrasa, pode esperar neste banco até o próximo sinal, e vê se não faz hora para entrar na sala. – assenti com um sorriso agradecido em meu rosto.

Sentei-me no banco e tirei meu livro de dentro da mochila. Era um livro que falava sobre um romance antigo, entre uma camponesa e um milionário, as famílias de ambos não aceitavam o namoro por conta das diferenças de classe.

***

Já estava ali há cinqüenta minutos. Sim, minhas aulas têm cinqüenta minutos. O sinal tocou e eu agradeci, estava entediada e com sono.

Os corredores foram tomados por adolescentes correndo de um lado para o outro, para suas próximas classes. Tentei andar ali no meio, mas tentativa falha. Derrubaram meus livros no chão, e ainda os pisotearam.

Senti raiva, odiava não conseguir acompanhar aquele bando de animais. “Animais” é apenas a expressão que eu uso para dizer que são grossos e não prestam atenção em nada, nem parecem que raciocinam.

Abaixei-me para pegar meus livros, e assim que os peguei, senti a batida forte contra mim novamente, fazendo com que eu caísse sentada no chão e meus livros se espalhassem pelo corredor de novo. Olhei para cima encontrando León com uma cara assustada.

Ele estendeu a mão e me ajudou a levantar. Não sorri, estava aborrecida, tudo acontece quando você começa o seu dia de mau-humor e com stress de não ter conseguido chegar a tempo no colégio.

_Desculpa amor, não te vi. – León disse me dando os livros que estavam no chão.

_Ninguém me vê León. – falei estressada. Confesso que estava um pouco chatinha hoje, normal, tenho isso todo mês. E eu sabia que era TPM porque ficava assim sempre nesses mesmos dias de todo mês.

_Alguém não acordou bem. – ele disse beijando meu rosto e eu suspirei. – Quer conversar? – perguntou naturalmente, como se tivéssemos todo tempo do mundo naquele instante. O olhei confusa.

_Em pleno horário de aula, você quer conversar comigo?! – perguntei exaltada. – Você perdeu a noção das coisas León?!

_Vamos fugir hoje do colégio.

_Não sou de cabular aula, e você sabe muito bem disso, Vargas. – falei irritada com aquelas propostas.

_Não te perguntei nada. – ele disse sorrindo sarcástico e eu revirei os olhos.

León puxou-me, arrastando para fora daquela escola, eu tentei me soltar inúmeras vezes, mas ele estava segurando o meu pulso, o que me deixava frustrada sem muitos meios de uma solução. Tentei gritar, mas com a barulheira dos outros no corredor, se tornava uma missão impossível.

_O que pensa estar fazendo?! – perguntei assim que estávamos do lado de fora. – Você está maluco?! – perguntei puxando meu pulso de suas mãos.

_Vem cá – disse aproximando-se de mim com os braços abertos. – Só posso fazer uma coisa pra esse nervosismo todo passar. – e assim envolveu seus braços em volta de meu corpo, em um abraço caloroso.

Eu estava abraçada o meu livro, então não pôde passar os braços por volta dele. Apenas aconcheguei minha cabeça melhor em seu peito, ouvindo seu coração bater forte, eu sorri, talvez o que eu precisasse fosse de carinho e atenção.

_Você está muito estranha esses dias, amor. – León disse acariciando meus cabelos. – Fiz algo de errado? Ou aconteceu alguma coisa ruim?

Sorri involuntariamente com toda aquela preocupação. Adorava ver que ele se importava comigo, e se eu estava bem, mas a verdade é que... Eu estou sobrecarregada. Preciso me resolver com Francesca, León e eu estamos em uma relação um pouco conturbada e minha “família” vai me fazer essa tal visita, tem como não ficar com todo esse stress?

_Não, você não fez nada. – falei ainda com a cabeça em seu peito. – Minha cabeça está a mil por hora, não consigo desse jeito.

_É melhor sairmos daqui. – León disse se afastando de mim. – Os corredores já estão vazios, e não podem nos pegar aqui. – ele disse puxando meu braço para algum lugar que eu ainda não sabia onde era.

León parecia ser mestre em cabular as nossas aulas. Será que quando eu não o via no colégio, ele estaria... Por aí sem fazer nada? Tentei não pensar nessa hipótese, eu confiava nele, eu acho.

Chegamos a uma parte bem escondida daquela república. León sentou-se na grama, recostando suas costas na árvore. Ele indicou que eu sentasse também. E lá fui eu. Coloquei minha mochila no gramado, juntamente aos meus livros. Sentei-me de costas entre as pernas de León, colocando minha cabeça apoiada em seu peito, e ele passou a mão pela minha cintura, fazendo carinho na mesma.

_Francesca estava muito esquisita hoje. – León comentou quebrando o silêncio que estava ali. – Ela nem veio falar comigo como de costume. Ignorou-me. – continuou. – Ela brigou com o Marco ou alguma coisa assim?

_Ela brigou... Mas não com o Marco... – suspirei. – Comigo.

_Vocês brigaram? – pelo seu tom de voz, ele estava surpreso. – Agora entendo uma parte desse mau-humor todo. – resmungou.

_Não quero falar disso. – falei pondo minha mão sobre a sua, que estava em minha cintura, acariciando a mesma.

Ele resmungou mais alguma coisa que eu não fiz questão de entender. Estava um calor insuportável, mas perto daquelas árvores, havia uma brisa que me refrescava. Estava bem ali com ele, nos braços dele, recebendo as caricias vindas dele.

_Aqui me lembra o jardim da sua casa. – León falou e eu olhei em volta. – Só que sem as rosas brancas e vermelhas.

_Tem razão. – concordei com um pequeno sorriso no rosto.

_Costumávamos fazer coisas mais interessantes quando estávamos lá. – ele disse e eu ri de seu tom pervertido.

_Não sei se é uma boa ideia namorar aqui como namorávamos em meu jardim. – falei ainda rindo. – Creio que se nos pegarem, vamos nos prejudicar muito, eu não quero que isso aconteça.

_Só um beijo? – balancei a cabeça negativamente. – Ninguém nega um beijo Violetta. – ele disse irritado, ou se fingindo, não consegui decifrar.

_Eu nego – falei sentindo seus braços relaxados em minha cintura. – O que você vai fazer hoje à tarde?

_Tenho uma prova de inglês no período oposto, então só vou estar livre a partir das quatro e meia. – explicou.

_Agora eu entendi o porquê de você ter fugido da escola... Terá que voltar novamente. – rimos.

Ficamos um tempo em silêncio, e eu estava gostando daquilo. León parecia mais tranqüilo quando ficávamos sozinhos, sem nada a perturbar. Era uma ótima sensação estar ao lado dele.

_O que vai fazer para voltar a falar com a Fran? – perguntou acariciando meus cabelos carinhosamente.

_Não sei, acho que vou esperar ela diminuir a raiva que está sentindo por mim, quem sabe ela não esqueça.

_Vai por mim, Francesca jamais se esquece tão fácil dos acontecimentos. – ele disse e eu suspirei cansada. – Sei que não estou ajudando, mas faço o possível.

_Obrigada por estar ao meu lado. – falei sorrindo, recebendo um beijo próximo a minha orelha. – Você não sabe como é bom não ter te perdido.

_Você jamais me perdeu e jamais perderá. – ele disse com a voz rouca me causando calafrios. – Não estou disposto a isso.

Virei de frente para ele, encontrando os olhos verdes que me confortavam a todos os segundos de minha vida. Acariciei seu rosto e ele sorriu lindamente, fazendo meu coração palpitar, como a primeira vez que nos beijamos por puro amor.

Logo seus lábios trataram de achar os meus, em um beijo intenso, que arrepiou todo o meu corpo, fazendo com que minhas mãos suassem frio. Suas mãos permaneceram em minha cintura firmemente, como se temesse que eu saísse de seus braços, o que eu não queria que acontecesse nunca.

_Sabe o que eu estava pensando... – León começou assim que finalizamos o beijo. Apenas neguei com a cabeça. – Se já não está na hora de... Avançarmos um pouco. – ele disse olhando em meus olhos.

_Avançar...? – perguntei temendo o sentido aquela frase.

_Você sabe... – ele disse colocando uma mexa do meu cabelo atrás de minha orelha. – Um momento à noite a sós, onde possamos demonstrar tudo que sentimos um pelo outro. – sussurrou em meu ouvido.

E mais uma vez eu não sabia o que fazer ou dizer. Eu sabia que algum dia esse momento chegaria, e que teríamos que ter essa conversar constrangedora, mas essencial. Senti minhas bochechas corarem bruscamente.

_Le-León – falei com certa vergonha. – Acho que não seria uma boa ideia. – falei receosa. – Não estamos preparados.

_Se nos amamos é claro que estamos preparados. – disse sereno e eu estava sem reação. – A menos que você tenha dúvidas sobre o que sente por mim. – ele disse me olhando desconfiado.

_Jamais. – respondi desviando meu olhar do dele. – É só que... Não me sinto preparada. – falei e ele soltou um suspiro longo, evidenciando sua decepção. – Você entende né?

_Sim – disse com um sorriso de lado. Mas eu sei que ele não estava satisfeito. – Acho melhor sairmos daqui, já está entardecendo.

Ele se levantou e eu fiz o mesmo, eu sei que ele não estava muito contente com a minha decisão, mas eu não me sentia pronta, e também tinha medo. Não queria que acontecesse. Não ainda.

***


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Notas finais do capítulo

O que acharam ???
Se vcs comntarem posto mais um hj, como um bônus por ter demorado tanto.
Beijos!!