“Ou você se casa comigo ou perde o emprego.”

Bem vamos analisar alguns fatos sobre mim, começando pela parte de perder o emprego. Eu nunca fui rica, estou bem longe disso, minha mãe deixou meu pai assim que viu a conta bancaria de Lucius Granger, eu tinha cinco anos na época, me lembro até hoje dela saindo pela porta com suas malas e dizendo que ia se casar com um político rico, mais esse não é o assunto agora. Eu e meu pai economizamos até o ultimo centavo para pagar minha faculdade de Administração. Fui à melhor aluna da faculdade e do meu curso e olha onde eu acabei sendo pressionada a me casar em troca de emprego.

Cade os deuses do Olimpo que num momento como esse não me mandam uma ajuda?

Não quero me casar, tenho vinte e cinco anos, acabei de conseguir comprar um apartamento com minha melhor amiga, estamos vivendo em paz, e meu deus eu vou ate comprar um carro, e se eu me casar vou deixar Gina com todos os custos do apartamento, e meu carro que eu já ate dei a entrada falta so buscar na concessionária pra onde vai?

– Você pode pensar se quiser – disse Ronald me tirando de meus pensamentos – Você tem até o meio dia, se não tiver respostas suas até lá você esta demitida, pode ir pra casa se quiser, mais tem ate o meio dia.

Sem ao menos dizer um simpático “tchau” sai da sala bem decorada pegando minhas coisas em cima de minha mesa e praticamente voei para os elevadores. Ótimo, gastei cinqüenta pratas para ficar menos de uma hora no escritório se eu soubesse teria voltado para minha cama e fingido uma gripe.

Mais agora voltando à parte de analise de fatos, vamos ao fato beleza do noivo. Ronald Weasley era praticamente um Deus grego, do tipo Deus grego malvado que me ameaça para casar com ele.

Resolvi ir ate a lanchonete de Gina e Harry, seu namorado desde a época da faculdade. Era dez da manha e para minha completa sorte a lanchonete estava lotada. Obrigada por mais um dia de sorte Deus. Sentei-me em uma das poucas mesas vazias, e por um milagre Gina me viu e veio correndo, deixando o caixa nas mãos de uma menina loira, Acho que o nome dela era Luna.

– Qual é a boa Mione? – disse ela se sentando de frente para mim

– Muitas na verdade Gina, acordei atrasada, a água quente tinha acabado, ou seja, tomei banho com água fria, a cafeteira continua quebrada – eu disse olhando para o cardápio sem realmente ver – e eu tenho até o meio dia para pensar se aceito ou não me casar com meu chefe.

Abaixei o cardápio a tempo de ver Gina com uma cara de quem tentava entender a piada e de repente começou a rir.

– Ah Mione desculpa pela água e pela cafeteira, vou levar hoje ainda ela para o arrumarem, a historia do chefe, essa foi hilária na verdade, ótima piada, queria ter pensado nela antes.

– Não foi piada. – e de repente Gina parou de rir e começou a olhar preocupada para mim.

– Você ta bêbada? Caiu da escada de novo? – ela se aproximou de meu rosto – Ta drogada? Por que se estiver drogada taco essa cadeira na sua cabeça. Ou era que foi a água fria na sua cabeça?

– Eu to aqui desesperada e você pensando que eu estou drogada – eu disse olhando para aquele lindo olhos azuis e o cabelo ruivo da minha amiga Gina, mais uma Weasley na minha vida– Sério Ginevra, eu deveria te dar uns tapas, ou chamar o Harry e mandar ele te levar pros fundos.

– Desculpa Mi – ela sorriu de canto – Me explica essa historia de casar desde o começo, O que o louco do meu irmãozinho esta aprontando.

Primeiro deixe-me explicar uma coisa, a Gina é um amor de pessoa, mas tem um gênio do cão e é por isso que ela esta morando comigo a alguns anos, e que numa dessas muitas explosões de gênio ela saiu de casa e disse que o pai poderia colocar o dinheiro dele em um canto onde o sol não bate, se é que você me entende.

O Homem queria que ela deixasse de ver o Harry porque achava que ele era um interesseiro, coisa claro que não era verdade, eles se amam mais do eu consigo imaginar.

E desde essa briga ela saiu de casa, isso foi no nosso segundo ano de faculdade nessa época nos já éramos muito amigas e ela se refugiou lá em casa. Mas os Weasley sempre se protegem e por causa disso alguns meses depois um dos irmãos dela foi lá em casa para leva-lá de volta, coisa que ela não quis. Todos pensávamos que a terceira guerra iria estourar quando ela negou, o que não aconteceu o Sr. Weasley (pai) foi conversa com ela na minha casa e concordou que ela ficasse lá, mas em compensação cortou todos os cartões e acesso a sua gorda poupança ela tem uma ajuda de custo que era o essencial para se manter e agora trabalhava com o Harry para complementar, isso continua ate ela voltar para casa segundo ele.

Respirei fundo e expliquei para ela a historia toda.

– Harry – gritou tão alto que qualquer Harry responderia, alem de vir correndo saber o que tinha feito já com um pedido de desculpas na ponta da língua, mas o Potter já estava acostumado ao jeito carinhoso da namorada – Eu vou sair com a Mione, você pode cuidar daqui sozinho? – perguntou assim que o namorado parou do lado da mesa.

– Claro, o pessoal da tarde já deve estar chegando – ele sorriu para mim.

Gina se despediu de Harry e seguimos para nosso apartamento. Era quase onze e meia. Ótimo. Eu não queria perder meu emprego, era de longe a ultima coisa que queria, mais se me casar terei que me mudar para a casa de Ronald, deixaria Gina cuidar de tudo e eu não queria isso, ela não teria como manter a casa com o dinheiro que ganhava.

– De boa Mione, acho que você deveria aceita essa proposta – disse Gina enquanto colocava um DVD para assistirmos, como se eu conseguisse ver algo – Não me importo de pagar as despesas sozinhas, Harry pode se mudar para cá e ele me ajuda – ela se sentou do meu lado – Vai ser melhor você aceitar do que ficar desempregada, alem do que se meu irmão fez isso deve ser porque esta desesperado.

– Mais Gina vai ser muito para você e Harry pagarem, já tem a lanchonete que dá gastos, eu quero ajudar vocês – eu disse olhando para o relógio, 11:45 – Droga porque tudo tem que ser comigo, porque não posso ser como você? Achar o amor da sua vida e ser feliz com ele.

– Quem sabe Ron não é o homem da sua vida – ela disse arqueando uma sobrancelha. – E minha vida não é perfeita, você já viu muitas das minhas brigas de família para saber disso.

Revirei os olhos e peguei o telefone. Era agora ou nunca.

– Alô Camile? Posso falar com o Sr. Weasley? É a secretaria dele – depois e um tempo de espera enquanto a telefonista transferia a ligação Ronald atendeu ao telefone – Em cima da minha mesa tem meu endereço, quero conversar com você antes de tudo, tem como vir para meu apartamento?

– Estou a caminho – ele respondeu desligando. Grosso.

Gina disse que não iria ficar no apartamento por mais que quisesse se esconder em um dos armários e ouvir o que seu irmão idiota iria dizer, mas Harry estaria pirando esse horário sozinho na lanchonete e então decidiu voltar para lá. Gina e Harry eram o que eu classificava como almas gêmeas, nasceram para ficar juntos, claro brigavam como cão e gato, mais sempre acabavam pedindo desculpas e rindo um do outro.

Eu estava a ponto de parir um filho que nem esperava quando finalmente a campainha tocou. Certo Hermione se acalme, pense em coisas boas, como o aquela sandália vermelha que você viu na vitrine da loja do shopping... Ai aquela sandália ficaria linda com o vestido branco... Foco.

– O que resolveu? – disse Ronald assim que abri a porta.

Ele entrou e se sentou no sofá onde antes estávamos eu e Gina, no DVD Adele começava mais uma de suas canções lindamente deprimente combinava bem com minha atual situação.

– Primeiro eu preciso saber por que você quer casar comigo?

– Bem, meu pai esta para se aposentar, você já deve ter ouvido algum boato pela empresa. Acontece que a empresa tem uma norma que o presidente tem que ser alguém casado, essa norma já é muito antiga e ninguém mais se lembrava dela, mas como eu estou sendo treinado a muitos anos para suceder meu pai meu querido tio resolveu traze-lá a tona para que assim eu possa me casar com a filha dele. Se não fosse realmente necessário Hermione eu não pediria isso a você. – Ah esses olhos de cachorrinho abandonado ainda vão acabar comigo.

– Eu vou aceitar, mais com minhas condições – eu disse olhando para Ronald que sorria de canto – Não quero um circo como casamento, algo simples esta bom de mais – ele concordou com a cabeça – E eu não irei transar com você, você pode fazer aparecer pelado usando so uma gravata e balançando um chicote que eu não irei transar com você. – Ah 50 tons de cinza, obrigada pelas imagens daquele homem maravilhoso que ficou grudado na minha cabeça, mas na minha cabeça ele era ruivo e tinha olhos azuis. Sim, eu sei. Tenho sérios problemas.

– Justo, mais no caso da festa eu não posso garantir nada – ele disse se levantando – Minha mãe é fanática por esse tipo de festa, então se ela inventar de dar uma festa, ela dará a festa.

– Eu vou ter que conhecer toda sua família? – perguntei caindo no sofá. Era só o que me faltava. Sera que eles achavam que eu era uma traidora por ter acolhido Gina?

– Bom acho que meu tio já contou a eles que estou ‘noivo’ – criatura porque colocar o noivo ente aspas se você esta mesmo noivo? – Acho que teremos que ira até A Toca esse fim de semana.

Zeus se quiserem me mandar aquela luz mande agora, mais mande com um raio, bem na minha cabeça, bem no centro que é para matar mesmo.

– Amanhã de manhã eu passo aqui para te pegar para irmos para a Toca – ele disse se levantando – Esteja pronta as nove da manha, e leve roupas de frio.

– Sera que a Gina vai também? – perguntei esperançosa se ela estivesse do meu lado tudo iria ser melhor.

– Ela e meu pai ainda não estão totalmente confortáveis um com o outro, acho eu que uma visita em casa não a agradaria muito, mas não se preocupe ela vai ao nosso casamento.

Ele se levantou e caminhou até a porta, apenas sorriu e saiu.

Vamos analisarmos os fatos mais uma vez? Ótimo, vamos lá.

Eu estava noiva. Eu iria me casar com meu chefe. Eu iria conhecer toda a família do meu chefe. Eu iria voltar para minha cidade natal. Eu iria rever velhos e chatos amigos. Eu iria conhecer minha sogra. Eu iria me casar. Eu iria provavelmente com minha sorte ganhar uma enorme festa de casamento. Estou ficando louca, estou começando a hiper ventilar.

Eu preciso de remédios. Eu preciso de sexo. Eu preciso perder a virgindade. Eu iria matar meu pai do coração. Eu iria presa por assassinato a um velho chefe de policia.

Zeus, cadê o raio?