Tears Rose- Hiatus escrita por Alice Prince


Capítulo 6
Amor e Morte


Notas iniciais do capítulo

Gente do céu, quanto tempo, meu deus :o
Peço mil e uma desculpas, mas como vocês já sabem eu estava sem not, e quando eu finalmente comprei um novo (sim o meu técnico não seguiu arrumar o outro, ele apenas o estragou de uma forma que nunca mais ligou), eu vi que não tinha mais o capítulo, que estava dentro do antigo not, então tive que escrever tudo de novo, espero que não tenham esquecido de mim ainda. Por que eu pensei em muitas coisas para fic.
Bom vou deixar outras explicações lá para o fim.
Boa leitura.
Ps: Nada de Rose e Elijah nesse capítulo, na verdade é um capítulo bem especial, sobre uma personagem que foi citada no capítulo passado. Com vocês, Sellene Dicken :3



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–HÁ 600 ANOS-

1350 d.c.

A neve cobria como um belo manto branco os grandes e extensos campos, congelando a vida dos pequenos seres que viviam entre suas flores e pastagens. Cobrindo arvores e casas. Afugentando seus moradores para dentro de seus lares, para perto de suas fogueiras. Apenas esperando o fim do inverno.

Não muito longe do vilarejo na campina do bosque mais antigo daquela parte da França, mulheres belíssimas cobertas com capas pretas que se destacavam no branco da neve aguardavam algo, silenciosas. Podia se contar no mínimo vinte ao todo, todas paradas como estatuas, as mais belas estatuas da França. Seus cabelos, todos de um castanho extremamente brilhoso, esvoaçavam-se com o vento que acompanhava a neve que caia lentamente cobrindo as pastagens.

— Não estão longe, posso sentir...— disse roucamente uma das três que ocupavam os lugares a frente, na liderança do que podo ser chamado de exercito, ela olhou em volta, observando todas que ali estavam, muitas eram jovens como ela, e estavam em seu primeira batalha contra aqueles que chamavam de imundos.

Mas seu olhar recaiu sobre uma bela mulher que estava ao seu lado, esta era a que aparentava mais idade entre as três que se encontravam á frente. Em seus olhos castanhos, que a muito haviam perdido o belo brilho que um dia tiveram, podia se observar uma imensidão de sentimentos, estes passavam a imagem de uma mulher que já vira de tudo, que já havia feito de tudo. Seus cabelos estavam cortados um pouco acima dos ombros, e assim como seus olhos o brilho a muito os havia abandonado, fios brancos podiam ser vistos por entre suas mechas castanhas. Ela também a estava olhando, permaneceram assim por alguns segundos.

— Tem certeza que esta pronta, Sellene?— indagou a mulher com voz baixa, a garota virou delicadamente a cabeça em sua direção e sorriu, em seu sorriso podia se notar toda sua juventude, alegria e algo mais... Sombrio.

— Aprendi com uma das melhores...— ela deixou a frase no ar, pensando em quanto sua mãe, a mulher que havia acabado de lhe dirigir a pergunta, era uma mulher que devia ser honrada por todo seu conhecimento e força.

— Não deixe sua tia Doroteia ouvir isso, sabe que muito do que você sabe foi ela quem ensinou— disse a mulher retribuindo o sorriso a Sellene que voltou sua atenção as arvores aonde a luz da lua não chegava, e prevalecia a escuridão.

— Alethea, deixe Sellene sentir o gosto de uma batalha, ela esta tão pronta quanto eu e você querida prima— alertou a terceira na liderança, esta tinha longos cabelos lisos e castanhos que brilhavam junto com a luz emitida pela lua, em mãos possuía um tipo de adaga, esta era um pouco menor que uma espada e em seu punho havia algo entrelaçado em sua volta, rosas que pareciam fazer parte do aço que brilhava mais do que qualquer outra coisa.

Um barulho de galhos se partindo pode ser ouvido fazendo todos ali presentes voltarem à atenção para a floresta de onde o barulho havia vindo.

— Prontas?— a voz baixa da mulher de cabelos lisos ressoou como o vento que fazia com que os galhos das arvores balançassem, todas ali presentes empunharam suas adagas, todas com rosas entrelaçadas em seus cabos curtos e brilhosos, de olhos atentos elas permaneceram observando.

De repente mais galhos se partindo puderam ser ouvidos, passos por entre as folhas úmidas pela neve que derretia lentamente ao se chocar com sua superfície, com as adagas em mãos as belas mulheres se puseram em posição de ataque, prontas para o que estaria por vir.

Aos poucos o barulho foi se intensificando, cada vez mais alto, e deixava claro que haviam muitas "coisas" vindo ao encontro das belas mulheres. E como todas esperavam homens começaram a surgir da escuridão, por ente as arvores, estavam silenciosos, chegavam cada vez mais perto e a luz da lua começava a deixar suas feições à mostra, e essas não eram nem um pouco amigáveis, seus olhos estavam pretos, e suas presas podiam ser vistas brilhando afiadas como as adagas nas mãos das mulheres que permaneciam caladas os observando.

— É muita ingenuidade de sua parte trazer sua filha para a batalha, Alethea— a voz rouca de um dos vampiros que se encontrava á frente fez com que algumas das mulheres se arrepiassem— pois esta noite teremos um massacre...

— E seu sangue estará pingando de minha adaga antes do sol nascer, seu imundo— Sellene falou com os olhos cerrados e fixos no homem que apenas sorriu com sua ameaça.

Alethea elevou a cabeça um pouco observando todos os vampiros que apenas esperavam o sinal para atacar, intensificou o aperto ao cabo da adaga sentindo os detalhes das rosas lhe ferindo a palma das mãos, mas não se importava com tal coisa, aquela dor não lhe era preocupante, podia se dizer até mesmo que ela gostava de senti-la, pois fazia sentir-se forte sabendo que estava armada para matar. Deu um passo a frente sentido seus músculos ficarem tensos como sempre acontecia antes de uma batalha ter inicio, analisou cada vampiro que ali estava, planejando seus movimentos mentalmente.

Então rapidamente como em um piscar de olhos o grito do vampiro que liderava os restantes fez com que a batalha se iniciasse, Alethea sentiu seus pés levando-a em direção a um vampiro que se encontrava logo atrás do "líder", ele tinha movimentos rápidos, ela mal poderia ataca-lo se não estivesse acostumada a fazê-lo em outras batalhas.

Bruxas lutando com vampiros, seres dos quais uma bruxa havia criado, as Dickens contavam histórias sobre como uma mãe uma vez usou sua magia para fazer de seus filhos imortais, para fazer de seus filhos monstros.

Alethea cravou sua adaga fundo no peito do vampiro que soltou um urro de dor, a pouca cor que havia presente em sua pele acabou por sumir, deixando-o pálido como a neve, as adagas das quais usavam não eram comuns, anos e anos de feitiços as tronaram especiais, fazendo com que fosse capaz matar um vampiro com apenas um golpe, contando que este fosse em seu coração. As adagas eram uteis contra vampiros normais, mas não causavam efeito nenhum nos Originais, elas estavam tentando há anos conseguir algo que os matasse, algo além da estaca de carvalho branco que a muito já não existia mais.

Alethea procurou por sua filha, Sellene, em meio à batalha que estava estourando, bruxas cravando suas adagas nos corações já mortos dos vampiros que caiam sem vida no chão, com os olhos fixos na imensidão do nada. E lá estava ela, seus cabelos grudados em seu rosto pálido com o suor que a batalha havia lhe tirado, as roupas sujas de sangue daqueles com quem lutava, ela estava sendo magnifica, não errava nenhum de seus golpes, era rápida, e não possuía medo algum.

— Alethea!— o grito veio cortante, a bela mulher de cabelos compridos e lisos havia acabado de ser pega por pelo menos três vampiros, grandes e fortes como toras, ela se debatia em seus braços fortes, brandia sua adaga para todos os lados, provocando cortes que de nada serviriam, apenas estava irritando-os ainda mais— Mate-os, todos eles...

Alethea agiu sem pensar, partiu em direção a sua queria prima cravando sua adaga em todos os vampiros que tentavam bloquear seu caminho. Então antes que ela pudesse chegar para salva-la dois dos três vampiros a seguraram fortemente, deixando marcas avermelhadas em sua pele, a bruxa se debatia desesperada para o que viria a seguir, o terceiro vampiro arrancou a adaga de suas mãos cheias de sangue e afundou esta em seu peito.

Alethea viu o brilho deixar os olhos de sua prima, e foi como se a batalha em torno dela simplesmente tivesse congelado.

— AGORA...— pode ouvir a voz do líder ressoar em meio a todo os seus pensamentos, um grande número de vampiros surgiu por entre as arvores imersas na escuridão, viu todas as Dickens serem cercadas, sem chances de defesa ou fuga— Deveriam pensar melhor antes de nos confrontar— a voz do líder mais uma vez soou em seus ouvidos, e aquela foi a última coisa que ouviu antes de ter seu coração arrancado de seu peito.

Sellene não conseguia acreditar no que via, o corpo sem vida de sua mãe jazia jogado na neve que agora estava manchada pelo sangue de seu clã, de sua família. Ela correu para perto de sua mãe, a mulher que havia lhe ensinado tanto, que havia lhe dado à vida. Sentiu lagrimas rolando por suas bochechas e misturando-se com o sangue.

Todas estavam sendo mortas com uma brutalidade que ela nunca havia presenciado, e Sellene não se importava quando chegaria sua hora, só queria que aquilo tudo acabasse, e ela pudesse descansar com sua mãe em um lugar melhor.

Mas as coisas nunca são como se espera ou deseja, sentiu mãos se fecharem em torno de seu pescoço, inutilmente ela tentou a todo custo se livrar do apero mortal, mas era impossível, aquele que a estava segurando era mais forte do que imaginava que poderia um vampiro ser, ela se debateu o mais que pode, apreciava a vida, acreditava que não havia feito coisas das quais seria lembrada, mas, se alguém ali sobrevivesse e contasse sobre sua morte ela não queria ser lembrada por ter morrido sem nem ao menos lutar pela ultima vez.

— Acabou, pare de lutar, olhe para tudo, vocês perderam, não resista e lhe garanto uma morte rápida e sem dor— disse o vampiro que a segurava, ela então parou de se mexer, fechou os olhos, logo sua mãe veio a sua cabeça, e ela estava linda como sempre foi. Sellene sabia que ela não iria querer ver sua filha morrer sabendo que ela tinha alguma chance, então a bruxa reuniu toda a coragem que restava em si.

— Não! Não quero sua misericórdia, seu ser impuro, monstro. Eu lutarei até o fim, e se for para morrer, morrei honrando o meu clã— reunindo toda a força que restava em seu ser ela conseguiu livrar-se dos braços do homem que a olhava com um jeito diferente, seu cenho estava franzido, ele a analisava. Ela também o encarou, estranhado tal comportamento, por alguns segundos que se arrastaram eles ficaram assim apenas ouvindo os gritos da batalha.

Ele então se moveu alguns passos para perto dela que não recuou, permaneceu parada olhando fundo nos olhos do vampiro, sua adaga encontrava-se ao lado do corpo sem vida de sua mãe, ela sabia que não teria chances de pega-la, antes disso seu coração poderia ser arrancado de seu peito da forma mais cruel possível.

— Fique calada— sussurrou ele assim que com sua velocidade vampiresca avançou em seu pescoço mais uma vez, mas desta vez não houve aperto, ela apenas sentiu uma tontura estranha, as pálpebras ficaram pesadas e ela não conseguia manter seus olhos abertos, estava desmaiando...


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Notas finais do capítulo

Espero que não tenha ficado confuso, eu adorei escrever esse capítulo, quero dizer que sim, acaba do jeito que viram, mas as coisas se desenrolaram ao longo da história, quero dizer que estou muito feliz por estar de volta.
Não fazem ideia de como estava com saudades de vocês.
No banner; Sellene e o Vampiro misterioso.
Para quem estiver se perguntando se no próximo capítulo vai ter Rose e Elijah só digo uma coisa: vai ter gente pirando ao ler muahaha
Bom acho que era apenas isso por hoje, até a próxima gente.
Beijoss e oi to de volta rsrs



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