Mirros escrita por Thaís Romes


Capítulo 24
Papai Noel.


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem... Ah, tem bastante SPOILER da terceira temporada nesse capítulo ok.



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–Se quiserem fazer alguma pergunta, agora é a hora. –Disse Sara olhando para Oliver que parecia paralisado em minha frente.

–O que ela está fazendo aqui. –Pronunciou cada palavra com um tom de ameaça maquiado em sua voz com os olhos presos em Nissa.

–Ela veio ajudar. –Respondeu Sara simplesmente fazendo com que Oliver a lançasse um olhar assassino. –Ollie você precisa confiar em mim!

–Confiar em você? –Disse com a voz baixa, ponderando cada palavra.

–Oliver, deixe que ela explique. –Pediu Diggle e Oliver respirou fundo voltando a olhar para Sara, dando a ela a oportunidade de argumentar.

–Ela é sua única chance. –A forma que ela disse isso me deixou confusa, olhei para Oliver buscando alguma explicação, mas ele parecia evitar especialmente meu olhar. –Pode interceder por você.

Eu parecia à única naquela caverna que não sabia realmente o que estava acontecendo de verdade. Waller percebendo minha confusão resolveu intervir.

–Conte a ela Queen.

–Amanda! –Oliver disse seu nome em tom de aviso.

–Chega Oliver, é hora de termos todas as cartas a mesa. Conte! –Repetiu ignorando o olhar de Oliver.

–Eu não fiquei os cinco anos na Ilha. –Começou a dizer se virando de costas para mim.

–Onde você estava então? –Perguntei tocando seu braço, mas ele não se virou.

–A ARGUS me encontrou assim que pensei ter matado Slaide e me salvou. Eu fui levado para Hong Kong onde recebi treinamento, mas não nasci para ser peão de ninguém. –Ele estava tenso respirava fundo tentando se controlar. –Eu tentei fugir por muito tempo, e fui pego muitas vezes. Mas um dia eu consegui, entrei em um avião de um amigo. E após alguns dias me encontrei em um lugar chamado Nanda Parbat. E eu conheci um homem lá.

–Ra’s Al Ghul. –Conclui o fazendo se virar em fim.

–O motivo da vinda de mau pai é por que quer Oliver de volta. –Nissa falou e eu simplesmente não tinha palavras para fazer nenhum tipo de pergunta. –Mas não necessariamente o quer vivo. –O pânico tomou conta de meu corpo, eu tremia e me odiava por isso. Respirei fundo tentando não demonstrar fraqueza ou a decepção por ser a única, incluindo Roy que não conhecia essa história. –Ele acreditava que Oliver estava morto, e por ter sido enganado, quer matá-lo pessoalmente.

–Como ele descobriu que eu estou vivo? –Oliver perguntou.

–Malcom Merlin. –Foi Waller quem respondeu. –Precisamos agir rápido e mudar essa situação. –Começou a dizer em seu tom profissional. –Ele entregou você para se livrar da ira de Ra’s Al Ghul após fingir a própria morte voltou para a Liga e barganhou para ser aceito usando você.

–Desculpa me intrometer. –Pedi baixinho me desvencilhando da barreira humana que Oliver criou com seu corpo, parecendo desejar me afastar dos outros. Todos os olhos estavam em mim agora. Layla assentiu me encorajando a continuar. –Mas eu ainda não entendo Nissa, o que necessariamente você pretende fazer e como podemos ter certeza de que não é uma armadilha? –Ela sorriu parecendo admirar minha coragem.

–Faço por Sara. –Respondeu. –Eu vou interceder por Oliver, por que ela intercedeu primeiro. Quanto a ser ou não uma armadilha, creio que terão que confiar nela.

–E se esse plano não der certo? –Perguntei temerosa.

–Se metade das histórias sobre Ra’s Al Ghul forem reais, todos nós pagaremos. –Oliver diz já saindo para colocar o uniforme do Arqueiro.

–E elas são. –Disse Nissa.

O clima continuou pesado durante o resto da noite. Waller permaneceu na caverna assim como Diggle e Layla, me ajudando na monitoria das câmeras de vigilância da cidade atrás de qualquer coisa que indicasse que nosso novo super vilão estava próximo. Tenho que admitir que tenho um certo fascínio pela Waller e vê-la trabalhar ali ao meu lado era equivalente a uma criança conhecendo de perto o Papai Noel. E assim como uma criança eu precisava fazer meu pedido de natal. Respirei fundo me aproximando devagar como se testasse o território.

–Fala logo o que você quer Srta Smoak. –Ela disse sem nem mesmo olhar em minha direção. Precisei conter um sorriso de admiração que queria surgir em meu rosto.

–Eu sei que você tem acesso a informações que eu nem mesmo sonharia. –Comecei. –E eu ando pesquisando uma pessoa.

Ela se virou para me olhar com o semblante indecifrável. –Vá direto ao ponto. Quem você quer que eu investigue?

–Ray Palmer.

–O que tem até agora? –Perguntou interessada.

–Só sei que ele era um professor universitário, além de ser um físico brilhante e inventor. Ele investiu milhões nas ciências aplicadas da QC.

–E por que deseja investigar a Madre Tereza? –Questionou com sarcasmo, mas sem mudar a expressão, nem um pouquinho.

–Eu encontrei algumas falhas na agenda dele. –Tentei não parecer uma louca obcecada. –Acredite em mim, por favor, existe alguma coisa.

–Ok. Pelo que dizem a seu respeito, acho que vou lhe conceder o beneficio da dúvida. –Ela falou.

–Papai... Noel! –Soltei fascinada sem conseguir controlar minha língua vendo todos me olharem assustados e Diggle disfarçar uma risada. –Desculpa. –Pedi envergonhada antes de voltar ao trabalho.

OLIVER

Quando estava voltando da ronda com Roy, chamei por Felicity no comunicador, mas ela não estava mais na caverna. Diggle me respondeu cheio de condescendência na voz que Layla a deixou em casa há alguns minutos. Descido que é melhor não procurá-la, mas mudo de ideia no meio do caminho, e deixo Roy ir embora sozinho, já está na hora de começar a responder por meus atos, chega de fugir.

Miro uma flecha com um cabo na janela de seu quarto que utilizo para subir. Roy ficou de buscar a moto do Arqueiro caso não seja expulso em meia hora, sei que tenho algumas roupas em sua casa, por essa razão não me importo em estar de uniforme, apesar de estar morrendo de medo de ser mandado embora. Quando consigo abrir facilmente sua janela faço uma nota mental em conversar sobre grades assim que acalmar a situação, a facilidade de invadir sua casa chega a ser ridícula.

Seu quarto está vazio e consigo escutar o barulho da água vindo do banheiro no fim do corredor. Permaneço em pé próximo a janela até o momento em que ela entra no quarto de toalha cantarolando baixinho, sem nem mesmo se dar conta da minha presença. Ela entra no closet e sai vestindo uma das minhas camisetas eu a observo fascinado, sem nenhuma vontade de me anunciar, então ela pega seu celular e fica o observando por algum tempo parecendo estar em conflito com si mesma. Felicity o deixa na mesinha de cabeceira por uns cinco segundos antes de pegá-lo de volta e discar um número. Fico apreensivo por um momento imaginando para quem ela estava ligando, mas me sinto extremamente aliviado quando vejo que sou eu. Toco de leve o comunicador em minha orelha.

–Oliver. –Ela diz meu nome com um sorriso nos lábios que faz meu coração bater acelerado.

–Felicity. –Digo com a voz ainda alterada pelo modulador que me esqueci de desligar. Ela dá um pulo tentando me encontrar na escuridão, acho que já era o bastante, fui até a o interruptor acendendo a luz.

–Uau! Isso é tão melhor que em minha imaginação! –Soltou me olhando admirada com brilho nos olhos.

–O que? –Perguntei confuso olhando para os lados, onde está a fúria que eu estava esperando?

–Na minha imaginação sabe. –Começou a explicar falando super rápido. –Você entrando em meu quarto assim. –Apontou para mim. –Falando com essa voz. –Aproveitei para desligar o modulador. –Chamando meu nome... –Ela suspirou sonhadora e eu poderia estar rindo se soubesse o que estava acontecendo ali. –Mas, uau! Nem se compara com a realidade!

–Felicity. –Pronunciei seu nome com cuidado. –Não vai brigar comigo? –Ela pareceu confusa por alguns segundos.

–Ah claro! O segredo. –Tossiu. –Acho que deveria ter me contado.

–Só isso? –Eu realmente não conseguia acreditar.

–Você parece estar se sentindo muito culpado. –Ela quase sorria.

–E estou. –Admiti o obvio.

–Quer pedir desculpas? –Ofereceu se levantando e caminhando em minha direção.

–Acho que sim. –Respondi totalmente perdido naquela situação. Ela respirou fundo em minha frente me dando a deixa.

–Me desculpa por esconder algo tão importante assim de você, mas eu queria te...

–Proteger. –Completou tirando o arco de minha mão.

–O que está fazendo? –Perguntei a olhando colocar meu arco em um canto.

–Vamos fazer as pazes. –Felicity tirou a minha camisa que ela estava usando e parou me olhando com quase, inocência. –Vai ficar ai parado? Você quem disse que ‘os casais geralmente fazem as pazes na cama’ –Imitou minha voz me fazendo rir.

Tirei a aljava de minhas costas e a tomei em meus braços a levando para a cama. –Como foi que consegui resistir a você por tanto tempo? –Perguntei completamente fascinado.

–Oliver Queen tem a fama de ser incrivelmente teimoso! –Respondeu sorrindo.


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Notas finais do capítulo

Obrigada por todos os comentários do capítulo anterior, adorei cada um deles!
Não esqueçam de comentar ok?
Beijos