Mirros escrita por Thaís Romes


Capítulo 14
A manhã seguinte


Notas iniciais do capítulo

Então galerinha, está ai a continuação espero que gostem!
Bjs



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BARRY

Vasculhei cada centímetro do local colhendo amostras do terreno por toda parte, conclui que o melhor a fazer era seguir para os laboratórios STAR, precisava de dados concretos e não conseguiria isso com a aparelhagem escassa da caverna. Liguei rapidamente para Diglle no caminho o avisando de que retornaria assim que tivesse alguma pista de onde eles estavam.

–Barry. Pensei que estivesse em uma missão. –Disse Cisco assim que passei pela porta.

–Eu estou. –Confirmei. –Mas preciso analisar algumas amostras, também preciso da Caitlin.

–Ela acabou de sair, mas vou ligar agora e pedir que volte. –Falou se levantando prontamente. –Você parece realmente preocupado.

Respirei fundo contendo todo o pavor que estava sentindo, ter poderes pode ser uma dádiva, mas isso aumenta consideravelmente a culpa e o medo de falhar, não me perdoaria se algo acontecesse a Felicity... Foi quando percebi que desde o começo nós estamos analisando as pistas erradas e ignorando o mais importante, o corpo das vítimas. Ninguém analisou para saber a causa da morte dos casais ou foi atrás dos laudos da policia.

–Cisco, peça a Caitlin para terminar minhas analises e cruzar com as informações que a enviei, eu preciso estar em outro lugar.

OLIVER

–Claro que a amo. –Respondi impulsivamente sob efeito da droga. Fiquei esperando a água subir em meu tanque mais nada aconteceu. Felicity me olhava com um ar de tristeza, mas aparentemente isso não a magoava. –Eu descobri quando você me deu a ideia do plano contra Slaide. –Comecei a explicar observando seus olhos assustados. –Quando pronunciei as palavras, elas saíram completamente sinceras. –Agora ela parecia surpresa, mas um sorriso surgiu em seus lábios me dando coragem para continuar. –Eu sempre tive fortes sentimentos por você, mas até o momento não sabia do que se tratava. Antes de Barry aparecer eu acreditava que o que sentia era quase fraternal, só que nunca senti aquele tipo de ciúmes da Thea. Percebi que queria você a meu lado, o tempo todo quando esteve em Central City. Descobri que nada me apavora mais no mundo do que a idéia de alguém ferindo você, quando te vi presa pelo Conde. – Respirei fundo, sabendo que acabará de revelar minha identidade secreta para a ruiva pirada. -Perdoa-me por isso? –Perguntei com o coração apertado.

–Está pedindo... Perdão por me amar? –Perguntou confusa. A psicopata louca continuava a nos observar em silêncio.

–Não por isso. –Esclareci. –Por ser idiota, e perceber muito tarde.

O olhar doce de Felicity me acalmava de uma forma uma forma nova e muito estranha. –Está tudo bem. –Respondeu de seu jeito meigo. –Consigo entender seus motivos, aconteceram muitas coisas depois de Slaide. –Me senti imensamente grato por sua compreensão incondicional.

–Acho que vocês venceram o jogo. –Disse a mulher e imediatamente o tanque da Felicity começou a esvaziar.

–Só preciso te fazer uma pergunta. –Disse Felicity a mulher de repente.

–Pergunte.

–Qual o seu nome? –Começou a dizer, respirei fundo temeroso com o que seria um surto da Felicity potencializado pelo soro da verdade. –Por que eu venho te chamando de coisas como Psicopata mal amada, Psicopata doida varrida ou Doida super doida mesmo... E não queria pensar em você dessa forma. –Disse com algum carinho na voz, que quase me fez ter uma parada cardíaca.

–Felicity! –Chamei tentando fazê-la se calar. A mulher parecia se divertir com o que estava acontecendo o que só me levava a concluir que ela era ainda mais perigosa.

–Me deixe terminar. Eu não consigo evitar. –Disse Felicity. –Você deve ter sofrido muito por ter sido deixada pelo canalha de seu noivo, o que me faz entender sua raiva, mas em nada justifica a quantidade de pessoas que você matou, ainda assim eu não odeio você e acho que sou perturbadamente Louca por isso. –Ela respirou fundo. –Mas você é uma psicopata legal! Ainda pode mudar, reconstruir sua vida. –Concluiu por fim. Não conseguia acreditar... A mulher começou a gargalhar antes de apertar um botão que fez com que uma fumaça branca e espessa subisse por nossos tanques, nos puxando novamente para inconsciência.

BARRY

Cheguei ao necrotério para averiguar os corpos, passei facilmente pela segurança correndo a uma velocidade em que as câmeras não me detectassem, entrei na sala onde dois guardas vigiavam as câmeras do local e simplesmente desconectei todos os cabos os embolando depois, o que daria um trabalho danado para consertar, tudo sem ser percebido. Depois do trabalho feito fui atrás dos corpos.

O primeiro casal era jovem, não deviam ter chegado nem mesmo aos trinta anos. Havia sinais de amarras em seus pulsos, provavelmente foram penduradas em algum lugar a no máximo 30 cm do chão julgando pela espessura e largura dos ferimentos. A espuma dentro de suas bocas pode ser sinal de asfixia, mas a forma em que foram presos não causaria isso... As manchas na pele dos cadáveres confirmavam a teoria de asfixia, mas o cabelo de todas as vítimas parecia estar molhado... A causa da morte era afogamento!

Isso descartava todos os locais que estávamos considerando, agora só precisava do resultado das analises que pedia a Caitlin e teria o local. Liguei para Diglle informando o progresso. Ele estava desesperado e havia envolvido a ARGUS na investigação, o que com certeza o traria problemas mais tarde com as cobranças de favores da Waller.

FELICITY

Acordei em minha cama com lençóis rosa chiclete e Oliver adormecido ao meu lado, se não fossem as marcas roxas em meus pulsos e o homem desacordado para quem estava olhando agora, eu provavelmente acreditaria que tudo não passou de um pesadelo, ou um sonho em certas partes. Minha cabeça rodou, quando tentei me levantar, deixei meu corpo cair pesadamente na cama novamente e sacudi de leve o braço de Oliver.

–Oliver!–Ele resmungou alguma coisa me dando as costas. –Qual o problema do seu organismo com essa droga? –Reclamei. –Você sempre demora o dobro do meu tempo para acordar.

–Por que você está me brigando comigo? –Perguntou se virando novamente ainda de olhos fechados. Fui atingida por uma onda enorme de alivio.

–Graças a Deus que nada de ruim nos aconteceu. –Oliver abriu seus olhos azuis e ficou apenas me observando por um tempo. Antes de fazer um breve carinho em minha face.

–Não sairia vivo de lá se tivesse sido pego com outra pessoa. –O confidenciou. –Não há nada sobre mim, mesmo o que você ainda não sabe que eu não confiaria em você o suficiente para contar. –Não havia pensado sobre isso ainda, eu queria ter executado o plano com Barry no início, mas não estaria viva agora se Oliver tivesse impedido.

–É verdade, eu também não estaria viva se não fosse você lá. –Disse sorrindo para ele. –Obrigada por isso.

–Acho melhor avisarmos aos outros que estamos bem. –Disse antes de se levantar com cuidado. –Eles devem estar preocupados.

–Claro. Vamos fazer isso. –Respondi um pouco desapontada.


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Notas finais do capítulo

Não esqueçam de comentar, e me dar a opinião de vcs ok? Quero agradecer a todos os comentários e sugestões de xingamentos para a Psicopata que salvou a pátria! Rsrsrs super divertidos, vocês como sempre arrasam! Bjs