Use Somebody II escrita por Thaís Romes


Capítulo 29
Use Smebody


Notas iniciais do capítulo

Ai meu Deus, isso está mesmo acontecendo!
Nunca antes sofri de verdade para finalizar uma fic, como estou sofrendo com essa.
Mas tenho uma noticia boa, e outra ruim:
Ruim - Esse é o ultimo, realmente acabou Use galerinha.
Boa - Vai ter um capítulo bônus depois desse, para ser mais exata vai ser uma especie de One Shot, que vou postar como ultimo capítulo oficial. Vocês verão Connor, Sara e o baby crescidos. Vai ser legal, então aguardem.
Nos falamos mais lá em baixo...
Link da música da ultima parte do capitulo:
https://www.youtube.com/watch?v=u3HK7QB2Bes



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FELICITY

–Filha. –ouço minha mãe chamar aos pés da escada. –Acho que precisamos conversar. –engulo em seco e caminho em sua direção a guiando para o andar de cima, que ainda estava decorado para meu casamento. –Você tem uma vida badalada. –diz com um sorriso preocupado se sentando em uma cadeira. Eu me sento a sua frente, sem saber o que dizer ou por onde começar.

–Sinto muito. –é tudo o que sai por meus lábios. –Não sei o que seria de mim se algo lhe acontecesse hoje. –minha voz sai em um sussurro, eu pareço uma garotinha arrependida, depois de ter estragado toda a maquiagem da mãe.

–Eu entendo. –levanto meu olhar para ela, que sorri com tristeza. –Entendo por que não me contou, entendo por que precisa manter tudo em segredo. Mas você é minha menina Felicity, morreria por você se preciso.

–Mãe, eu não quero sua vida em risco, não quero a vida de ninguém na verdade. –sorrio sem humor pensando na ironia dessa frase. –Mas isso é maior do que eu, maior do que Oliver, nós salvamos pessoas, damos a pais a segurança necessária para criar seus filhos. –tento explicar da melhor forma que posso vendo uma lágrima escorrer por sua face bonita.

–Tenho tanto orgulho de você. –sorri pegando minhas mãos.

–Você está bem com isso? –questiono confusa.

–Oh Deus, não! Nunca! –volta a sua forma normal de se expressar e eu dou risada, enxugando minhas próprias lágrimas. -Sou sua mãe. Queria que você tivesse uma vida pacata no campo com Oliver, talvez criando vacas... –começa a pensar sozinha e eu fico a admirando, encantada por sua confusão. –Mas me lembro de uma vez em que você me disse que as fezes delas...

–Mãe! –interrompo dando risada. –Não quero falar sobre fezes. –faço careta franzindo o nariz.

–Só prometa que vai se cuidar, e que vai manter Connor seguro. –pede com carinho em sua voz e eu levo sua mão a minha barriga, vendo seu rosto se espantar antes de um enorme sorriso se abrir em sua face.

–Eu preciso, por Connor e por ele, ou ela... Não sei ainda.

Minha mãe se levanta me puxando junto, sinto seus braços ao redor de meu corpo, e sua mão afagando meus cabelos. Nunca me senti tão apavorada quanto hoje, quando surgiu a possibilidade de perder Connor para sempre, então percebo o que ela sente nesse momento, sei como é difícil. E a amo muito mais agora, amo muito mais por isso.

–Obrigada. –sussurro em seu ouvido e ela se afasta para me olhar nos olhos.

–Por quê? –franze o cenho confusa.

–Por me criar, sozinha. Vivenciei isso por quatro meses, foi uma loucura! –exclamo. -E olha que eu tinha a Sandra me socorrendo. Thea, Laurel e os Diggles para me dar apoio. Sem contar que Connor é a melhor criança do mundo!

–Você também era, às vezes acho que foi você quem tomou conta de mim. Seu pai...

–Não preciso dele mãe, tenho você, é suficiente. –interrompo.

–Não filha, ele te amava, muito. –mamãe olha dentro dos meus olhos com intensidade. –Vendo tudo o que aconteceu hoje, percebo como vocês são parecidos. –a olho confusa e ela volta a se sentar, parecendo atordoada. –Antes de nos deixar, seu pai disse que faria qualquer coisa por nós, para que tivéssemos o melhor.

–Acho que ele cansou do trabalho que a promessa daria. –murmuro com sarcasmo, e minha mãe te um olhar perdido em sua face.

–Eu acredito que ele cumpriu a promessa. –não tenho certeza se estava falando comigo, ou com o ar em nossa volta.

–Não entendo...

–Acho que você se parece mais com seu pai do que imagina. –respira fundo se levantando. –É melhor voltar para Connor, ele passou por muitas coisas, precisa de você e do Oliver, eu vou voltar para o hotel...

–Mãe, não! –começo a protestar, mas ela ergue a mão pedindo silencio.

–Você se casou hoje... Apesar de que foram tantas coisas que não sei se posso dizer que o casamento foi o ponto alto...

–Eu entendi. –corto, antes que saísse alguma besteira. –Eu te amo.

–Um neto... Mais um na verdade. –murmura me abraçando. –Acha que eu tenho cara de avó? –pergunta alarmada tocando o rosto de forma quase obsessiva.

–Definitivamente não! –digo rapidamente e ela parece satisfeita.

–Bye meu amor. –beija minha face antes de sair.

Desço as escadas pensando no que minha mãe disse sobre meu pai, mas afasto esse pensamento da minha mente assim que vejo Connor sentado no chão de frente para Barry que falava coisas super rápido e o garoto gargalhava. Me sento ao lado de Caitlin observando a brincadeira boba dos dois. Não sei quem se divertia mais com aquilo, o herói ou Connor. Agora só restavam o time do Flash, Steve na cama dos fundos se recuperando do ferimento e eu na caverna. Diggle foi ficar com a família depois do susto, Thea estava confusa entre o ódio que sentia do pai psicopata e a gratidão por ele ter a salvado, Roy a levou para casa, talvez eles encontrem o conforto necessário um no outro. Sei que estou na torcida por isso.

Laurel descobriu em meio a batalha o que realmente aconteceu com a irmã e pediu um tempo sozinha, não a julgo, não sei o que faria no lugar dela. Espero de verdade que ela fique bem, e volte logo para o time.

Eu o sinto antes de olhar em sua direção, sei que ele está ali. Oliver entra em nosso campo de visão, imediatamente Connor se levanta correndo para os braços do pai que o apanha o erguendo, e o abraça como se ele fosse um bebê. –Você está bem amigão? –pergunta para o garoto sem o soltar.

–Estou sim. –responde todo articulado. –Só tive medo de não conseguir proteger Sara e a vovó Donna. –conta para o pai com um semblante sério.

–Você salvou as duas. Foi muito esperto ao esconder Sara. –Oliver elogia beijando a face do garoto.

–Pai, como conseguiu deixar a Fel trocar de lugar comigo? –Connor parecia confuso.

–Ela te ama Connor, e eu te amo. Não existe nada mais importante no mundo para nenhum de nós. –Oliver me olha estendendo um braço para mim, que me junto a eles no abraço, com meus dois homens preferidos. Sinto os lábios de Oliver em minha testa e em seguida os de Connor na minha bochecha.

–Não vou precisar ir embora quando o bebê chegar? –diz temeroso.

–Não precisa ir embora nunca, se depender da gente. –respondo enchendo seu rosto de beijos e Oliver faz o mesmo do outro lado da face do nosso menino que gargalhava com os braços cada um apoiado no pescoço de um de nós. –O bebê tem muita sorte...

–Vai ter o irmão mais velho, mais legal do mundo. –Oliver completa.

OLIVER

Seis meses depois...

‘Tem certeza Oliver que você quer entrar nesse Iate?’ - escuto Felicity dizer quando eu pulo para dentro da embarcação.

–Tem outra forma de desativar a bomba? –reviro os olhos, e assim que meus pés tocam a proa, imediatamente o tiroteio começa, Arsenal para a meu lado e atacamos sincronizados.

Eles não eram bons, o trabalho não foi difícil, mas a única coisa que me perturbou foi o barulho de choro que vinha do meu comunicador. Roy me olha intrigado, provavelmente pensando o mesmo que eu, mas sem querer dizer nada a respeito. –Felicity, onde está a bomba? –pergunta.

‘A bombordo, você vai ver... Você vai ver uma escada, pode descer por ela. Acho que a bomba vai estar dentro de uma espécie de baú. ’ –responde fungando em meio ao choro.

–Você está bem? –Roy pergunta preocupado.

‘Sim, só desarmem logo isso, para que Oliver não afunde pela segunda... ’ –o choro aumenta. ‘Pela segunda vez em um Iate. ’ –Roy dá risada sem emitir som e vai seguindo as instruções dela.

–Por que você está chorando? Se sente bem? –questiono o seguindo.

‘Eu só estou vivenciando inconsistências emocionais, por causa dos hormônios secretados pela gravidez... ’ –responde e eu respiro aliviado. ‘Me desculpa, eu estou te distraindo, vou deixar meu comunicador no mudo. ’ –sorrio do seu comentários, e nós encontramos a bomba.

–Não precisa, não está me incomodando. –digo com sinceridade.

–Eu estou me divertindo. –acrescenta Roy sério.

‘Não sou seu macaco de circo Harper!’ - repreende o amigo e eu olho feio para ele, que não se intimida.

– Nós ainda precisamos saber como desarmar a bomba. –falo para que concentração deles volte para o trabalho.

‘Corte o fio preto. ’ –diz simplesmente, sem mais explicações, ou comentários sobre como a bomba funciona, vejo no mesmo momento Roy engolir em seco, sabendo que estava em apuros, e é minha vez de dar risada.

Quando voltamos para a caverna Felicity está sentada em sua cadeira acariciando nosso filho em seu ventre. Ela fecha a cara olhando para Roy que abre seu melhor sorriso para ela. –Prometo que não vou mais me divertir com... –ele me olha.

–Os hormônios secretados pela gravidez. –repito o que ela disse anteriormente para ele.

–Isso ai mesmo, nunca mais. Pode me desculpar? –para em sua frente e vejo os olhos de Felicity se encherem de lágrimas mais uma vez, ela se levanta e o abraça rapidamente. Roy se vira contendo o riso e vai se trocar.

Olho para minha mulher, que volta a se sentar cruzando as pernas. Ela está ainda mais linda, se isso for possível, em um vestido vermelho, com as pernas perfeitas a mostra. Ela percebe que eu a estou observando e sorri de forma doce. Seu humor estava parecendo uma montanha russa no sétimo mês de gestação, o que Connor adorava, pelo simples fato de que ele não era afetado por ele, por que quando ela estava triste ou nervosa, ele a chama de mãe e logo ela esquece qualquer outra coisa. Mas eu, bom, não tenho para onde correr.

–Thea pediu para Connor passar à noite lá em casa. –Roy anuncia com o celular na mão, quando volta com suas roupas civis. –Segundo ela, ele está dormindo como um anjo para o acordar.

–Tudo bem, amanhã é sábado. –Felicity dá de ombros.

–Posso passar o dia com ele então? –Roy se anima.

–Todo seu. –respondo e rapidamente. –Só não o encham de doces!

–Da ultima vez ele não conseguia parar quieto por mais de três segundos! –completa Felicity e Roy dá risada.

–Nós já prometemos não fazer mais isso! –fala já saindo. –O entrego as sete! –grita subindo as escadas.

“Tenho andado por ai, sempre menosprezando tudo o que vejo. Rostos pintados preenchendo lugares que eu não alcanço. Você sabe que eu preciso de alguém.”

Entramos em casa por volta das duas horas da madrugada, Felicity vai direto tomar banho, e eu vou para o escritório. Nos mudamos a dois meses para uma casa maior, agora com a chegada mais próxima do bebê, e montamos um escritório que nós dois dividimos. Vejo alguns contratos e projetos que eu precisava avaliar, esse era o preço para manter minha identidade secreta, não me importo em pagá-lo. Antes eu fui descuidado e imaturo, mas agora sei que mais do que ser herói, essas pessoas que não usam máscaras são tudo que realmente importa.

“Alguém como você, tudo o que você sabe e como fala. Amantes incontáveis disfarçados nas ruas. Você sabe que eu preciso de alguém. Alguém como você!”

–Oliver. –Felicity chama meu nome e eu a vejo parada no batente da porta, usando uma camisola vermelha longa, com uma abertura generosa que permitia uma visão privilegiada de sua perna direita, eu engulo em seco, quase babando. –O que acha de brincar de namorados? –pergunta de forma engraçada deslizando o corpo, no que deveria ser algo sensual, o que ela faz questão que não seja.

Me levanto sorrindo, meu coração se acelera a cada passo que dou em sua direção, paro em sua frente à olhando de cima, invado seu espaço pessoal sem a tocar. –Como pode você ser assim tão linda? –pergunto admirado.

–É por que eu estando carregando um filho seu, a produção de testosterona aumenta quando está perto de mim, o que faz com que você se sinta viril e conseqüentemente atraído por mim. –explica com o olhar perdido no meu.

–Felicity. –sussurro seu nome afastando uma mexa de cabelo da sua face.

–Oi? –ela parece estar hipnotizada quando toco em sua cintura.

–Foi só um elogio, não uma pergunta. –me inclino em sua direção.

–Ah! –sussurra de volta antes que eu a beije.

“Saio andando pela noite, quando você vive vou dormir. Começando guerras para sacudir o poeta e a batida. Espero que isso faça você notar alguém como eu.”

A coloco deitada em minha mesa encaixando meu corpo entre suas pernas. –Em pensar que tudo isso começou com um pequeno favor. –comento deslizando minha mão por suas pernas.

–Um favor enorme! –corrige e eu dou risada. A levanto, fazendo com que fique sentada de frente para mim. Fixo meus olhos nos seus, com uma mão em sua nuca, emaranhada em seus cabelos.

–Obrigado por isso.

–Está um pouco atrasado... –começa a responder, mas eu beijo seus lábios, com paixão.

“Estou pronto agora.”

Uma garota do TI, para a qual eu incrivelmente era incapaz de mentir desde a primeira vez que a vi, minha melhor amiga, minha parceira, a mulher que eu amo. Felicity Smoak enxergou a luz dentro de mim, e forçou a sair. Eu era um vigilante quando a conheci, e um cara com muitos problemas emocionais, estava mergulhado em culpa, remorso e mortes. Destruído de todas as formas possíveis, cheios de demônios que me assombravam à noite. Mas ela me salvou, no momento que entrei em seu escritório, descobri o que precisava, eu precisava de alguém, precisava dela.


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Notas finais do capítulo

Quero agradecer a todos por ter acompanhado essa fic por tanto tempo!
Aqui eu conheci leitoras que se tornaram amigas, outras autoras que hoje não tenho palavras para descrever, eu sou muito grata a cada um. Obrigada de coração a cada comentário, favorito e recomendação!
Não é eufemismo quando digo que amo muito escrever para vocês. Comentem, e me digam o que acharam, estou esperando! Bjs



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