Use Somebody II escrita por Thaís Romes


Capítulo 13
O Vestido.


Notas iniciais do capítulo

Oi amores!
Sei que nem tem mais desculpas possíveis aqui, mas não vou abandonar a fic, isso é certo.
Bom, estou empenhada no fim de Paradoxo com a Sweet Rose, e se você ainda não leu essa fic, ou não conhece as fic da Sweet Rose, procurem, ela é incrível. E Paradoxo tem valido o esforço, não existe nada, nem uma gota de clichê ali e isso tem nos deixado super felizes.
Bom, mas aqui vai mais um capítulo! Espero de verdade que gostem.
I love you guys!



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A primeira coisa que faço ao acordar é verificar se Felicity está dormindo ainda, por um segundo sinto meu coração bater forte quando percebo que estou sozinho na cama. Só então me lembro da noite anterior. Felicity dormindo abraçada com a mãe, ela se salvando do crápula que resolveu namorar no passado e minha conversa com Sandra Hawke, e agora tenho que jogar mais essa bomba nas mãos da minha noiva, fico pensando em quando vai ser bastante para ela, quando meus problemas e empecilhos serão demais para meu relacionamento com Felicity suportar.

Me levanto e vou direto para o banho, precisava clarear meus pensamentos. Após me vestir, já pronto para ir a empresa, vou em direção a cozinha e encontro Felicity já arrumada com um vestido rosa, cozinhando com a mãe, as duas se divertiam tanto uma com a outra que nem mesmo perceberam minha presença. Me sento no balcão e fico as observando em silencio.

–Ele era até bonitinho mãe! –Felicity protestava gargalhando.

–Felicity o rapaz tinha acne até e seus pensamentos! –Donna diz virando as panquecas em um prato.

–Pete Ross foi minha primeira paixão... –Ela suspira sonhadora pegando algo na geladeira. –Ele tinha algo que me fascinava.

–Tenho certeza que era a falta de dermatologista! –Donna implica.

–Eu até ontem não sabia nem mesmo que você namorava antes de mim, e agora tem esse Petty ai também! –As duas se viram em minha direção sorrindo. –Bom dia Donna. –Acrescento.

–Bom dia querido. –Donna responde simpática colocando um prato de panquecas a minha frente. –Ele é ainda mais bonito pela manhã. –Sussurra para filha que fica escarlate.

–Não se acostuma não viu. –Fala Felicity apontando o dedo em riste para mim. –E o nome dele é Pete, não Petty. –Corrige brincalhona se sentando ao meu lado com a mãe.

–Péssimo nome. –Dou de ombros implicante e as duas dão risada. –Quando os pais de um cara colocam o nome dele de Petty...

–Pete. –Corrige e eu ignoro.

–Com certeza querem que o filho sofra bullying na escola. E bom dia para você também. –Digo dando um beijo em seu ombro.

–Bom dia. –Sorri presa em meus olhos se esquecendo que eu estava a provocando a pouco. –Do que estávamos falando mesmo? –Pergunta para a mãe que sorri divertida.

–Do Pete Ross. –A lembra. –E esse nem foi o pior Oliver... –Começou a dizer e Felicity a olhou assustada.

–Mãe por favor, já tive a cota de ex-namorados suficientes ontem por uma vida inteira. –Pede manhosa e a mãe deixa passar. –Oliver, queria ficar com minha mãe hoje. Você poderia dar um jeito nisso com Palmer por mim?

–Felicity você faz parte da diretoria da empresa, não precisa nos pedir para tirar folga, mas eu o aviso por você. Por falar nisso tenho que ir. –Me levanto e beijo o alto de sua cabeça. Vou até Donna a abraçando. –Obrigado por vir. –Digo antes de nos afastarmos.

–Oh, imagina. –Responde desconcertada.

–Fiquei muito feliz por finalmente te conhecer. –Falo com sinceridade e Felicity nos observa com um sorriso no rosto. –Nos vemos logo Donna. –Beijo seu rosto e olho para Felicity que me sopra um beijo.

FELICITY

Volto na loja de noivas com minha mãe, mas dessa vez feliz por estar ao lado dela. Se tem algo que Cooper fez de bom com todas as atrocidades que cometeu ontem, foi me lembrar o quanto minha mãe batalhou para que eu me tornasse quem sou hoje. Passamos um bom tempo escolhendo meu vestido e após nos decidirmos voltamos para casa. A cada minuto que passava meu coração parecia se espremer em meu peito.

–Gosto do Oliver. –Diz arrumando suas malas. Eu estava sentada na beirada da cama a vendo fazer todo o trabalho sozinha, louca de vontade de tirar as coisas que ela colocava lá, como naqueles filmes sabe?

–E ele gosta de você. –Confirmo com um sorriso a observando. Donna para o que está fazendo e se senta à minha frente segurando minas mãos com um sorriso amoroso no rosto.

–Não seja como eu minha filha. –Diz e eu a olho assustada. –Todas essas barreiras que você ergue para se proteger, esconde seu passado do homem que você ama. –Ergue uma sobrancelha me desafiando a discordar. –Ele sabe algo sobre seu pai?

–Acredite quando eu te digo que ele tem os segredos dele. –Murmuro tentando fazer graça. –Segredos... São como uma chama que mantém nosso amor aceso! –Brinco e ela faz careta reprovando minha atitude.

–Eu estou falando sério filha. –Pensei em responder que eu também, mas decidi me calar, minha mãe não é tolinha como aparenta e para ela ligar dois mais dois e descobrir que Oliver é o Arqueiro salvador das nossas bundinhas, não demora muito.

–Tudo bem mãe, vou falar com ele do meu pai. –Concordo e ela me abraça antes de se levantar e volta a guardar suas coisa.

–Oliver é o tipo de cara que coloca a sua vida antes da dele, Felicity, isso não é nada parecido com seu pai e eu não poderia estar mais feliz ou orgulhosa por saber que tem alguém assim olhando por você. –Percebe como ela não tem nada de tolinha?

Me levanto e beijo seu rosto com carinho. –Eu te amo mãe.

–Oh! –Cantarola acariciando meus cabelos. –Também amo você minha garotinha.

Eu a levei para o aeroporto no fim da tarde e me surpreendi ao perceber o quanto eu queria que ela ficasse por mais tempo, mesmo ela prometendo voltar mais próximo ao casamento, do qual eu nem mesmo tinha uma data ainda, mas tinha um vestido. Eh! Penso com ironia.

–Hey! –Oliver diz quando eu chego na caverna naquele dia. –Como foi com sua mãe?

–Tenho um vestido de noiva agora. –Respondo desanimada, mas o sorriso em seu rosto espanta qualquer tristeza que havia em meu peito.

–Quer dizer que agora é oficial? –Diggle brinca passando os braços em meus ombros e me puxando para um abraço.

–Era oficial desde que coloquei uma aliança na mão dela John! –Oliver finge indignação olhando para o amigo.

–Correção Oliver, era oficial desde que você entrou no escritório dela com a pista do pistoleiro. –Diggle diz e eu o olho sorrindo, não tenho palavras.

–Isso está ficando meloso demais. –Roy reclama brincando e pega seu arco. –Vamos para essa ronda ou não?

–Vão na frente. –Oliver fala e Dig e Roy se olham por um momento antes de saírem. –Vem aqui. –Ele me chama abrindo seus braços e eu me aconchego neles. –Foi muito difícil? –Claro que ele havia percebido... Sempre percebe.

–Eu estou acostumada a ficar sem ela, mas foi tudo tão intenso... –Murmuro me perdendo em seus braços.

–Entendo você, nós estamos precisando de uma folga de tudo isso. –Oliver beija minha testa e se afasta para me olhar nos olhos. –Fiz uma reserva para nós dois naquele restaurante tailandês que abriu perto do nosso apartamento.

–Mas como? Que dia?

–Hoje! –Sorri inocente já se afastando. –Vou resolver isso e te encontro lá, trouxe sua roupa e maquiagem para que possa se arrumar aqui. Nos vemos em duas horas!

–Ótimo... –Sussurro com sarcasmo.

[...]

Sabe qual é a parte ruim do amor de sua vida ser um herói? Respondo com prazer. Sua vida passa a ser uma sala de espera sem fim. Você espera que ele sobreviva, espera que ele chegue em segurança todos os dias, espera que os ferimentos não sejam graves, espera que os inimigos sejam egocêntricos o suficiente para deixarem falhas. E os espera chegar em qualquer lugar que vocês forem. Tenho certeza de que eu vou ter que entrar primeiro em nosso casamento e esperar por ele no altar!

Mas tem a parte boa que esmaga a ruim sem pestanejar. A parte boa são os pequenos gestos, alguns chegam a ser hilários. Às vezes eu acordo pela manhã e Oliver não está na cama, eu sempre encontro uma arma em seu travesseiro e a porta do meu quarto trancada a chave, como se temesse que alguém me roubasse ou qualquer outra coisa bizarra que passe por sua cabeça. Eu sei que não deveria achar isso romântico... Provavelmente é doentio, mas é a forma dele de me dizer o quanto se importa comigo.

E existem outras coisa, como quando percebi que o vestido dourado que ele escolheu para nosso encontro essa noite, foi o mesmo que eu usei no evento de caridade em que acabei com um colar que poderia me explodir no sentido figurado da palavra no pescoço. Foi o primeiro evento social que eu trabalhei para ele, a primeira vez que me viu fora das minas roupas de escritório. Não tem como não amar alguém que guarda todas essas mínimas coisas como se fossem o mais importante do mundo. Agora estou sentada aqui, com Oliver uma hora atrasado, lembrando do nosso primeiro encontro em que tudo deu errado.

–Gostaria de pedir algo senhorita. –O garçom pergunta parando em frente à minha mesa. E nesse momento vejo Oliver em um terno escuro entrando no restaurante. –Scotch puro e uma água. –Adianto nossos pedidos olhando para meu noivo que caminhava em minha direção.

–Você está linda! -Elogiou me dando um beijo no rosto antes de nos sentarmos novamente.

–Obrigada. –Sorrio encantada. –Você também!

–Estou atrasado!

–É verdade, você está! –Concordo o vendo franzir o nariz.

–Me desculpe, mas sabe que o nosso histórico de encontros é meio problemático. –Sussurra para mim.

–Oliver, nosso relacionamento é todo problemático! –Sussurro de volta me inclinando em direção a ele que sorri divertido.

–Por que começamos ao contrário de qualquer outro casal. –Ele fala sério me olhando nos olhos. –Nós nos tornamos cumplices e amigos antes de sermos amantes. Eu era uma pessoa completamente diferente antes da ilha, quando voltei ainda não conseguia me sentir como um ser humano que merece coisas boas da vida. Desenvolvi camadas e camadas de proteção, para que ninguém em visse como eu realmente sou. Mas você. –Oliver sorri com algo maior que admiração em sua face. –Você tirou todas elas no momento em que nos conhecemos, não tenho barreiras quando o assunto é você, Felicity. Só que elas ainda existem para os outros e você me ajuda a derrubar essas também.

–Oliver, você merece seus próprios créditos. –Seguro sua mão que estava sobre a mesa.

–E você os seus. –Oliver segura minha mão passando o dedo na aliança. –Eu não sei o que aconteceu no seu passado, e sei que assim como eu, você tem seus motivos para não dizer nada sobre ele. Mas não quero que meu filho cresça sem um pai. –Eu me surpreendo e passo a olha-lo nos olhos, tentando conter o sorriso que se formava em meu rosto, sem sucesso.

–Vai procurar Connor?

–Você já fez isso por mim. –Ele beija minha mão. –Vou conhecer ele, no sábado em Central City, e queria que fosse comigo. –Seus olhos estão cheios de insegurança sem motivos.

–Claro que eu vou Oliver! –Respondo e o maior sorriso que já o vi dar surge em seu rosto.


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Notas finais do capítulo

Provavelmente o proxímo o Connor já vai aparecer!
Galera, comentem! Bjs