Always and Forever escrita por tsukuiyomi, Letí


Capítulo 6
O coelho está na toca


Notas iniciais do capítulo

~~~lê abaixa/ desvia de pedras. OIE POVO LINDO. PRIMEIRO: desculpem a demora, ok? Faltou criatividade comigo e com a Let (foi ela que deu a base do cap.) e só conseguimos escrever postar hoje. Sim, corremos, nos amem.
Em segundo: EU TO FELIZ PARA CARALHOOOOOO. CAPITÃ YASMIM SPARROW EU AMO VOCÊ, SUA GOXXXTOSA, DEWA, EU TE AMO, A LET TBM, LINDA. MUITO OBRIGADA PELA RECOMENDAÇÃO E POR SER TÃO DIVA. Sério gente, ela recomendou, a amo e sou tão grata por ela ter feito isso. Terceiro: esse título deixa vocês curiosos? Vamos ver o que rola? Espero que gostem e boa leitura.



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Klaus não falou mais comigo naquele dia.

Ouvia os jarros sendo quebrados, sim. Ouvia-oele chutando os móveis em uma fúria, sim. E tenho certeza que ouviria sua respiração descontrolada se possuísse audição vampiresca, sim.

O pior de tudo era ter a sensação que eu poderia fazer algo. Qual é, eu estava tão irada quanto ele. Mas era ele que descobrira a drástica mudança do grande amor, não eu.

Eu era uma inútil, que não prestava nem para ser cupido. Não estava fazendo nada, absolutamente nada. Tudo o que eu fazia era acompanhar Klaus nas derrotas dele, e dizer palavras idiotas de consolo.

Era horrível vê-lo daquela maneira, Klaus não está acostumado com frustrações, não mesmo. E se ele matar mais alguma pessoa inocente pela minha incompetência, eu não sei o que vou fazer. Fingir que não vi, provavelmente.

—Acorde, Diana. —Klaus bateu na minha porta, e sua voz soou inexplicavelmente fria. Não estava dormindo, e nem percebi que passei a noite toda em claro até que ele apareceu aqui.

A culpa aumentou, e eu nem sabia por que se fazia presente. Não respondi. Não queria levantar, e não queria descobrir. O comodismo é bom para os culpados, isso é fato.

—Diana, abre a porta. — a voz de Klaus adquiriu um tom preocupado. Como se temesse que eu pulasse da janela, no segundo andar.

Ele a arrombaria se eu não o fizesse, claro, então a abri, sem me preocupar em ajeitar o cabelo ou focar o olhar nele.

— Pensei que tivesse se matado, garota. — cruzou os braços.

Apenas dei de ombros, insatisfeita por não poder passar o dia deitada. Arrumei a cama, e depois peguei no closet uma roupa. Tomei um banho, e quando sai Klaus estava exatamente no mesmo lugar.

— O que você deseja? — foi uma frase estupidamente formal, como se eu fosse sua empregada e tentasse agradar.

— Você está bem? — ele disparou, e soube que era o que ele se perguntava desde que enrolei para abrir a porta. — O que está acontecendo contigo? — disparou mais uma pergunta, o que me deixou um pouco desnorteada.

— Eu estou bem, Klaus. Não está acontecendo nada. — eu não poderia dizer a ele que estava culpada pelo fracasso dele. Isso seria cruel, para ele e para mim.

— Você não está bem, porra! — sibilou, acentuando o sotaque. Apertou os olhos e me olhou da mesma maneira que olhava para aqueles que o chamavam de monstro. Do mesmo jeito que olhava para aquele que não sabiam que ele salvou um bebê e que a criou como filha.

— Eu estou bem, só estou me perguntando o que faremos agora.

O tom era neutro, de uma suavidade mentirosa, tanta que me chocou.

— Como assim, o que faremos agora? — parecendo confuso, passou a mão esquerda pelos cabelos.

— Eu vou te ajudar a partir de agora Klaus, de verdade. Sem inutilidade. — parte de mim alegrou-se com aquela promessa.

— Diana, você já está me ajudando. — sorriu, e naquele momento achei o ser de mil anos muito ingênuo.

— Eu tenho que fazer mais, Niklaus. Eu tenho que fazer mais. — sussurrei, dando voltas pelo quarto.

— Você não está racionando. Você dormiu? —indagou, como se eu estivesse louca. Não estava. E está na hora de provar que tenho razão.

— Klaus, tenho que te dizer uma coisa, e isso me fará ficar bem.

Ele assentiu, focando os olhos nos meus e esperando.

— Talvez eu seja a primeira pessoa a te dizer isso. — pausei para passar a língua nos lábios ressecados. — Você não tem compaixão por ninguém, machuca as pessoas por prazer e não tem noção de quem derruba pelo caminho.

Não era a primeira vez que ele tinha ouvido isso, e tive certeza disso quando ele tencionou a mandíbula e me encarou com mais intensidade. Mas eu precisava continuar, por ele e por mim.

— Você é cínico, cruel e manipulador. — pontuei. — E você precisa de mim, você precisa de mim para conquistá-la e para se manter na linha. Você precisa de mim do mesmo modo que eu precisei de você dezessete anos atrás, enquanto minha mãe caminhava pela clareira de casa e um vampiro a atacou. — minha voz tremeu um pouco, mas continuei.

“Você precisa que eu o ajude da mesma forma que você me ajudou por dezessete anos. Você precisa que eu pare de brincar com flechinhas e comece a me preparar para a guerra. — minha voz endureceu, como se fosse um soldado entrando na guerra.

— Diana — ele começou, mas eu o interrompi com um gesto de mãos e continuei.

—Vou agir agora, porque vou definhar se continuar do jeito que estou. — era verdade, se ele caísse, eu cairia junto, eu era a escudeira, afinal.

“Você me ensinou que é preciso apanhar para aprender a bater, e agora eu vou bater contigo. Se Caroline Forbes está mal, nos vamos suturá-la, você como o porto seguro e eu como a vigilante. Você vai tê-la, e essa será a minha demonstração de agradecimento.”

Quando finalizei aquilo, uma barreira se rompeu dentro de mim. Eu estava furiosa, e minha voz beirava a psicopatia. Eu queria ir lá fora, pegar Caroline, amarrar num mastro e pendurar bem no alto da casa, para que Klaus pudesse ver que ela sempre estaria ali.

Toda a fúria foi embora quando Klaus me abraçou com força, se esquecendo que eu sou uma mera humana.

De repente, tudo aquilo fazia sentido. Ele era meu instrutor, e eu precisava dele. Mas ele também precisava de mim, como guia. E nada, absolutamente nada, atrapalharia meus planos a partir de agora.

Nem arrogância, nem egoísmo, muito menos negação. Nem Damon Salvatore, e muito menos Elena Gilbert, nada de Tyler, Stefan ou o resto da família. Nada, nada faria com que eu desistisse. Está na hora de traçar um plano para isso tudo.

— Diana, me escute. — Klaus me soltou e olhou nos meus olhos. — Você está enlouquecendo, querida. Essa batalha é minha, não sua. — constatou. — Não quero que você se torne o que eu me tornei. Você vai viver, vai se divertir e vai ser feliz. — era como uma ordem, como se ele estivesse... — Não vai agir de modo robótico, e vai me aconselhar em como agir perante os problemas com Caroline. Mas não vai se culpar e nem agir como se não tivesse vida própria. — terminou, desviando os olhos.

Quando ele me hipnotizou, nunca o amei como naquele momento. E nunca senti tanta gratidão por ele. Ele tinha me salvado, claro. Eu estava em paz, e não juntaria ele com Caroline por obrigação psicótica, e sim por amor e por vontade própria.

***

Estávamos no Grill— já era noite e Klaus insistira em sair de casa— bebendo como condenados. Uma coisa que você aprende quando cresce com vampiros é a beber, com certeza.

— Vão querer mais alguma coisa? — um novo barman apareceu. Era loiro e tinha olhos claros, humano.

Levantou o olhar dos copos que secava para nós e arregalou os olhos.

— O que está fazendo aqui, Klaus?

— Bebendo, Matt, só bebendo. — Klaus virou o último gole da sua bebida e sorriu, se fosse humano estaria muito bêbado.

— Dê-me outra dose disso, por favor. — apontei pro copo, suspirando por perceber que todo mundo conhece Klaus, e não parecem gostar muito disso.

— Claro. — ele me olhou por um momento, se desculpando e virou-se para pegar a bebida.

— Esse é Matt Donovan, sua tia Rebekah gosta muito dele. — Klaus resmungou, parecendo insatisfeito. Sorri.

— Pare de implicar tanto com ela. — Matt fazia mesmo o tipo de Rebekah, se é que ela tem um tipo. Bem que ela comentava sobre um barman ao acaso, às vezes.

— Se ela não me arrumasse tantos cunhados, eu não implicaria. — Klaus virou mais a dose que Matt trouxe, pedindo outra em seguida.

***

Faz um tempo que estamos no Grill, e agora estou voltando do banheiro. Alguém esbarra em mim, e eu tropeço, sendo amparada por braços fortes.

— Meu Deus, me desculpe. — um rapaz moreno me encara. — Estava distraído. — ele me solta.

— Tudo bem, também estava devaneando. — sorri amigável, e lhe estendi a mão. — Sou Diana, Diana Mikaelson.

— Mikaelson? Tipo, Mikaelson? — ele aceita a mão e arregala os olhos.

— Sim, Mikaelson. — aperto os lábios para não rir, achando engraçado.

— Ah, eu sou Jeremy, Jeremy Gilbert. — acrescenta, e tenho certeza que é irmão de Elena.

— Irmão da Elena, certo? — pergunto, só para confirmar e puxar assunto.

— Certo. Da onde se conhecem? — ele não parece surpreso por eu conhecê-la. Ela deve ser popular.

— Acasos da vida. —sorrio— Foi bom te conhecer, até qualquer hora, Jeremy. — ele se despede também e posso vê-lo indo até uma garota morena de olhos verdes, que me observava desconfiada.

Chego a minha mesa e não vejo Klaus lá, começo a olhar ao redor bem na hora que uma nova mensagem chega.

“Diana, vi Caroline por aqui. Vou tentar falar com ela, não se preocupe, vou ser prudente”.

Quando terminei de ler levantei os olhos e vi a porta do Grill se abrir. Os Salvatore e Elena entraram, Damon parecendo mortificado por ter que ficar na companhia dos dois.

Desviei o olhar, e o concentrei na minha bebida, minha mesa estava muito interessante. Puríssima.

Até agora. Os três se acomodam na mesa, sem pedir permissão. Tento parecer indiferente, mas meu olhar é atraído para o sorriso permanentemente sarcástico do moreno.

— O coelho está na toca. — pude ver Stefan olhar de canto quando Damon proferiu aquela frase e ergui as sobrancelhas, confusa.

— Você é irritante. ­— comentei, mantendo a sobrancelha esquerda levantada.

—Ele é muito irritante, sempre foi. — Elena confirma, corando em seguida quando todos os olhares foram dirigidos para ela. Eu sorri, disposta a construir uma nova impressão para ela.

—Não sei como você aguenta. — fui sincera, e fiquei satisfeita ao vê-la sorrir levemente, e também ao ouvir Damon bufar e Stefan rir.

— Convivência. — ela ergueu seu copo recém-adquirido, como a pedir um brinde.

— A convivência. — bradamos juntos, e começamos a beber.

Uma nova mensagem chegou, e quando a abri, um sorriso apareceu em minha face.

“Diana, nós nos beijamos”.


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Notas finais do capítulo

Então? Odiaram? Amaram? Opiniões nos reviews, por favor.
Eu sei que tem 18 acompanhamentos, e eu acho que vocês não sabem o quanto eu amaria vocês se deixassem um recadinho ali embaixo. Eu quero amar vocês, então, falem comigo. Escrever pro vento ngm merece.
Capítulo menos que o anterior, mas acredito que está com uma média boa.
Gostaram do que aconteceu nele? Da nossa Diana psicótica? Bem, eu tinha que fazer ela ser hipnotizada para dar um clímax no capítulo. O bom é que ela não foi forçada a esquecer disso e não ficou magoada.
Enfim, muito obrigada a Yasmin de novo. Amor da minha vida.
Até mais, beijos.
—Colly.