Always and Forever escrita por tsukuiyomi, Letí


Capítulo 21
Ela precisa de tempo


Notas iniciais do capítulo

Desculpem pela demora, desculpem mesmo! Finalmente, trago mais um capítulo para vocês.
Foi escrito pela Letícia e revisado por mim. Esperamos que gostem, boa leitura!



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P.O.V. Autoras

Diana suga todo sangue da pobre mulher, e, quando percebe o que fez, entra em choque. Aos poucos, vai dando passos pequenos para trás, tentando afastar-se do corpo sem vida que jazia no chão. Ela tropeçou, mas, continuou a se arrastar pelo chão. Assustada, com medo de si, ela foi indo em direção a um raio de sol, que passava por entre as pesadas árvores.

Quando Damon nota o que estava prestes a acontecer, rapidamente vai até ela e a puxa, notando que deveria ter tentado tirá-la do pescoço da mulher.

— Me solta, me solta. — Diana gritava, esmurrando o peito de Damon enquanto chorava. Damon não a solta, apesar de sentir um pouco de dor.

— Desculpe. — Damon fala entre os soluços de Diana.

Começava a sentir-se culpado. Era um sentimento estranho, doloroso. Se tivesse sido mais atento ao estado da mulher em vez de divagar e deixar que Diana a sugasse cada vez mais... Talvez Diana não tivesse de lidar com sua primeira morte, não agora.

E Damon sabia que ela ficaria irritada com ele.

~*~ ~*~ ~*~

Damon levou-a até a casa de Klaus. Diana já não chorava mais. Ela não fazia nada, estava com o semblante sério e sua respiração saia forte. Ao chegar a casa, Diana foi direto para seu quarto e trancou a porta. Era tudo tão estranho para ela, tudo tão diferente e tão... Maior. Mas não queria pensar nisso agora, a culpa a corroia cada vez mais, e era horrível. Por causa da sua nova super audição, foi capaz de escutar a discussão lá embaixo.

— O que aconteceu? — Elijah pronunciou-se, com a calma perdendo-se em meio a preocupação.

— Ela completou a transição, agora, é mesmo uma vampira. — Damon respondeu, e Diana pode identificar certo tom de satisfação em sua voz.

— Ela matou — Rebekah afirmou, em uma voz triste, após alguns minutos de um pesado silêncio.

— Você tem sorte de eu estar mais preocupado em falar com ela do que em te matar, Damon. —Klaus diz, em uma voz surpreendentemente fria.

P.O.V. Diana

— Parem de falar como se eu não ouvisse! — gritei do meu quarto, mesmo sabendo que se apenas falasse eles iriam escutar.

Não iria sair, sob hipótese alguma, do meu quarto. Eu só queria ficar sozinha.

Em poucos segundos Damon, Klaus, Rebekah e Elijah chegaram à porta de meu quarto, batendo e pedindo para que eu abrisse.

— Não vou — Falei convicta. Eles não podiam só me dar tempo?

— Diana, você tem três segundos antes que eu arrombe essa maldita porta. — Disse Klaus. — Um, dois, trê... — Antes de ele terminar, abri a porta e pulei a janela. Fiquei absolutamente maravilhada por não ter sofrido sequer um arranhão, mesmo que pulando do segundo andar. Era uma coisa que demora para entrar na cabeça. O lance da super audição, super força, super tudo. E a habilidade mais filha da puta de todas, as super emoções. No momento, eu não me sentia muito como uma heroína.

Há algum tempo, Klaus havia me dado um anel de lápis-lazúli. Era meu aniversário de quinze anos. Meus tios, ou pelo a parte não empalada deles (não consegui convencer Klaus sobre isso), estavam alegres e absolutamente felizes com meu décimo quinto aniversário, e não era diferente com Klaus.

Quando veio dar-me seu presente, trazia um sorriso nos lábios, como se quisesse presenciar com atenção minha reação. Entregou-me uma caixinha, e, quando abri, arfei de surpresa.

— Por quê? — perguntei, em descrença, enquanto observava o belo anel com o que impediria um vampiro de queimar ao sol no centro.

— Você vai precisar dela um dia. — respondeu tranquilamente. — Não me olhe assim, não é agora. Mas, tenho algumas bruxas em mão e nenhuma delas questionou a criação de um anel para minha filha. — a última parte encheu meu peito de uma sensação boa, e eu sorri. — Elas não são tão tolas. — disse, sorrindo também.

Sorri, com as lembranças de um tempo, tempo que parecia muito, muito tempo. Tanta coisa havia acontecido depois. Dentre elas, a mais importante, foi eu ter conhecido Damon. Mas, isso é outra história, e não quero pensar nisso agora, não depois dele não ter tentado impedir-me. A culpa se abateu sobre mim. Mas consegui aliviar meu peito com a gratidão que senti por Klaus quando comecei a correr por entre as árvores, sem medo de me queimar. Por causa do anel, uma coisa que nunca separei de mim.

~*~ ~*~ ~*~

Não havia mais sol, já era noite. Uma noite muito bela, por sinal. Ali, as estrelas pareciam brilhar mais. Eu estava no meio da floresta, vagando sozinha tentando não pensar em nada.

— Diana? — Escuto uma voz conhecida e me viro para traz, era Stefan. Franzi o cenho, surpresa.

— O que está fazendo aqui? Seguindo-me?

— Estava caçando. — ele parecia surpreso com minha reação explosiva. Senti-me constrangida com minha rudeza. — Ouvi passos, então vim checar. É bom sempre se manter alerta nessa cidade.

— Não consigo, não achei que iria doer tanto assim. — desabafei, após alguns segundos de um silêncio incômodo. Comecei a chorar, Stefan mal me conhece e eu mal o conheço, mas não estava nos meus melhores dias, e precisava de um ombro amigo. Abracei-o, ele ficou um pouco surpreso, mas retribuiu. Ele parece boa pessoa, e seria um bom amigo.

— Venha. — Ele falou simplesmente, me puxando. Fiquei confusa.

— Não quero voltar para casa. — Afirmei, mantendo-me firme no lugar. — Não ainda.

— Quem disse que vamos para sua casa? Você precisa afastar-se um pouco. É tudo confuso agora, sei como é. — Stefan estava pensativo, e dei-me conta de que ele tinha muita história.

E Damon também.

Afastei os pensamentos de Damon, suspirando e fechando os olhos.

— Queria saber se você gostaria de vir comigo buscar uma amiga. — Stefan retornou a falar, livrando-me dos meus devaneios. — Ela mora longe, acho que será um dia de viagem, mais ou menos.

O que eu tinha a perder? Stefan era meu amigo, novo, mais era. Precisava afastar-me, precisava de tempo. Mesmo que fosse apenas um dia, faria uma enorme diferença para mim. Seriam só eu, meus pensamentos culpados e Stefan, mas ele parecia tão calmo que tinha certeza que não daria crise se eu começasse a chorar de súbito.

— Certo, tudo bem. — confirmei.

— Irei pegar o carro do Damon, sem ele saber, claro; e iremos. — Stefan sorriu enquanto falava, satisfeito por poder me ajudar de alguma forma.

— Por que o de Damon? — perguntei confusa. Só o nome de Damon fazia minha mente disparar por mil pensamentos. E sentimentos.

— Porque Lua não gosta do meu. — respondeu, fazendo-me rir. Fiquei grata a ele por conseguir essa proeza em um momento tão... Sombrio para mim.

— Lua? — perguntei, tentando puxar assunto.

— Sim, Lua. Lua Reed. Ela é uma engraçada vampira de 205 anos. — empolgou-se, dizendo mais do que o necessário. Eu sorri, ela parecia importante para ele.

— Stefan, ninguém pode saber, eles viriam atrás de mim na mesma hora. — disse, em um súbito ataque de seriedade.

~*~ ~*~ ~*~

Já estávamos na estrada há duas horas, depois de eu ter esperado Stefan pegar o carro de Damon nas margens da estrada. Encostei a cabeça no apoio do banco, fechando os olhos e suspirando. Imagens vindas a minha cabeça no mesmo instante.

O sangue escorrendo no pescoço dela, me chamando.

Seu olhar inerte enquanto eu mordia seu pescoço.

E, por fim, seu corpo caído no chão, sem vida.

Abri os olhos desnorteada e vi que Stefan me olhava de canto.

— Não pense sobre isso, é pior. Apenas deixe, a dor continuará aí, mas menos profunda.

Não respondi, mas pisquei duas vezes, decidida a seguir seu conselho.

— Stefan? — O chamei, depois de um tempo. Liguei o som do carro para distrair, começou a tocar uma música do Rixton.

— Sim, Diana?

— Poderia passar em uma loja e depois em um hotel? — Perguntei e só então ele notou no modo que minhas roupas estavam. Sujas de sangue, uma prova do que eu fiz. Eu também não havia lembrado, só agora.

— Claro. — respondeu simplesmente, parando o carro na frente da primeira loja de roupas que viu.

Saí do carro após ele estacionar e fui até a loja. Era uma loja pequena, mas não demorei a achar uma roupa que me agradasse. Depois ele parou em um hotel barato. Fiz uma reserva de dois dias apenas para poder tomar banho, já que a funcionária estava mais ocupada admirando Stefan do que prestando atenção no que eu falava e queria.

Dei o cartão, ela fez seu trabalho de má vontade e devolveu-me. Deu uma olhada sugestiva em Stefan, e depois saiu de trás do balcão, dizendo algo para a funcionária e indo em direção as escadas. Quando chegou lá, olhou novamente para trás, chamando Stefan com um gesto e subindo.

Stefan não foi.

Eu sabia que ele não iria, por causa de Elena. Mas foi impossível não rir da mulher. Subi para meu quarto, tomei meu banho e me vesti. Ao estar limpa sai de lá em passos rápidos, desci as escadas e fui em direção ao carro, onde Stefan já estava. Não queria ficar perto de humanos agora.

— Vamos? — perguntei, entrando no banco do carona.

Ele assentiu e deu a partida.

— Mas, então, quem é esta Luna? — Perguntei quando chegamos à cidade onde ele disse que ela estava, sem ter a certeza de ter acertado o nome da garota.

— Lua. — Stefan corrigiu. — Minha amiga, ela me ajudou em momentos que Lexi não pode. — Falou simplesmente.

Lexi era uma antiga amiga de Stefan, segundo ele me contou durante momentos da viagem. Não aparecia havia vinte e cinco anos.

— E por que ela não foi até Mystic Falls sozinha? — perguntei, não que eu me oponha a ele ir buscá-la, mas queria continuar conversando. Era mais fácil esquecer assim.

— Lua não faz o tipo que gosta de correr por... Bem, muitos, muitos quilômetros. E no momento não possui carro. — ele pareceu não ter achado problemas na minha pergunta.

— Bem, achei que ela podia te ajudar, sem contar que sinto falta dela, e quando soube que ela mudou-se para “perto” decidi vir vê-la. — falou.

— Ela parece boa. — comentei.

— Ela é. — respondeu, sorrindo para mim. — Você vai gostar dela.

~*~ ~*~ ~*~

— Damon deveria ter me feito parar. — falei, precisava dizer isso. Porque era o que mais estava me incomodando.

— Diana, eu já notei... — falou e esperei ele terminar. — Que vocês se amam... E eu acho que talvez você devesse conversar com ele sobre e... — eu o interrompi:

— Ele não me ama. — corrigi, sentindo as palavras doerem. Lembrando-me que era o carro de Damon, abri o porta-luvas e peguei uma garrafa de uísque. — Como alguém que ama poderia fazer o que ele fez?

— Não diga isso. Você é boa Diana, e Damon também é... Ele só é... Bem, Damon. Acostume-se.

~*~ ~*~ ~*~

Estávamos há muito tempo no carro. Eu estava um pouco bêbada, porque bebi todas as garrafas que encontrei no carro e cantarolava canções idiotas e batucava no banco.

— Muito tempo com Damon te deixou irritante, Diana. — Caímos na gargalhada.

Começou a tocar uma música que eu adorava, então aumentei o volume.

Sentia que Stefan seria um bom amigo, e me abri com ele. Já não estava mais brava com Damon, Stefan me convenceu a perdoá-lo.

P.O.V Stefan.

Diana dormiu depois de um tempo. Liguei meu celular e vi dezenas de chamadas perdidas e mensagens, resolvi começar a ver as mensagens.

"Stefan, Diana desapareceu."

"Stefan, onde você está?"

"Não bastava só ela e você também desaparece, desgraçado!"

"Stefan, a bruxinha Bennet esta procurando vocês".

"Seu desgraçado, Bonnie achou. E vocês estão juntos!"

Resolvi ligar para Damon e tranquilizá-lo, porque apesar dele ser um idiota, era meu irmão.

O que está fazendo com ela? — ótimas saudações, irmão.

Estou levando Diana pra buscamos Lua, amanhã de manhã já estaremos em casa. — houve uma pausa, enquanto todos que com certeza ouviam a chamada processavam a informação. — Damon, ela precisava de tempo. Consegui ajudar você, mas vê se não apronta de novo.


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Notas finais do capítulo

Reviews? Comentem! Mantemos a meta.
Lembrando que sempre alteramos coisas nessa história.
Eu amo demais a Lexi, então não consegui não mudar o fato dela ter morrido, pelo menos aqui. Então, aqui ela não é uma morta, apenas uma sumida.
Ah, e a Lua é um prêmio dado à Garota Estranha por ter feio o 100º review de AaF.
Espero que tenham gostado. Beijos, Stalker.