Always and Forever escrita por tsukuiyomi, Letí


Capítulo 18
Amor


Notas iniciais do capítulo

OLÁ, GENTE AMADA. TUDO BEM? LEIAM ISSO AQUI, É IMPORTANTE!
Peço mil desculpas pela demora, mas foi aquele lance que coloquei no disclaimer, fim de ano, provas finais... Isso tudo levou a quase um mês sem atualizações, porém não abandonamos a história. Está aqui mais um capítulo fresquinho, e cheio de emoções!
ATENÇÃO:
Mudei uma parada no capítulo passado. Basicamente, não tem mais mordida. O Stefan se enganou e deu sangue a Diana à toa. Enfim, o Damon não mordeu a Diana. Então, quem quiser dar uma olhada na edição pode ir lá ver.
Peço desculpas pelo transtorno, mas foi necessário.
Enfim, boa leitura, espero que gostem.



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Senti o corpo bater contra o chão frio. As cobertas tinham se enrolado no meu corpo, criando uma espécie de casulo. Desvencilhei as mãos, livrando o rosto do edredom sufocante.

Quando finalmente consegui me soltar, olhei para cima. Klaus me encarava com os olhos brilhando, divertidos.

— Puta que pariu, Klaus, por que fez isso? — questionei, tentando ao máximo não rir. Ele costumava fazer esse tipo de coisa quando eu não respondia aos seus chamados.

— Nós vamos visitar seus tios, em Nova Orleans. — respondeu, focando os olhos em mim. — Como você não acordava, resolvi apelar.

— Ótimo, — senti uma alegria intensa com a nossa visita planejada, fazia aproximadamente uma semana desde o baile, mas a saudades já havia voltado, forte. Era estranho.

Levantei do chão, jogando as cobertas em cima da cama.

— Você arruma, — afirmei. Klaus fez uma cara impagável e eu fui para dentro do closet rindo.

Escolhi uma roupa mais arrumada, já que provavelmente iríamos viajar. Peguei um vestido verde escuro; tinha um decote em U, era justo na cintura e se abria nas coxas, até o joelho. Também peguei um salto-não-tão-alto preto e roupas íntimas.

— Klaus, são uma e meia da manhã! — gritei, encontrando-o ajeitando o lençol na cama.

Só fui reparar nisso agora, a luz estava acessa, então não reparei na escuridão lá fora. Fui até a janela, dando-me conta de que não havia dormido ao menos uma hora, por isso aquela sensação de cansaço! O carro de Damon não estava mais lá, suspirei aliviada.

— Quero chegar lá cedo, espertinha.

Bufei inconformada com a falta de consideração dele.

Quando me virei e encaminhei para o banheiro, vi que Klaus não estava mais lá e minha cama estava impecavelmente arrumada.

Ajeitei o vestido em um não-sei-o-que de pendurar e entrei no banho. A água fria me despertou, mas eu tremi de frio naquela hora da madrugada e aproveitei para lavar o cabelo.

Enquanto a água escorria pelo meu corpo, me peguei pensando em Damon.

Ele não me ligou, eu não liguei para ele. Éramos ambos orgulhosos demais, eu para admitir que sentia sua falta, e ele para admitir qualquer coisa. Mas fazia pouco tempo, muito pouco tempo, e ele veio aqui, e isso já me deixava satisfeita.

Não sabia o que sentia por Damon, mas seria estúpido de minha parte dizer que não sentia nada.

Suspirei, desligando o chuveiro. Sequei-me, coloquei a roupa e calcei os sapatos. Corri para o closet novamente, pegando o secador que estava em cima de uma pequena mesinha que ali ficava e dei um jeito nos cabelos o mais rápido possível.

Fiz uma maquiagem leve, passando rímel e um batom claro apenas. Peguei meu celular, minha identidade e mais algumas coisas femininas, coloquei tudo em uma pequena bolsinha preta.

— Klaus, quanto tempo nós iremos ficar lá? — perguntei, em tom baixo. A resposta não tardou a vir, com Klaus aparecendo na soleira da porta:

— Nós dormiremos lá e voltaremos amanhã. — disse, o sotaque acentuado.

— Certo. — peguei uma pequena mala, enfiei um pijama, uma muda de roupas e o meu coturno lá. Despejei o conteúdo da bolsa dentro da mala, e a atirei longe. Não peguei nenhum conteúdo para higiene, pois havia tudo lá, em Nova Orleans.

­ Desci as escadas, coloquei a mala no porta-malas do carro lá fora. O frio da madrugada me atingiu, e entrei na casa, indo em direção a cozinha o mais rápido que pude.

Ouvi uma conversa, estava baixa, mas conseguia ouvir algumas partes. Percebi que eram Caroline e Klaus que falavam.

Ignorando a culpa de ser bisbilhoteira, prestei atenção enquanto pegava um pedaço de bolo e um copo de suco na cozinha.

— Tem certeza de que vai ficar bem? — Klaus perguntou, com a voz rouca. Dei uma mordida no bolo, estava delicioso.

— Sim, Klaus. — podia sentir o sorriso na voz dela — Só vou passar um tempo com minha mãe, venho ficado mais aqui do que lá, sei que ela sente minha falta. É só até amanhã, relaxa. Vão surgir outras oportunidades de você me mostrar o mundo.

— Certo. — ele concordou, pela maneira com que respondeu, aquela frase tinha uma história. Eu desviei minha atenção, terminando o meu café.

Então Caroline não iria conosco, bem, eu sentiria sua falta, mas como ela mesma disse, seria só até amanhã.

Subi as escadas, escovei os dentes e encontrei com Klaus no carro.

— Vai, você tem que me deixar dirigir! — implorei, pela milésima vez. Estávamos naquela situação há cinco minutos, com Caroline a rir na porta.

Era ridículo, duas horas da manhã e Klaus se negando a me deixar dirigir.

— Diana, deixe de ser teimosa. — Klaus protestou, mas pela voz cansada vi que ele estava quase cedendo.

— Klaus, você não quer me deixar ir no meu carro. O mínimo que pode fazer é me deixar dirigir o seu!

— Tudo bem! — ele suspirou, passando as mãos pelo rosto e me lançando um olhar que dizia “Agora cale a boca!”

Fiz um som de comemoração, o que só fez Caroline rir mais.

Finalmente entramos no carro, liguei os faróis, porque o caminho estava muito escuro. Demos tchau para a loira e eu acelerei quando Klaus entrou no carro.

Assumi uma velocidade média quando chegamos à estrada, e liguei o rádio em um volume baixo.

— Você avisou a eles que iríamos? ­— perguntei.

— Não. — respondeu simplesmente.

— Por que não? — indaguei, fazendo uma curva um tanto fechada.

— Não sei, talvez quisesse fazer uma surpresa.

— Certo. — fiquei em silêncio por um tempo, sem querer demonstrar que estava satisfeita pela atitude dele de querer visitar a família. A cada dia que passava, eu gostava mais desse Klaus bom. Ele parecia feliz, e só esse fato já me alegrava. Ele ter encontrado uma companheira incrível também fez com que eu ficasse ainda mais feliz.

Dirigi por alguns minutos, em um silêncio agradável.

— Lembra quando Rebekah foi te ensinar a dirigir? — Klaus perguntou de súbito. Eu ri, as memórias tomando conta de minha mente.

“— Você está indo bem. — Rebekah comentou, enquanto eu conduzia o carro hesitantemente por uma rua deserta.

Eu estava nervosa, tinha quinze anos, mas ela insistia que eu precisava aprender a dirigir. Disse que uma mulher tinha que saber se virar sozinha. E eu, com meus quinze anos na cara, sorria ao achar minha tia era incrível.

Quando cheguei aos dezenove, cheguei com a certeza de que ela incrível e também com a capacidade de dirigir suficientemente bem. ”

— Sim, nunca pensei que ela conseguiria. — rimos juntos, o meu humor melhorando e deixando de ser rabugento por acordar cedo.

Já eram duas e quarenta da manhã, e eu continuava dirigindo. Não permitiria que Klaus dirigisse, não depois de toda a minha insistência para conduzir o carro.

Acelerei, querendo chegar ao destino logo.

— Diana, vá devagar! — Klaus falou apressado, mais já era tarde demais.

Não vi a curva, estava tão rápido e escuro que não consegui enxergá-la nem mesmo com os faróis. O carro saiu da estrada, e eu não consegui tomar o controle novamente. Vi Klaus desprendendo o cinto com sua velocidade vampiresca, mas eu não estava de cinto. O carro bateu com força no solo após cair em um desnível de seis metros e meu corpo foi jogado para fora com força por causa do impacto.

Klaus chegou ao meu lado em menos de um segundo. Eu sabia que ele teria conseguido me salvar, eu sabia. Porém o cinto atrapalhou-o, aquele único milésimo de segundo...

Mas eu sabia que ele teria feito tudo que podia para me salvar, e isso era o suficiente para mim quando encontrei seus olhos acinzentados, a dor percorrendo todo o meu corpo.

— Diana, Diana, olhe para mim! — ele disse, desesperado. Parecia um sussurro distante, a última coisa que vi foi ele mordendo o pulso e seus olhos. Olhos que viraram azuis.

Sabia que estava alucinando, e sabia que não daria tempo.

Podia sentir o coração falhando, a dor... Doía tanto, eu mal podia respirar. O que estava acontecendo? Quer dizer, eu sabia que estava morrendo. O sangue de Klaus não chegaria à minha correndo sanguínea a tempo.

Eu poderia desistir, e me ver livre da dor. Mas olhos azuis tomaram conta de minha mente. Só Deus sabe o quanto eu lutei, eu tinha que esperar o sangue de Klaus... Tinha...

Não podia apagar agora...

Tanta imprudência... Por que tive que dirigir tão rápido?

Dói tanto....

Damon...

O que Damon vai pensar? Apenas uma garota estúpida e imprudente.

Uma lágrima correu por meu rosto, eu não veria mais aqueles olhos azuis.

Aqueles olhos azuis de quem tanto amei, e só agora, nos leitos de morte, eu finalmente percebi que sentimento era.

Amor.

Fechei meus olhos, ficaria satisfeita quando encontrasse aqueles olhos nos sonhos, no descanso. Mesmo que não fosse algo real.


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Notas finais do capítulo

E aê? Gostaram? Odiaram? AINDA TEM GENTE AÍ? Quero sinais de vida, hein! A meta continua a mesma, seis reviews lindos!
Não matem a gente, era realmente necessário esse fim. Nos vemos na próxima.
Qualquer erro, me avisem! Pelo amor de Deus! Sou meio desligada, então preciso de ajuda!
Ah, eu e a Letícia queremos saber se vocês estão gostando ou não! É muito importante para a gente as opiniões de vocês.
Bye, Stalker.