New York, Setembro 10

00h00min AM

Suspirando de frustração Edward, pôs-se a sentar-se ao lado do pai Carlisle Cullen, derrotado por sua inútil tentativa de persuasão para obter a vingança que lhe corroía nos últimos dois dias, ele se sentia inquieto e sabia que não sossegaria até matar um dos Licanos chamado, Jacob Blake, que supostamente havia matado sua prima.

"Isto não e justo! Um deles matou Alice, pai" Irritou-se Edward.

"Como pode estar opondo-se a mata-lo?" Pressionou. Carlisle fitou Edward sem se abalar com a irritação do mais velho dentre os filhos.

"Nada e justo meu filho, a questão não e vingança e sim justiça" Retrucou Carlisle "Não podemos simplesmente chegar em território inimigo e saquear tudo que vier pela frente em prol, de uma vingança que não sabemos se e direcionada à eles. Não devemos provocar uma guerra sem provas concretas, não estou disposto a sacrificar meu povo por suposições, Anthony".

O filho bufou da maneira que o pai o havia chamado, ele sabia que Carlisle só o chamava desta forma quando não queria ser questionado.

"Se você quer provas eu irei procura-las, mas fique sabendo, que não tenho dúvidas que os Licanos estejam envolvidos até o pescoço nisto tudo". Disse Edward certo de suas palavras.

"Faça como quiser, só fique distante do território deles". Avisou Carlisle observando o filho se afastar.

Los Angeles, Setembro 11

01h02min AM

Abrindo a porta do estabelecimento Isabella analisou o ambiente rigorosamente, sua avaliação passou das paredes gastas e escuras pelo excesso de cigarro, para as três pessoas que bebiam suas cervejas em meio a um jogo de cartas.

Tudo estava absolutamente calmo, ouvia-se apenas o suave som do funcionário limpando o recinto-central com a expressão tediada que mostrava sua total falta de interesse no que fazia.

Seus passos eram firmes e silenciosos quando seguiu em direção ao balcão.

"Um sundey de chocolate". Pediu assim que sentou na cadeira.

O homem robusto e grisalho assentiu sem dizer-lhe uma sequer palavra, e começou a fazer o que lhe foi pedido.

"Aqui está seu Sundey".

Entregou-lhe o senhor com os olhos baixos. Isabella o analisou por alguns segundos e sorriu ironicamente. Assim que terminou, deixou o dinheiro e caminhou para a saída.

Em um reflexo habilidoso e rápido, seu corpo dobrou-se para a esquerda desviando do objeto pontiagudo que cravou na porta de entrada. Girando sobre os calcanhares a Serafim atirou para o que antes era um senhor grisalho, agora, não passava de uma besta de rosto deformado saída das profundezas do inferno.

Três tiros foram disparados na direção da besta e girando para esquerda atirou no outro que se dirigia desgovernado em sua direção. Sua característica era diferente do anterior, aquele não mostrava sua verdadeira forma, a besta que a atacava, tinha olhos negros e dentes pontudos mais parecidos com dentes de tubarão e garras afiadas. Sem esperar mais um segundo, acertou dois tiros no crânio se esquecendo por um momento a presença do terceiro demônio, que esperava o momento certo para o ataque.

O terceiro demônio pulou na direção da moça chutando a arma dela para longe, e com rapidez sobre-humana, Isabella, tirou sua Flagela de fogo do casaco e com o seu toque acendeu uma chama flamejante e angelical da ponta até o cabo.

"Diga que mandei lembranças". Sorriu o partindo ao meio. O demônio berrou sôfrego e explodiu em cinzas. Isabella suspirou limpando a gosma impregnada na ponta da espada e guardou dentro do sobre-tudo.

Ela tinha que tomar mais cuidado, nos últimos dias os demônios vinham aparecendo com frequência, parecia que eles não estavam mais tentando se esconder e isso a preocupava seriamente.

Agora mais do que nunca ela tinha que achar Miguel.

Ao sair do estabelecimento olhou para os dois lados tentava se decidir em qual caminho seguir, as opções não eram favoráveis, quaisquer dos caminhos que se opusesse á ir a levaria para um banho de sangue, mas não e como se pudesse evitar pois, era aquele caminho que deveria seguir, ela estava onde estava, por aquele motivo afinal.

Subindo em sua moto, ela seguiu em direção ao aeroporto de Los Angeles, onde pegaria o primeiro avião disponível pra New York.

Sua missão ali, já havia sido concluída.

Sob o céu nublado um homem de aparecia angelical e vestes negras, demostrava irritação ao dizer: "Porque não fico surpreso com isso? Eu lhes dei uma simples tarefa e vocês falharam da pior maneira!".

"Mestre, éramos em pouco número, mas..."

O servo tentou dizer-lhe.

"Não quero desculpas! Acho bom vocês conseguirem mata-la, caso contrário, quem será punido será você" Rosnou fazendo o servo se encolher.

O belo homem estava consciente que a Serafim estava cada vez, mais próxima de encontra-lo. Não que ele a temesse, pois, isto seria humilhante demais para ele um lorde das trevas, no entanto ele não poderia deixar de lembrar que os arcanjos a ajudava.

Os arcanjos eram os mais poderosos dentre a linhagem dos anjos, Jeremias, Rafael e Gabriel eram acima de tudo, anjos superiores, os arcanjos eram em sua grande maioria um enorme problema, no entanto, ele tinha uma nova pedra no caminho; Isabella, ela era o grande problema no momento. Embora, ela estivesse na terra pelos motivos que o próprio estava provocando, ele sentia que ela não era uma reles Serafim, pois, os arcanjos não a mandaria até aqui, para fazer o que os outros falharam.

Gabriel um dos três arcanjos que ainda estava na hierarquia angelical, poderia ser bondoso ate certo ponto, mas quando se tratava dos humanos, Gabriel mudava completamente.

Ele nunca entendeu o motivo de tanta proteção quando se tratava dos humanos, para ele, os humanos seriam seres inferiores cuja, a vida, seguia-se entre matar e sobreviver, ele se lembrava muito bem, que quando ainda habitava o paraíso esses que os anjos tanto protegiam, matavam uns aos outros por motivos irrelevantes.

Uma coisa ele sabia, Gabriel estava preocupado com o rumo que o mundo sobre-natural seguia. Os licanos e os lacaios sussurravam guerra o que preocupava os anjos, pois, isso atingiria diretamente os humanos.

"O que o senhor sugere?" Sussurrou o segundo fitando o superior com preocupação.

"Vocês não servem pra matar, apenas a traga pra mim, que eu mesmo resolverei". Ordenou sumindo entre as sombras.