Helias se jogou no trono de ouro e continuou a jogar. Celeste berrava e chutava o vampiro atrás dela. Eles levaram o grupo para uma cela, onde Astrid estava. Ela olhou para os amigos e se surpreendeu. Abraçou todos de um por um e quando chegou a vez de Daemon, Astrid o abraçou mais forte.

–Pensei que não viriam.- disse ela.

–Claro que não. Viemos por você.- respondeu Celeste, abrindo um sorriso.

–Temos que sair daqui, mas nossos poderes não funcionam aqui. Mas se...- pensou alto Astrid.
Ela olhou para Daemon e Astrid fez uma magia e tirou seu poder e deu a Daemon. Astrid desmaiou e Daemon sentiu-se mais forte. Mais capaz. A espada de diamante surgiu nas mãos dele. Aden olhava para ele com um ódio mortal. Daemon partiu as barras da prisão e todos saíram. Aden colocou Astrid no colo e correu.
O quarteto saiu voando em alta velocidade para não serem seguidos. Até que alguns outros vampiros começaram a seguir eles.
Começaram a voar mais rápido. Saíram da caverna e continuaram a cair no buraco. Os vampiros ainda os seguiam, o que não era muito bom. Aden localizou o fim do buraco, era como um buraco de rolha, só que, cem vezes maior. E para ficar mais tosco ainda, a rolha estava do lado do buraco. Daemon pediu para todos entrarem e fechou rapidamente a entrada. Os vampiros ficaram batendo na rolha desesperadamente. Os cabelos de Celeste estavam desarrumados e a o vestido branco sem mangas todo esfarrapado.
Daemon estava bufando, já tinha voltado ao normal, estava com sua blusa com mangas e sua calça jeans velha.
Eles observaram o lugar e viram que tinham chegado ao submundo. Andaram um pouco, até que Astrid acordou, ou nem tanto, pois murmurou:

–A profecia...

–O que tem a profecia?- perguntou Paulus.

–Estou a estudando.- disse Astrid.
Continuaram andando até que viram um homem com capuz negro em cima de um barco. Tinha o remo em mãos.

–Esse cara é o Custadouro.- disse Celeste- Dêem a ele uma moeda de ouro! O rio em que ele estar, se chama Infínitus, dizem que se alguém cair nele perde suas memórias e é queimado. Ele é ácido.- Celeste fez uma careta.

Aden deixou Astrid se levantar de seu colo. Ela ajeitou o vestido azul sem mangas e fez postura,como se estivesse "pronta" pra encarar qual quer coisa. Tirou do bolso de Aden uma moeda de ouro e deu ao Custadouro.
Ele observou a moeda de ouro com cuidado. Fez um sinal para que subissem no barco.
Celeste, Astrid e Paulus foram a viagem sentados e Daemon e Aden ficaram em pé.
Celeste ficou com com náuseas quando viu pessoas sendo torturadas e chicoteadas violentamente. Era tão cruel. Os demônios os olhavam como se fossem um grande pedaço de bolo de chocolate, apetitoso. Paulus engoliu em seco quando vira sendo observado.
Aden sentia-se estranho. Nunca sentira um sentimento tão forte, ele estava com ciúmes de Daemon e Astrid. Como ela sorria quando se aproximava dele. Como o abraçou na cela.
Ele e Astrid nunca tiram nada, mas tinha que ser com o Daemon? Aden estava cheio de perguntas.
Chegando ao outro lado do lago Infínitus, o grupo desceu do barco. Até que ouviram uma voz grave, grossa e fria como o metal.

–Celeste... Minha "anjo" preferida...- ele fez um som diferente na palavra anjo.

–Quem está aí?- perguntou Aden, sacando a espada.

–Ora, quem mais está aqui a não ser o rei do inferno?

–Bem... Tem os demônios, os mortais escravizados- disse Paulus que foi cortado com Celeste tampando sua boca com a mão.

–Era uma pergunta retórica.

Eles caminharam e viram um grande trono de ouro, em uma sala feita de esmeraldas e o chão de diamantes rosados. Um homem bem grande, um gigante,estava sentado com um olhar irônico no rosto. Não tinha vestes, mas também não tinha um corpo mortal. Em mãos, ele tinha uma foice gigantesca como ele. Possuía dois chifres e o olhar vermelho sangue.

–Olá Celeste. Seja bem-vinda ao lar!- exclamou ele.- Para quem não me conhece, sou Satã, o rei dessa festa aqui.

–Aqui não é a minha casa.- disse Celeste.- queremos a sua foice.

–Essa é muito boa!- disse Satã, rindo como se fosse a piada do século- Porém... Vocês podem levar se a amiguinha Celeste responder uma pergunta simples, sem mentir.

–Por isso o nome é foice da verdade... - murmurou Astrid.- Mas por quê você Celeste?

–Muito bem. Estou pronta.- disse Celeste, voando para encarar Satã.

–A pergunta é: Celeste, você é um anjo, ou um demônio?

Celeste engoliu em seco. Seu olhar baixou e em seguida olhou para os amigos, crentes que ela ia falar que era um anjo lógico. Mas não era bem assim, era como num dos sonhos de Astrid, Celeste fugiu de seu destino e foi para o céu. Rafael a pegou e viu um demônio, ele realmente foi um cúmplice, mas deixou Celeste passar. Celeste respirou fundo e disse:

–Um... Demônio.