Garota Veneno escrita por Tayná Milene


Capítulo 2
Capítulo 2 - O bar


Notas iniciais do capítulo

Segundo Capítulo, o próximo só quinta



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–ola, meu nome é Caroline Forbes. –se apresentou ela.

–oi, meu nome é Natalie Richel. –me apresentei e sorri.

–você é nova na cidade? –Caroline perguntou.

–sim, cheguei hoje. –eu disse.

–então seja bem vinda. Você tem quantos anos? –ela perguntou.

–17. –falei.

Uma garçonete trouxe minha coca e colocou em cima da mesa interrompendo Caroline.

–mais alguma coisa? –perguntou a garçonete.

–não, só isso, obrigada. –falei pra ela.

–disponha. –a garçonete falou e foi para trás do balcão.

–bem voltando ao assunto. Eu também tenho 17 anos, isso quer dizer que vamos estudar juntas. –falou Caroline toda animada.

–que bom, já vou conhecer alguém na escola. –eu disse e sorri.

–Caroline, eu estou indo, você vem? –gritou uma garota perguntando, ela estava parada em frente à porta, eu tinha a impressão que a conhecia.

–um minutinho, já vou. –gritou Caroline em resposta.

–quem é ela? –perguntei assim que ela se virou pra mim.

–Bonnie Bennet, ela vai estudar com você também, ela é uma de minhas melhores amigas. –falou Caroline se levantando.

–foi um prazer conhecer você. –falei me levantando também.

–não, o prazer foi todo meu. Vemo-nos na escola amanhã? –perguntou Caroline.

–claro. Então até amanhã. –falei.

–até. –ela disse e correu até a porta.

Peguei meu refrigerante e fui me sentar numa cadeira em frente ao bar, tomei meu refrigerante ligeiramente e chamei um garçom.

–o que você deseja? –ele perguntou.

–qual seu nome? –perguntei.

–Richard. –ele respondeu.

Eu olhei para os lados e como vi que ninguém olhava usei meu poder com ele, olhei em seus olhos e então sorri.

–você não vai pedir minha idade e vai trazer a bebida que eu quiser. –falei ainda usando meu dom.

–eu não vou pedir sua idade e vou trazer a bebida que você quiser... –Richard repetiu meio abobalhado.

–ótimo, agora volte a trabalhar e esqueça o que eu disse, mas faça o que eu pedi. –falei.

–vou voltar a trabalhar, vou esquecer o que você disse e vou fazer o que você pediu... –Richard repetiu ainda meio tonto.

Parei de usar meu dom e parei de olhar em seus olhos, Richard saiu e continuou trabalhando. Eu sorri, deu certo, como sempre.

–Richard, você poderia me trazer uma cerveja? –perguntei.

–claro. –ele falou e me deu uma cerveja.

Bebi a cerveja olhando as pessoas entrando e saindo do Mystic Grill, desde quando eu havia chegado o lugar havia enchido bastante. Olhei no relógio, eram 7:00 horas, e então me voltei para a TV que ficava na parede atrás do balcão.

Interessei-me pelo que estava passando na TV e comecei a prestar mais atenção, falavam sobre ataques de animais, muitas pessoas estavam morrendo por causa deles e ainda ninguém havia conseguido prender o animal. Eu sabia que não era um animal que estava causando as mortes e eu tinha que fazer algo a respeito.

Fui tirada de meus pensamentos quando alguém sentou na cadeira a meu lado e Richard, o garçom, ficou em frente a TV. Me virei para ver quem era e me surpreendi. Era um homem, no máximo 22 anos, tinha cabelos pretos e ondulados cortados curtos, tinha olhos azuis escuros e estava vestido todo de preto. Eu já o tinha visto em um lugar.

–olá, sou Damon Salvatore e você é? –perguntou ele se virando pra mim e sorrindo.

–Natalie Richel. –respondi.

Ele pegou minha mão e deu um beijo em cima dela e quando nossas peles se tocaram eu vi a palavra morte surgir em minha mente, também solidão, culpa, sofrimento e raiva. Tirei minha mão da dele rapidamente.

–é um prazer conhecer você. –Damon disse.

–o prazer é todo meu. –eu falei e me virei para a TV.

Toda a primeira vez que eu tocava em alguém eu via algo sobre essa pessoa, as vezes coisas boas, as vezes ruins.

–eu conheço esse sobrenome. –Damon falou me tirando de meus pensamentos.

–minha família foi uma das fundadoras da cidade. –falei e me virei pra Damon novamente.

–então você é nova aqui? Por isso eu tinha a impressão de nunca ter te visto... –ele murmurou.

–sou sim, minha família havia se mudado, muito tempo atrás, mas eu decidi voltar aqui. –murmurei.

–alguns anos atrás tinha uma Richel aqui, ouvi algumas pessoas falando sobre ela. –disse Damon.

–minha tia Clarissa morava aqui, mas ela morreu. –falei.

–e seus pais se mudaram pra cá também? –perguntou ele.

–eu fui emancipada quando tinha 15 anos, meus pais morreram um ano depois. –eu falei.

–e agora você tem quantos anos? –ele perguntou.

–17 anos. –falei e ri.

–qual é a graça? –Damon perguntou.

–piadinha interna, você não entenderia, quer dizer, você entenderia, mas eu não posso falar. –eu disse revirando os olhos e rindo.

–não pode? –ele perguntou.

–sua família também é uma das fundadoras. –eu falei tentando mudar de assunto.

–sim. Eu também me mudei pra cá um tempinho atrás, meu tio morava aqui, mas ele morreu. –Damon disse sombriamente e depois sorriu.

Chamei Richard e pedi uma vodca, ele disse que logo iria trazer e Damon pediu o mesmo.

–bom, vamos mudar de assunto, não gosto de falar sobre minha família. –eu falei.

–claro. Agora me explica como o garçom vai dar bebida alcoólica pra você sem pedir sua idade. –Damon pediu impressionado.

–sou bem convincente quando é preciso. –falei sombriamente.

–acho que você só quer me impressionar. –ele falou.

Richard trouxe a bebida e eu agradeci.

–quer que eu prove que eu bebo? –pedi erguendo uma sobrancelha.

–sim. –Damon respondeu.

Peguei meu copo e tomei num gole só, eu estava acostumada a fazer isso, meus amigos incentivavam e faziam igual, eu os adoro.

–nossa. Agora não duvido mais. Vou pedir mais uma rodada pra nós. –disse Damon.

–não posso tomar um porre hoje, amanhã tem aula. –falei desanimando.

–sabia que você faz meu tipo? –perguntou Damon tentando me dar uma cantada.

–que pena, eu faço seu tipo, mas você não faz o meu. –eu disse pegando minha bolsa.

–eu ouvi direito? Você me deu um fora? –perguntou Damon.

–sim, eu te di um fora. –falei rindo.

Chamei Richard paguei a conta e me dirigi para meu carro com Damon me seguindo.

–quer dar uma volta lá em casa? –perguntou Damon.

–claro que não. –falei.

Damon segurou meu braço e olhou nos meus olhos, tentando usar seu dom em mim.

–você vai dar uma volta lá em casa. –ele ordenou.

–eu. Não. Vou. –falei cada vez chegando mais perto dele, mas quando ele tentou me beijar eu sai de perto dele.

Ele ficou boquiaberto, não acreditando no que eu tinha dito. Ele realmente tinha achado que ia usar seu dom em mim.

–só deixa eu te fazer uma pergunta: você esta usando verbera? –ele perguntou.

–eu sou alérgica a verbera, se eu estivesse usando estaria num hospital. –eu falei e entrei no carro.

Sai rapidamente dali, deixando Damon com uma cara de babaca parado na frente do Mystic Grill. Quando cheguei em casa deixei meu carro na garagem e depois a tranquei, entrei em casa, tranquei a porta pelo lado de dentro, liguei o alarme que cobria todo o terreno e a casa, subi para o meu quarto e guardei minha bolsa.

Peguei minha camisola, que é vermelha e colada ao corpo na cintura, fui para o banheiro, tirei a roupa e a sandália, tomei um longo e relaxante banho, me sequei e coloquei minha camisola. Desci até a sala e me sentei no sofá, liguei a TV, passei por vários canais e parei em um que me interessou, assisti a todo o noticiário e outras programações do canal em que parei. Depois de um tempo, olhei o relógio, já eram 8:30 da noite e não estava passando mais nada de bom.

Levantei-me e fui até meu quarto, parei em frente ao quadro que tinha na parede, o tirei da frente e abri o cofre, tirei meu primeiro diário de lá de dentro, fechei o cofre novamente, recoloquei o quadro no lugar e apaguei a luz, me sentei em minha cama, liguei o abajur e fiquei horas lendo o diário.

Quando olhei a hora novamente já eram 10:00 horas da noite, deixei o diário no criado mudo e desliguei o abajur. Me deitei na cama, me tampei com as cobertas e não demorou muito eu já estava dormindo.


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