Mentora Russa escrita por Helem Hoster


Capítulo 53
Dívida


Notas iniciais do capítulo

Aqui pessoal, antes que me perguntem como, aqui está o capítulo que explica quando e como ela escapou. Então, boa leitura, e comentem por favor.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/544148/chapter/53

–Sério? Foi assim que vocês me acharam? – Lena perguntou. Estavam na copa. Eles estavam comendo, e Lena apenas tomava um copo de suco. Não conseguiria comer tão cedo.

– Pois é. Você literalmente “caiu do céu”. – Ward respondeu. Lena ficou séria e negou com a cabeça pra que ele não brincasse com isso.

– Que foi? – ele perguntou.

– Lindinho, segundo as histórias e algumas religiões e culturas, que “ser” caiu do céu? – ela perguntou. Então Ward se tocou.

– Ah! Foi mal! Juro que... – ele gaguejou.

– Por isso essa é a pior cantada que se tem. –Lena sorriu. Ele concordou.

– Eu acho uma coisa um pouco estranha. Eles te jogaram morro a baixo. Mas, como não perceberam que você estava viva? – Coulson indagou. – Será que eles... estão tramando alguma armadilha, ou...

– Armadilha? – Lena riu. - Acha que a KGB faria uma pegadinha desse tipo com vocês? Na verdade, a pegadinha foi minha, pra eles. – ela falou. Eles a olharam confusos. – OK. Vocês me contaram a parte que eu perdi. Agora eu vou contar a parte que vocês perderam.

Bom, agora, vamos mudar um pouquinho. Não ficaria tão legal na voz de Lena, então, pra vocês entenderem melhor o que aconteceu, vamos ter que voltar um pouquinho no tempo.

...

Frio. Foi a primeira coisa que ela sentiu. Lena abriu os olhos ofegante e caiu no chão. Ela tossiu e cuspiu a água de seus pulmões. Ainda podia sentir a sensação das agulhas perfurando seus braços pernas e abdômen. Olhou seus braços e suas pernas. Não havia sequer cicatriz. Ela se cobriu com o lençol em que estava embolada, afinal, estava frio, e ela estava encharcada. Se perguntou onde estariam suas roupas já que estava só se tope e shortes. Olhou em volta, e ao notar qual o lugar em que estava saltou pra longe da maca e soltou o lençol em que estava envolta.

– Ah! Credo! – ela exclamou se sacudindo com nojo. Então sentiu uma forte dor de cabeça. Ela se escorou na parede pra não cair.

“Talvez seja reação daquele soro que me deram.” Ela pensou.

– Preciso sair daqui. – ela falou olhando em volta. Ela tentou se acalmar, e planejou sua rota de fuga com calma. Depois de ter pesado todos os riscos, e planejado cada movimento, ela começou a por em prática. Foi até a porta, e olhou pela pequena janela de vidro nela. Viu, que um único agente guardava a porta. Ela olhou em volta. Viu uma mesa com utensílios pra exames pros legistas. Ela pegou um pequeno bisturi e abriu a porta sem fazer o menor ruído. Com um corte limpo e rápido, ela fez o agente desmaiar, e cair, mas ela o segurou antes que chegasse ao chão. Ficou espantada por ele não lhe ser tão pesado quanto aparentava. Ela o arrastou e o colocou na maca em que ela estava e o cobriu com o lençol. Obviamente ele era bem maior que ela e ainda estava vivo, mas isso lhe ganharia algum tempo.

Saiu do necrotério, e rumou para o corredor 13, ao se recordar de ter ouvido Margarete conversar com alguém pelo comunicador.

– Corredor 13 sala 115. – ela sussurrou se encostando na parede. Olhou o corredor. Viu a porta da sala que não estava sendo guardada. Se perguntou onde estariam os agentes. Caminhou até a porta da sala, e checou o corredor ao lado. Um, que dava pra sala do Pasha estava vazio. Outro que dava pro interrogatório tinha alguns poucos agentes. Ela entrou na sala sem fazer barulho. Ao ver o tanque, ela sentiu um arrepio percorrer lhe a espinha. Fechou os olhos colocando as ideias em ordem. Se quisesse sair dali, teria que ser rápida. Sem distrações. Entrou no banheiro em que Darlles lhe havia obrigado a trocar de roupas. Ela vestiu sua calça de moletom, seus tênis, sua camiseta, a blusa de manga comprida e seu suéter vermelho. Torceu o cabelo pra tirar o excesso de água. Saiu do banheiro e olhou o laboratório novamente. Viu numa mesa, alguns frascos com o líquido azul meio transparente que parecia o mesmo que foi usado nela. Ela caminhou até a mesa e olhou a etiqueta no pequeno engradado de frascos é claro que estava em russo.

– “ Projeto... renascimento... super... soldado...246.” – ela leu. Ao notar, arregalou os olhos. Se descobrissem que deu certo, aquilo seria uma arma em potencial poderosa nas mãos da KGB. Haveria um grande massacre. Não podia deixar. Mas, se pegasse, descobririam que foi ela. Então, teve uma ideia. Pegou o engradado e foi até o banheiro. Jogou o conteúdo de todos os frascos no ralo da pia, e preencheu com água, e sabonete líquido, que era azul. Se injetassem isso em mais alguém, com certeza teriam problemas, mas, demorariam pra descobrir o que aconteceu. Colocou os frascos de volta no engradado e o engradado no mesmo lugar. Depois, saiu da sala. Seguiu pelo corredor que dava pra sala de Pasha. E entrou.

Pasha se levantou espantado.

– Helena! – ele falou. – Mas disseram que estava morta.

– Morta? Não, eu estou bem viva. Te garanto! – Lena retrucou. – Mas, eu preciso sair daqui. Preciso voltar pros outros.

– Não, não, sei disso. – Pasha falou tentando se recompor. – Eu.. posso te ajudar.

– Obrigada, você está com minhas coisas? – Lena perguntou.

– Não. Seus amigos levaram não tem muito tempo.

– Eles estão aqui?

– Sim, mas não por muito tempo, você precisa ir agora, se quiser alcança-los. – Pasha falou indo em direção a um armário. Tirou de lá um casaco de esquimó. – Tome, acredite, vai precisar.

– Obrigada, Pasha. -ele a guiou por uma porta escondida no fundo da sala. Subiram algumas escadas até chegarem numa porta de madeira trancada a cadeado. Ele pegou um molho de chaves e abriu a porta, um vento gelado os atingiu como uma flecha.

– Escute, se você seguir pro norte, vai encontrar uma colina, e em baixo, uma estrada. Siga essa estrada continuando sempre pro norte. Vai te levar pra uma pista de pouso onde seus amigos podem estar. – Pasha informou. Lena concordou.

– Vem comigo. A SHIELD te aceitaria. Você pode voltar pra sua casa, ou ficar com a gente. Seria bem tratado. Muito melhor que aqui. – Lena o olhou. Pasha deu um pequeno sorriso doce.

– Eu não posso. Vai ganhar, mais tempo se eu ficar. E eu fiz uma promessa a uma amiga, de que protegeria a filha dela. E vou fazer isso. Vou atrapalhar a KGB o quanto eu puder. Mas, tenho que fazer do meu jeito. – ele respondeu. Ela o abraçou. – Meu lugar é aqui. É cruel frio e escuro. Mas é o meu lugar. Seu lugar é com seus amigos. Vai pra casa. – ele respondeu olhando em seus olhos. – E cuide da Natália por mim.

– Vou cuidar. – Lena prometeu triste. – Adeus Pasha.

– Adeus Helena. – ele falou. Ela deu um sorriso e saiu. Ele a olhou se afastar, e então, entrou fechando a porta. Lena olhou em volta. Não tinha ideai de onde estava. Olhou pra cima, apesar do vento intenso, o céu estava limpo, e se podia ver as estrelas pontilhando o céu. Lena logo reconheceu as constelações que seu pai lhe ensinou.

– Ásia. – ela concluiu tremendo de frio. Ao se localizar, pode seguir pro norte. Abraçou o peito e caminhou pela neve. Logo se viu no topo de uma colina. Logo abaixo, uma estrada, e depois, um penhasco que dava para um grande e largo rio. – Yakutsk. Rússia. – ela concluiu tremendo. – Lena River, né? Muito engraçado. – ela ironizou. Ela andou um pouco tentando encontrar uma forma segura e rápida de descer a colina, mas acabou tropeçando numa raiz que estava de baixo da neve e rolou colina a baixo.

...

– Foi isso, então? Eles nem souberam que você sobreviveu? – Phil se surpreendeu. Lena deu de ombros tomando um gole de suco. – Bom, acredito, que a SHIELD está em dívida com o Pasha.

– Não. Eu estou em dívida com ele. – Lena corrigiu. – Eu... eu ainda vou conseguir tirar ele de lá. – ela disse convicta.

– Mas, primeiro, temos que cuidar de você. – Simmons se levantou.

– Já não tirou sangue o suficiente de mim? – Lena perguntou.

– Precisamos fazer os exames e testes. – ela insistiu. Lena suspirou e se levantou a seguindo.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Bom, espero que tenham gostado. Deixem seus reviews, please.bjs♥