"Os sentimentos verdadeiros se manifestam mais por atos que palavras." (Shakespeare)

Depois do banho, Karina percebeu que tinha esquecido sua roupa em cima da cama. Falou um "merda" mentalmente, enrolou-se na toalha e saiu do banheiro, mas assim que o fez sentiu duas mãos puxando sua cintura e a prendendo na parede, era Pedro, lógico.

– Sabe Ka, estamos em Lua de mel. E como você disse que prefere arriscar, achei que gostaria de um risco maior. – ele disse se aproximando dela e colando seus corpos, ela só estava de toalha que estava por um fio de cair, e ele só de bermuda com o peitoral definido a mostra.

– Você se acha muito esperto, não é? Pois então vamos jogar – disse Karina chegou sua boca bem perto da dele, a distancia um fio de cabelo as separavam. Então, quando Pedro fechou os olhos na esperança de ganhar seu prêmio, Karina lhe deu um chute bem no meio da sua intimidade. Pedro caiu no chão uivando de dor, enquanto a esquentadinha ajeitava a toalha e pegava suas roupas na cama.

– Tente me agarrar de novo, e você nunca vai poder ter um filho na sua vida. – disse Karina sorrindo entrando no banheiro e batendo a porta novamente enquanto Pedro rolava no chão de dor.

– Você é maluca, sabia? – gritou Pedro

– Faço tudo por amor, meu marido. – ironizou Karina de dentro do banheiro.

– Mas você ainda me paga esquentadinha, vai ter volta! - disse Pedro bem alto pra que ela ouvisse enquanto saia do quarto para pegar um saco de gelo.

***

A noite passou tranquila, mesmo Pedro xingando Karina até pegar no sono. Ela por sua vez, adorou estar no controle, e só tinha medo do que ele poderia fazer de volta. Quando o dia amanheceu Pedro continuava esparramado no seu colchão e Karina dormia profundamente na cama, mas o sono de ambos foi interrompido por batidas na porta.

– Karina aqui é Maurício, o senhor Cobra e o senhor Lobão querem se certificar que vocês realmente tiveram uma noite de núpcias, por isso precisamos entrar, eles têm um mandato do juiz. – ouviram a voz de Maurício do outro lado da porta

– E agora? – sussurrou Karina para Pedro assustada

– Sei lá, inventa – sussurrou ele de volta

– Olha isso é invasão de privacidade, isso sim – disse Karina com a voz falhando

– Sinto muito, mas o juiz decretou ontem que vocês estão sendo investigados. – disse Maurício

– E você não tem nada a esconder não é mesmo, priminha? – perguntou Cobra com um tom de ironia na voz

– Vem pra cá, coloca o colchão no closet atrás no armário dos calçados tira o short fica de cueca e abre a porta – sussurrou Karina enquanto abaixava a camisola

– Sabia que você estava doida pra me ver de cueca, mas não precisava tanto. – sussurrou Pedro em resposta com um sorriso malicioso enquanto entrava no closet e deixava Karina muito vermelha.

– Claro que não priminho, só quem costuma mentir aqui é você – disse Karina se lembrando do que aconteceu há um tempo atrás, enquanto Pedro abria a porta com uma cara de sono.

– Fala sério, me acordar agora em plena lua de mel é brincadeira. – disse Pedro voltando pra cama abraçando Karina, e fingindo dormir.

– Esse teatro todo pra que? Pra provar a todos que meu tio e meu primo tão queridos precisam urgentemente de uma clinica psiquiátrica, pra parar de verem coisas onde não tem. – disse Karina como se fosse a coisa mas óbvia do mundo.

– Eu ainda acho que tem alguma coisa, ou não teriam demorado tanto a atender – refletiu Lobão. “Que merda de velho esperto” pensou Karina – Olha debaixo da cama, Cobra.

– Não tem nada. – disse Cobra logo após de olhar debaixo da cama.

– Dessa vez você escapou, minha sobrinha. Mas eu ainda vou pega-los desprevenidos. Até porque, você sabe que mentira tem perna curta. – disse Lobão sorrindo e saindo junto com Cobra.

– Desculpem mais uma vez por isso – Maurício saindo e fechando a porta.

– Saco, o pior que esse babaca está certo. – disse Karina enquanto Pedro murmurava alguma coisa ainda abraçado com ela

– Pedro seu idiota, me solta! Eles já foram! – disse Karina irritada empurrando Pedro.

– E daí? Tava tão bom – disse Pedro levantando a cabeça e se acomodando de novo no peito de Karina.

– Larga de ser retardado! A gente quase foi pego. – disse Karina nervosa

– Se a gente realmente feito o que eu queria fazer ontem ao invés de me dar um chute no meu amigo aqui - Pedro apontou para sua região genital - Não correríamos esse risco.

– Você está querendo me irritar mais? Quer saber? Vou tomar um banho, e vê se dessa vez não me agarra quando eu sair. – disse Karina se levantando e esquecendo que estava só de calcinha e sutiã, deixando Pedro de boca completamente aberta.

–. Por que você está com essa cara de retardado olhando pra mim? – perguntou Karina até perceber seu estado, ficar vermelha e dizer antes de correr para o banheiro – Mas que droga!

– Caracas, se eu soubesse que você é tão gostosa assim tinha te conhecido muito antes. – disse Pedro sorrindo depois de outra forte batida na porta do banheiro.

– Se você falar mais alguma coisa eu vou ficar viúva um dia depois da minha noite de núpcias. – gritou Karina irritada do banheiro, enquanto Pedro ria descontroladamente.