Pode ser...Para sempre escrita por Máarh Suede


Capítulo 1
Passado não muito distante




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“Pelos caminhos mais tortuosos é no qual se chega a felicidade .”

Karina estava passando por uma das maiores tristezas de sua vida, após de perder a sua avó, lá estava ela. Sentada em uma mesa cheia de advogados com um cara que nunca tinha visto. E o advogado da sua avó insanamente dizendo que perante o testamento ela tinha que se casar com aquele homem. Um desconhecido. Karina já se arrependera da promessa que havia feito a sua avó em seu leito de morte...

***

Três dias antes...

– Vozinha, seja forte sua hora ainda não chegou, eu te garanto. – dizia Karina com as lágrimas a escorrer pela sua face.

– Chegou sim, minha linda Ka. Mas antes de partir você tem que me prometer que não vai deixar nossas empresas caírem nas mãos do Lobão e do filho dele, o tal Cobra. Me prometa, Karina, que você cumprirá todas as ordens do testamento. Por favor. – a sua avó dizia enfraquecida

– Mas vovó, eu nem sei o que tem nesse testamento, como é que eu posso prometer isso para a senhora? - indagou Karina

– Só promete, filha. Eu preciso que prometa, para eu poder descansar em paz. - pediu ela fechando os olhos e respirando profundamente -

Tudo bem vovó, eu prometo. Mas a senhora não vai morrer agora não. Ainda tem muita história para escrever nesse mundo, você vai ver. – Karina já estava aos prantos, não conseguia conter as lágrimas que insistiam em cair incessantemente.

– Não vou não, meu amor. Eu te amo muito, sempre se lembre disso. – e aquela velha senhora fechou seus olhos pela ultima vez, e finalmente foi brilhar no infinito.

***

Se lembrar daquele momento ainda era difícil para Karina , mas não podia ser possível o que o advogado falava. Sua avó não faria isso com ela nunca.

– Olha, Maurício. Sei que você é amigo da família e minha avó sempre confiou em você de olhos fechados, mas a minha avó não ia me mandar casar com um cara que eu mal conheço. Nunca. – Karina já se desesperava com toda a situação constrangedora.

– Olha, Karina, sem se casar você não pode assumir a empresa. Sei que isso são normas de mil novecentos e antigamente, mas não podem ser burladas. A sua avó disse no testamento que você só receberia todos os bens que eram dela e a empresa como herança se você se casar com o Senhor Pedro Ramos aqui presente, que também tem que gerenciar a empresa do pai, um velho amigo de sua avó e o casamento beneficiaria tanto ao senhor Pedro quanto a senhorita. Porém, temos que fazer com que o casamento pareça legítimo, caso o contrário, o direito a presidência da empresa passará ao senhor Ricardo Cobreloa, seu primo. Você que decide.

– Ô doido, só um minutinho. Quem disse que EU quero casar? – Pedro manifestou sua oposição a toda aquela loucura

– E o Senhor não quer? – o advogado já enlouquecia com aquela situação toda.

– Meu pai me obrigou a vir aqui e disse que eu tinha que fazer o melhor para o futuro da nossa família. Mas casar?! Eu nem quero assumir empresa alguma! – exasperava Pedro se levantando.

– Você, idiota, pode querer casar. Pelo menos tem escolha. Mas eu não tenho. Sou obrigada a casar. E se não for com você vai ser com qualquer outro. – disse Karina se levantando também e ficando cara a cara com Pedro. Os dois ficaram uns dois ou três minutos se encarando, não se sabe ao certo. Não foram com a cara um do outro. Mas, Karina não tinha nada a perder. E Pedro, bem, Pedro achou a loira esquentadinha, mas até que era bem gostosinha. Valia a pena o sacrifício. E de quebra, ganharia pontos com o paizão. É, a decisão de ambos estava tomada.

– Tudo bem. Eu caso. – Pedro deu um meio sorriso

– E você, Karina? – indagou o advogado.

– Que escolha eu tenho, né. Eu caso também. – disse uma Karina bufando e revirando os olhos

– Ótimo, ótimo! Mas tratem de se conhecer e agir como um casal. O Lobão não dá ponto sem nó, e se ele descobrir que é tudo um arranjo de negócios, a empresa vai para o Cobra e vocês perdem tudo. – aconselhou o advogado

– Temos que ficar casados por quanto tempo? – perguntou Pedro

– No mínimo 1 ano. Ah, e é claro, vocês terão que dormir no mesmo quarto. – o advogado mal terminava a sua fala e Karina já estava tendo um acesso de raiva.

– O QUE? Já não basta eu ter que me casar com um cara que mal conheço ainda vou ter que dormir na mesma cama que ele? – Karina berrava vermelha de raiva.

– Larga de ser retardada, garota! Eu coloco um colchão e durmo no chão, né? E eu também não sou nenhum maníaco que vai ter agarrar a noite, ok? Só se você pedir. – Pedro deu um risinho malicioso para a loira

– Ô idiota, acho bom você não ser mesmo um maníaco, ou a única coisa que você vai ver é meu punho na sua cara. Você nunca vai me ver pedir nada para você, nem nos seus sonhos mais nojentos. – Karina estava no meio de uma possessão de raiva

– Pode deixar, ô esquentadinha. Que eu amo meu rosto e você não vale a pena o sacrifício de sair deformado. – Karina se preparava para retrucar a altura quando o advogado se intrometeu.

– Parem de brigar! De agora em diante vocês tem que se mostrar um casal apaixonado e que vai se casar amanhã!

– AMANHÃ? Por quê? - perguntou Karina

– Quanto antes melhor, agora saiam daqui tentando ao menos parecer um casal apaixonado. Vou supervisionar vocês, o Lobão e o Cobra já devem estar por aí, então se encontrarem com eles procedam naturalmente, como um casal. Amanhã vamos fazer o casamento no cartório, e a casa da avó de Karina será preparada para receber o jovem casal. – o advogado os guiou até a porta. Os dois deram as mãos e seguiram pelo corredor. Nenhum deles estava confortável com aquela inesperada situação, mas até que a sensação não era ruim. É claro que nenhum deles admitiria isso nunca. Em meio ao corredor avistaram Lobão e Cobra caminhando em sua direção. O circo estava armado.

– Qual é a desse maluco aí, Ka? – perguntou Cobra

– Maluco não, meu noivo. - Karina disse, ríspida.

– Sabe que não parece? Se eu não te conhecesse, Ka, diria que você nem ao menos conhece esse cara. – Cobra jogava verde, tentando colher maduro.

– Cobra, que bom que não te devo satisfações. – Karina estava com vontade de bater no primo até ele sangrar.

– Sabe priminha, deve sim. Este casamento é muito conveniente agora que a vovó morreu. E se ele realmente não existir, melhor pra mim. – O sorriso maléfico de Cobra se alargava a medida que ele ia soltando as palavras

– Quero ver provar que é uma farsa, seu serpente de araque. - manisfesta-se Pedro pela primeira vez na conversa.

– Ô doido, é COBRA! E já que estavamos falando de provas, porque não me provam vocês que eu estou redondamente enganado. Se beijem. – Cobra destila todo seu veneno em cima dos dois

– Não precisamos provar nada para você. – responde Pedro

– Realmente não precisam. E isso só facilita as coisas pra mim. É de se esperar que um casal tão apaixonado para se casar, não possa dar nenhum beijinho inocente. O juiz realmente vai ficar a favor de vocês. - diz Cobra, venenoso.

– Quer saber? Que se dane. - disse Pedro puxando Karia e colando seus lábios nos dela. O beijo era voraz, necessitado. As bocas sincronizavam frenéticas uma na outra. É, aquele beijo era o melhor beijo da vida dos dois. Eles tinham muita química, e isso nem Cobra podia negar.

– Satisfeito? – disseram juntos Karina e Pedro, quando finalmente se desgrudaram, recuperando o fôlego perdido.

– Por hora. - disse Cobra, insatisfeito.


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Notas finais do capítulo

Este foi o primeiro capítulo. Espero que tenham gostado. Aguardo comentários! Beeijos :*



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