Elfen Lied – Um Novo Futuro escrita por Leitor de Animes


Capítulo 1
Capítulo 1 – Problemas


Notas iniciais do capítulo

Bem, aqui começa nossa história. Ela vai ser postada em 12 capítulos, um por semana. Tentarei fazer o máximo possível para trazer a vocês essa história.
Deixarei alguns "*" durante os capítulos marcando algumas notas explicativas. Se tiverem dúvidas, só perguntar.
Vamos lá?



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Era mais uma sexta normal de março em Kamakura. Os pássaros cantavam, os cães latiam, o pessoal na casa de Kouta se preparava para o café...

- Irmão, onde tá meu uniforme? – perguntou gritando Kanae¹* no quarto. Tinha um corpo normal para a idade, que era a mesma de Mayu, mas com os seios um pouco maiores. Seus cabelos eram roxos escuros e seus olhos, roxos.

- Pergunta pra Yuka. – respondeu Kouta.

- Todos os uniformes de vocês estão na última gaveta do armário. – respondeu Yuka.

- Ninguém vai vir ajudar no café não? – perguntou Lucy na cozinha. Seus chifres, de alguma forma, acabaram crescendo de novo.

- Já estou indo ai. – respondeu Mayu, descendo a escada.

- Alguém viu minha perna? – perguntou Nana.

- Vê do lado da sua cama ou no banheiro. – respondeu Yuka. – Eu que tenho que saber tudo dessa casa?

- Não, mas é melhor você saber do que eu saber. – disse Kouta antes de levar um soco na cara.

- Ainda bem que amanhã é aquele sábado. – disse Kanae, descendo a escada.

Como podem ver era mais um dia normal, as meninas se arrumando para a escola, Yuka batendo em Kouta, Lucy ajudando nos deveres da casa.

- Lucy, quando nós chegarmos da escola você deixa a Nyu brincar conosco? – perguntou Mayu, colocando as coisas na mesa.

- Claro. – respondeu Lucy, se ajoelhando na mesa.²* – Mas primeiro tomem seu café e vão para a escola.

- Lucy, você pode fazer as compras amanhã? – perguntou Kouta.

- Amanhã é a vez das meninas irem, né meninas? – ela olhou as garotas.

- Claro. – disse Nana com cara de "é melhor eu fazer o que ela tá falando".

- Sim, sim. – disse Mayu.

- Tá. – Kanae com cara de “não queria, mas...".

E eles tomaram seu café. As meninas foram para a escola, Kouta e Yuka foram para a faculdade e Lucy ficou em casa arrumando as coisas. Enquanto arrumava, ficava falando coisas como: "Eles não precisam sujar tantos pratos...", "Por que eles têm que molhar o banheiro inteiro..." e "Por que eles sujam tanta roupa...".

Depois de arrumar tudo, ela saiu um pouco para andar, como fazia todo dia. Ela seguiu a escadaria da frente de casa, passeou um pouco pela área, sempre pensando sobre a vida.

Depois de meia hora, ela voltou para casa para esperar as meninas e assistir Sessão da Tarde... Brinks, ela foi assistir algumas novelas japonesas.

Enquanto isso, na Escola, era hora do intervalo...

- Olha, ela tem chifre! – disseram alguns garotos olhando a Nana, que estava sem a faixa nos chifres porque estavam lavando.

- Posso ter chifres, mas não estou pagando mico no colégio! – disse ela, olhando para eles e abaixando a calça deles com os vetores.

Os garotos se assustaram, levantaram as calças e saíram correndo chorando da sala de aula. Nana, Mayu e Kanae estavam sentadas em seus lugares, comendo seu almoço. Kanae na direita e Mayu na esquerda, estavam nas cadeiras de trás e Nana, na frente de Kanae. Estavam sentadas próximo da janela do lado esquerdo da sala, na parte central da fila.

- Isso foi maldade. – disse Mayu, com pena dos meninos.

- Eu sei, eu sei. – disse Nana, não ligando muito. – Mas eles não falar mais nada por uns bons tempos.

- Ah! - Mayu se lembrou de algo. – Nós temos dever de casa pra fazer, se perceberam. Vamos fazer hoje mesmo?

- Depois. – disse Kanae, dando uma mordida em uma salsicha em formato de polvo. – Temos o final de semana todo para isso. Mas fugindo um pouco do assunto, vocês já escolheram para qual faculdade vocês vão? A daqui da cidade ou alguma outra?

- Eu acho que vou ficar na faculdade daqui mesmo. – disse Mayu, comendo um pouco de arroz.

- Eu também. – disse Nana. – Mas nós ainda temos tempo para decidir. Mas você, já escolheu a sua também?

- Também vou ficar aqui na cidade. – disse Kanae. – Não quero ir para longe do pessoal.

De repente, Nana ficou um pouco tonta. Mayu e Kanae se levantaram para ajudar, mas Nana logo voltou ao normal.

- Nana, o que houve? – perguntou Mayu, assustada.

- Tudo bem? – perguntou Kanae, também assustada.

- Não foi nada. Só tive um mau pressentimento. – respondeu ela.

- Então é melhor te levarmos para casa. – disse Mayu. – Você pode estar passando mal...

Nana logo mudou a postura.

- E perder a aula de Matemática? Nem morta! Hoje tem teste e vale metade da nota. – ela estava muito preocupada com a nota. – E vocês sabem que o professor Akira é um monstro? – e ela fez uma careta engraçada.

As meninas começaram a rir, mas o professor chegou por trás de Nana.

- Eu? Um monstro? – perguntou o professor, que usava uma camisa social, calça jeans preta e sapatos pretos.

- Professor Akira? – perguntou Nana, virando-se devagar para frente.

Já no pátio da faculdade...

- Estou preocupada. – disse Yuka, com o pote do almoço vazio em suas mãos.

- Com o que? – perguntou Kouta.

- Você sabe. Com gente de mais lá em casa, minha mãe vai reivindicar o aluguel com certeza. E casa é muito grande para nós pagarmos sozinhos o aluguel, as contas, a comida, as roupas e materiais escolares das meninas, mesmo com o dinheiro dos seus pais.

- Mas eu já estou cuidando disso. – disse Kouta, despreocupado.

- Como assim? – perguntou Yuka, curiosa.

- Logo nós não teremos mais esse problema. – disse ele com um ar misterioso. – Porque, bem, eu vou arranjar um emprego...

- Sei... – ela pareceu achar aquilo impossível.

Na escadaria para casa...

- Aquele teste estava um inferno pra resolver. – reclamou Nana.

- Mas finalmente nós vamos ter uns dias de folga. – disse Kanae, com um ar aliviado. – O tão esperado “Sábado da Reunião”, mais o domingo de descanso.

- Mas com tanto dever de casa nem dá para relaxar. – disse Mayu, triste.

Nana estava rindo, até que percebeu que alguém está seguindo elas pela escadaria.

- Meninas, que tal a gente se apressar um pouco? – sugeriu Nana.

- Por quê? – perguntou Kanae.

De repente, alguém derrubou as três. Mayu bateu de cabeça no chão e desmaiou. Nana ficou meio atordoada com a pancada.

- O que você está fazen... – gritava Kanae até virar para trás.

Ela entrou em choque ao ver o homem, que tinha uns 2 metros. Ele usava roupas velhas e rasgadas, parecia estar bêbado e tinha ferimentos no rosto. Também tinha uma barba muito mal feita e estava com o cabelo todo desarrumado.

Kanae ficou sem reação, mas Nana logo entrou em ação: Usou seus vetores e jogou o cara a alguns metros de distancia.

- Mayu, acorda! – gritava Nana, balançando a garota.

Ao ver o sangue descendo pelo rosto de Mayu, ela entrou em choque. O homem já estava se levantando novamente.

- Eu quero vocês! – disse o cara.

- Você não devia ter se metido conosco. – disse Nana se levantando. – Você fez a maior idiotice da sua vida!

Nana liberou seus vetores e os lançou em direção ao homem.

- Nana, não faça isso! – gritou Lucy, indo correndo em direção a elas.

Mas já era tarde: ela já tinha quebrado os ossos dos braços e das pernas do homem e ia em direção dele, pronta para mata-lo.

- O que você fez, seu monstro? – gritava ele enquanto ela chegava perto.

- Nada comparado com o que vou fazer você sofrer. – disse Nana, com um tom sádico.

- Nana, pare! – gritou Lucy, agarrando ela por trás. - Você acha que a Mayu iria gostar de ver você fazendo isso?

Nana mudou totalmente a expressão. Lucy estava certa. Mayu não iria gostar daquilo.

- Mayu! – gritou Nana, correndo em direção a ela e Lucy a seguindo.

Enquanto elas iam, o cara gritava sem parar:

- Suas monstrasp*#%$! Voltem aqui para eu acabar com vocês!

Lucy se aproximou de Kanae para ver como ela estava.

- Kanae, você está bem? – perguntou Lucy, tentando acalma-la.

- Si-si-sim. – disse Kanae, ainda em choque.

- Mayu, acorda! Acorda Mayu! – gritava Nana sem parar, tentando acorda-la.

- Vou ligar para a ambulância. – disse Lucy.

Depois de 20 minutos a ambulância chegou ao pé da escadaria. Eles conta contactaram a polícia, que foi ao local imediatamente. Um pouco depois, Kouta e Yuka chegaram.

- O que houve? – perguntou Kouta, preocupado, a um dos policiais.

- Um mendigo, que havia escapado de um centro de recuperação, atacou algumas garotas.

- O que houve? – perguntou Kouta assustado.

- Uma delas o empurrou e ele caiu, quebrando os braços e as pernas.

- E onde as garotas estão? – perguntou Yuka com os olhos lacrimejando.

- Ali na ambulância. – ele apontou para uma ambulância a alguns metros, ao pé da escadaria. Eles foram correndo em direção do veiculo.

Quando chegaram à ambulância, Kouta e Yuka logo receberam um abraço muito forte de Kanae.

- Eu... Eu... Eu achei que... – disse Kanae chorando, abraçada a eles.

Mayu estava deitada na maca com a cabeça enfaixada e um pouco tonta, Nana, com os olhos inchados, ao seu lado e Lucy tentando acalma-la.

- Já passou, já passou. – disse passando a mão em seus cabelos. – Está tudo bem. Ela está sã e salva...

Quando Lucy percebeu eles, saiu da ambulância e se afastou um pouco, junto com os dois.

- Nana quase perdeu o controle. – disse. – Eu cheguei a tempo, antes que algo pior acontecesse.

- Muito obrigado. – disse Kouta, aliviado.

Yuka foi se acalmando aos poucos. Depois de alguns minutos, todos foram para casa.

O resto do dia foi muito quieto, tirando o fato de que Lucy tinha trocado de lugar com a Nyu para tentar acalmar um pouco as meninas. As brincadeiras e coisas idiotas que ela fazia acabavam tirando alguns risos delas.

- Meninas, vão tomar banho que eu faço a janta. – disse Yuka.

- Ok. – disse Kanae.

- Você também. – disse Kouta. – Eu cuido do resto.

- Tem certeza? – perguntou Yuka.

- Sim. Eu aprendi algumas coisas com você.

- Ok.

Todas foram para o banho. O banheiro havia sido aumentado para facilitar a vida de todos na casa e permitir que todas pudessem tomar banho juntas. Mayu evitou molhar a cabeça por causa do ferimento, por isso pôs uma toca na cabeça.

Quando elas estavam passando sabonete, Nyu inventou de ficar fazendo massagem nos seios das meninas como se fosse brincadeira.

- Ah! – gritou Kanae quando Nyu pôs a mão em seus seios.

- Nyu!

- Pare com isso! Ah!

Enquanto isso, Kouta preparava a janta. Quando terminou, ele chamou as meninas:

- A janta tá pronta! – gritou Kouta. – Venham logo!

As meninas se secaram e colocaram as roupas. Kouta pôs as coisas na e esperou por elas. Todas já estavam com seus pijamas. Yuka havia colocado uma nova faixa em volta da cabeça de Mayu.

Eles se ajoelharam e disseram:

- Itadakimasu!

A janta era arroz e peixe. Cada um pegou uma vasilha e colocou sua janta. Ao menos o fim do dia havia sido mais calmo.

Eles jantaram e foram dormir logo depois.

- Kouta, você realmente acha que pode conseguir um emprego? – perguntou Yuka, deitada na cama ao lado da de Kouta. – Eu estou preocupada com você. Já está fazendo a faculdade e isso tira quase todo o seu tempo...

- Não se preocupe. – disse ele. – Nós vamos dar um jeito. Pego um trabalho noturno ou de meio período, mas vamos resolver isso de alguma forma.

- Ok...

E foram dormir. O próximo dia não teria aula, pois Kurama havia conseguido que as meninas fossem liberadas da escola naquele sábado, como também Kouta e Yuka fossem de sua faculdade. Eles precisavam ter uma conversa com o antigo Diretor de Pesquisas do Laboratório Diclonius...

No outro dia, logo de manhã, eles receberam a visita de Kurama, acompanhado por Mariko, sua filha, e Hiromi, sua esposa. Nana foi quem atendeu o portão, usando um vestido preto, parecido com o que havia ganho de Kurama e com seus velhos laços nos chifres.

- Olá. – disse Kurama. Estava com uma calça jeans, uma camisa social e tênis preto ao invés do terno e sapato. Trazia consigo uma sacola plástica bem escura.

- Papa! – gritou ela, abraçando-o. – Quanto tempo!

Mariko, que estava ao lado dele, não gostou dela ter chamado ele de “Papa”. Usava um vestido branco com renda, sem manga, e estava andando sem a cadeira de rodas. Ela se abraçou em Kurama e disse:

- Ele é MEU pai! – e fez língua para Nana.

Nana também fez a mesma coisa.

- Parem vocês duas. – disse Kurama. – Podemos entrar?

- Claro. –Nana pôs a língua pra dentro.

Nana não havia percebido até então, mas havia um menino junto com eles. Ele devia ter uns 15 anos. Tinha cabelos castanhos escuros e olhos azuis. Devia ter uns 1,67 de altura. Usava uma calça jeans, camisa branca com detalhes azuis e tênis preto, também com detalhes azuis. Ele estava atrás deles, como se estivesse escondido. Parecia estar usando uma corrente no pescoço, por dentro da camisa.

- Olá. – disse Nana para ele. – Meu nome é Nana.

- Olá. – respondeu ele, um pouco nervoso.

Eles tiraram os calçados e entraram. Kurama entregou a sacola para Nana.

- Você poderia guardar isso na geladeira? Eu trouxe para o almoço.

- Vou lá guardar. – disse ela.

Eles foram para a sala de jantar, onde todos já estavam reunidos. Mayu estava com uma calça azul e uma camisa verde manga longa, Kouta estava com uma calça jeans preta e uma camisa branca manga curta, Yuka estava com um vestido laranja sem mangas e Lucy usava um vestido azul de manga curta. Quando Mariko viu Lucy, ficou com certo receio. Kurama pôs a mão em seu ombro, dando-lhe um pouco de alivio.

- Olá. – disse Lucy, se levantando e abraçando Hiromi. – Tudo bem?

- Tudo. – respondeu Hiromi, ainda abraçada. Estava usando uma saia até os pés, roxa, e uma camisa branca sem manga. Seus cabelos e olhos castanhos estavam cheios de vida.

Elas se soltaram uma da outra e todos se ajoelharam na mesa. Mariko ficou entre o pai e a mãe. O garoto se ajoelhou ao lado de Kurama, com um pouco de dificuldade.

- Antes de começarmos a conversa, queria apresentar uma pessoa. – ele olhou para o rapaz.

Ele ainda estava meio tímido, mas se apresentou:

- Olá. – disse ele, com um pouco de medo. Talvez não quisesse errar a pronuncia. – Meu nome é Miguel, Miguel Oliveira. Sou brasileiro e vim para cá como aluno de intercâmbio.

Ele olhou para Kurama como se pedisse para ele continuar a apresentação.

- Miguel é meu vizinho e está morando com o irmão e a cunhada. Também é amigo de Mariko. Eu o trouxe aqui para apresenta-lo às meninas, pois ele estudará com elas no mês que vem.

- Bem vindo. – disse Mayu. – Meu nome é Mayu. Espero que sejamos amigos.

- Obrigado. – disse Miguel.

Lucy se lembrou de algo.

- Meninas, já que vocês já comeram, poderiam ir às comprar como tínhamos combinado?

- Mas e a reunião? – perguntou Keane, sem vontade de sair.

- Vocês não iriam poder ficar mesmo. – disse Kouta. – Assunto de adultos.

Ele fez língua para ela. Ela cruzou os braços, descontente.

- O Miguel pode ir junto. – disse Hiromi. – É uma chance de vocês se conhecerem.

Miguel ficou mais nervoso que antes, mas Mariko o acalmou.

- Eu vou junto também. – disse ela.

- Ok. – disse ele.

Miguel e as meninas saíram às compras, deixando os outros sozinhos.

- Agora, vamos ao assunto importante. – disse Kurama.


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Notas finais do capítulo

Notas:
¹*: Kanae é a irmã mais nova de Kouta, que morreu pelas mãos de Lucy. E Kouta é o protagonista de segundo plano de Elfen Lied, para quem se esqueceu.
²*: É uma tradição japonesa utilizar mesas baixas nas quais a pessoa se ajoelha para comer. No anime, a mesa da casa era uma dessas.

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