I'm forever yours escrita por ColorwoodGirl


Capítulo 44
Capítulo 43




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A manhã no apartamento de Karina e Pedro começou agitada. Não que as manhãs lá fossem tranquilas, mas aquela estava particularmente movimentada. O motivo: João Pedro estava nascendo.

Clarinha, alheia a tudo, estava em seu banquinho no balcão, balançando as perninhas enquanto comia cereais e assistia um desenho da Barbie em seu iPad rosa. Sua mãe, que até um minuto antes estava à sua frente fazendo café, agora corria como uma louca de um lado para o outro.

“Pedro, sai desse banho logo.” Ela berrou, enfiando as calças de qualquer jeito. “Nosso afilhado está nascendo.”

“Karina, eu nunca pari, mas sei que demora algumas horas até a criança nascer. Controle-se, pelo amor de Deus.” O rapaz enfiou a cabeça cheia de shampoo para fora do box. “Terminou o café?”

“Café? Café, Pedro? Seu afilhado está nascendo e você está pensando em comida?” Repreendeu a loira.

“Estou. Inclusive estou pensando em waffles e ovos mexidos, que tal?” Sua voz estava abafada pelo som da água caindo.

“Te dou tempo para uma xícara de café no máximo, ou saio e te deixo trancado aqui.”

Enquanto o namorado resmungava algo sobre TPM, ela voltou para o quarto. Mal tivera tempo de se acostumar com a casa nova do Rio antes que ele viesse morar com ela. Por um lado era bom, já que não teve que reaprender uma vez mais, ainda estava acostumada com a disposição das coisas no apartamento de São Paulo.

Com esforço achou a blusinha que procurava e as sapatilhas também. Já deixou uma troca de roupas para Pedro na cama, sabendo que ele aprovaria a escolha. Foi ao quarto da filha e fez o mesmo, aproveitando para já montar a mochila que deixaria com Bianca. Provavelmente não sairiam cedo do hospital.

“Filha, se arruma e pega suas coisas, está bem? Nós vamos te deixar na escola e o tio Duca vai te pegar junto com o Allan.” Pediu Pedro, entrando na cozinha.

“O Pedrinho tá nascendo, papai?”

“Está sim, princesa. E por isso você vai ficar com os seus tios enquanto eu e sua mãe vamos ficar com a tia Fabi, está bem? Amanhã quando o vovô levar a Julinha para visitar ele, você vai junto.” Prometeu o guitarrista, virando sua xícara de café enquanto a filha saia correndo. Karina vinha pelo corredor e cruzou com a filha, desviando dela. “Ela ficou animada com o nascimento do primo.”

“Ela fica animada com todos os nascimentos, ela adora bebês.” Riu Karina, pegando uma xícara. “Você acha que vai dar tudo certo?”

“Eu tenho fé nisso, esquentadinha. É só o que nos resta.”

~P&K~

Chegando ao hospital, Pedro se provou correto novamente. O médico explicou que levaria ainda duas horas até que realizassem a cesárea de Fabi. Os dois ficaram no quarto junto com os pais da mulher, Gael, Dandara e René.

“Bom, quem entrará com você na sala de parto?” Perguntou o médico, quando a hora chegou.

“Eu queria que a Ka entrasse comigo.” Pediu a parturiente, recebendo um aceno afirmativo da amiga. “Vai dar tudo certo, viu?”

“Eu que devia te falar isso.”

“Mas eu sei que você está mais pilhada do que eu, então te dou uma colher de chá.” As duas amigas riram enquanto a maca começava a ser empurrada para o centro cirúrgico.

“Vou me trocar e já te encontro lá, tá bom?”

Colocou as roupas cirúrgicas que eram exigidas e correu para a sala de cirurgia, sentando ao lado da amiga. As duas sorriram uma para a outra, começando a conversar amenidades enquanto as coisas ocorriam.

“Muito bem, Fabi, está na hora. Vamos tirar o rapazinho, está bem?” Perguntou o médico, recebendo um aceno afirmativo. “Os pediatras já estão prontos?”

“Prontos, doutor Fernando.”

Foi questão de segundos até que o choro alto ecoasse pelo local, fazendo mãe e madrinha se emocionarem copiosamente. O médico ergueu o menino cheio de sangue e líquidos, vermelho pelo esforço para chorar, deixando que elas o vissem.

“Ele é lindo, Fabi, parece com o João.” Contou o médico, fazendo as duas sorrirem tristemente. “Os pediatras já o trarão para você ver, certo?’

Karina se levantou e foi até o local onde o afilhado era examinado, se maravilhando ao constatar que a semelhança entre ele e o meio-irmão era mesmo gritante. Os médicos anotavam insistentemente em uma prancheta.

“53 centímetros e 3,458kg. Nasceu grande o menino.” Sorriu a pediatra, enrolando o bebê. “Aqui está, madrinha, leve o rapaz até a mãe.”

Karina apanhou o afilhado, caminhando até a melhor amiga e sentando novamente ao seu lado, colocando o bebê junto dela.

“Oi, Pedrinho, meu amor.” Saudou a mãe, lhe dando alguns beijinhos. “Você é mesmo a cara do papai, não é? O mesmo narizinho empinado.”

“Só rezemos para que não seja esnobe.” Brincou a loira, sendo chamada pela enfermeira. “Acho que querem levar ele.”

“Vai lá... Nos vemos logo.”

~P&K~

No vidro do berçário, toda a família observava o pequeno bebê que ressonava tranquilo, à espera da hora que poderia ir encontrar sua mãe. Porém, ninguém estava completamente envolto pela alegria do momento.

De tempos em tempos, algum dos rapazes ia até o balcão das enfermeiras, saber se já havia alguma notícia. Mas a resposta era sempre a mesma e sempre negativa.

“Tinham falado que era no máximo três horas para o resultado do exame sair.” Reclamou Karina, nervosa.

“Amor, calma... Você sabe que essas coisas demoram.” Pediu Pedro, lhe dando um beijo no topo da cabeça.

“Não quero saber; eu quero esse resultado logo.” A loira saiu marchando depressa, nervosa. “Olha aqui, moça, o prazo que nos deram foi de três horas e já se passou quase cinco. Esse resultado sai ou não sai?”

~P&K~

Em um quarto alguns andares acima, um homem descansava sereno. Havia acabado de ver as imagens de seu filho, trazidas à ele pelo seu melhor amigo. Agora, só podia esperar.

Minuto após minuto, até se formar uma hora completa. Já não tinha mais noção de tempo, após quase dez dias internado naquele quarto, alheio a quase tudo o que acontecia do lado de fora.

Foi quando a porta se abriu.

Karina entrou por ela, seus ombros baixos e olhos tristes. João já sabia a resposta antes mesmo de ela sentar na beirada de sua cama, suspirando.

“Incompatível?”

“Incompatível.” Confirmou a loira, segurando a mão do irmão. “Mas nós vamos conseguir, João... Nós vamos achar um doador de medula compatível, eu prometo.”


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Notas finais do capítulo

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