Love Different escrita por Louise Borac, Miss Volturi


Capítulo 4
Capítulo 3 – O Garoto Da BMW Azul


Notas iniciais do capítulo

Desculpem a demora, eu juro que quis postar o mais rápido possível, mas tinha de estudar para as provas finais.
Espero que gostem do capítulo e obrigada a todas as leitoras que deixaram reviews.



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Capítulo 3 – O Garoto Da BMW Azul


POV Heloisa Thompson


– Filha, está na hora de acordar – disse uma voz que reconheci ser a de meu pai. Murmurei alguma coisa que nem eu mesma entendi e me virei para o lado, voltando a dormir.

– Vamos querida, a Marina já vai chegar e você sabe que a mãe dela não gosta de atraso – disse mexendo meu corpo levemente.

– Fala para a mãe da Marina que eu vou faltar, ok? – minha voz estava embargada pelo sono, mas nem liguei, eu só queria dormir.

– Quem disse que você vai faltar?

– Eu! Agora que já esclarecemos isso, pode sair do meu quarto para eu poder voltar a dormir? Obrigada, tenha um bom dia – falando isso, me enfiei embaixo das cobertas, cobrindo até a minha cabeça.

– Heloisa Julie Thompson, não estou nem aí se você chegou super tarde ontem e ainda ficou falando ao telefone até as 4 horas da manhã. Você vai levantar agora!

– Ta – falei tirando jogando o cobertor para o lado – Você precisa deixar de ser tão estressado sabia pai? – falei me levantando. A reposta que eu recebi foi uma batida de porta, indicando que meu pai já havia saído. Sorri. Olha, não é que eu gostasse de irritar o meu pai, mas depois que ele começou a namorar a baranga, eu tenho feito isso só por diversão. Se eu tinha que sofrer, ele que sofra junto. Quem mandou começar a namorar a mãe da minha pior inimiga? Ele que se vire agora.

Tomei um banho rápido, pois já estava meio atrasada e fiz minha higiene pessoal. Depois de ficar mais de dez minutos procurando uma roupa descente, acabei por optar por um short jeans, uma camiseta regata preta e uma bota de salto alto também preta. Como estava frio lá fora, peguei um sobretudo bege só para não pegar friagem mesmo. E um colar dourado só para o visual não ficar muito básico.

Passei uma maquiagem mais pesada para poder disfarçar a minha cara de sono. John de certa forma tinha razão, eu não devia voltar para casa de uma festa as 3 da manhã, principalmente quando no dia seguinte, tinha aula. Só para ajudar a disfarçar as olheiras, peguei meu Rayban roxo. Estava pronta.

Quando eu já ia descer para tomar o café, ouvi a buzina do carro da Sra. Fernandes tocar. Ela estava impaciente. Vendo que eu não teria tempo para comer, peguei uma barra de cereais e no caminho para a porta, também peguei a minha mochila, já me aproveitando para me despedir do meu pai. Depois disso, corri para fora, esperando que a mãe da minha melhor amiga não me matasse por eu estar atrasada.

– Atrasada – disse Marina assim que entrei no carro. Dei um oi rápido para sua mãe antes de fechar a porta.

– Eu sei, me desculpa, dormi demais – falei pondo o cinto.

– Seu pai não te acordou?

– Sim, mas você sabe, eu não acordo fácil – disse tentando abrir a droga da embalagem da barra de cereais. Eu podia muito bem abri-la sem ao menos tocar nela, mas como havia testemunhas aqui, achei melhor não arriscar.

– Me dá isso aqui – disse Marina arrancando a barra da minha mão e abrindo a embalagem, logo em seguida me devolvendo. Dei uma mordida, acho que até ouvi meu estomago cantando de felicidade.

– Quer?

– Não, valeu. Então você teve dor de cabeça? – Mah perguntou baixinho para a Dona Fernandes não ouvir. Ela não sabe que a Mah foi na festa, eu mesma a ajudei a sair de casa. Meu orgulho muito do meu trabalho

– Não, mais minha cara ta horrível e você?

– Um pouco, acho porque fui dormir mais tarde que você. A Anna deve estar péssima, ela saiu da festa da Madisson mais tarde que a gente e imagina que hora ela deve ter ido dormir. Ela é mais irresponsável que nós duas juntas.

– Falando assim, você até parece a Marcela. Credo.

– Eu ainda não acredito que ela nem foi na festa - disse Mah chegando mais perto de mim – todo mundo foi, só ela que não.

– Para de implicar com a Marcela, Mah, ela é nossa amiga! E acho que você só está assim porque ela ta namorando e você não.

– Está falando que eu estou com ciúmes?

– Não, só estou dizendo que se ela não quiser aproveitar, nós temos de respeitá-la, porque até agora ela não falou nada de nós termos ido a uma festa em plena quarta feira.

– Falou certo, até agora. Duvido que na hora que nós botarmos o pé na escola ela não vai passar o mesmo sermão de sempre.

– Quer apostar? – perguntei com um sorriso que imediatamente foi correspondido pela minha amiga.

– Feito. O que você vai querer?

– Sei eu ganhar, você vai ter que beijar o Ben!

– O QUE?!

– Fala baixo porque senão a sua mãe vai ouvir – repreendi-a.

– Eu não vou beijar o idiota do Ben Tyler! – Mah sussurrou brava.

– Ele é nosso amigo.

– Não, ele é seu amigo, eu só o aturo porque eu sei que você vai ficar magoada se eu o chamar de nomes que fariam a minha avó enfartar.

– Vocês eram amigos antes, porque isso mudou? – perguntei indignada. Eu só fiquei amiga do Ben por causa da Marina.

– Falou certo éramos, não somos mais. E você sabe que antes de ele ir para Cambridge, nós brigamos e feio. Não acho que seja a melhor idéia.

– Está amarelando? – perguntei sorrindo de uma forma meio maléfica.

– Está me chamando de covarde, Thompson?

– Não, magina – falei cruzando os braços teatralmente.

– Ok, mas se eu vou ter que beijar o Ben, você vai ter que terminar com o Chad.

– Por que diabos eu iria terminar com o cara mais cobiçado da escola inteira e provavelmente de toda Londres?

– Porque, minha cara amiga lerdinha, você já ganhou a aposta com a Haley e esfregou na cara dela que Chad Damaceno escolheu você em vez dela. Helô, ele nem deve imaginar que essa aposta existe. Já não está na hora de parar com esse fingimento e deixar a vida continuar? – Marina estava certa, eu devia parar de enganar o Chad. Por mais que ele fosse muito bonito, e super legal, eu só estava o usando e tudo por causa de uma aposta idiota.

– Ta, eu vou terminar com ele. Amanhã, hoje não estou com cabeça para isso – falei ajeitando meus óculos escuros.

– Sério? – perguntou Marina surpresa – eu consegui te convencer com aquele discurso furreca? Eu sou mesmo demais – bufei.

– É, mas assim você fica sem nada para apostar, querida.

– Não, eu tenho uma proposta melhor. Já que você vai terminar com o Chad, se eu ganhar...

– O que eu vou ter que fazer caramba?!

– Beijar o aluno novo.

– Que aluno novo? – perguntei dando a ultima mordida na barra de cereal e logo depois amassando a embalagem.

– Você presta atenção no que eu falo ou simplesmente se desliga do mundo em?

– Quando você falou isso? Agora pouco?

– Não sua idiota! Na aula de inglês ontem. Se lembra?

Tentei me lembrar, mas só o que vinha ontem era a festa, acho que estava tão ansiosa que nem prestei a atenção em nada o dia inteiro.

– Não – falei balançando a cabeça e o que eu recebi em troca foi um tapa bem dado – ai, doeu.

– Se concentra Lô! Eu estou falando do Alec Volturi, o cara italiano gato que se mudou essa semana e vai entrar na nossa escola. Agora se lembrou?

– Ah, lembrei, o italianinho e sua irmã gêmea que só vieram morar aqui porque os pais adotivos deles não os agüentam. Lembrei sim.

– E o fato de ele ser super gato não é importante para você, não?

– Você nunca o viu e já está falando que ele é super gato.

– Todo italiano é gato.

– Nem todos são lindos, em todo lugar, inclusive na Itália, tem garotos feios.

– To nem aí, se ele for feio, melhor ainda, sabe por quê? – Mah perguntou com um sorriso maroto.

– Por quê?

– Porque, se ele for feio, todo mundo vai saber que Heloisa Julie Thompson, ex-namorada de Chad Damaceno, estava tão desesperada por uns amassos que nem se importou do garoto ser um monstrengo de quatro olhos.

– Por que nós somos amigas mesmo? – perguntei tentando segurar a risada, só a Marina para pensar assim.

– Se eu bem me lembro, nós nos tornamos amigas porque quando você se mudou para cá, ninguém queria falar com você e eu como sou muito solidária e carinhosa, te chamei para brincar de bonecas comigo e com a Marcela. Desde então, somos o trio maravilha.

– Ta, ta, não precisa jogar na minha cara que eu era uma menina anti-social e sem amigos. Mas vamos voltar ao que interessa. Aposta feita? – perguntei estendendo a minha mão. Imediatamente a ela foi apertada pela a mão da minha amiga.

– Aposta feita.

O resto do caminho nós fomos conversando sobre futilidades, para a mãe da Mah não suspeitar, já que nós só estávamos conversando aos sussurros. A Dona Simone não sabe das loucuras que eu e a Marina fazemos, a Mah morre de medo de contar para ela, sua mãe sempre fora muito controladora. Eu a entendo, a Marina, entendo mesmo.

Assim que chegamos à escola, nos despedimos da Sra. Fernandes e fomos até a entrada do colégio, esperar a Marcela e o Ben, como sempre fazíamos. Se um dos dois já tivesse chegado, estariam lá, só que pelo visto, hoje, todo mundo decidiu dormir até mais tarde. Colocamos nossas mochilas no chão e nos sentamos em um banco que havia ali.

Daquele lugar, dava para ver todos que chegavam, os alunos que já dirigiam estacionavam seus carros, professores conversavam uns com os outros e os alunos infelizes que não podiam dirigir, como eu, se despediam dos seus pais e entravam na escola. Foi aí que eu o vi.

Primeiramente, só prestei atenção na linda BMW azul que ele dirigia, era linda, mas não tanto quanto o dono. Seus lindos cabelos castanhos estavam contra o vento, os despenteando, o deixando ainda mais lindo e detalhe, usava óculos Rayban pretos. Pelo que dava para ver de onde eu estava ele tinha um corpo atlético, mas não super musculoso, na medida perfeita. No banco do passageiro, estava sentada uma garota loira, muito parecida com ele também usava óculos escuros, mas daquele estilo que se parece com o olho de uma abelha. Eles deviam ser gêmeos, os dois eram quase idênticos e muito lindos.

Não, eles não são quem eu estou pensando que são.

– Mah, olha ali – apontei para os dois – são os italianos.

– Onde? – ela perguntou olhando para os lados. Segurei seu rosto e o direcionei para a BMW. Sua boca se abriu em um sorriso vitorioso.

– Não falei que ele era bonito?

– Bonito? Marinha, ele não é só bonito, ele é um deus de óculos Rayban – sussurrei para ninguém ouvir, afinal, eu ainda era namorada do Chad, e se alguém me ouvisse falando que achei outro cara bonito, as fofocas iam começar e o final disso tudo não ia ser muito legal.

– Agora você quer que a Marcela xingue a gente, né? – nem estava prestando atenção, meus olhos não saiam de cima do garoto da BMW. Assim que ele saiu do carro, agora já estacionado, eu pude ver como ele realmente era, alto, com um corpo lindo e meu Deus, tinha os lábios cheios, que me davam vontade de agarrá-lo bem ali no meu do estacionamento. E as roupas que ele usava também não ajudavam em nada, só me faziam deseja-lo mais. Estava uma calça jeans meio larga, uma blusa azul escura, um casaco de couro preto e tênis da Nike também preto. Tudo se moldava perfeitamente ao seu corpo, como se cada peça fosse feita especialmente para ele. Perfeito demais.

Acho que eu devia estar parecendo uma idiota olhando para ele, então desviei meu olhar para sua irmã. Ela era quase da mesma altura que ele, somente alguns centímetros mais baixa. Estava vestida com um short jeans que ia até mais ou menos a metade da coxa, uma blusa regata azul e por cima, uma camisa xadrez aberta e usava um sapato de salto alto do estilo gladiador. Tinha de admitir, ela estava bonita.

Não agüentei e voltei a olhar para o Alec, acho que esse era o nome dele. Sufoquei um grito assim que vi que ele estava vindo para o lugar onde nós estávamos. Olhei para Mah para ver como ela estava e pelo que parecia, ela estava do mesmo jeito que eu.

– Oi – disse com um sorriso simpático e logo em seguida tirando os óculos. Caramba, que voz linda que ele tem, parece a voz de um anjo. Xinguei-me mentalmente por pensar isso.

– Oi – falei tentando não gaguejar.

– Olá – falou Mah tentando segurar o riso. Não entendi.

– Será que vocês podem me ajudar? Eu e minha irmã somos novos aqui e não sabemos onde fica a secretária. Vocês poderiam me mostrar onde é?

– Claro, na verdade, a Heloisa – falou Marina apontando para mim – adoraria te ajudar.

Lancei-lhe um olhar assassino.

– Sério? Não vou estar te atrapalhando? – que bonitinho, ele está se preocupando.

– Não, eu adoraria ajudar vocês, sei como é difícil se mudar para uma cidade nova – dei um sorriso simpático. Alec retribuiu. Levantei-me e peguei minha mochila.

– Vamos? – perguntei. Ele assentiu e então fomos ao encontro de sua irmã.

– A gente se vê mais tarde Marina – gritei por cima do ombro.

– Ok e não se esquece do que eu te falei – ela berrou de volta e depois completou – e da aposta!

Bufei de raiva.

– Que aposta? – Alec perguntou olhando para mim. Só agora eu percebi que ele tinha olhos azuis puxados para o violeta, eram muito bonitos.

– Nada, é que eu e a Marina, é o nome dela aí – apontei para onde eu e a Mah estávamos – apostamos sobre tudo e a aposta de hoje é se a nossa amiga Marcela vai nos xingar.

– Posso perguntar por que ela iria te xingar? – não pude responder, pois havíamos chegado ao lugar onde sua irmã estava. E detalhe, ela estava falando com o Chad.

Perae... NINGUÉM PAQUERA O MEU NAMORADO A NÃO SER EU!

Desculpe-me Alec, mas hoje sua irmã vai morrer, porque ninguém me faz de corna. Ninguém!




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Notas finais do capítulo

Gostaram?Eu decici fazer o capítulo bem grande só para compensar o tempo que eu fiquei sem postar.Mereço reviews????beijos