ELENA:

Seria tão difícil assim dar um telefonema e dizer que está tudo bem, que está voltando pra casa, eu precisava saber de damon mas não conseguia contato com ninguém, nem ele e nem stefan, oque diabos deve ter acontecido com eles. As crianças estavam dormindo já, e as meninas de Jenna e ric também em um dos quartos de hospedes, Gabriel foi mais dificil de fazer dormir, então tivemos de dar calmante a ele, estava tão assustado que foi necessário fazê-lo. Eu sentia que iria cair a qualquer momento de tanto andar de um lado pro outro, minhas pernas já estavam ficando doloridas por isso, mas não conseguia ficar parada.

alguém liga pro stefan de novo -- pedi novamente já mordendo minha unha, Rebekah tentou mais uma vez ligar pra ele mas estava dando caixa postal, fui obrigada a sentar pra me acalmar e o som do telefone de rebekah tocando soou na sala despertando todos.

finalmente -- ela atendeu o telefone -- Onde estão stefan? ... hospital? .. tiro? -- levantei do sofá mais que depressa e quanto tentei tomar o telefone dela a ligação foi encerrada e ela o guardou, nos olhando seriamente antes de começar a falar -- Eles estão no hospital, Mason atirou em damon

ai meu deus -- meio que gritei levando a mão a boca desesperada -- Precisamos ir vê-los , eu preciso saber como ele ta

calma elena, precisa se acalmar -- Rebekah repetia no banco de trás do carro e eu tentava me acalmar, respirando devagar e imaginando que damon estaria bem, Giuseppe dirigia nervoso e não muito rápido, temendo que algo acontecesse, queria muito matar mason por isso, queria que ele sofresse uma morte dolorosa e lenta por tudo que fez a minha família, nunca perdoaria ele por isso,assim que o carro estacionou eu meio que pulei pra fora, caminhando rapidamente pra entrada.

como ele tá ? -- perguntei assim que vi stefan sentado em uma das cadeiras presas a parede no corredor, ele levantou e só ai notei sua blusa praticamente banhada a sangue -- Ele ta bem, não está ?

sim, está no quarto perdeu muito sangue e ainda não acordou -- explicou fazendo meu coração desacelerar de ansiedade, pelo menos ele estava bem, depois que stefan me falou qual o quarto que ele estavam, segui até o mesmo abrindo a porta devagar pra dar de cara com damon, deitado e apagado me aproximei da cama e notei que estava fazendo transfusão de sangue pra repor oque perdeu, o cateter ligado a costa de sua mão,tudo era culpa minha, gabriel está traumatizado e damon numa cama de hospital, sequei as lágrimas que pingaram em sua mão e sentei na ponta da cama.

você vai ficar bem -- sussurrei sabendo que damon realmente ficaria bem,stefan havia dito isso, então eu acreditava, e acredita na força de damon,Eu queria ter ficado com ele mas o médico me proibiu pelo meu estado, dizendo que não era indicado passar a noite ali, e Stefan se prontificou de passar a noite com ele -- Eu vou pra casa agora, mas amanhã eu venho cedo te ver amor -- depositei um selinho em seus lábios e fiz carinho em sua bochecha, dando-lhe mais um selinho antes de levantar -- Me liga se algo acontecer

ligo sim -- ele assegurou me abraçando e deixei o quarto, saindo do hospital com os pais do Damon e rebekah, voltamos pra casa e eu fui direto me deitar, sentia-me exausta e ainda sim não conseguia dormir, estava ligada demais pra isso.

Toma esse chá, vai te acalmar -- eliza falou entrando no quarto, havia passado aqui há alguns minutos pra dar boa noite e notou que ainda estava acordada, fez um rápido chá pra mim e agora estava aqui me entregando a xícara -- Por que ainda ta chorando ?

por que é tudo minha culpa -- respondi soluçando e ela sentou ao meu lado balançando a cabeça em negação -- Eu sei que é, quem colocou Mason na vida deles? fui eu eliza, e agora meu filho ta traumatizado e meu marido numa cama de hospital baleado, é tudo minha culpa, e damon não vai me perdoar por isso, por que nem eu me perdoo por algo assim, eu não mereço eles

não fala assim elena, tenho certeza que damon não está culpando você -- sua voz soava docemente -- Todos sabemos que não foi culpa sua, não é culpa de ninguém querida, foi uma tragédia que poderia ter acontecido em qualquer familia

mas aconteceu na minha -- falei com a voz já rouca -- Foi com a minha familia, e quem fez isso? um idiota que eu dormir no passado por pura diversão

ele que não soube deixar no passado oque ficou no passado -- ela tentava me fazer mudar de ideia -- A culpa é dele e não vossa, toma o chá e deita um pouco, descansa e amanhã vamos ver o damon, ta bem ?

ta -- respondi forçando um sorriso, ela beijou minha cabeça e saiu do quarto desejando boa noite, nesse caso madrugada já que passava das 01:30 da manhã, tomei um pouco do chá e deitei pra descansar, puxei o travesseiro de damon o abraçando pra sentir seu cheiro e enquanto o sono não vinha eu observava a noite pelo vidro da janela, afinal as cortinas estavam abertas. Horas mais tarde abrir os olhos com uma preguiça e observei o lado da cama vazio e arrumado, suspirei pesadamente sentando na cama e passei a mão na barriga ao sentir minha bebe chutar.

Bom dia amorzinho -- desejei a ela,olhei minha barriga coberta pela seda da camisola e sorri, desde o sequestro ela não mexia e estava sentindo falta disso,levantei da cama e tratei logo de escovar os dentes e tomar banho, enrolei-me no roupão e vestir uma lingerie confortável.

Como você ta ? -- Jenna entrou no quarto me assustando e riu de mim -- desculpe

tudo bem -- respondi dando um sorriso timido -- Estou bem, quem não está é damon e gabriel -- entrei no closet pra procurar alguma roupa, iria ver meu marido no hospital.

Stefan ligou, damon ainda não acordou -- ela disse na porta do closet e a olhei assustada -- Ele está meio fraco ainda, e os remédios são fortes então é comum isso -- sorriu pra me acalmar -- Usa aquela blusa ali -- apontou pra uma blusa vinho de botões, e manga longa, apesar disso era seu tecido era fino, peguei o modelo pra ver e provei, mas acabei optando por uma blusa de manga branca lisa de malha que esticava e um macacão jeans, de shortinho não muito curto, era confortável e não me apertava tanto, procurei uma sapatilha preta e estava pronta, precisava apenas arrumar o cabelo e passar o minimo de maquiagem no rosto, não estava muito afim de me produzir.

Bom dia -- Giuseppe desejou sorrindo assim que desci as escadas -- Vem tomar café, minha neta não pode ficar com fome -- sentei na mesa junto a eles e comi uma fatia de bolo com uma xícara de café quentinho.

os gêmeos já acordaram ? -- perguntei pegando mais uma fatia de bolo de cenoura, recebendo aceno negativo de rose, assim que terminei o café esperei rebekah terminar o dela e nós duas saímos de carro rumo ao hospital, como estava tarde todos dormiram em casa.

senhora salvatore ? -- uma voz masculina chamou assim que atendi meu telefone, estávamos no trânsito ainda.

sim -- respondi não reconhecendo a voz

aqui é o delegado que cuidou do caso do seu filho, precisamos que a Sr. venha assinar os papeis do caso , seu marido que faria mas ele não encontra-se bem de saúde -- explicou

eu vou sim, chego ai em alguns minutos -- respondi desligando o telefone logo depois que ele agradeceu.

Vamos a delegacia primeiro -- comuniquei a rebekah e ela questionou então eu expliquei o que o delegado havia dito e ela mudou o percurso, chegamos na delegacia minutos depois e dirigir-me a entrada.

elena me desculpa -- Carol Lockwood falou completamente ansiosa e sem jeito -- Nós não sabíamos que ele estava aqui e que estava fazendo isso

Mason é um doente -- falei ríspida, não queria ser assim mas sentia uma raiva enorme -- Desculpe se estou sendo grossa mas meu marido está no hospital por culpa dele

eu entendo, vamos levá-lo pro Canadá ainda esse fim de semana -- ela falou sorrindo sem jeito -- Ele será julgado lá, não tem muito oque fazer já que há gravações provando tudo que ele fez, Mason será condenado

acho pouco -- rebekah comentou logo atrás de mim -- Me desculpe mas esse cara nem devia ta vivo mais -- caminhou até um dos bancos e sentou

espero que não e afaste de nós elena, Tyler e você sempre foram amigos e ele ficaria triste se perdesse sua amizade -- lamentou e eu concordei.

ele não vai perder, até por que me ajudou mandando o perfil do Mason -- assegurei -- Mas não será como antes Carol, eu não pretendo visitá-los quando for em Toronto e espero que entenda mas será assim, não quero saber nada sobre Mason quando for lá, tyler é bem vindo em casa mas eu não quero e nem vou perdoar nunca o seu cunhado, nem que ele me implore de joelhos e que a vida dele dependa disso

entendo, parabéns pela gravidez -- sorriu olhando pra minha barriga e eu sorri de volta -- É menina certo, qual o nome ?

Maria Eduarda -- respondi

lindo -- sorriu docemente

obrigado -- agradeci e de uma das salas saiu Tyler , e seu pai

Me desculpe elena, eu sinto muito pelo meu tio -- tyler falava sem jeito e me abraçou, retribui passando as mãos em suas costas e balancei a cabeça em afirmação -- Eu nem sei oque dizer

você não tem culpa, não se sinta assim -- tentei não ser fria ou séria com ele, tyler se afastou e sorriu ao ouvir aquilo -- Obrigado por ajudar

era o minimo que poderia fazer, pra ajudar -- ele falou passando a mão em minha barriga -- Como ta o seu filho e o damon?

Bem,na medida do possível -- respondi sorrindo sem mostrar os dentes -- Eu preciso conversar com o delegado e depois tenho que ir pro hospital ver damon, licença -- passei por eles e entrei na sala do delegado logo depois, ele explicou que pra fechar o caso, precisava assinar um documento que dava detalhes do sequestro e da tentativa de assassinato, assinei tudo mais que depressa.

senhor, o detento quer ver a moça -- um policial falou ao entrar em sua sala.

Eu não quero vê-lo -- respondi decidida e ele concordou saindo da sala, levantei da cadeira assim como o delegado e nos cumprimentamos, sai de sua sala acompanhada por ele e quando, avistei rebekah na recepção sentada esperando, e logo depois Mason passou sendo levado por dois policiais, algemado de cabeça baixa, fiquei observando de longe ele ao fim do corredor.

elena ? elena fala comigo -- ele gritou parando no meio do corredor e eu continuei calada -- Eu fiz isso por você -- ele parecia desequilibrado, os policiais começaram a empurrar ele fazendo-o andar -- Você não pode me ignorar, não pode elena -- começou a se debater pra se desviar dos policiais e conseguiu, derrubou um deles e correu na minha direção, paralisei naquele momento e quando mason ficou a centímetros de mim me empurrou e eu fui de encontro a parede, usou a algema entre as mãos pra tentar me sufocar mas os policiais o pegaram novamente -- Você não será feliz com ele, sua querida filhinha vai morrer no parto e vai carregar esse peso pra sempre assim como carrega o aborto,não terá mais nenhum filho com aquele homem, esse bebe não vai sobreviver -- gritava super alterado e logo sumiu ao fim do corredor sendo levado pelos policiais, senti meu corpo todo tremer de forma violenta, eu não me aguentava em pé por isso nem me afastei da parede, continuei onde estava.

A senhora está bem ? -- o delegado perguntou preocupado e eu o olhei perdida -- Vamos sentar -- levou-me até a recepção onde rebekah estava sentada e ela assim que viu meu jeito levantou preocupada.

oque houve amiga? -- perguntou e apoiei-me nela ainda tremendo -- Deus, está tremendo mais que vara verde elena, oque houve ?

Mason me atacou -- respondi com uma certa dificuldade e ela fez uma expressão aterrorizada com a boca -- Disse que minha filha vai morrer no parto

Meu deus -- rebekah parecia indignada e assustada -- Fica calma amiga, ele só queria atingir você com essas palavras

conseguiu -- sussurrei -- Vamos pro hospital, eu preciso ver o Damon

ta -- concordou e nós duas saímos daquela delegacia, sentia-me mal pelas palavras de Mason, ele não cansava de desejar mal a minha família, quando dei por mim estávamos na frente do hospital, sai do carro e entrei no local, caminhando pelos corredores até chegar na frente do quarto de damon.

DAMON:

Abrir os olhos sentindo-os pesados e uma luz forte fez com que os fechasse novamente,me sentia incrivelmente dolorido e cansado,fazia uma breve ideia de onde estava, lembrava vagamente da dor e depois de ver Mason sorrindo enquanto meu irmão tentava não se desesperar enquanto chorava, levei minha mão ao local da ferida e toquei me arrependendo logo depois ao sentir o lugar doer, abaixei o olho e notei o curativo em volta dele.

Hey, acordou -- stefan falou entrando no quarto com um copo de café em mãos, estava usando uma blusa minha e parecia cansado -- Como se sente ?

dolorido -- respondi fazendo uma breve careta -- E Mason, ele foi preso ?

sim, agora não precisa se preocupar, temos provas do sequestro, e temos provas das duas tentativas de assassinato, na verdade três -- stefan explicou me deixando confuso -- Aquele dia no shopping, conseguimos um video , e o video da estação de três, juntando com as cartas e as mensagens do seu celular -- estava aliviado em saber disso.

e o meu filho ? -- perguntei preocupado -- ele não se machucou né? -- um aceno negativo de stefan e suspirei ainda mais aliviado -- Quanto tempo eu to aqui ?

Desde a madrugada, mais de quase 9 horas aqui já -- respondeu olhando no relogio de pulso dele -- estava desacordado, perdeu muito sangue -- apontou pra bolsa de sangue pendurada perto da cama, na qual através da mangueira fina levava o liquido as costas da minha mão, bufei revirando os olhos -- Elena esteve aqui de madrugada mas achamos melhor ela ir dormir, parecia péssima e cansada

imagino -- falei olhando aquelas gotinhas de sangue pingarem pela mangueira -- Há quanto tempo to com isso ?

é a sua segunda bolsa, a primeira demorou mais de 4 horas -- falou revirando os olhos -- Me diz ai por que a comida de hospital parece comida pra morto ? coisa sem gosto -- ri com oque ele disse e senti meu peito doer, ele fez careta junto comigo e continuou tomando café enquanto reclamava sobre a comida de hospital e ficou fazendo comparações a todos os tipos de comidas que provamos em lugares diferentes durante as viagens que já fizemos pela empresa e as de ferias também, me fazendo rir mesmo sendo doloroso quando fazia,parecia que a bala ainda estava ali me perfurando cada vez mais a cada riso.

Oi -- a voz de elena soou e olhei na direção da porta, vendo ela entrar um pouco sem jeito por nos interromper.

Vou aproveitar e pegar mais um café com gosto de meia velha -- stefan falou apontando pra saída do quarto e antes de fazê-lo abraçou elena desejando bom dia.

como você ta ? -- ela perguntou em pé perto da cama

Dolorido -- respondi forçando um sorriso e ela retribuiu igualmente, perguntei sobre gabriel e ela respondeu que quando saiu de casa ele estava dormindo, e que a noite deram calmante a ele pra dormir melhor.

Desculpa -- ela falou olhando pro chão envergonhada

por ? -- perguntei sem entender

Fazer isso com vocês, é tudo minha culpa , eu sei disso e acredite tudo que eu menos queria nesse mundo era ver um de vocês machucado -- notei seus olhos marejados -- Se quiser que eu vá embora, vou entender e aceitar sua decisão de se afastar

cala a boca -- eu falei já sem paciência e ela me olhou sem entender -- Se eu quisesse que você fosse embora não estaria ainda aqui ao meu lado -- revirei os olhos pra ela e elena sorriu -- Não foi sua culpa, Nós só precisamos esquecer isso, deixar pra trás assim como deixamos as outras coisas que aconteceram entre nós antes de voltarmos, foi algo péssimo mas ninguém disse que seria só maravilhas

Não quer que eu vá embora? -- ela perguntou insegura

Não -- respondi obvio -- A não ser que você queira ir

Eu não quero -- falou depressa e sentou na ponta da cama -- Fiquei assustada demais quando soube que você havia levado um tiro

Eu to bem -- assegurei alisando sua mão e ela parecia um pouco sem jeito, fiquei esperando ela me contar mas elena continuou calada, estava escondendo alguma coisa mas eu esperaria ela falar quando se sentisse bem pra isso -- Conversou com o médico que me atendeu ? -- balançou a cabeça em negação

Quer saber quando vai receber alta ? -- ela perguntou e eu assenti -- Acho que só na hora do almoço, ou depois do almoço

e você vai ficar aqui até la? -- perguntei

Só saiu daqui com você -- afirmou curvando-se um pouco e depositou um selinho em meus lábios, a porta abriu e por ela entrou o casal Rebekah e stefan.

gosto de meia -- stefan disse entregando um copo de café pra elena que aceitou rindo dele -- Falei com seu médico, depois do almoço pode ir pra casa

graças a deus -- falei levantando os braços e me arrependi no mesmo instante, eu ainda precisava lembrar que havia levado um tiro no peito direito e que meu braço direito não podia fazer movimentos bruscos -- Vamos ? -- perguntei saindo do quarto com ajuda de stefan, que estava apoiando-me pelo lado esquerdo já que o direito era intocável no momento, no caminho de casa ninguém disse nada, na verdade apenas stefan falou sobre como ele descobriu onde me encontraria com Mason, e eu adorei saber que ele espionou a conversa por telefone do segundo andar, será que ele fazia isso na empresa, jurou que não mas não custava nada perguntar pra saber.

Só fiz algo necessário, em meio a uma situação de desespero -- ele disse batendo no volante enquanto explicava -- Eu sou inteligente

e muito fofoqueiro, vive espionando a vida alheia -- eu falei rindo dele

calunia -- gritou passando um sinal amarelo -- Ainda tava amarelo

stefan, quer levar uma multa ? -- rebekah berrou com ele

tava amarelo -- defendi e ele concordou, chegamos em casa e assim que entrei melissa veio pra cima de mim -- Abraça minha perna -- falei entregando minha perna a ela quando disse que queria me abraçar mas eu sabia que ela ia acabar me machucando então dei a perna pra isso -- Matou a saudade ?

só da perna -- ela disse obvia e eu ri com isso

Quando eu sentar tu abraça -- falei indo até o sofá e sentei então ela me abraçou -- Eu to machucado

posso cuidar de você ? -- ela perguntou animada e eu vi uma coisa boa nisso, ela queria cuidar de mim, concordei e ela pulou animada -- Oque eu faço ?

tira meu sapato e minha meia -- falei apontando pra baixa e ela começou a puxar o sapato, mas fez um esforço danado pra isso, praticamente abraçou o sapato e puxou umas 4 vezes antes de tirá-lo -- Valeu ai enfermeira

eu sou enfermeira do papai -- ela saiu correndo pra contar aos meus pais.

melissa -- gritei e ela apareceu -- Pega água pra mim ?

ta -- voltou na cozinha e me trouxe água -- Quer biscoito ?

de chocolate ? -- perguntei

acabou, só tem de morango -- ela falou olhando pro chão envergonhada -- Eu comi o de chocolate com o Biel vendo desenho

e cade ele ? -- perguntei

no quarto, brincando -- respondeu apontando la pra cima

Vai pegar o biscoito e depois chama ele pra nós comermos juntos -- mandei e ela assentiu e saiu pra pegar o biscoito, gabriel desceu com ela minutos depois que ela subiu pra chamá-lo, subimos e ficamos no meu quarto, ele estava tão quieto, mais do que já era e isso me deixou preocupado, andava assustado demais -- Você ta bem neném ?

aham -- respondeu balançando a cabeça positivamente -- Aquele moço me deixou no escuro, e eu tenho medo de escuro

Ele ta bem longe, ta preso e não vai voltar -- falei o chamando pra deitar em meu colo e ele fez, seu coração batia tão acelerado -- Oque ele fez com você ? -- ajeitei-me no travesseiro e mudei o canal da televisão procurando algum desenho, melissa estava deitada na ponta da cama desenhando, ou tentando desenhar.

Ele cobriu minha boca com o pano pra não chorar a noite -- falou cobrindo a boca com a mão explicando, eu nunca senti tanto ódio de alguém como senti de Mason, se eu pudesse teria matado ele naquela estação, achei que a surra foi pouco depois de ouvir oque gabriel disse -- E me chamou de menino chorão, mas eu não sou

Não é -- concordei alisando seu cabelo -- Você só tava assustado

e eu desenhei nós -- melissa disse levantando e ficou em pé na cama mostrando o desenho -- Eu, Biel, você, mamãe

e a Duda ? -- perguntei

ela nem nasceu -- bateu na minha testa obvia -- Quer que eu coloque ela ?

coloca -- Gabriel mandou e ela voltou pro seu lugar pra desenhar a irmã.

Amor, oque acha disso ? -- elena entrou no quarto com um tablet em mão e mostrou a imagem de um berço e guarda roupa infantil -- Eu amei

então compra -- falei aprovando -- Mas branco é melhor que rosa

ta bem -- concordou em comprar o branco e fez

olha mamãe -- melissa mostrou o desenho -- eu coloquei a Duda também

é a gente ? -- elena perguntou e mel assentiu -- Eu to magrinha

ELENA :

Os móveis do quarto da bebe tive que comprar tudo pelo site da loja e pedi urgência na entrega, então chegaria tudo em uma semana, as tintas estavam no quarto que precisava ser pintado antes de chegar a mobília mas como damon estava com um dos braços sem poder fazer muitos movimentos, tivemos que adiar a pintura, e agora faltava apenas um dia pra chegar os móveis e hoje seria nosso prazo pra pintar.

To pronta -- melissa disse entrando no quarto que seria de Duda só de calcinha, era rosa e tinha o desenho da moranguinho.

você vai pintar ? - perguntei rindo e ela assentiu mostrando que o cabelo estavam presos em um rabo de cavalo assim como o meu, e como havia dito só de calcinha -- E você também ?

sim -- gabriel respondeu assim como a irmã só de cueca do homem de ferro -- Tem até pincel -- mostrou o pincel e a irmã também -- Pode ?

pode -- respondi concordando, damon entrou no quarto só com uma bermuda jeans mostrando a barra da cueca box branca e eu fiquei meio sem reação, olhando pra ele -- Oque ? -- perguntei sem entender oque ele havia dito

Vamos começar ? -- riu de mim e eu assenti me concentrando, tirei minha sandália que estava me incomodando e começamos a pintar, passando a primeira camada.

você me sujou -- gabriel disse apontando pra melissa, eles estavam pintando apesar de não ajudar muito, eles sentiam-se importante com isso -- Olha ai papai

suja ela também -- damon disse obvio e eu o cutuquei e só senti o pincel em minha bochecha --desculpa amor, foi reflexo

seu.. seu -- não podia xingá-lo na frente das crianças -- Damon .. -- ralhei

foi reflexo -- se defendeu dando de ombros

sua bochecha ta rosa -- melissa disse rindo de mim, não só ela como o irmão e o pai -- Minha mão também -- ela mostrou a costa da mão suja de rosa que o irmão sujou -- Só o papai que ta limpo

vamos sujar ele -- sugeri e eles assentiram e damon negou na hora -- Ah sim, todo mundo ta sujo de rosa menos você -- as crianças correram e tentaram suja ele, mas conforme eles faziam uma manchinha nele, damon os sujou também e aproveitei e o sujei na bochecha assim como ele fez comigo -- estamos quites

eu to toda rosa -- melissa disse pulando com isso, continuamos a pintar o quarto e terminamos depois do almoço, a tinta não tinha cheiro então eu podia ficar ali aspirando numa boa enquanto so ajudava, assim que terminamos os gêmeos tomaram banho de mangueira no quintal pra tirar a tinta enquanto damon e eu tomamos no banheiro, primeiro eu e depois ele.

oque foi ? - damon perguntou enquanto eu trocava de roupa, eu não conseguia mais esconder dele, precisava contar oque houve naquele dia em que saiu do hospital, mas eu não podia falar que fui na delegacia e oque ocorreu depois.

nada -- respondi sorrindo

você ta me escondendo algo, há oito dias -- ele falou desconfiado -- Eu não perguntei antes por que decidir esperar, mas estou ficando intrigado, me fala oque é

você vai se chatear -- falei dei de ombros

Anda amor, fala -- ele insistiu

No dia em que você recebeu alta do hospital, eu ví o Mason -- falei

você oque ? -- ele meio que gritou me assustando

Eu não fui ver ele, eu fui assinar uns papeis que o delegado pediu sobre o caso e quando estava saindo, eles estavam levando ele pra cela e ele me viu -- expliquei mexendo as mãos nervosa -- Eu não ia ver ele mas quando eu tava saindo da sala do delegado ele me viu

e você me escondeu isso ? -- sua voz estava alterada

você tava no hospital, queria oque ? -- falei obvia e fechei os olhos sentindo minha costela doer com o chute da bebe -- Eu não ia contar, eu ia deixar isso pra lá mas não consigo te esconder as coisas

eu to irritado com você -- admitiu dando as costas e ia sair do quarto mas eu levantei depressa e tropecei, se não usado as mãos pra apoiar-me teria caido de barriga no chão, porém caí de quatro -- Caramba elena

não briga comigo -- eu falei sendo levantada por ele -- Eu não quero brigar com você

vai deitar e fica quietinha -- ele disse me obrigando a deitar, saiu do quarto falando que iria ver os gêmeos e passou um bom tempo lá embaixo, eu sabia que ele ficaria com raiva -- Trouxe lanche pra ti -- entrou no quarto com um bandeja em mãos, sentei na cama pra lanchar e observei o que ele havia trazido, sanduíche, suco, e salada de fruta.

obrigado -- agradeci e ele nada disse apenas sentou nos pés da cama e ficou assistindo ao filme que passava -- Amor? -- chamei já comendo a salada mas ele não respondeu -- Caramba Damon, eu já pedi desculpa, eu não tinha a intenção de ver ele, mas aconteceu que ele me viu, acha que eu fiquei feliz com isso? acha mesmo que eu queria ter sido machucada por ele ? eu não gostei ta bem

ele te machucou ? -- perguntou me olhando agora, assenti limpando as lágrimas e prendendo o soluço, sua expressão era de preocupação e raiva -- Por que não me contou ? por deus , elena não pode me esconder as coisas

eu sei -- concordei limpando as lagrimas -- Desculpe ?

ta -- concordou sério, deixei a bandeja no chão com a louça suja e o chamei pra um abraço -- Manhosa

eu só to com saudade -- falei o apertando e deixei meu rosto no vão de seu pescoço -- Desde o acidente, nós não fizemos nada e mal nos beijamos -- comentei deixando minha voz o mais triste possível.

é verdade -- assumiu -- Mas não podemos agora

por que não ? -- questionei sentando na cama e ele deitado de lado ficou me observando .

Não vai machucar a duda ? -- ele disse meio que sem saber e eu também não sabia, suspirei ficando pra baixo.

só carinho, beijinho -- falei voltando a deitar -- Isso pode né? -- assentiu fazendo um bico com os lábios e eu o beijei, sentindo o sabor da salada de fruta que eu havia comido ser compartilhado,e o beijo que no inicio era calmo e carinho, aos poucos foi se tornando sensual e deixou de ser suficiente, precisávamos de mais contato então coloquei uma das minhas pernas entre as duas, fazendo nossas coxas se tocarem, já que eu estava com um short de pijama curto e ele de bermuda, sua mão tocou minha cintura por dentro da blusa dele que eu usava e acariciou levemente.

é melhor.. -- antes dele terminar a frase eu o interrompi

Não vai machucar ela -- ele riu do desespero em minha voz e balançou a cabeça positivamente, sorri levantando e fui fechar a porta de chave pra não sermos interrompidos -- Vamos ter que encontrar uma nova posição que não seja desconfortável -- falei voltando pra cama e no caminho já tirei minha blusa, não havia muito paciência ultimamente pra preliminares mas dessa vez nós fizemos direito, começando com os beijos mais tímidos e quando começou a esquentar novamente foi que começamos a nos tocar de verdade, estava sentada em seu colo,de frente pra ele e com as pernas em volta dele que encontrava-se sentado na cama.

Oh -- gemi segurando fortemente seus cabelos quando damon abaixou o rosto e mordeu meu seio depois de o chupar devagar, revirei os olhos sentindo sua língua estimulando meu mamilo, ele levantou a cabeça e sorriu ao ver que ele assim como o outro coberto por sua mão estavam completamente empinados, retribui mexendo meu corpo pra frente e nossas intimidades se chocaram fazendo um suspiro involuntário escapar de nós dois -- Me toque, me ame -- pedi passando suas mãos por minhas coxas e ele sorriu satisfeito com minha ansiedade, enquanto eu mexia a cintura pra frente e pra trás.

elena... -- ouvir ele gemer quando nossos corpos se uniram no meio daquela cama, apoiei-me em seus ombros e suas mãos seguraram firme minha cintura, levantando meu corpo e o pressionando pra baixo devagar, fazendo eu gemer manhosa com aquele ritmo, era tão carinhoso e ainda sim excitante, o suor de seu corpo unindo-se ao meu e ambos deslizando quando o abracei pelo pescoço ainda movendo-se sobre ele, os beijos que trocávamos eram sempre interrompidos por não estarmos concentrados nisso, e por não haver força suficiente pra isso,não havia tanto carinho neles era mais desejo, mordi seu pescoço sentindo meu corpo todo tremer violentamente anunciando que eu estava no meu máximo, apoiei o queixo em seu ombro enquanto ele ainda me movia já sem muita força no corpo, e logo depois gemeu rouco em meu ouvido arrepiando-me, nossos peitos colados faziam nossos corações baterem juntos no mesmo ritmo acelerado, e nossas respirações pesadas soando ao ouvido um do outro e no quarto.

Ela ficou quietinha -- falei referindo-se a bebe não ter mexido já que ela ultimamente mexe desde o fim da tarde até o momento em que eu durmo.

Por que nós estavamos agitados -- ele disse rindo e beijou a ponta do meu nariz,tirando-me do seu colo, vestimos as roupas novamente minutos depois e eu não sei bem em que momento peguei no sono acordando apenas de madrugada pra beber água e ir ao banheiro e depois voltando a dormir até a manha seguinte.

ALGUNS DIAS DEPOIS

Quando os gêmeos me acordaram falando que iriam pra escola e queria que eu fosse levar eles junto a damon, meio preguiçosa me arrumei e desci -- Bom dia

ainda to com sono -- falei dando um selinho nele, esses dias eu andava assim preguiçosa demais, cansada demais e começando a sentir as famosas dores nas pernas e nas costas, não lembrava que isso incomodava tanto assim.

vamos só levar eles -- damon disse fazendo carinho em meu rosto e eu assenti, peguei uma maçã pra comer no caminho e entramos no carro, o cinto me apertava então não coloquei, os acompanhei até a entrada do colégio.

Até mais tarde -- beijei a bochecha de cada um deles e eles beijaram a minha, entraram na escola e seguiram até a professora como todos os dias faziam, voltei pro carro desviando de alguns pais e assim que entrei damon deu partida -- Onde vamos ?

pegar uma encomenda -- ele respondeu sem dar detalhes e eu dei de ombros, parou em frente a uma joalheria mandando eu sair do carro, mesmo sem querer fiz oque ele disse, e segurando minha mão damon entrou no local, estava tão envergonhada, não estava adequadamente vestida pra isso, afinal tudo que fiz foi colocar uma bermuda das poucas que me servem, uma blusa de alcinha que não cobre a barriga e por cima coloquei uma blusa de manga longa transparente, ou seja nada muito adequado a uma loja chique assim.

eu vou matar você -- falei baixinho e ele me olhou sem entender,apontei pra minha roupa super desleixada e ele riu dando-me um selinho.

ta linda -- falou obvio e estava prestes a rebater mas a atendente apareceu no enorme balcão de jóias -- Tem uma encomenda no nome de Damon Salvatore

oh sim, só um instante -- ela sorriu indo até o outro balcão da loja e pegou a encomenda, voltando rapidamente -- Se não estiver como pediu podemos, fazer outra -- abriu a caixinha revelando uma pulseira pequena, dourada e o nome Maria Eduarda gravado nela, banhado a ouro branco.

oque achou amor ? -- ele perguntou e o olhei

ta perfeito, a melissa tinha uma assim não é ? -- questionei

Tem, mas está pequena então mandei aumentar -- apontou pra outra caixinha -- Gostou da pulseira ?

sim, está linda -- respondi aprovando e a atendendo a embalou e colocou as duas na sacola da loja, era pequena e eu fiquei segurando enquanto olhava alguns brincos na vitrine do balcão.

vamos ? -- perguntou me assustando e eu balancei a cabeça em afirmação , saímos da loja juntos e voltamos pro carro -- Oque acha que passarmos em algum lugar e tomar café ?

vamos pra casa, eu quero dormir -- falei rindo ao ver sua careta, ele assentiu e pegou o caminho de casa, assim que chegamos, oque demorou por que ele enrolou dirigindo devagar, fiquei meio irritada com isso, ultimamente tudo me irrita e tudo me faz chorar, até comercial de nutella quando passa a familia toda junta e um cachorro, assim como os comerciais de margarina, eles fazem isso querendo que as grávidas fiquem com desejo, por que esses dias eu pensei em comer manteiga pura depois de ver um comercial assim, e quando passava comercial de bebe eu ficava boba -- Você dirigia devagar de propósito, agora meu sono passou -- falei batendo pé assim que entramos em casa.

já disse que foi por segurança -- ele repetiu, rose desceu as escadas com uma balde e rodo, um espanador e pano pendurado no ombro, balançou a cabeça sorrindo e ele fez a mesma coisa -- Vem, vamos subir

não quero -- falei sentando no sofá de birra e ele revirou os olhos.

tudo bem,não quer ver a surpresa que tem lá em cima -- deu de ombros e eu pulei do sofá na hora, isso era uma palavra mágica pra mim assim como chocolate é pros gêmeos, tampou meus olhos assim que chegamos no segundo andar e me guiou, tirando as mãos de meu rosto .

isso é a porta do quarto da duda -- falei revirando os olhos e ele fez a mesma coisa pra mim, mandando eu abrir e eu fiz lembrando que talvez os móveis chegassem hoje, dei de cara com o quarto já montado, o bercinho com o colchão, o trocador, a cômoda e o guarda roupa, ps móveis eram todos em branco, e na porta do guarda roupa parte era de vidro e assim daria pra ver as roupas dela pendurada, havia dois ursos dentro do berço, e na prateleira presa a parede, na comoda havia um abajur, fiquei completamente maravilhada com aquilo, a poltrona de amamentação branca perto da janela, e nela havia o travesseiro apropriado pra isso -- Que lindo, amor ta perfeito -- falei sorrindo e chorando ao mesmo tempo, fui até ele e dei-lhe muitos selinhos e ele sorriu -- Eu já disse que te amo?

hoje não -- respondeu

Eu te amo, nós te amamos -- falei colocando a mão dele na minha barriga pra sentir os chutes da nossa bebe, sorrindo lindamente ele me deu um selinho demorado e logo o transformou em beijo, segurando-me pela cintura, e eu fiquei meio que na pontinha do pé pra colar-me mais a ele, porém duda não deixava já que minha barriga atrapalhava nesses momentos -- Vamos guardar as roupas dela no guarda roupa e na cômoda ? -- perguntei empolgada.

Vai ter que fazer isso com a rose -- falou fazendo uma breve careta -- Eu preciso ir na empresa, eu trabalho sabia ?

Eu também -- falei beliscando ele por insinuar que eu não fazia nada mas os últimos dias foram tão problemáticos que jenna achou melhor eu tirar uma folga, tudo eu resolvia por telefone e email com Jenna -- Mas eu arrumo tudo aqui, sozinha mesmo -- mais que depressa fui pro nosso quarto e peguei algumas coisas -- isso vai dar mais espaço pra suas roupas

claro por que tudo dela ficou no meu lado do closet -- ele disse rindo e eu também ri, sai do closet com os primeiros cabides de ursinho que havia comprado pra pendurar as roupas da bebe, e levei até o quarto dela -- Tchau amor, até mais -- parou na porta do quarto e eu mandei beijo, sem nem olhar pra ele, estava dando toda atenção ao quarto da bebe, arrumei uma por uma no guarda roupa e na cômoda, deixando nela as fraldas e cobertores, toalhinhas, arrumei os produtos de higiene dela depois de almoçar com as crianças e terminei tudo no meio da tarde, agora o quarto da minha princesa estava perfeito.

Vem cá mel -- chamei ela abrindo sua pulseira e ela apareceu no meu quarto minutos depois correndo -- Olha só oque chegou pra ti

minha pulseira -- ela mostrou o pulso e eu a coloquei nela -- tem meu nome nela, era de quando eu fui bebe -- explicou

eu sei, fui eu que escolhi quando você era pequena -- falei apertando seu nariz e ela ficou surpresa -- Aquele vestidinho vermelho que você usa na sua boneca, foi eu que comprei quando você tava na minha barriga ainda -- Você saiu do hospital com ele, parecia uma princesinha

você tava lá ? -- ela perguntou e eu assenti rindo

claro eu estava, mamãe só foi embora dias depois mas eu estava á nos seus primeiros dias, e quando você chorou pela primeira vez, um chorinho fino e alto, era a mais chorona do hospital -- falei fazendo ela rir -- Mas ainda sim era a mais linda

Por que você foi embora ? -- fui pega de surpresa por sua pergunta, desde quando voltei melissa nunca havia perguntado isso pra mim, muito menos seu irmão -- Você gostava de nós ?

Eu amava, e ainda amo -- respondi sorrindo sem jeito -- Mas não sei por que fui embora, acho que eu tava com medo

medo ? eu tenho medo de escuro e de monstro -- sentou ao meu lado e eu coloquei sua mão na minha barriga pra ela sentir a irmã chutar -- Isso doi ?

as vezes -- respondi

ela é má então -- falou assustada e eu neguei -- Mas ela machuca você

ela quer ficar confortável, está procurando a posição certa -- expliquei -- Quer ver videos de bebe na internet comigo ? -- um aceno positivo seu e peguei o tablet pra assistir com ela, gabriel apareceu com seu boneco do batman e se juntos a nós duas, procurei videos engraçados e ficamos assistindo e rindo.

No dia seguinte acordei cedo, mal havia dormido a noite sentindo a bebe chutar e mexer-se como se tivesse dançando, damon nem percebeu mas nem o acordei por que ele havia chegado tarde de uma teleconferência com empresários chineses e precisava descansar, afinal as surpresas que havia me feito seria maldade deixá-lo ainda mais cansado já que no dia seguinte trabalharia, e eu acordei primeiro que ele, ajudei rose a arrumar as crianças e dar café a eles,damon acordou se arrumou e tomou apenas uma xícara de café antes de sair de casa e levá-los a escola, sentei no sofá procurando algo pra assistir mas sentia-me agitada demais pra isso.

ta na hora de dormir -- falei alisando a barriga -- Sei que adora conversar comigo mas agora eu to cansada, e mamãe precisa mesmo ficar quieta mas você não deixa -- ri quando ela chutou -- Tudo bem quer mexer, pode mexer

falando sozinha ? -- rose perguntou toda arrumada

Na verdade, é quase isso já que só eu falo -- ri junto a ela -- onde vai toda produzida ?

Ao mercado, por que to muito arrumada ? -- perguntou preocupada assenti rindo -- Vou trocar de roupa

que nada, está ótima assim -- falei revirando os olhos

Eu não sei se vou demorar, mas tenho muita coisa pra comprar então se acontecer, tem comida pra esquentar na geladeira - explicou

rose, eu sei me virar -- ralhei fazendo ela rir -- Vai lá e me trás mais nutella dessa vez, e morangos, e chantili -- falei um atrás do outro -- Daquela vez foi pouco pra duas pessoas

pode deixar -- falou saindo de casa e levou meu carro já que havia mandado ela fazer isso pra economizar o dinheiro do taxi e assim trazer mais morangos pra mim, recebi uma mensagem de jenna falando que estava a caminho de casa por que precisava que eu assinasse um documento e respondi positivamente, subi pra tomar banho e relaxei um pouco lavando os cabelos, coloquei uma roupa confortável e sentei na cama pra pentear os cabelos.

ai -- me assustei com um chute de dua -- Tudo bem mocinha, vai ficar de castigo quando crescer se continuar assim todo saidinha -- falei seria mas sorri no minuto seguinte ao ver a ondinha que havia se formado em minha barriga com seu movimento -- Ta perdoada -- continuei a pentear os cabelos e a bebe não parava de mexer, estava começando a me causar dores na ponta da barriga mas eram dores suportáveis, senti algo molhado na minha cama e me assustei ao ver um liquido escorrer por minhas coxas e molhar o colchão um pouco -- Ai meu deus -- sussurrei tentando entender se era realmente isso que eu tava pensando -- Calma elena, vai ficar tudo bem -- me tranquilizei vendo que as dores haviam sumido, peguei meu celular e disquei o numero de damon, mas estava dando caixa postal, tentei o da empresa e a secretária disse que ele estava em outra empresa numa reunião muito importante, liguei pra minha mãe e meio nervosa falei com ela.

tem algo errado -- falei assustada

oque houve? -- ela perguntou já preocupada

eu to perdendo liquido -- falei rapidamente -- Minha barriga do dolorida e eu perdi liquido,tipo muito liquido

era tipo água ? -- ela perguntou

sim -- respondi choramingando ao sentir uma pontada na barriga -- Ai mamãe isso não é bom, ou é ?

claro que.. -- a ligação caiu e eu me desesperei

mamãe? mãe? alo -- tentava desesperada mas havia caido, tremendo olhei pro telefone e comecei a digitar seu numero novamente mas acabei derrubando o aparelho e ele se abriu soltando a bateria -- ótimo, parabens elena -- tentei me abaixar e pegar o aparelho mas só em curvar-me algo pareceu estar partindo em minha coluna, gritei com isso e levantei com dificuldade, saindo do quarto enquanto me apoiava na parede e segurava com a mão embaixo da barriga pra ajudar a andar, desci as escadas devagar e quando ia pegar o telefone fixo de casa pra ligar pra alguém a campainha tocou.

jenna -- sussurrei e caminhei até a porta abrindo ela e jenna ao ver minha cara de choro se preocupou.

oque houve? -- ela perguntou me apoiando nela e entrou na casa fazendo eu sentar no sofá e sentou ao meu lado.

Eu perdi liquido e agora ta dolorida --respondi choramingando e ela olhou pra minha roupa molhada -- tem algo errado né?

Sua bolsa estourou -- ela disse animada e eu me assustei, jenna estava pirando, eu nem tinha nove meses ainda, estava tecnicamente entrando na semana do oitavo mês de gestação .