Come Back To Me escrita por Stargeryana


Capítulo 41
Capítulo 41 : Talking to a Professional


Notas iniciais do capítulo

Oi gente, Bom eu cheguei hoje de viajem, saí de lá de manhã e só cheguei há mais ou menos uma hora atrás, eu não iria postar nada, estou cansada demais e com dor de cabeça,mas entrei pra ver os comentários e achei que seria muita maldade deixá-los esperando por mais dois ou três dias, Eu não conseguir escrever nada nesses dias lá na pousada, que por sinal era linda gente haha.. mas se eu for falar como foi meu passeio seria muito demorado e tenho certeza que estão doidos pra ler mais um capítulo da história, certo? acho que sim, Bom como eu dizia, não deu pra escrever nada e olha que tentei haha.. mas vou tentar desenvolver o capítulo agora, espero de coração que gostem :)

Look elena :

http://www.polyvore.com/elena_psic%C3%B3logo/set?id=149884932


Boa Leitura>



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DAMON :

Seria um dia dificil, foi a primeira coisa que pensei quando levantei da cama, hoje elena teria a primeira consulta dela com o psicologo, mesmo sem ela saber, agora eu só precisava levá-la até ele, porém como eu faria isso se ela só vai do quarto a cozinha ? realmente seria dificil,Mas no momento eu iria precisar apenas pensar em acordar meus bebes e levá-los a escola, ainda tinha muito tempo até as 15;30, sai do quarto de hospedes e fui acordar primeiramente a mel já que ela fazia muita cena e enrolava demais e foi como eu imaginei, ela ficou dengosa e enrolou pra acordar, deixei ela no chuveiro e fui acordar o irmão,rose apareceu pra me ajudar e ficou o arrumando enquanto eu fui ver a criaturinha que eu havia deixado no banheiro sozinha, Mel estava brincando com o sabonete e usando o mesmo em um pato de borracha, terminei de banhá-la e a enrolei na toalha, coloquei a farda nela enquanto saltitava falando coisas aleatórias e eu apenas concordava.

Oque eu faço com seu cabelo ? -- perguntei pegando a escova pra penteá-lo, ela deu de ombros sorrindo, comecei a pentear e tentar desfazer um nó que ela havia feito sabe la como, e ouvia a pequena reclamar.

já sei -- ela falou alto e virou pra mim -- Deixa solto, assim mesmo como das modelo

você quer ser modelo ? -- perguntei rindo

Não, quero ser princesa -- ela respondeu saltitando -- vai deixar solto ? -- eu assenti e voltei a pentear o cabelo dela, mel pegou a bolsa de carrinho e nós descemos, a deixei na cozinha pra tomar café com o irmão e Rose, e subi tomei um banho no banheiro do quarto de hospedes e peguei uma roupa dentro do cesto de roupa limpa que rose havia deixado em cima da cama, sorte minha que ela já havia lavado algumas roupas, pois elena ainda não havia aberto o quarto, depois de pronto desci e as crianças já haviam tomado café e estavam no sofá me esperando.

Vamos ? -- perguntei os colocando no chão

Não vai tomar café damon ? -- rose perguntou e eu neguei apertando no botão pro elevador.

Não dá tempo -- respondi quando o mesmo abriu e fui empurrando as crianças pra dentro, elas acenaram pra rose e o elevador se fechou, abrindo minutos depois já na garagem, os coloquei no banco de trás e sai do prédio, passando com o carro pelas avenidas, pensando no que faria pra levar elena a consulta -- Se comportem , ta bem ? -- falei enquanto os levava até a porta da sala -- até mais tarde -- dei um beijo na testa de ambos e eles entraram, colocaram a mochila na cadeira deles e foram brincar com os amigos no fim da sala, sai satisfeito ao vê-los ali entre amigos e fui pro unico lugar no qual me sinto assim ultimamente.

Bom dia Sr. Salvatore -- a recepcionista desejou simpática ao me ver entrar no prédio da empresa, sorri sem mostrar os dentes balançando a cabeça e um dos funcionários que estava no elevador o segurou pra mim, entre e sorri agradecendo, assim que o mesmo parou no meu andar e eu cruzei as portas dele,caminhei rapidamente pelos corredores, trocando algumas palavras e brincadeiras com os funcionários, finalmente na frente da minha sala, parei pra falar com alice.

diz ao stefan que quero falar com ele -- falei apontando o dedo pra ela e tentei lembrar do que iria falar ainda, ela riu e eu também -- Aaaah.. e me trás um café bem quentinho e forte, vou precisar -- ela concordou e entrei na minha sala, fui até a parede de vidro, observando a vista que tinha, conseguia ver parte do centro da movimentada Ny, realmente era uma linda cidade, todos aqueles carros enfileirados no trânsito caótico de inicio da manhã,Alice apareceu com o meu café e eu passei a tomá-lo e continuei a observar todo aquele mundo lá fora.

queria falar comigo irmão ? -- stefan perguntou entrando na sala e eu virei pra olhá-lo, o mesmo estava a fechar a porta, assenti com um sorriso afetado -- Sobre o psicólogo ?

sim, acha que pode dar certo stefan ? -- perguntei e ele sentou suspirando, segui até minha cadeira e sentei -- Digo se a elena estiver mesmo em depressão será que isso vai ajudar ? eu sei que posso estar sendo pessimista, mas eu ví elena ontem e não sei se isso pode realmente funcionar .

Tem que funcionar -- ele falou serio e pegou minha xícara de café -- deixa de ser egoista -- ele disse rindo quando o olhei com os olhos semicerrados -- falta adoçante

no teu furico -- falei tomando a xícara dele --ta ótimo assim.. E se eu perdi ?

o adoçante ? -- ele perguntou perdido

Não, a elena stefan -- falei revirando os olhos e ele riu -- E se eu a perdi ? digo pra sempre

Nada é pra sempre -- ele corrigiu e eu suspirei -- Nossa mãe já disse que pode ser inicio de depressão, tem como reverter isso e nós vamos tentar

o modo como ela tava ontem , parecia louca stefan -- comentei perdido na lembrança do surto de ontem -- Não parecia a elena, sei lá

dizem que toda mulher tem um lado louco -- ele comentou dando de ombros -- Não vê a April

ela é louca por inteiro -- falei fazendo meu irmão gargalhar -- Para de fugir do assunto -- falei me irritando.

não to fugindo, só digo que temos que tentar, não há nada a se fazer a não ser tentar -- ele falou sem saber mais oque dizer

certo, mas temos um problema -- falei apontando pra e ele e stefan me olhou fazendo sinal pra que prosseguisse -- Ela não sai de casa -- falei mexendo as mãos nervoso .

e não dá pra lavá-la amarrada ? -- ele perguntou e eu ia responder mas preferir ficar calado, stefan pegou o telefone e ligou pra sala do ric -- você tem uma corda ai ? .. vem aqui na escritório do damon -- minutos depois a porta se abriu.

pra quê uma corda ? -- Ric perguntou entrando

é bagunça do stefan -- falei rindo, ric sentou na cadeira ao lado de stefan -- É só que elena não sai de casa, e assim não tem como levá-la a droga do psicólogo -- exclamei afundando o rosto na mesa e prendendo um grito -- Oque eu faço ?

diz que um dos gêmeos se machucou e ta no hospital ? ou diz que é o fim do mundo ? -- ric sugeriu

ótimo '' elena é o apocalipse, sai do quarto e vem pra janela ver '' -- falei irônico e eles riram, certo foi engraçado mas a situação não requeria coisas engraçadas -- é serio, eu preciso bolar um plano urgente, a consulta dela é hoje e foi por que eu disse que a dr. silvia havia me indicado, se não só conseguiria semana que vem

seria ótimo, pois assim bolaríamos algo perfeito pra tirá-la de casa -- stefan falou passando a mão no queixo como quem estava pensando, não conseguimos pensar em nada, eles tiveram que ir trabalhar e eu fiquei na minha sala revisando o novo projeto, porém com a cabeça longe, muito longe, quando notei faltava apenas uma hora e meia pra consulta de elena, fui pra casa afinal ainda não sabia como tirar elena do quarto, na hora eu veria oque fazer, cheguei em casa e fui direto pra cozinha falar com rose.

ela saiu do quarto ? ou abriu a porta ? -- perguntei bebendo um pouco de suco.

ela abriu a porta, mas não saiu -- rose respondeu -- Eu levei um lanche pra ela mas nem sei se comeu, ainda não voltei lá no quarto, vai que ela não queria

eu vou lá -- falei colocando o copo de vidro em cima da pia e sai da cozinha, em passos firmes subias escadas e parei na frente da porta, pensei em bater mas era o meu quarto, então entrei sem bater mesmo, elena estava deitada mudando os canais da televisão, e ao me ver foi como se eu não fosse nada,elena não esboçou nenhuma sentimento, eu poderia conversar com ela calmamente mas temia que terminasse como no dia anterior -- Elena

hum -- foi tudo que ouvir de sua boca

se arrume que vamos sair -- falei decidido , mas ela apenas negou com a cabeça e voltou a me ignorar, certo seria assim ? então eu iria chamar meu verdadeiro plano, sim eu havia pensado em algo -- Eu volto daqui há uns minutos e quero você pronta -- e nada ela disse, eu tinha que me manter calmo, precisava me manter calmo, liguei pro meu plano e fiquei o esperando, quero ver elena não concordar com essa pessoa, depois de uns vinte minutos o elevador abriu e minha mãe entrou -- Obrigue ela a se arrumar -- falei decidido e ela assentiu largando a bolsa no sofá e subiu junto comigo.

elena, preciso que se arrume, nós vamos sair --- minha mãe tentou calma assim como eu,elena negou virou de costas pra gente -- elena ?

eu não vou -- ela disse já irritada e minha mãe suspirou fechando os olhos, contei de três pra baixo lentamente e quando cheguei no um.

certo, damon leva ela pro chuveiro e tira a roupa que eu vou obrigá-la a tomar banho e arrumo ela -- minha mãe disse seriamente, certo até eu fiquei com medo dela.

Não podem me obrigar -- elena disse alarmada e irritada ao sentar na cama.

podemos sim -- minha mãe rebateu -- eu não estou brincando, ou você levanta e toma banho sozinha, ou eu vou dar banho em você -- elena não se mexeu -- ta legal, vai damon -- ela disse em tom autoritário e eu dei dois passos a frente, elena levantou alarmada.

eu tomo banho sozinha -- ela disse levantando da cama e foi pro banheiro, bateu a porta com força, olhei pra minha mãe rindo e ela sorriu e fez '' legal'' com o dedo, elena demorou no banheiro de propósito.

não se preocupe, temos a tarde inteira -- minha mae disse na porta e depois de uns minutos ela saiu com um uma carranca de raiva -- você escolhe a roupa ou eu escolho ?

eu -- elena respondeu indo pro closet e saiu depois de pronta

elena, não adiante ficar assim eu vou levá-la a força -- falei serio.

é pro seu bem querida - minha mãe disse dando-lhe um par de brincos que havia achada no meio das coisas de elena e ela sorriu sem mostrar os dentes e colocou os brincos, estava tão simples e desanimada pra sair, odiava vê-la assim -- Estamos fazendo tudo isso pro seu bem

pra onde estão me levando ? -- ela perguntou

Psicólogo -- respondi e ela tirou a bolsa e tirou os sapatos negando -- sim, nós vamos -- falei a pegando a força e a carregando enquanto ela se debatia, ela parecia uma criança -- pega os sapatos e a bolsa dela mãe -- pedi enquanto elena se debatia em meus braços.

eu não vou -- ela disse tentando me bater -- me solta.. não podem me obrigar

podemos, e vamos -- falei decidido, rose apareceu na sala quando ouviu os gritos de elena e eu descia as escadas -- Tudo sob controle rose -- falei sorrindo e ela colocou a mão na boca assustada -- Meu pai foi almoçar com os gêmeos e trás eles depois , ta legal ?

sim, boa consulta -- ela disse e entramos no elevador, a coloquei no chão já que ela não poderia correr, estavamos trancados, ela cruzou os braços, as emoções dela estão muito estranhas, uma hora elena parece não demonstrar nada, na outra ela surta como se estivesse louca.

por favor -- ela pediu chorosa -- vamos pra casa, deixa eu ficar no meu canto -- parecia implorar por isso, mas eu não podia fazer isso, se não a perderia de vez.

Não, você vai a consulta -- falei decidido e ela sentou no chão do elevador, estava tão nervosa, se balançando pra frente e pra trás, o elevador abriu e elena minha mãe e eu saímos, elena continou onde estava -- vem elena -- chamei dando a mão pra levantar ela mas a mesma não aceitou -- tudo bem -- peguei a novamente a força .

Não, por favor -- ela dizia desesperada, a coloquei no carro e pus também o sinto de segurança, entrei e minha mãe foi atrás com a bolsa e o sapato de elena, durante todo o caminho ela foi em silêncio, olhando tudo pela janela, sem nenhuma expressão no rosto.

chegamos elena -- minha mãe falou quando paramos na frente do consultório, tinha dois andares e ficava em uma rua calma e com árvores, dona Liz passou a sapatilha de elena pra frente pra que ela colocasse nos pés, e assim ela fez, não disse mais nada apenas nos acompanhou quando abri a porta pra que saísse, entramos no consultório e minha mãe foi falar coma recepcionista.

Eu to fazendo isso por ti -- falei baixinho

eu não pedi que fizesse nada -- ela disse com a foz dura -- Não quero que fique aqui, não quero olhar pra você -- eu iria falar alguma coisa mas as palavras simplesmente não sairam, ficaram entaladas na minha garganta, levantei da cadeira onde estava e fui até minha mãe que estava a beber água perto do balcão da recepção.

fiquei com ela -- falei saindo dali sem dá explicações, elena realmente havia me magoado e eu não esconderia mais isso, não dava mais pra esconder, entrei no carro e fui ver alguém que talvez me ajudasse, eu ainda não tinha certeza, toquei a campainha do apartamento, e a porta foi aberta depois de uns minutos.

tem whisky ? -- perguntei e recebi um aceno como confirmação.

ELENA :

Eu não sei onde diabos pensaram em me levar ao psicólogo,eu não tinha nada, será que ninguém entendia que era apenas meu luto, eu não havia superado e tinha quase certeza que não iria fazê-lo, ninguém percebia que fui castiga e estava arcando com as drogas dos meus erros.Sentada alí em uma das cadeiras de espera passei a observar a sala, com alguns quadros em cores claras, um bebedouro perto do balcão de madeira clara, onde atrás estava a atendente, uma planta perto de um canto, a porta de entrada era de vidro, uma televisão na parede passando algum canal falando sobre cultura, as paredes em tons claros. Eliza sentou ao meu lado meio sem jeito, com um copo descartável em mãos.

desculpa forçá-la querida, mas é pro seu bem -- ela disse com pesar, concordei sem muita vontade e a atendendo chamou por meu nome.

O dr. irá recebê-la agora -- ela avisou sorrindo e apontou pra passou pela por tinha do balcão, fazendo sinal pra segui-la, então Eliza e eu a seguimos, passando pro corredor a direita bem onde era caminho do banheiro, mas antes dele havia uma escada que cortava pra outra escada com poucos degraus, havia uma sala de espera também, com televisão e assentos, revistas na pequena mesinha de madeira com o centro de vidro e também um bebedouro e uma lixeira ao lado, a moça bateu na porta duas vezes levemente -- A paciente está aqui Dr. -- um pequeno barulho de passos e logo depois a porta se abriu e o Dr. apareceu com um sorriso no rosto.

Boa tarde -- desejou simpáticamente

Boa tarde, Sou Elizabeth Salvatore-- eliza respondeu sorrindo -- Essa é minha nora elena, a pessoa de quem te falei aquele dia por telefone.

eu me recordo da nossa conversa -- ele disse me observando como se me avaliasse -- Sou Elijah Mikaelson -- apertou a mão de eliza formidavelmente e estendeu logo depois a mim, apertei sem muita vontade -- Será um prazer tentar ajudá-la, preparada pra nossa primeira consulta ? -- neguei com um sorriso afetado -- A senhora pode esperar por ela aqui, se quiser um café é só pegar ali na máquina --- ele apontou pra uma máquina de café em cima de uma pequena estante de apenas um andar, e duas portas, havia várias xícaras brancas ali ao lado da máquina.

vai lá querida -- eliza falou quando ele abriu a porta do consultório e fez sinal pra que eu entrasse primeiro, entrei segurando a minha calça com uma certa força,observei todo local, havia uma mesa com uma cadeira, uma enorme janela de vidro, as paredes assim como todo o consultório em tons claros, alguns quadros entre elas, e uma divã branco , perto dos pés do divã havia uma poltrona da mesma cor, e no canto havia uma planta sem flores apenas pra dar um ar mais natural ao local.

deite-se elena -- ele disse sentando na poltrona e pegou uma especie de bloco ou agenda, sentei completamente desconfortável naquele local e ele riu -- O divã não morde -- comentou me deixando sem graça, me acomodei mais ao assento -- Então oque fez seus familiares pensar que está em depressão ?

eu não sei -- respondi evasiva , o tal psicólogo suspirou coçando o lado do nariz com o dedão.

Sei que passou por um problema sério -- ele comentou olhando o caderninho -- Você estava grávida e acabou perdendo o bebê, depois disso se trancou no quarto e só sai apenas pra comer algo, não vai a rua, não fala com ninguém, acho que isso realmente é um motivo elena.

você não sabe nada de mim -- me defendi, ele sorriu como se tivesse chegado ao ponto.

então me me conte -- ele disse colocando -- eu estou aqui pra isso, pra ouvi-lá e tentar ajudá-la -- continuei calada -- Vamos lá elena, essa é nossa consulta de experiencia, vamos só ver como se sente e de que forma posso ajudá-la, só quero que desabafe, sei que tem coisas presas em você, isso qualquer um pode notar -- suspirei olhando pro chão.

Eu fiz algo no passado e acho que isso foi o motivo de ter perdido o bebe, acho que foi castigo -- comentei olhando pras minhas unhas.

Oque fez de tão ruim que possa ser castigada ? -- ele me questionou já com a caneta pronta pra anotar oque dizia.

Abandonei meus dois bebês, alguns dias depois do parto -- falei envergonhada -- eu os deixei sem pensar duas vezes, não me sentia pronta ainda, e então os deixei com o pai

Não se sentia pronta, estava com medo isso é normal -- ele disse calmo e eu neguei já sentindo o choro -- Não tem por que se criticar tanto, você hoje em dia vê seus filhos ? quantos anos eles tem ?

sim, eu moro com eles e com o pai deles -- respondi passando a mão no cabelo nervosa -- Ele me aceitou de volta, meus filhos tem 4 anos agora .

isso é bom, está de volta a familia -- ele disse em um tom incentivador -- Há quanto tempo você voltou com ele ?

acho que 5 meses, é isso 5 meses -- falei convicta

Se o pai dos seus filhos te aceitou de volta, você está sendo a mãe que não foi antes pra eles, e se arrependeu, certo ? -- concordei -- Por que acha que foi castigo ?

Por que foi, eu abandonei dois bebês que ainda precisavam de mim pra tudo, sem nem pensar bem oque estava a fazer -- expliquei me exaltando um pouco e ele nem reclamou -- Por que uma pessoa como eu poderia ser mãe novamente ? claro que não poderia, e foi oque aconteceu, Deus tirou de mim por que sabe que não mereço isso, não mais -- as lágrimas começaram a escapar por meus olhos sem parar -- entende ?

perfeitamente -- respondeu pegando um jarra com água e servindo um pouco em um copo pra mim -- Mas não acho que seja esse o ponto, não é castigo elena, foi uma tragédia, apenas isso, no meu olhar de psicólogo -- ele soltou a caneta no bolso do casaco -- Agora me diz por que está a afastar as pessoas ?

não estou -- falei rapidamente

Não foi oque eu soube -- ele comentou rindo de lado -- Pode confiar, oque fala aqui comigo, fica aqui comigo -- fiquei olhando pro copo .

eu não sei, simplesmente não sei -- respondi frustrada

Precisamos discutir isso com mais detalhes -- ele disse e eu fiquei observando o local com cara de paisagem -- Elena olhe pra mim -- pediu e eu fiz meio sem jeito -- Você confia em mim pra ser seu psicólogo de hoje em diante ? -- assenti sorrindo amarelo -- ótimo, como essa foi uma consulta de conhecimento, ou seja experimental, e devo dizer que você foi muito bem pro primeiro dia -- sorrio gentil -- Eu quero propor uma coisa, confia em mim ?

acho que sim -- respondi perdida

isso é bom -- ele disse rindo -- Vou marcar uma consulta pra segunda feira,e vamos falar sobre o motivo de estar a afastar as pessoas de você -- concordei -- tente descobrir esse motivo, e no dia você me fala, caso queira vim aqui antes eu poderei atendê-la se desejar, agora vamos a minha proposta -- esperei que ele falasse -- Você vai jantar com sua familia, hoje ta bem ? -- suspirei olhando pro chão -- elena, eu sei que você não faz isso desde o dia em que tudo aconteceu, você nunca está na mesa com eles, acho que isso vai ajudá-la a descobrir o motivo de afastá-los .

como assim ? -- perguntei perdida

Tenho certeza que gosta de está com eles -- comentou e eu nada disse -- quem cala consente -- observou -- Então quando estiver a mesa hoje com eles, quero que se pergunte '' por que estou os afastando?'' e talvez a resposta venha, caso contrário fará a mesma coisa amanhã , acha que pode fazer isso ?

acho que sim -- respondi vacilante -- Posso ir agora ?

pode, foi bom conversar com você elena -- ele disse levantando e me levou até a porta, abriu a mesma e eu sai, o Dr. falou com eliza e se despediu dela, e nós saímos.

Vamos lanchar alguma coisa ? -- eliza perguntou

eu quero ir pra casa -- falei já nervosa ao ficar ali na calçada esperando um taxi passar -- Podemos ir pra casa ?

sim -- ela respondeu sorrindo sem mostrar os dentes -- Então vocês conversaram ? -- assenti -- gostou da consulta ? -- concordei olhando pra rua atrás de um taxi e nada -- Ele disse que era pra ligar e confirmar a consulta na segunda feira.

ta bem -- falei e quando um taxi apareceu na esquina e se aproximou eu fiz sinal com a mão,entramos no veículo e eliza passou o endereço de casa a ele, quando chegamos em casa os gêmeos estavam brincando com Giuseppe no tapete da sala, subi sem falar nada e entrei no meu quarto, tirei a sapatilha e coloquei a bolsa no lugar certo, guardei a sapatilha e fiquei sentada assistindo televisão, a porta do quarto abriu e eliza entrou.

quer que rose prepare algo pra você ? -- perguntou docemente

ela já vai preparar o jantar ? -- perguntei e eliza assentiu, olhei no relógio e já estava escurecendo, fiquei duas horas naquele consultório e só agora percebi isso -- você vai jantar aqui ?

vou, damon já havia me convidado -- ela respondeu -- disse que rose faria panquecas e eu amo panquecas -- sorri quando ela fez uma cara engraçada -- Por que não se junta a nós ?

eu ainda não sei -- falei duvidosa -- Vou tomar um banho -- eliza se encaminhou pra fora do quarto e eu fui pro banheiro pra tomar banho, demorei uma hora ali naquele chuveiro, enrolando pra lavar o cabelo, pensando se aceitava a proposta do Dr. elijah, será que eu deveria jantar com eles? terminei o benho e me enrolei na toalha, olhei no relógio e já era 19;00 fui ao closet e peguei um vestido simples, de ficar em casa, era de malha com alcinhas, peguei um conjunto de calcinha e sutiã preto e me vesti, fui ao espelho e amarrei meu cabelo em um rabo de cavalo, passei um pouco do perfume no pescoço e a porta se abriu quando estava me olhando no espelho, me sentia tão mal, sentia-me incrivelmente ridícula quando mirava-me no espelho.

Você vai se juntar a nós ? -- eliza perguntou -- eu não contei a ninguém que estava a considerar isso, já que ainda não sabia se viria , vai que você desistia e todos ficassem a esperar por você -- riu e eu sorri sem muita vontade -- Você vai jantar conosco ?

sim -- respondi e ela sorriu abertamente segurando minha mão ela me puxou pra fora do quarto, no momento em que cheguei ao topo da escada tudo que pensei foi em voltar correndo, e até pensei em fazer mas eliza segurou minha mão e impediu-me

Somos sua familia elena, não nos afaste -- pediu sorrindo doce e eu suspirei -- ninguém aqui vai te criticar ou te julgar querida, apenas nos faça companhia, mesmo que não coma nada ou por apenas alguns minutos -- assenti convencida e desci as escadas junto a ela, não tinha ninguém na sala mais -- olha quem v ai se juntar a nós nesse jantar -- eliza disse entrando na cozinha e eu não apareci, ela saiu e voltou pra cozinha me puxando devagar.

A mamãe -- gabriel disse animado sentado a mesa já, assim como melissa.

Que bom que vai jantar conosco Elena -- Giuseppe falou sorrindo docemente e eu tentei sorrir mas não sei se deu muito certo, Rose colocou mais um prato pra mim já que não sabia que eu estava considerando janta com eles, eliza sentou ao lado de giuseppe e eu fiquei no lugar que era pra ela, ou seja ao lado de damon, e ele não falou nada desde o momento em que pisei naquela cozinha , apenas sentou no lugar dele e quando rose colocou a travessa com panquecas recheadas com frango no centro da mesa Gabriel quase caiu da cadeira de tão animado.

Mamãe eu quebri meu lápiss de pintar hoje na escola -- mel contou quando damon a serviu.

é eu quebrei -- damon corrigiu

fui eu que quebro papai -- ela disse achando que ele havia dito ser a pessoa que havia quebrado o lápis .

esquece -- damon falou rindo assim como todos na mesa, passei a beliscar a minha refeição.

gostou do psicólogo elena ? -- Giuseppe perguntou

é legal -- respondi e abaixei o olhar, tinha sensação de que eles estavam em avaliando, era tão constrangedor , rose disse que eu estava a comer pouco, e sugeriu que me servisse mais -- Não, ta bom assim

fiz sua sobremesa preferida elena -- rose falou durante o jantar -- Pudim de leite com ameixas por cima -- completou e sorri sem mostrar os dentes, nem sorrir eu estava a conseguir, não me sentia feliz pra isso.

Eu fui no parquinho -- gabriel começou a contar -- e a mel chorou pelo unicórnio, tinha muitos brinquedos no carrinho que bate bate ,com o papai e a mel, e o tio stefan no outro que bate com o lucas e o cris -- enquanto falava , mel apenas concordava de boca cheia -- Foi bem legal, né papai?

é sim pequeno -- damon respondeu o olhando -- Vamos de novo qualquer dia desses, ta bem ?

ta -- ele e mel falaram juntos, o jantar estava gostoso realmente rose tinha uma boa mão pra comida, não tinha oque reclamar, todos que gostava estavam alí, pelo menos metade das pessoas que gostava estava alí, então por que eu queria sair correndo daquela mesa? por que eu os estava afastando? essa pergunta começou a se repetir em minha cabeça, diversas e diversas vezes.

Vou subir -- falei meio nervosa e levantei da mesa, sai da cozinha sem dizer mais nada, eu só queria chorar na minha cama, eu não precisava olhar pros meu filhos e ver se sou uma pessoa terrivel por te-los deixados, entrei no meu quarto aos tropeços e me joguei na cama, permitindo-me chorar em silêncio, olhei no relogio e era 19:10 havia passado apenas dez minutos, pareciam ser mais pra mim, mas que droga eu havia falhado novamente, um tempo depois a porta do quarto se abriu e eu esperei por Dona eliza mas quem entrou foi damon.

aqui, sua sobremesa -- ele disse me entregando a taça de sobremesa com pudim dentro -- Rose fez com muito carinho -- sentei na cama pegando a taça de suas mãos, sentindo uma pequena corrente elétrica por meus dedos quando os mesmos tocaram os seus , damon se afastou e foi até o closet, quando saiu estava com uma das calça de dormir e uma blusa regata em maos, entrou no banheiro e pegou a escova, logo depois saindo do quarto sem falar mais nada, imaginei que havia o perdido, depois de tudo isso ele deve ter cansado, afinal eu só o estava afastando, nada mais certo do que ele ir pra longe não é? nada mais correto do que damon recuar pra longe de mim, desistir de mim, quando percebi isso já não controlei mais as lágrimas, elas saiam de forma dolorosa por meus olhos, molhando minhas bochechas e deixando-me tão mal, se fosse outra pessoa teria ficado no jantar, teria tratado ele bem antes da consulta, mas por que tinha que afastá-lo? por que eu o afastei, agora eu o perdi.

oi , ta ocupado ? -- perguntei ao telefone

não elena, oque houve ? -- Matt perguntou na linha

nada, eu só queria conversar com alguém -- falei suspirando -- Eu me sinto sozinha demais Matt -- solucei -- eu afastei todo mundo e agora acho que eles cansaram de tentar me ajudar

por que você não quer ser ajudada elena -- ele disse obvio porém super calmo, suspirou .

quem disse isso ? -- perguntei

Não precisa dizer elena, eu vou a casa dos seus e eles me falam como você tá, eles falam diariamente com o pessoal dai -- explicou -- e pelo que entendi você não quer superar, se quisesse acho que já teria feito

não é tão fácil -- comentei -- Era meu filho Matt, e eu o perdi

eu sei, e sinto muito -- ele disse -- Mas não tem nada ser feito, acabou elena, deus quis assim então devemos seguir em frente apesar de tudo.

eu fui ao psicólogo hoje -- comentei por alto, não daria detalhes -- O pessoal aqui acha que estou em depressão -- ri pelo nariz -- Mas eu não acho que seja isso

acha que é oque ? -- questionou

Só estou livrando eles de ficarem ao lado de uma pessoa que não é mais nada além de um lixo, uma criatura repugnante feito eu -- respondi e me toquei que ai esta a resposta da pergunta de elijah.

você é demais elena, todos eles te amam pelo que você é -- me repreendeu -- não é um lixo, apenas seja a elena de sempre.

não sei se consigo -- falei triste -- Talvez eu não tenha mais conserto.

Não diga isso -- ele ralhou -- Sou seu amigo ha anos elena, sei que é capaz sim e que é especial caso contrário as pessoas não te amariam e nem se preocupariam tanto, me promete uma coisa elena? de amigo pra amiga ?

diga -- falei meio desconfiada

você não vai se deixar cair, não mais -- ele explicou -- Vai levantar desse tombo que levou e sacudir a poeira, entrar no jogo novamente e vencer .

não dá matt -- falei baixinho -- eu preciso desligar, Boa noite

elena.. não -- antes de falar eu encerrei a ligação, deitei na cama depois de comer a sobremesa, e fiquei pensando no que matt disse, todos amavam aquela elena, mas será que eu ainda era aquela elena? eu acho que não, então acho que ninguém gostaria dessa elena, essa elena é criticada e julgada observada como se fosse alguma aberração, eu sinto isso, perdi todo mundo.


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Notas finais do capítulo

Foi isso gente, espero que tenham gostado, escrevi tudo agora, estou morrendo de do de cabeça, e não sei se ficou grande, me falem nos comentários oque estão a achar, espero que sejam só coisas boas, a história agora vai mudar algumas coisas, mas nada muito drástico, apenas algumas coisas se alterarão já que elena começou a fazer acompanhamente com o psicologo e que psicologo heiin.. logo o elijah :) Tambem estou depressiva agora hahahaha.. brincadeira kkkk
talvez sábado eu poste mais um capitulo e domingo outro, quem sabe depende dos comentários, ou seja apenas de vocês :) se tiver recomendação será melhor. É só isso galera :D

Até o próximo>