Use Somebody escrita por Thaís Romes


Capítulo 15
Preliminares.


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem do capítulo de hoje galera!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/542784/chapter/15

Antes de ir à caverna resolvi passar em uma cafeteria nos Glaides e levar o café da manhã para os garotos, passando próxima a uma rua sem saída avistei uma menina presa ao muro com um assaltante em sua frente, seus olhos encontraram os meus em um pedido silencioso por socorro. Olhei ao redor desesperada a procura de algo que pudesse estar usando como arma. Não havia nada útil no lugar, então me lembrei de Sara, ela me disse uma vez que o segredo para pessoas pequenas como nós é usar a força do oponente contra ele, mas como eu faço isso mesmo?

Andei o mais silenciosamente possível até estar próximo o suficiente para acertar minha bolsa em sua cabeça dando tempo da garota fugir. O assaltante se virou com uma faca nas mãos que ele descartou com um sorriso de escárnio ao perceber quão frágil eu pareço. Tentei me concentrar em todo o treinamento do dia anterior, mas só o que me vinha à mente era o tanquinho definido do meu chefe/namorado, droga Felicity se concentra!

–Oi! –Soltei em meio ao desespero. –Você não quer fazer isso. –Eu o adverti.

–A boneca, eu quero fazer muito mais do que você pensa.

Ele não parecia ter mais que vinte anos, e não era tão forte, será que ele passava fome e estava roubando para comer... Fui tirada dos meus devaneios quando o menino me jogou contra a parede, passando a mão na minha perna direita. Fome uma ova! Por impulso dei um chute no meio de suas pernas com toda a força do meu corpo emendando um soco em seu rosto enquanto ele caia. Saí correndo em direção a boate, Roy estava do lado de fora descartando o lixo, na mesma hora me senti segura com alguém mais por perto. Assim que me viu veio correndo em minha direção.

–O que aconteceu Felicity? –Perguntou preocupado.

–Tinha uma garota. –Comecei a falar tudo de uma só vez ofegante. –Ela estava sendo assaltada, ou não... Pensando bem acho que ele queria mais que o dinheiro dela, julgando o que ele fez comigo... –Eu sem perceber comecei a falar sozinha.

–Felicity! –Gritou Roy. –Foco!

–Eu salvei a garota, mas ele conseguiu me jogar na parede e tentou passar a mão em mim...

–Como ele é?

Descrevi rapidamente o cara para Roy que saiu em disparada, me mandando entrar logo na boate.

Do lado de dentro da boate virei um copo cheio de água antes de descer para a caverna tentando me acalmar. Qual é, já passei por coisa pior. Então por que eu estava tão assustada?

Desci em silêncio e fui direto ligar meus computadores, dei graças a Deus por não avistar Oliver ou Diglle em lugar algum, não queria fazer com que eles se preocupassem em vão.

–Chegou há muito tempo? – Perguntou Oliver descendo as escadas completamente vestido com uma toalha pendurada nos ombros.

–Não, acabei de chegar! –Forcei um sorriso.

Oliver se inclinou para me beijar. –Dispensei Diglle está manhã. –Informou parecendo ter segundas intenções me beijando novamente.

–Só precisei chamar a polícia Felicity. –Roy descia as escadas gritando. –Parece que você derrubou o cara! –Sua voz diminuiu quando viu Oliver parado me encarando de braços cruzados. –Desculpa. –Sussurrou para mim.

–Vou precisar perguntar? –Disse Oliver muito sério.

–Tecnicamente isso já é...

–Felicity! –Me interrompeu Oliver.

Narrei toda a história para ele que permanecia em silêncio com os lábios em uma linha fina.

–Mas olha pelo lado bom... –Tentei sorri, mas sua expressão não mudou. –Todo aquele treino deu certo!

–Isso foi uma tentativa de me acalmar Felicity?

–Sim... –Analisei seu rosto que pareceu se fechar mais ainda. –Não!

–Ela nocauteou o cara Oliver. –Anunciou Roy. –Acho que sua garota não é assim tão inofensiva.

–Será? –Disse Oliver erguendo uma sobrancelha para mim.

Não respondi, pois estava experimentando a sensação de ser a garota do Oliver, não apenas a garota parceira no combate ao crime, mas sua garota de verdade! Não conseguia acreditar, ele é simplesmente lindo e corajoso, e como um bônus ainda retribuía meus sentimentos... Acho que passei um bom tempo o secando com os olhos perdida em pensamentos. Oliver se virou para Roy dizendo alguma coisa que não pude escutar enquanto tinha uma visão privilegiada de todo seu corpo, então ele começou a desabotoar a camisa com um sorriso cheio de malícia nos lábios. Assustada, olhei ao redor para conferir se estávamos sozinhos ou ele simplesmente planejava começar a treinar.

–Onde está Roy? –Perguntei sem tirar os olhos dele enquanto deslizava a camisa para fora de seu corpo.

–O mandei para casa. –Respondeu Oliver me pegando no colo e me levando em direção à cama de solteiro nos fundos da caverna em que ele costumava dormir.

–Você reparou que violência se tornou nossas preliminares? –Observei o fazendo sorrir com os lábios nos meus.

–Verdade. - Concordou beijando meus lábios. - Vamos tentar diferente da próxima vez. –Disse me colocando na cama. –Quem sabe música lenta ou vinho?

–Ou um filme romântico na minha casa. –Falei enquanto Oliver abria o zíper do meu vestido. –Precisa ver o tamanho da minha cama! –Oliver sorriu com os lábios no meu pescoço provocando arrepios.

–Vou adorar ver!


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Hahaha coloquei a frase Catarina, Como sempre suas sugestões são ótimas!
Espero que vocês tenham curtido. Comentem o que acharam!!! Beijos