BB estava apreensiva na frente do prédio de Lucrécia. A irmã estava demorando e BB sentia uma angústia inexplicável, então, ela decidiu subir. Ela abriu a porta do apartamento e se deparou com Lucrécia caída no chão, sagrando, e um homem apontando uma faca pra Jade. Ela se jogou contra o agressor, o derrubando. Começou a lutar com ele pela posse da faca, montando a meia guarda em cima dele.

–Jade, sai daqui! Corre! Por favor! –naquele momento, Jade se desesperou. A mãe estava morta, sua irmã em perigo. A única coisa que poderia fazer pra ajudar era buscar ajuda.

Ela saiu correndo. Logo, se lembrou do vizinho delegado e correu para o apartamento dele. Assim que chegou a porta começou a soca-la. Logo, o homem abriu a porta e se assustou com o sangue nas roupas da menina.

–Meu Deus, Jade o quê...

–Ele matou minha mãe e vai matar a minha irmã. Me ajuda. –pediu desesperada. O homem pegou sua arma e correu até o apartamento.

–--*---

BB usa de seu treinamento militar para disputar a faca com o bandido, mas, mesmo assim, acabou se cortando algumas vezes no braço e no ombro. Finalmente conseguiu, com um golpe, abrir a mão do criminoso pra que ele soltasse a faca. Ela continuou a segurar a mão dele e começou a desferir vários socos e cotoveladas, até o mesmo desmaiar. Então, sem sair da posição, ela alcançou a faca. Rasgou a manga da camisa e a usou para amarrar as mãos do bandido. Ela saiu da guarda e se sentou no chão. Sentiu o pulso de Lucrécia, ela estava realmente morta. Um homem entrou acompanhado de Jade desesperada, que logo correu para abraçar a irmã.

–A minha mãe... –chorou.

–Eu sinto muito, muito mesmo, Jade. Olha pra mim... –ela segurou o rosto da irmã. –Você não tá sozinha. Eu e a nossa família vamos estar sempre com você. –Ela respirou fundo. –Ele te machucou?

–Não. BB, você tá toda cortada...

–Jade, calma eu vou ajudar a sua irmã, os médicos estão vindo.

–--*---

Sara estava num bar no centro, com Tony, quando recebeu uma ligação. Logo, ela ficou tensa, o que deixou o filho preocupado.

–O que foi, mãe?

–Entraram na casa da Lucrécia, ela tá morta. A Jade viu tudo...

–Ela tá bem?

–A BB chegou e rendeu o cara. Calma, –começou, vendo a cara do filho. –ela se machucou um pouco, mas está bem. Elas estão na delegacia.

–Tá, vamos pra lá. O pai já sabe?

–Já, ele tá indo também. Vamos chegar antes dele. Eu vou falar com o delegado, você cuida das suas irmãs. –ela entrou no carro. –Liga pro Zé e pro Cobra. –disse enquanto dirigia.

–--*---

–Bia, tô preocupada com a Ruiva...

–Eu também, elas não respondem...

–Calma, gente, ficar assim não resolve nada. –tentou tranquilizar Fabi.

Foi quando o celular de Zé tocou. Ele ficou pálido.

–Eles mataram a Lucrécia, a Ruiva tá machucada...

–E a Jade? –perguntou Cobra, nervoso.

–Fisicamente, ela tá bem, mas...

–Onde elas estão? –interrompeu.

–O Tony falou pra esperar elas na casa da Sara.

–Eu levo vocês. Vocês não estão em condição de dirigir. –disse Duca, vendo o nervosismo dos dois. Ele deu um selinho em Bianca e os três saíram.

–--*---

Pedro ouviu seu celular apitar:

Tomtom

“Pedro, vem pra casa, a mamãe e o papai tão brigando, acho que eles vão se separar.”

–Esquentadinha, eu tenho que ir pra casa, parece que tá tendo uma briga e não quero deixar a Tomtom sozinha.

–Vai lá, amor, qualquer coisa manda mensagem. –respondeu dando um beijo no namorado.

–Eu vou levar a Fabi pra casa. –avisou, pegando na mão da garota.

–A gente vai também, que nosso caminho é longo. Bi, me liga quando tiver notícias.

–Eu ligo sim, Sol. –o casal também saiu.

–Bia, será que o Lobão e a tal da Eva têm alguma coisa a ver com isso? –Bia puxou a irmã para que ela deitasse a cabeça em seu colo.

–Eu acho que sim, mas tenho certeza que a Tia Sara já mandou alguém vigiar a nossa casa. –afirmou, fazendo cafuné na mais nova.

–Quando isso tudo vai acabar? –perguntou Karina.

–Eu não sei, mas não pensa nisso, tá? Vamos pro quarto, que você já tá quase caindo de sono e eu não consigo mais te carregar no colo.

–--*---

O casal Dandael estava num clima de romance, quando o celular de Gael tocou. Ele atendeu e pareceu tenso, deixando Dandara preocupada.

–O que foi, amor?

–Mataram a Lucrécia na frente da Jade, e ela estaria morta também se a Barbara não tivesse chegado.

–Ela tá bem?

–Um pouco machucada, mas, bem, ela rendeu o cara... A Sara pediu pra irmos pra lá.

–Vamos, sim. Meu Deus, essa história não tem fim.

–--*---

O delegado levou as garotas para fora da delegacia. BB havia recebido alguns pontos no braço esquerdo. Jade não saía de perto da irmã. Sara e Tony chegaram. Sara logo correu para abraçar as garotas.

–Eu vou falar com o delegado, fiquem aqui com o irmão de vocês. O René já tá chegando. –disse saindo.

Tony colocou uma cadeira na frente das irmãs e segurou a mão de ambas. Jade tremia nos braços da ruiva, que tentava manter a calma. René chega e, pela primeira vez desde que saiu da delegacia, Jade se levanta do lugar e corre para os braços do pai.

–Pai, ele matou a minha mãe... Por que isso tá acontecendo? –perguntou chorosa.

–Eu não sei, minha filha, mas a Sara vai descobrir quem fez isso. Você tem certeza que não se machucou?

–Tenho.

–Eu liguei pro Zé e pro Cobra, eles estão lá em casa. –Sara se juntou a eles.

–Eu convenci o delegado a fazer o depoimento de vocês amanhã, em casa. Agora, vamos, que vocês duas precisam descansar.

–--*---

Pedro entrou e já ouviu os gritos.

–Para de mentir, Marcelo, você me traiu! Com a professora da nossa filha! Você não tem vergonha?!

–Delma, foi um erro, me desculpa...

–Você me incentivava a sair com as minhas amigas pra dormir com essa mulher! Pois bem, não precisa mais aguentar a trouxa aqui. Fica com aquela vagabunda!

–Ei, vocês dois tão assustando a Tomtom! –exclamou ele, indo até a irmã, que estava escondida debaixo da escada. –Maninha, vai pro quarto, que eu já subo lá. –pediu. A menina obedeceu e subiu.

–Meu filho...

–Pai, é verdade isso? –cortou, indignado. Marcelo assentiu. –Como você pôde?! Eu tô com vergonha de ser seu filho. Você não merece a minha mãe!

–Pedro, me respeita! –exclamou Marcelo.

–Você que deveria se dar ao respeito, ao invés de trair a mãe dos seus filhos com uma vadiazinha qualquer! Eu vou ficar com a minha irmã. Mãe, por mim, esse cara pode ir pra Marte! –disse, subindo para o quarto. Lá, ele encontrou Tomtom chorando muito.

–É tudo minha culpa, Pê, eu que quis fazer aula na Aquazen. –Pedro abraçou a pequena.

–Ei, isso não e verdade. –afirmou. –O único culpado é o papai, se não fosse com Roberta, seria com outra. Então, nunca mais fala que a culpa é sua, tá?

–Pê, posso dormir com você hoje? –pediu chorosa.

–Claro, maninha.

–--*---

João tinha deixado Fabi em casa e voltava para o sobrado, quando deu de cara com Lobão.

–Filho, não vai falar com o seu pai?

–Meu pai tá aqui? Não tô vendo, deixe eu procurar. –ele fingiu estar procurando por Gael. –Ah, lembrei, ele saiu com a minha mãe. Agora, saia da minha frente. –Lobão o segurou pelo braço.

–Eu vou pedir a sua guarda e a da Karina, vou provar que ela é a minha filha! –dois homens aproximaram-se.

–O senhor pode circular. –disseram, mostrando um distintivo militar. Ele se afastou de João.

–Eu tô avisando, moleque, vou acabar com tudo que o Gael pensa que é dele, e que deveria ser meu! –afirmou.

–A tenente-coronel Torres pediu pra vigiarmos vocês. Nós acompanhamos o senhor até a sua casa.

–--*---

Bianca estava deitada em sua cama, pensando na notícia que haviam acabado de receber, quando João entrou em disparada no quarto, chorando, e se sentou na cama ao lado da irmã, que o abraçou.

–O que foi, João? –perguntou, fazendo com que o garoto deitasse a cabeça em seu colo.

–O Lobão...

–Aquele safado te machucou? –perguntou aflita.

–Não, ele disse que vai pegar a minha guarda e a da K. –nesse momento, Karina entrou no quarto.

–Como assim?

–Vem cá, você também. –Karina deitou na cama ao lado da irmã, que passou o braço livre em volta dos ombros da mais nova. –O Lobão nunca vai tirar vocês da gente. Eu não vou deixar.