The Invisible Wall escrita por loveinice


Capítulo 1
Everybodys fool


Notas iniciais do capítulo

Aeae, mais uma fic ruim q



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Perfect by nature
Icons of self indulgence
Just what we all need
More lies about a world that

Never was and never will be
Have you no shame don't you see me
You know you've got everybody fool

Tolo. É o que sente sobre si mesmo. Aparência tão invejável, com traços tão delineados, tão femininos para um homem. Vestimentas sofisticadas, fartas de delicados detalhes, juntos a jóias que dão ênfase a cada minuciosa parte de seu corpo.

Olhos falsamente azuis, mas que combinavam perfeitamente com a cor pálida de sua pele e seu cabelo loiro, de um corte ‘bagunçado’. Uma verdadeira boneca.

Paparicados pelos professores, admiradoras secretas e “amigos”. É assim a vida de Takashima Kouyou (17). Tão 'completo' por fora, e tão fútil por dentro.

– Humpt – É o que dizia todos os dias devido as mesmas cenas que acontecem diariamente. Fãs histéricas.

– Ohayooou, Taka-san ! – Ouvia-se em coro.

– Olá – Seco, como sempre. – Ahm, estou atrasado para a aula de biologia, até.

– Kya!! Ouviram meninas? Ele disse “até” ! Esse ano será outro!

– Essa histeria me dá nojo – Ao dizer olhando para aquele multidão de fãs atrás, esbarrou em alguém. Alguém que nunca tinha visto. Mas não um ‘alguém’ qualquer.

– Ops, gomen ne – Ria-lhe com covas na face – Deixe-me ajudar

Kouyou abaixou rapidamente tentando recolher o mais rápido possível. Se sentia, de alguma forma, tão feliz por aquele ato, mas era uma sensação estranha, não se sentia confortável. Se atrapalhava mais ainda ao pensar no que poderia estar sentindo.

– Pronto, seu atrapalhado – Ria com mais vontade agora – Prazer, me chamo Uke Yutaka (17).

– Pr-Prazer, Takashima Kouyou – Uke esticou a mão. Com receio, cumprimentou-se de uma forma um tanto estranha.

– Bem, sou novo nessa escola, estou na aula de biologia, e você? – Ria coçando nervosamente a cabeça.

– Também – dizia com um tanto de alegria, porém ainda corado.

– Ótimo, não gostaria de fazer dupla comigo? Ainda não conheço ninguém, e aquelas garotas me assustam. Por que elas te seguem tanto? Parece até um fanclub seu!

“Ótimo, deve ser aluno novo e ainda não me conhece, pelo menos não aparenta estar agindo hipocritamente” Pensava Kouyou.

– Ahm, essas garotas são estranhas mesmo. Ótimo, sento com você sem problemas.

– Então vamos! Devemos estar atrasados. – Uke pegava na mão de Kouyou e saiu correndo, tentando chegar rápido ao seu destino.

– Uke, é nessa sala! Onde você está indo?

– Ah, gomen ne – Dizia ainda com as covas estampadas.

Ficava mais vermelho ao ver um sorriso tão sincero. Abriu a porta devagar, pedindo licença a professora

–Aah, Kouyou, que ótimo! Começando a semana com Biologia! Meu aluno preferido! – Kouyou olhou Uke um pouco paralisado na porta –Entra! – dizia baixinho

– E você? Novo e já atrasado! Deverá me dar um pouco de trabalho esse ano.

– Gomenasai sensei – curvava em sinal de respeito

Uke demonstrava uma face séria, de digno respeito.

– Ahm, ele é meu amigo sensei, se chama Uke Yutaka.

– Ahh, seu amigo Kouyou? Desculpe-me, Uke! Classe, dêem boas-vindas ao novo aluno, Uke Yutaka.

Uke curvava virado para os alunos sentados nas bancadas, enquanto a mesma olhava para o mereno de uma forma confusa e ao mesmo tempo invejada.Enquanto os dois se dirigiam a bancada preferencial de Kouyou, os olhos dos alunos seguiam cada passo, firmente.

– Até os professores são tão puxa-saco, Kouyou?E Esses alunos, são sempre assim, secos?

----º--º-----

Nakashima¹, saia da classe

– Por que? Eu só olhei para o lado! Kouyou e seu amiguinho não param de conversar!

– Eu disse ‘saia’.

E saia revoltada, como todo aluno, como todo ano. Azar dos que caiam na classe da ‘paixão’ da escola.

Após incessantes trocas de aulas, chegou ao final do dia.

– Caramba, primeiro dia já cansativo, imagino o resto – Dizia Uke, rindo

Gosto do seu sorriso – Kouyou dizia isso para dentro, mas ainda ouvível.

– Gomem?

– Hã? Nada, nada. Vamos almoçar, estou com fome! Quero te levar em uma sorveteria da cidade, uma delicia! – Ia na frente com passos apressados.

– Hey, me espera! Ainda quero saber o que você disse agora. – Tentava alcançar os passos, já mais rápidos.

– Vamos logo!

Os atos ficavam cada vez mais aleatórios. Sentiu-se mais livre, como nunca tinha se sentido antes.Apenas ele conseguiu mexer com o seu interior tão retalhado de uma forma tão sutil e carinhosa.

Chegando à sorveteria, foram muito bem recebidos.

– Olá Takashima-san! Bem vindo! Trouxe um amigo seu desta vez? – A Garçonete cumprimentava com um sorriso estampado.

– Ah sim, Uke Yutaka.

Muito prazer, Uke! – A Garçonete curvava dando-lhe as boas vindas

– Prazer – Dizia emcabulado, mostrando as covinhas

– Oh, que lindo sorriso! Venham cá garotas, olha que gracinha!

Havia uma multidão de garçonetes paparicando ambos, enquanto os levavam a melhor mesa da casa.

O que desejam? É por conta da casa!

– Hã? – Uke olhava cada vez mais confuso para Kouyou.

– Oh, não precisa! Eu pago.

– Claro que não, você é um dos clientes preferidos daqui, não precisa. Você e seu amigo! Não teimem, escolham o que quiserem.

–---º--º---

Após o almoço, saíram para conhecer a cidade.

– É novo aqui ne?

– Hã? Ah, sim, sou. Vim de Tokushima ².

– E por que veio aqui?

Meu pais. Eles foram promovidos e tive que mudar de casa, novamente. É difícil manter amizade assim, mal se passa um ano tenho que me mudar de cuidade, país, o que seja. Mas espero que daqui demore para sair, gostei da sua companinha.

– Também gostei da sua, espero que sejamos muito amigos, pois ainda não encontrei um ....

– Como não? Sei lá o que você é, mas vejo que todos te adoram, as garotas então! Me dão até medo.

Ambos riam. Mas Kouyou ria mais de nervoso, ainda mais que enquanto andavam viam um outdoor, não muito desejável nesse momento.

– Nossa... - comentava o moreno - Aquele é você?!?!?!

– Ahm, esse caminho é muito longo, que tal pegarmos um atalho? Vamos por aqui. - Mal terminou sua frase e já começava a direcionar seu corpo a um outro destino.

Uke, mesmo achando o ato do loiro estranho, não questionou – Ok. Que tal você vir a minha casa? Gostaria de lhe apresentar aos meus pais!

– Ahm, tudo bem, só deixo avisar meus pais .

–--º---

Alô? Posso falar com a senhora Takashima?

– Só um minuto.

~

– Mãe? Só estou te ligando avisando que eu vou a casa de um amigo meu.

– Amigo? Que bom! Ultimamente não andaste com ninguém, convide-o para jantar em casa amanhã mesmo!

– Ah, sim mãe. Beijos

– Beijos

–----º---º----

– Não gostaria de jantar em casa amanhã? Meus pais estão te convidando, gostariam muito de te conhecer.

– Se não for problema...

– Nenhum! – Kouyou sorria.

– Finalmente um sorriso heim garoto! Você fica muito bonito quando sorri – Kouyou ficou encabulado.

Andaram mais um pouco, conversando sobre coisas banais, até chegarem na casa do moreno - Aqui é a casa.

– Nossa, que bonita. – Kouyou ficou encantado com a casa, nada de palácios ou mansões, como sempre costumava visitar, mas uma casa grande, para os padrões japoneses, espaçosa e bem cuidada.

Ficou encantado com o jardim e as flores coloridas que enfeitavam aquele lugar e que davam um aroma delicioso ao ar. Aquele barulho que as fontes de água emitiam traziam uma harmonia deliciosa para aquele lugar.

– Tadaima! Trouxe um amigo novo!

– Amigo? Mande-o entrar, fique à vontade! – a voz vinha de longe.

– Vamos até a cozinha, minha mãe deve estar fazendo o jantar.

Kouyou apreciava cada quadro do corredor. Desde pequeno tão sorridente, e idêntico a mãe.

– Mãe! – Corria em sua direção dando-lhe um abraço por trás e um beijinho na bochecha. – Chegou um pouco cedo do trabalho hoje, não?

– Fomos dispensados mais cedo,o sistema de comunicação deu pane. Mas então, cadê aquele seu amigo, hã?

– Sou eu, senhora. Takashima Kouyou – curvava com respeito.

– Takashima Kouyou? O Modelo? Que honra!

– Modelo? – Yutaka perguntava desconfiado – Por isso... de tudo isso... hoje?

– Sim – dizia com a cabeça abaixada.

Filho e mãe se olhavam confuso.

– Filho, leve-o até seu quarto. Aproveite e fale para ficar para jantar, ok? Estou fazendo sua comida preferida. – Depositava um beijo em sua testa.

O caminho até o quarto foi longo. Sem nenhuma palavra referida.

– Sente-se Kouyou. Vocês está bem?

Kouyou se despencou na cama, lágrimas saim incessantemente. Sentia-se como uma indefesa criança. O moreno, preocupado com tal cena, deitou-se ao lado e olhava perplexo. O Loiro virou-se, ainda com o rosto molhado, tentou pronunciar alguma frase, que pelo menos expressasse tal significado.

– Uke... gomen... nasai por... não ter contado – dizia entre soluços.

O moreno lhe abraçava com força, como proteção de mãe.

– Daijoubu.

– Tem problema sim! – dizer tudo o que deveria lhe doía mais, por lembranças. – Não lhe contei que sou famoso, ignorei tudo o que havia acontecido sem ter explicado nada. Sim, há um motivo por tudo isso, e você já deve estar muito bravo eu por ter mentido.

Uke ria despreocupado – Só ficarei bravo se não me contar!

– Pois então vou lhe contar. Desde pequeno fui famoso, devido ao meu pai ter sido modelo quando mais novo também. Nunca tive uma verdadeira amizade, nem infância. TODOS que conversam comigo tem algo por de trás, por isso eu não me aproximo de ninguém, como você viu hoje.

– E aquelas garotas?

– Fanclub

– ‘Tá podendo heim! – apertava-o mais enquanto ria – Okay, brincadeiras a parte. Saiba que sou muito sincero, e quando digo que gosto da pessoa de primeira, não é brincadeira. Também nunca fui de ter muitas amizades devido aos meus pais serem repórteres famosos. Mas espero que nada disso interfira. Promete?

– Prometo – Levantaram da cama animados. Deram um aperto de mão em sinal de concordância. Kouyou, ao limpar suas últimas lágrimas que escorriam em seu rosto, pôde desembaçar sua vista, avistando assim uma bateria no canto do quarto – Toca? – Apontou a bateria.

– Ah, sim. Toco desde pequeno. Vê aquelas marcas na minha cama? Quando era pequeno eu adora ficar fazendo batuque, e vivia trocando de móveis por estragarem. Minha mãe ficava muito brava quando estragava as coisas dela – ria das próprias lembranças ³ - E você? Toca alguma coisa?

– Toco guitarra, também desde pequeno.

– Venham jantar meninos!

Ah é, esqueci de te avisar, minha mãe o convidou para jantar aqui. Teria problema?

– Muito obrigado pelo convide, não há problema nenhum.

Foram até a sala de jantar. Já estavam famintos, tendo apenas o lanche no estômago e as memórias do que aconteceu na sorveteria. O loiro ainda não se sentia muito confortável, mas muito feliz por estar na casa de pessoas que lhe faziam bem. Lá para a metade do jantar, a conversa parecia rolar mais fluentemente, trocando histórias dos lugares que já moravam e situações engraçadas, das culturas diferentes, de notícias e dos acontecimento que a senhora Uke já passara durante seu trabalho.

– Obrigado pela comida! – diziam o loiro e o moreno em coro. Ambos riam, e a mãe do moreno via essa cena muito feliz.

– Bem, senhora Uke, está muito tarde e devo estar atrapalhando sua família, e a minha já deve estar muito preocupada. Muito obrigado mesmo.

– Pois é, está tarde e não posso deixar um garoto tão bonito na rua de noite. Eu levo até a sua casa.

– Não se incomode pois eu peço para alguém me buscar.

                                             ~~~~~~~~~~~~

Após alguns minutos , vê-se um carro do lado de fora.

– Minha mãe chegou, muito obrigado novamente! –Calçava o tênis e se despedia mais uma vez dos donos da casa.

– Mãe! – Corria como uma criança em direção a mesma – Como foi o dia?

– Cansativo, filho, nem imagina – ria e abraçava fortemente. Se dirigia até a porta da casa – Olá senhora Uke, como vai? Vim pessoalmente para lhe agradecer o dia de hoje, espero que sejamos amigas também.

– Bem, muito bem. Não há o que agradecer! E também espero! – Dizia com um sorriso encovado, como do filho.

–Ah, antes que eu me esqueça. Convidei seu filho para jantar amanhã em casa, e a senhora, é claro, está convidada também. Espero sua presença!

– Muito obrigada!

Cada família se dirigia ao seu ponto final. O caminho para casa foi mais rápido que normalmente, pois ambos tinham muita conversa para colocar em dia.

– E aquele seu amigo heim? É uma gracinha, não acha? Achei-o tão simpático – dizia a senhora Takashima.

O loiro olhava perdidamente para a janela, lembrando do dia.

– Hã? Ah, sim mãe.

– Se não se importa, ainda tenho que buscar suas irmãs do aeroporto. Tinha me esquecido disso.

– Esquece das suas próprias filhas, isso não se faz! – Kouyou tirava o sarro – Mas desde quando elas iriam voltar para o Japão, mãe?

                                 ~~~~~~~~~~~~~~~~

– Fica quietinho ai, moleque – Fazia cosquinhas antes de sair do carro

– Ainda me deixa falando sozinho – olhava emburrado para fora

As duas irmãs mais velhas corriam ansiosas para dentro do carro.

– Irmããão! Que saudades, sentiu a nossa? – Abraçam atrás do banco

– Vo..cês me en...for..cam – Kouyou se debatia

– Coitadinho do irmãozinho! Cada vez mais mulherzinha. – davam socos no ombro

– Mãe! Olhas o que suas filhas fazem comigo!

– Parem vocês três se não eu não consigo dirigir direito – dizia já engatando a chave no carro – Mas como foram na Alemanha?

– Aaah, muito bom! Estamos de férias, mas arranjamos empregos fixos lá, então nos mudaremos definitivamente para lá.

– AE! Terei mais 2 quarto livres!

– Nah-nah-nah mocinho. Já tenho planos para esses dois quartos. Você já tem 2.

– Chata – mostrava a língua

– Guarda essa língua se não eu corto -- Meninas! Esqueci! Seu irmãozinho arranjou um amigo na escola, uma gracinha! Se chama Uke Yutaka, não é amor? Ele virá amanhã para a janta. Então, se comportem.

– É mãe – dizia cantando enquanto procurava seu iPod na mala.

– Uke Yutaka? Não é aquele moreninho filho daquela repórter super famosa?

– É sim. Mas ele tem jeito de ser simples. Nada exagerado.

– Existem uns boatos de que ele já namorou um garoto! Que desperdício, um garoto tão lindinho!

– Oh, meninas! Deixem o menino em paz! Algo contra? Só porque ele é bem cuidado as pessoas falam isso, que nem o amor da minha vida, ne Kouyou? – Apertava-lhe a bochecha.

– Hã? – tirava o fone de ouvido

– Você e essas músicas com japoneses estranhos¹². Vai virar um já já, falta bem pouco.

– Vai colocar botox, vai. Não enche.

Chegando em casa, cada um foi ao seu quarto. Kouyou tomou um banho e se jogou na cama, ainda de toalha e com seu iPod, pensava no dia que teve.

Se sentia mais preenchido, mas ainda um tolo pelo seu próprio ser, tão patético. Todo dia. A mesma coisa. Interesse. Falsidade. Comportamentos programados. Agindo como uma boneca, controlado pela fama.

Adormeceu.

Without the mask where will you hide
Can't find yourself lost in your lie


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Notas finais do capítulo

¹ Por falta de criatividade, esse é o sobrenome da Mika, cantora e atora no filme da 'Nana'
² Sim, essa é a cidade natal do Kai.
³ Não me lembro em qual entrevista o kai falou isso, mas desde pequeno ele adorava fazer batuque, e a mãe dele viu isso e resolveu dar-lhe uma bateria.
Eu ri muito essa entrevista xD
¹² Vão dizer que não são estranhos? Q
A Música é de Evanescence. Praticamente vou fazer essa fic inspirada em alguma musica deles.
Kya, espero que gostem,e aviso de novo, atoro fazer fic sem rumo q
Reviews?
Edit : Por favor, se os capitulos estiverem com algum erro, ou muito confuso , me avise. Eu dei uma relida e arrumei alguns erros que dificultariam o entendimento da cena.