Olicity in 30 songs escrita por Mandis


Capítulo 3
I keep forgetting I should let you go


Notas iniciais do capítulo

Dia 3 - Can't remember to forget you (Shakira feat. Rihanna)

Pós season 2, mas sem grandes spoilers, capítulo PG-13

Advertência: beijo entre pessoas do mesmo sexo, se não curte nem leia e se ler e vier com homofobia pro meu lado denuncio.



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Estava na parte de cima da reformada e reinaugurada Verdant. Como não estávamos com nenhum alvo novo, deixei os computadores fazendo update e subi. Diggle estava em casa com Lyla, Roy trabalhando aqui mesmo e Oliver, bom, Oliver estava exercendo seu lado playboy. Para isso, é claro, estava cercado de mulheres. Nesse momento, sussurrava algo no ouvido de uma morena, que sorria de volta para ele. Dei um suspiro e me levantei, resolvendo ir lá para baixo. O problema é que, depois de tomar cinco doses dessa bebida que pisca, ficar em cima do salto não é fácil e eu, sendo eu, quase fui de cara no chão. Só não fui porque me ajudaram e minha surpresa não poderia ter sido maior por essa pessoa ser Sara.

– Sara!!!!!!!! – falo alto e a abraço. – Wow, acho que bebi muito disso aqui – aponto para o copo quase vazio, mas ainda piscando um pouco. – Melhor ir lá para baixo antes que... – então ouço a música que começa, “Can’t remember to forget you” e não posso pensar no quanto a letra me descrevia naquele momento. Ou quase, já que não tive beijo a luz da lua com ele.

– Bom, se gosta tanto da música vamos dançar – Sara diz e percebo que falei aquilo e não apenas pensei. Ela tira o copo da minha mão e me arrasta para a pista de dança enquanto me fala baixinho. – Ele não tira o olho de você, vamos dar um showzinho para que saiba o que está perdendo.

Nesse ponto estamos no meio da pista lotada e, mesmo que não quiséssemos, acabaríamos coladas uma na outra. Ela começa a dançar e eu exito um pouco, envergonhada. Mas com a bebida e a música, logo estou dançando também sem me importar se bem ou mal. Viro-me para um lado e vejo Oliver nos observando. A essa distância e nesse estado só sei que ele nos olha fixamente. Sara não percebe ou não se importa, porque continua dançando comigo como se não houvesse amanhã. De repente ela me beija e, assim como na dança, fico imóvel a príncipio, mas logo correspondo sem pensar no que estou fazendo.

– Me agradeça depois – ela sussurra no meu ouvido depois de olhar para algo por cima do meu ombro assim que nos separamos.

– Felicity, você bebeu demais, vamos. – Oliver me puxa de lá. Não vejo, mas ele lança um olhar sério para Sara, que apenas sorri de volta.

Minutos depois estamos descendo as escadas. Assim que chegamos no final me solto dele e paro a sua frente, na forma mais intimidante que consigo estando tão bêbada como estou.

– Eu estava me divertindo! – brigo e acabo com a intimidação ao cruzar os braços e fazer bico.

– Você está bebêda! – ele responde bravo.

– E daí? Não é como se você nunca ficasse também!

– É diferente. E você estava beijando a Sara.

– E daí? – repito a pergunta de antes e complemento. – Não é como se você nunca tivesse beijado ela também! – Ele abre a boca para dizer algo, mas o interrompo. – E não me diga que é diferente. Quer dizer, claro que é diferente. Você é você e eu sou eu e mesmo a Sara sendo a Sara o beijo dela com você e comigo devem ser diferentes. Quer dizer, sei que não beijo todo mundo igual, afinal é uma ação em conjunto e depende das duas pessoas e tudo o mais e...

– Fe-li-ci-ty – ele me interrompe e coloca uma mão em meu ombro. – Vou te levar para casa. Você vai me agradecer por isso amanhã.

– Você não sabe o que vou fazer amanhã! – Digo brava por ele querer mandar em mim. – Nem eu sei o que vou fazer amanhã e também não vai me dizer o que fazer hoje, porque você não manda em mim. E se eu quiser ir lá em cima e ir para casa com a Sara ou com qualquer outro? Hein?

– Você quer ir lá para cima e dormir com alguém? –Ele pergunta entredentes com os punhos cerrados.

– Bem, não, mas e se...

– Então pronto, te levo para casa – ele me interrompe e começa a puxar pela mão em direção à saída.

– Posso pegar um táxi, sabe? – Digo, parando de repente.

– Ou eu posso fazer isso, sabe? – Ele retruca e me pega no colo, me jogando sobre o ombro feito um homem das cavernas.

– Wow, sempre imaginei que você faria isso sob outras circunstâncias. Circunstâncias nada platônica. – Digo sem perceber que estava falando.

Ouço-o rir e paro de protestar. Deixaria para brigar com ele amanhã se me lembrasse disso.


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