Garota de Maresia escrita por Mermaid Queen


Capítulo 7
Yesterday - The Beatles


Notas iniciais do capítulo

capítulo legalzão, gostei de escrevê-lo.
eu encontrei um carinha que achei que daria um Luke legal e aí vai: http://data2.whicdn.com/images/28458120/large.png tinha umas outras fotos, mas eram tanquinhos demais e achei muito ousado da minha parte colocar AUHEAUEHA
e aqui está um possível Alex: http://data3.whicdn.com/images/127931333/thumb.jpg - JAY LINDO AINDA DE CABELO CURTO
LINK DA MÚSICA: https://www.youtube.com/watch?v=S09F5MejfBE



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– Está de parabéns – Caroline disse, erguendo as sobrancelhas.

– Que quer dizer com isso, Caroline? – Luke perguntou de mal humor.

– Ela veio até aqui atrás de você – contou a garota. – E para pedir desculpas!

Luke bufou. Não queria escutar desculpa nenhuma.

– Pode sair daqui?

– Eu moro aqui – Caroline rebateu, girando na cadeira do computador e lixando as unhas. – Nós dividimos esse quarto agora.

Ele levou a mão aos olhos, querendo que fosse tudo uma pegadinha. Não, ele não começaria a chorar por conta da história de Alice, só ficaria bravo. Era necessário juntar uma série de coisas ruins para fazê-lo chorar e ele estava longe disso.

– Agora que somos companheiros de quarto, pode me contar essa história? – pediu Caroline.

Luke colocou-se de pé e saiu do quarto, batendo a porta.

Estava indo para a loja de surf onde pretendia levar Alice naquele dia. Ele não queria mais levá-la a lugar nenhum porque estava com raiva.

O dia anterior fora tão perfeito, e as coisas mudaram tão rápido. Da noite para o dia tudo desmoronou sobre a cabeça dele, e aquela era a pior tarde que alguém poderia ter. Como os problemas podem surgir e se espalhar tão rapidamente?

Luke estava se sentindo um pouco mal por estar nominando Alice mentalmente com tantas palavras feias. Isso inclui aquela palavra horrível que começa com V. Mas, se ele era uma pessoa ruim, ela era dez vezes pior.

O garoto entrou na loja, que vendia pranchas de surf e equipamentos fazia uns doze anos. Desde quando Luke era garoto, a loja já estava lá e o sr. Wilson também. Wilson poderia ser confundido com o pai de Luke, e até agia como tal.

Desde que o pai dele os abandonara, era para a loja que Luke ia.

– E ai, garoto! – Wilson cumprimentou com a voz animada. – Não deveria estar acompanhado?

Luke abriu um sorriso triste, cumprimentando o amigo.

– Hoje não, George – respondeu, chamando-o pelo primeiro nome. – Parece que ela não estava tão interessada quanto pensei.

Wilson juntou as sobrancelhas, estranhando. Depois puxou Luke para sua sala e sentou-o em uma das cadeiras para que pudessem conversar.

– O que aconteceu, filho?

O homem sentou-se em sua própria cadeira, fazendo ma careta de dor na coluna.

Luke deu de ombros.

– Passamos a noite juntos ontem – contou. – Nos encontramos às onze na praia, e só fomos embora às quatro da manhã. Eu a beijei, e ela dormiu em meus braços.

– Continue, vamos – Wilson encorajou-o.

– Mandei a ela uma mensagem assim que cheguei em casa, avisando-a para me encontrar em casa e eu a traria para cá. E hoje de manhã fui até a casa dela, mas para conversar com seu irmão. E ele disse que ela foi a uma festa com Alex.

– Alex?! – Wilson exclamou, claramente surpreso e incrédulo.

– É, George, ela saiu com Alex logo depois de se despedir de mim! – Luke falou, igualmente indignado.

– Como essa garota pôde fazer isso?

– É o que venho me perguntando desde manhã!

Wilson colocou a mão sobre o ombro de Luke.

– Sinto muito, garoto – consolou-o. – O que vai fazer com a prancha?

– Pode colocá-la à venda de novo – murmurou Luke. – Parece que não vou precisar mais.

George Wilson assentiu com um sorriso triste. Já indo embora, Luke despediu-se do amigo e saiu da loja.

E, não muito longe da loja, cruzou com a pessoa que menos queria ver no momento.

– Alex – sibilou, ao ver que o garoto loiro parara.

Ao lado de Alex estava Oliver.

– Onde está a sua namoradinha, Luke? – Alex provocou.

Luke respirou fundo e ignorou-os, dando um encontrão de ombro com Alex. Isso não é bem ignorar, mas é o máximo que ele faria.

Alex parou, mas Luke não viu por continuar a andar. Então ele e Oliver puxaram Luke pelo ombro e Alex deu-lhe um soco.

– Você é doido, cara? – gritou Luke, segurando o nariz e vendo que sangrava. Sentia uma dor imensa.

Sem pensar, e antes que Alex batesse novamente, Luke acertou o olho dele com o punho. E Oliver veio para cima dele. E tudo virou um borrão de chutes, socos e sangue.

– O que vocês pensam que estão fazendo? – Wilson veio correndo da loja e encontrou a briga.

Alex e Oliver fugiram e largaram Luke lá, com George amparando-o.

– Vem, garoto, vou levá-lo para dentro.

Luke assentiu com a cabeça e eles entraram na loja de pranchas.

– Gloria, pegue um kit de primeiros socorros!

Gloria e George Wilson eram casados havia muito tempo. E ela estava lá, correndo para ajudar o garoto que também ajudara a criar.

– Onde se meteu, Luke? – ela perguntou, distribuindo curativos pelo rosto dele.

– Alex começou – Luke disse, sem mentir. – E ainda me provocou.

Ele esfregou o hematoma no ombro, onde levara um soco. Doía, e também sentia seu lábio inchado e o olho possivelmente roxo. Mas Luke também se lembrava de ter deixado marcas em seus oponentes.

– O que foi que ele te disse, hein? – Gloria quis saber, achando graça.

– Ele perguntou onde estava a minha namoradinha.

– E você tem uma namoradinha? E por que isso seria uma provocação?

Luke não respondeu, só fechou os olhos e ouviu enquanto Wilson explicava a história toda.

– Oh, Luke, sinto muito – ela disse.

– Está tudo bem, Gloria – respondeu ele, mesmo sabendo que não estava.

Luke sentiu os dedos escuros e curtos de Gloria mexendo nos cabelos dele, embrenhando-se nos cachos embaraçados.

Pouco tempo depois, Luke ia embora, e encontrou-se com quem não gostaria novamente.

Quando o viu, ela arregalou os olhos foi ao seu encontro. Luke baixou os olhos para o chão de cimento cheio de areia.

– Que quer, Alice? – perguntou, seco.

– O que aconteceu com você, Luke? – ela parecia estar se desesperando, passando as mãos pelo rosto dele para sentir os hematomas e curativos de fato.

– Por que você se importa? – ele rebateu, fazendo os olhos dela se encherem de lágrimas.

Luke estava sendo cruel e sabia disso, mas também sabia que Alice merecia.

– Eu não fui a lugar algum com Alex! – ela berrou, as lágrimas escorrendo. – É mentira!

– Por que está dizendo isso, Alice? – ele questionou, passando a mão no cabelo.

– Jack descobriu que eu saí ontem a noite – ela começou, esfregando os olhos. – Não podia dizer a ele que estava com um amigo dele, então inventei a história da festa com Alex. Sei que minha mãe gosta dele, então se Jack me entregasse ela não ficaria irritada.

Luke respirou fundo, incerto sobre acreditar ou não. As lágrimas de Alice estavam convencendo-o. Ele a puxou para um abraço.

– Me desculpe, Alice – falou com os lábios sobre a cabeça dela.

Alice fungou em seu peito, completamente envolta pelos braços de Luke.

– Com quem você brigou? – ela tirou o rosto do abraço para olhá-lo. A camiseta azul escura ficou manchada por lágrimas.

Luke passou a mão pela bochecha dela, sutilmente, para limpar mais lágrimas.

– Com Alex – falou. – e Oliver também.

– Ah, droga – Alice abraçou-o novamente. –Eu sinto tanto, Luke.

Luke segurou o queixo dela e ergueu-o. Então a beijou, ali no meio da calçada em frente à praia.

– Gosto de beijar você – ela confessou.

Ele sorriu, imensamente feliz por sentir o mesmo. Luke não conseguia crer que fora tão idiota a ponto de acreditar na história da festa. Pelo pouco que conhecida de Alice, imaginava que ela nunca faria aquilo.


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Notas finais do capítulo

que tal?



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