Apaixonada por Acaso escrita por Chocolatra


Capítulo 33
Feliz Aniversário, Elena


Notas iniciais do capítulo

Oi meus amores! Tenho uma noticia triste/boa, falta mais dois capítulos para acabar a fic, então espero que estejam ansiosos porque eu já escrevi o último capítulo e... Está maravilhoso! Enfim, vim avisar isso á vocês caso alguém esteja curioso.
Boa leitura!



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A porta se abre, vejo Jeremy me olhar.

–Elena?

A primeira casa onde eu pude ir foi aqui, a casa do meu irmão. Preciso falar com alguém e é nele quem eu confio, em quem eu posso chorar no ombro.

Estou chorando desesperadamente.

–Ah meu Deus – ele tranca a porta, larga a pasta no chão e vem até a mim, senta ao meu lado do sofá.

Jogo-me em seus braços.

–O que aconteceu?

–O Peter... Ele fez uma coisa... – não consigo falar, então só choro.

–Se não quiser contar agora não precisa.

Afasto-me dele, seco as minhas lágrimas.

–Eu quero contar, é que só de pensar que ele fez uma coisa dessas...

Ele fica me olhando, esperando eu falar.

–Quando fazia pouco tempo que eu cheguei aqui, fui para a balada com ele... Eu precisava encher a cara, para ver se eu esquecia o Stefan pelo menos uma vez... Então bebi, bebi muito, que eu não me lembro de nada, só me lembro de acordar no dia seguinte com o Peter do meu lado...

–Voces transaram?! – grita ele.

–Não, não... Quase.

–O que ele fez?

–Ele me disse que eu disse que o amava, e então nos beijamos... E quase rolou, mas eu fiquei com dor de cabeça e cortei o clima!

–Aquele desgraçado não fez isso! – diz nervoso.

–Jeremy eu estava inconsciente! Não sabia o que dizia, como ele pode ter acreditado?

Jeremy fica pensando.

–Talvez ele sentisse algo por voce e ainda estava bêbado, então...

–Está defendendo ele?

–Não! Claro que não! A minha vontade é quebrar a cara dele, mas temos que pensar na situação.

Fico encarando-o.

–Sei que está brava, eu também estou! Por mim eu iria matar ele agora! Mas temos que pensar pelo o lado dele...

Penso.

–É, ele me disse isso, que sentia algo por mim.

–Não pode culpa-lo... Estava em um momento vulnerável.

Suspiro.

–O que eu devo fazer? Perdoa-lo?

–Sim, porque eu percebi que ele é um cara muito bom, e com certeza te faria muito feliz... Afinal ele te faz, percebi que foi ele quem te ajudou com o Stefan, te apoiou e aguentou voce chorar... Elena esse cara te ama.

Jeremy está certo, mesmo quando o Peter não sabia sobre o Stefan eu chorava nos braços dele e quando ele soube, me ajudou mais ainda. Ele foi a única pessoa que me fez esquecer o Stefan, foi o único que conseguiu tirar risadas e sorrisos de mim, o único que cuidou de mim, como se me conhecesse há anos. Ele foi o único que me fez continuar aqui.

–É, acho que ele é a pessoa que eu estava procurando – levanto-me do sofá – não vou perde-lo – pego minha bolsa e me dirijo até a porta.

–Aonde voce vai?

–Atrás da minha felicidade – saio do apartamento.

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Chego a casa dele, tudo está escuro, vou até a janela do quarto dele e o vejo sentado na cama lendo um livro.

Bato na janela, ele olha e estranha.

Se levanta da cama e abre a janela, entro.

Respiro e viro-me para ele.

–Eu pensei bem sobre o que voce me contou hoje...

–Elena, me desculpa, sei que isso não tem perdão, mas eu não sabia o que estava fazendo, ainda mais que eu sentia algo por voce e acabei...

Interrompo-o com um beijo. Ele envolve seus braços na minha cintura, passo meus braços pelo o seu pescoço. Ele me aperta contra si, como se aquele momento fosse único e que não queria me largar nunca.

Afasto nossos lábios devagar, nossas testas ficam grudadas uma na outra.

–Por que fez isso? – diz com um sorriso.

–Porque eu te amo.

Ele fica pasmo, seu sorriso fica maior, me puxa e me beija.

11 meses depois

O puxo pela a camiseta e o beijo, entramos no meu apartamento, derrubando tudo pela a frente.

–Não tem ninguém né? – pergunta.

–Não – mordo seu lábio e volto a beija-lo.

Caminhamos até meu quarto, mas derrubamos metade do meu apartamento.

Ele me joga na cama e sobe em cima de mim, retira sua camisa e volta a me beijar, vou arranhando seu abdômen, ele morde meu lábio. Rolo na cama e dou um chupão em seu pescoço, depois começo a mordiscar sua orelha, enquanto ele vai passando sua mão em cada parte do meu corpo. Ele rola na cama e arranca minha blusa, e me beija. Ele se estica para alcançar a minha cômoda e pegar a camisinha, mas sem largar seus lábios do meu. Vejo ele se esforçar, até derrubar a cômoda.

Começo a rir.

–Mas que merda! – ele reclama.

Ele se levanta e sento na cama, ele se ajoelha no chão e começa a recolher as coisas que ele derrubou da gaveta da minha cômoda.

–O que é isso? – pergunta.

–O que? – vou atrás dele para ver.

Vejo as fotos minha e do Stefan.

Ah que merda! Deus, porque não joguei tudo isso fora? Por favor, não fique bravo.

Fico imóvel, sem saber o que fazer, ele olha para mim.

–Esse é o Stefan? – pergunta nervoso.

–Hã...

Ele joga as fotos com violência no chão, se levanta e coloca a camiseta.

–Peter, não – caminho atrás dele.

O seguro pelo o braço.

–Posso explicar – digo.

Ele para, se vira para mim.

–Explicar?! Explicar o que? Elena, voce tem fotos suas com o seu ex-namorado, uma carta romântica dele, enquanto eu e voce estamos namorando sério!

–É que ele me enviou...

–Te enviou? Ótimo, então estão conversando! Ou seja, estava mentindo para mim! – ele volta a andar em direção da porta.

–Não estava mentindo!

–Ah não? Então por que me disse milhares de vezes que não o amava mais, que nem conversava com ele, que ele era passado.

Não falo nada

Ele me dá as costas e abre a porta de entrada.

O seguro.

–Não estamos conversando! Ele me enviou, mas não respondi.

–Então por que guardou?!

Fico calada.

–Já imaginava – ele se solta e vai embora.

Fico olhando ele se afastar, fecho a porta, sento no chão e começo a chorar.

Mesmo ele não estando aqui, ele destrói minha vida! Por que ele sempre tem que ser um peso que eu tenho que carregar? Mesmo eu indo para um lugar distante dele, ele tem que estragar tudo! Não aguento mais! De agora em diante ele é como se nunca existisse.

Levanto-me, volto ao meu quarto, pego as fotos e a carta, jogo tudo dentro do lixo, pego um fosforo, o acendo.

–Agora para mim voce é somente cinzas, um passado que nunca existiu – jogo o fosforo no lixo, vejo cada foto se queimar.

Tento controlar o choro, mas não consigo.

–----------------------------------------------------------------------------

–Oi, sou eu de novo, precisamos conversar... Sei que te machuquei, fui idiota em ter guardado isso depois de tanto tempo... Eu te amo, Peter... É isso, me liga quando ouvir essa mensagem – desligo.

–---------------------------------------------------------------------------

Durante toda essa semana fui ignorada por ele, na faculdade, no horário de almoço, em tudo! Ele não respondeu mensagem nenhuma, não falo com ele desde que brigamos, e isso vem acabando comigo aos poucos.

Estou sentada com as minhas amigas em um banco, na frente da faculdade. Fico olhando-o conversar e rir com os amigos dele, ás vezes ele olha para mim, mas logo olha para outro lugar.

O vejo se despedindo dos amigos e andar, vou atrás dele, o seguro pelo o braço.

–Acha que já não passou tempo demais? – pergunto.

Ele se vira para mim.

–Sabe que precisamos conversar.

–Não sei de nada – diz.

–Peter, já faz cinco dias que brigamos e voce nem se quer fala comigo!

–Porque eu acho que não é necessário, afinal voce escolheu quem ama de verdade não?

–Sério que está levando para esse lado?! Ele fez parte da minha vida e não tive coragem de jogar aquilo fora, não sei o porquê, mas não tive! Só que quando voce foi embora e me deixou, percebi que ele tirou a minha maior felicidade e a pessoa que mais amo, então eu queimei tudo, senti como se eu tivesse me livrado dele... Peter, eu não sinto mais nada por ele, acredita em mim.

Ele fica me olhando, eu coloco uma mão no rosto dele e acaricio.

–Eu te amo, e é com voce que eu quero ficar, só com voce.

Ele suspira e me beija.

–Eu te amo – diz.

12 meses depois

–Feliz aniversário! – grita Jeremy entrando no meu quarto.

Abro os olhos devagar.

–Não deveria ter deixado voce dormir hoje aqui em casa – digo gemendo de sono.

–Levanta!

–Jeremy, me deixa! Voce tem uma namorada, vai encher o saco dela.

–Gosto de encher o saco das duas, levanta Elena!

Sento-me na cama.

–Satisfeito?

–Se arruma, porque o Peter tá aqui.

–O que?! – me assusto – por que não me avisou? – levanto-me da minha cama e corro para o banheiro.

–Por que acha que eu estava de acordando? Já são uma da tarde!

–Como? – corro para o banheiro.

–O que fez noite passada?

–Fiquei conversando com a Bonnie e Caroline.

–Então se apressa, porque ele está te esperando aqui na sala – ele se aproxima de mim, enquanto estou escovando os dentes.

–Tchau – ele dá um beijo na minha testa e sai.

Entro no chuveiro e coloco uma roupa, me maquio, saio do banheiro e vejo Peter deitado na minha cama.

–Que folga é essa? – pergunto.

Ele se levanta, envolve seus braços na minha cintura e me beija.

–Feliz aniversário.

–Obrigada.

–Mais tarde, no jantar irei te dar seu presente.

–Hum, é mesmo? E o que seria?

–Surpresa – ele dá um sorrisinho.

Reviro os olhos.

–Prometo que voce irá amar.

–É bom mesmo – sorrio e dou um selinho nele.

–Vamos?

Concordo com a cabeça.

–------------------------------------------------------------------------

Agora de noite, eu, Peter e Jeremy, vamos jantar na minha casa.

–É bom que essa comida esteja ótima ouviu? – falo para Jeremy que está cozinhando, enquanto coloco os pratos na mesa.

Ele ri.

–Minha comida é ótima – diz.

–Convencido – digo.

–Onde estão os copos? – pergunta Peter – eu sempre esqueço.

–Ali – aponto.

Ele busca os copos e os coloca na mesa.

–Está pronto – diz Jeremy se aproximando e colocando a comida na mesa.

–Está com um cheiro bom – diz Peter.

Todos nós sentamos e começamos a comer.

–Então Jeremy, está namorando né? – pergunta Peter.

–É, até quem fim eu consegui seguir em frente... Parece que os Gilbert quando se apaixonam não conseguem esquecer a pessoa nem tão cedo.

Todos ficam em silencio. Engulo seco.

–Hã... Desculpa, eu falei besteira.

–Tudo bem, afinal não posso tentar apagar o passado da Elena.

Ele segura minha mão, dou um sorriso para ele.

–Mas como foi? Pelo o que souber voce estava apaixonado pela a amiga da Elena, não era?

–É... Eu até fui atrás dela, mas ela já tinha seguido em frente, então desisti, voltei para cá e tentei apaga-la da minha mente, então conheci a Alisson... Ela trabalha lá no escritório, ai viramos amigos e então rolou.

–E ela é uma fofa, um dia te apresento – digo.

Ele concorda com a cabeça.

–Hã... acho que agora seria uma boa hora de dar o meu presente – diz Peter mexendo no bolso da sua calça, pega uma caixinha e se ajoelha.

Minha expressão fica séria. Ah não! Ele não pode me propor uma coisa dessa! É tão cedo... Não, ele não pode fazer isso!

–Peter? – digo desesperada.

–Elena, nós conhecemos á pouco tempo, mas é como se meu coração já fosse seu, quando te vi entrar na faculdade vi o quanto voce é linda e então eu disse: “preciso conhece-la”, e acabamos virando amigos. Me apaixonei instantaneamente por voce e passamos um bom tempo como amigos, até que voce me disse que me amava, aquele dia posso dizer que foi o melhor da minha vida, e eu disse para mim mesmo “essa é a mulher da minha vida”. Todos podem pensar que estamos juntos á pouco tempo, mas para nós isso não importa, nos amamos e é isso o que importa. Então por isso eu vou te dar isso, porque eu te amo e não quero dar isso a mais ninguém, sei que é voce e não quero mais perder tempo...

Olho para Jeremy, mas vejo que ele está tão pasmo quanto eu.

Peter abre um sorriso e abre a caixinha.

–Casa comigo?

Minha vontade é de sair correndo e desaparecer, mas isso não é uma opção. Não sei o que fazer, não sei o que responder, não sei como agir! Meu corpo está imóvel, olhando para ele e sem saber dar a resposta. Eu o amo, mas nunca pensei em casar com ele, ter filhos, ter um futuro com ele. Sei que se eu não aceitar irei machuca-lo e eu poderei perde-lo para sempre, não sei o que fazer, minha cabeça está para explodir. Talvez eu não o ame suficiente, não posso aceitar, não agora, não estou preparada para esse tipo de coisa, não tenho certeza se é com ele que eu devo me casar.

–É... Eu...

–Não quer dizer que eu esteja te propondo isso, que devamos nos casar amanhã, eu só quero que use e...

A campainha toca.

Suspiro aliviada.

–Chamou alguém? – pergunta Jeremy.

–Não – me levanto rapidamente, sigo até a porta tentando me acalmar e processar tudo o que acabou de acontecer, abro-a.

Meu corpo trava, meu coração acelera, minhas mãos começam a formigar. Tudo volta, meu coração bate de felicidade e ao mesmo tempo com medo, não sei como agir ou o que falar, minha vontade de chorar é tão grande, mas a minha vontade de abraça-lo é maior. Antes eu tinha a certeza que eu não sentia mais nada, agora não tenho certeza. Só uma pessoa consegue me deixar desse jeito.

–Stefan?


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Notas finais do capítulo

Eai? Contem o que acharam do capitulo, beijos!