Edward.
-“At first I was afraid, I was petrified!” – Pelo amor de deus, não! - “Kept' thinkin' I could never live without you by my side!”
Serio, eu tinha que quebrar o despertador de Vlad, antes que eu me suicidasse! Como é que alguém consegue acordar bem disposto todos os dias com I’ll survive como despertador? Só mesmo Vlad e seu cachorro tosco, Seu Creison.
Sem contar que Seu Creison tinha me acordado no meio da noite, porque, segundo o dono gay, ele teve um pesadelo e tinha que agarrar um bofe para se sentir ‘melhorzinho’. Fala serio, se queria um bofe para se agarrar, por que não escolheu o Vlad? Por que eu?
Depois disso, mandei Vlad enjaular sua ‘fera’ dentro da gaiola(rosa e com estofamento brilhante em todo lugar que você possa imaginar) e eu deveria estar com uma cara tão assassina que ele me obedeceu rapidinho.
Eu juro, quando minha mãe dissesse o maldito sim, na maldita igreja, no maldito casamento, eu iria para longe e nunca mais voltaria para os loucos que eles chamam de familia! Ah, eu juro!
-“ And I’ll survive! I’ll survive! Hey, Hey!”
Nesse momento, Jazz apareceu no alto da escada, parecendo um psicopata encarando sua vitima, e matou o despertador! Com matar eu quero dizer: Pegou ele e jogou na parede, fazendo dele pedacinhos.
- Salve-se quem puder! É a revolta dos bofes doidões! – Vlad disse, saltando da cama feito uma gazela e correndo em círculos pelo quarto. – Ui! Ui! Ui!
Seu Creison soltou um latido agudo e desagradável, se jogando nas paredes da gaiola e fazendo ela cair de lado. Serio, se tivesse um incêndio naquele hotel, os dois iriam ser as únicas muito prováveis vitimas!
- Que suruba é essa? – Emment perguntou, tirando Vlad do chão.
- Carlinhos, me acuda! – A bichona começou a gritar.
Meu deus, tudo isso por causa de um despertador!?
- Emment, coloca ele no chão! Vlad, só cala a boca desse cachorro! E Jasper... que tal você ir dar umas voltinhas para se acalmar? – Perguntei.
Jazz estava com os olhos esbugalhados, as veias da testa salientes e o rosto vermelho. Ele se levantou, com todos os músculos do corpo contraídos e se levantou, andando com as pernas duras, como um robô.
Se ele não fosse meu irmão e as circunstancias não fossem tão estressantes, eu me mijaria de tanto rir, igual Alec faria se tivesse visto essa cena.
Okay, é melhor eu nem pensar nisso...

Alec.
Cara, aquilo estava tão hilário que eu me senti na obrigação de chamar minha irmã para desfrutar também. Colocar aquelas mini-cameras nos quartos da nossa ‘família’ foi minha idéia mais brilhante! Hilariamente brilhante!
Tipo assim, se Jane contasse para alguém, eu estaria ferrado! Mas vale a pena o risco... Ah, definitivamente valia a pena!
Enfim, lá estávamos eu e Jane, deitados na cama assistindo o “barraco dos mãos viradas”, como Jane tinha chamado. Meu frigobar estava lotado, isso pelo menos até minha irmã gêmea chegar... Jane comia mais do que um porco esfomeado! Nossa senhora!
E como eu consegui? Bom, devo admitir que me casar com a filha de um milionário foi um negocio muito saudável para a minha poupança! Sem brincadeira, com o dinheiro que eu ganhei, eu podia muito bem não trabalhar pelo resto da minha vida!
Cara, pensando bem, era melhor eu nem contar para Jane. Com a mente criminosa que ela tinha, era bem capaz de me chantagear até a falência! Ah, como eu me orgulhava dela! Minha Jane!
- E então, Alec, o que você achou dos Swan? – Jane me perguntou, abrindo mais um pacote de cheetos sabor requeijão, seu favorito.
- Eles são um tanto retardados. – Falei com a minha sinceridade de sempre. – Você acredita que a... hnm... Alice foi pra cadeia por minha causa? E o Jazz disse que iria também, “A vida não tem sentido sem meu toquinho”! Cara, que homem fala esse tipo de coisa?
- Sei lá... Jasper! – Ela soltou uma gargalhada e apontou para a Tv de plasma do meu quarto.
Uma coisa que não tem graça é ver filme de terror com Jane, ela ria toda hora, ao invés de gritar. Serio, Jasper estava com cara de serial-killer e minha irmã estava rindo, como sempre.
- Cara, eu vou no banheiro! – Ela avisou, se levantando e andando, igual a um bêbado, até meu banheiro.
Bom, a coisa que Jane não sabia era que... Eu tinha colocado algumas câmeras no quarto dela! Eu admito, muitas câmeras! Mas fala sério, eu não iria perder a chance de ver aquele pedaço de mal caminho todos os dias.... Ah, Rosalie, você podia muito bem ser minha segunda mulher!
Carlisle que me perdoe!
Pensando nela... era melhor eu e Jane irmos tomar café com nossa família. Serio, minha mãe já estava puta da vida por causa da cadeia, se ela descobrisse o que eu tinha feito, era bem capaz de me mandar para a Finlândia!
Convenhamos, se Rosalie fosse comigo não seria tão ruim assim, não é?
Cara, da para parar de pensar nisso!?
- Jane, se apressa ai! – Mandei, desligando a Tv.
- Cruzes, Alec, agora a pessoa não pode nem fazer em paz! – Só mesmo sendo minha irmã para falar uma coisa dessa, e ainda mais, em voz alta. – Nossa, que papel é esse? É tão... Macio!
Ah, não! Eu tinha me esquecido de esconder meu papel higiênico importado! Serio, você acredita que na Europa fazem o melhor papel do mundo? Cara, eu trouxe pacote do hiper-macio, outro cheirozinho e um comestível! Comestivel!
- Será que eu posso pegar um pra mim? – Ela perguntou, segurando um dos meus rolos na mão.
- Só não se esquece que eu já dei seu presente de aniversario...
- Uma vez pão duro, sempre pão duro, não é brother? – Jane enfiou o rolo dentro da bolsa e andou até a porta.
- De nada! – Dei uma mãozinha para ela sair, fechando a porta atrás de mim e trancando.
- Nossa, a situação já tá assim? – Ela tirou onda, rindo.
- Nunca se sabe, né?
Bom, depois de ficar bêbado, fazer strip-tease e ir para a cadeia, eu podia dizer que realmente NUNCA se sabe!
E a doideira não para por ai!