O Assunto Ainda Não Acabou escrita por RookQueen


Capítulo 5
Todos Contra a Parede




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As respostas sempre aparecem, por mais que estejam bem escondidas.

Foi exatamente às dez horas da manhã, naquele domingo ensolarado que o auror Christian Closs aparatou na campina mais alta do vilarejo de Hogsmeade, era possível avistar de longe a cabana de três andares com um lindo jardim. Aquela era a residência dos Longbotton, Chris tinha preferido começar o seu interrogatório com o casal, pelos o que ele havia pesquisado e ouvido sobre eles, que eram pessoas leais e sabias - mesmo que não aparentassem.

Ele bateu a porta.

–Pois não? Posso ajuda-lo?- Disse Neville quando se deparou com a figura de Chris.

–Senhor Longbotton, eu sou Christian Closs, do Quartel General dos Aurores- Se apresentou- Estou aqui para fazer algumas perguntas para você e sua esposa, posso entrar?

–Oh, claro.

–Desculpe não ter avisado sobre a minha visita, é que estava aqui pelas redondezas e decidi aproveitar e fazer meu trabalho- Explicou Chris.

Neville retirou alguns livros e pergaminhos sobre o sofá roxo, dando espaço para que o auror pudesse se sentar, com um aceno da varinha, os brinquedos que estavam no chão da sala desapareceram.

–Me desculpe pela bagunça, é que tenho alguns trabalhos para corrigir, e meu filho não deixa- Disse Neville- Sabe, fico o dia inteiro fora e quando volto estou cansado, então só me sobre tempo para ficar com ele final de semana.

–Não tem problema, imagino como deve ser difícil administrar seu tempo entre eles- Falou Chris amigavelmente.

–Gostaria de beber alguma coisa? Chá? Suco?- Ofereceu educadamente.

–Não, obrigado, se não se incomodar gostaria de iniciar o meu trabalho- Disse- Assim também, poupar seu tempo precioso.

Neville não sabia o que era, mas havia algo em Christian que o agradava, não sabia exatamente o que era. Contudo, como dizia sua esposa, a áurea dele era iluminada.

–Oh, sim, no entanto o senhor poderia me explicar exatamente do que se tratam essas perguntas?- Questionou Neville.

–É sobre o desaparecimento de Peter Malfoy, o senhor estava presente na noite em que ele sumiu, correto?!

– Exato, ninguém imaginava o que iria acontecer, principalmente que Rony iria fazer umas coisas dessas.

–Como era relacionamento entre você e o senhor Weasley?

Lembranças dos tempos de Hogwarts invadiram sua mente, momentos divertidos e memoráveis passaram ao lado de Rony, foram realmente os sete anos mais incrível de sua vida.

–Rony sempre foi fiel e companheiro, tem... Tinha... - Comentou confuso- Um grande coração, sempre preocupado com os outros, ele também costumava perder a paciência muito fácil- Continuou- Discutíamos por qualquer coisa boba, mas essas ocasiões sempre foram cômicas, contudo, nos últimos anos, antes dele ser mandado para Azkaban, ele mudou seu comportamento totalmente, Rony se tornou frio e distante, não nós víamos mais, até com sua família ele ficou estranho.

–Compreendo!- Disse Chris escrevendo algumas coisas em um bloco de anotações.

–Nev, poderia ficar de olho n...- Luna se calou ao ver que seu marido estava com visita- Oh, me desculpe, não sabia que você estava acompanhado.

–Lu, esse é senhor Closs, auror, está aqui para me fazer algumas perguntas sobre o desaparecimento do filho de Hermione- Explicou Neville.

Ela observou o homem de uns vinte e poucos anos, atenta a cada detalhe de sua expressão facial, ele era bonito - não podia negar.

A loira se aproximou dos dois.

–Então você é amigo do Harry?- Falou animada.

–Sim senhora Longbotton, trabalhamos juntos- Respondeu Chris curioso pelo modo comportamental.

–Acho que já vi o senhor alguma vez no ministério, quando fui visitar Harry, bom... - Comentou- Vou deixar vocês a sós, foi um prazer conhecer o senhor.

–Espere, apenas vou fazer mais uma pergunta para o seu marido e depois queria fazer outras para você- Disse Chris.

Os olhos azuis dela brilharam, queria ajudar ao máximo no que fosse preciso para que sua amiga tivesse seu filho de volta, a loira sabia pelo o que Hermione estava passando. Era mais sensato enfrentar três vezes uma guerra, do que ter seu filho nas mãos de um maníaco, mesmo que o maníaco fora seu amigo.

–Tudo bem, só vou na cozinha ver como está meu assado e já volto, o senhor não gostaria de ficar para o almoço?- Falou Luna sorridente.

–Isso, almoce com nós- Disse Longbotton achando boa ideia.

–Agradeço o convite, eu adoraria, mas tenho que encontrar minha namorada- Falou Chris- Combinei com ela de almoçarmos juntos.

–Tudo bem, fica para a próxima então- Respondeu ela ainda sorridente indo em direção à cozinha.

Era realmente verdade, Chris tinha marcado esse almoço com a namorada, no Três Vassouras. Ele havia gostava do casal Longbotton, contudo não poderia se envolver muito emocionalmente com as pessoas nesse caso, tinha que ser profissional.

Entretanto, assim que ele e sua equipe resolvessem essa situação, e se tudo desse certo, com sucesso, Chris iria querer manter contato com Neville e Luna, conhece-los um pouco melhor, e quem sabe almoçarem juntos algum dia desses.

–Senhor Longbotton, qual seria o local mais provável que o Weasley escolheria como cativeiro de Peter?

–Bem, não faço a mínima ideia.

–Tem certeza?- Insisti Chris.

–Sim!

(...)

Se ainda não tivesse perdido a noção do tempo, três infernais dias que estava naquele lugar imundo e precário, o que parecia ser uma eternidade. Estava com fome e sede, Rony o alimentava apenas uma vez por dia, e quando estava de bom humor lhe dava alguma coisa para jantar. Mas não era nada que agradasse seu estomago faminto, sua barriga roncou o despertando de seus inocentes devaneios.

Peter tinha fé que alguém viria em seu auxilio, contudo seu consciente dizia constantemente para se ajudar, arrumar algum jeito de sair de lá. Seja onde for que estivesse.

Deitado sobre o fino colchão, a observar o teto negro daquele cômodo, ele se lembrou das histórias de aventura de sua mãe e Draco lhe contava antes de dormir. Histórias sofre uma guerra contra um poderoso e cruel lorde das trevas, onde muitas pessoas perderam a vida ou pessoas queridas, que lutaram contra a tirania dele.

Se sua mãe pode lutar em uma guerra mesmo sabendo que poderia morrer, ela lutou, então Peter poderia enfrentar um cara louco. No mesmo segundo ele se pós de pé, andando pelo pequeno cômodo em busca de algo que o pudesse ajudar a sair dali.

(...)

–Senhora Longbotton, você acredita que foi realmente o Ronald Weasley que raptou o filho dos Malfoy?- Disse Chris, agora interrogando Luna.

–Oh, sim, sem duvida- Falou convicta- Hermione havia me relatado algumas vezes sobre os comportamentos duvidosos dele, e para dizer a verdade eu sempre achei o Rony estranho.

–Estranho como?

–Ah, ele era meia abobalhado, não era nada inteligente, não que eu seja, mas seu QI era fora da media entende- Explicou- Rony era desastrado, sinceramente não sei o que Hermione viu nele.

–A senhora acredita que ele possa ter tido ajuda de alguém?- Perguntou interessado no que Luna tinha a dizer.

–Claro, ele não seria capaz de planejar tudo isso sozinho, sabe- Falou abaixo, como se estivesse contando um segredo- Particularmente desconfio que seja zonzónbulos que entrou na cabeça de Rony.

A feição de Chris mudou de animado para desentendido, ele estava esperando a loira fazer alguma confissão, ou soltar alguma pista que o levasse até o paradeiro do Weasley. Mas a senhora Longbotton estava dizendo coisas fora de seu conhecimento, afinal, o que era esses tais de Zonzóbulos?

Chris estava confuso.

–Está certo, acho que essas perguntas já me ajudaram- Falou fechando seu bloco de notas- Obrigado por me receber em sua casa senhora Longbotton, e também por esclarecer algumas coisas.

–Queremos ajudar ao máximo para encontrar o Peter, se precisar mais de alguma coisa não hesite em nós procurar- Respondeu sorridente.

–Obrigado mais uma vez por desperdiçar alguns minutos de seu tempo comigo.

–Disponha!

(...)

Peter tentava ao máximo não fazer o menor barulho possível, já era noite – ele deduziu -, pois ouvia os roncos altos do Rony atravessar a velha porta que o prendia naquela local. Após pensar e procurar bastante, Peter acabou encontrando uma passagem de ar em uma das paredes do cômodo em que estava, ao observar com bastante atenção percebeu que se tratava de uma janela bloqueada por grosas tabuas de madeira.

Seu coração de aqueceu de esperança, enquanto seu rosto se iluminava com um sorriso, aquela era sua saída pra fora de seu pesadelo particular. Nada poderia o impedir agora, a liberdade era sua amiga e amigos ajudam uns aos outros.


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