Parallel Dimensions escrita por BILSS O DESTRUIDOR, Phoenix M Marques W MWU 27


Capítulo 32
Jimmy - parte 9




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Jimmy aceitou o braço estendido dela, e se levantou.

— Me tornar... Um cavaleiro? – indagou ele.

— Sim, meu jovem. Com alguns anos de treinamento, você se tornará um ótimo cavaleiro... Sinto algo de excepcional em seu cosmo jovem. Além disso, sua fama já corre pelas ruas desta cidade por seus feitos heroicos.

Jimmy baixou a cabeça.

— Eu sempre soube que era diferente – admitiu ele. – Mas tentei usar esses dons para ajudar as outras pessoas.

— E é exatamente assim que um cavaleiro deve agir – comentou a moça. – Você já está começando no caminho certo. Eu irei apenas orientá-lo para que consiga utilizar seu cosmo devidamente. Mas o mérito de se tornar um cavaleiro será inteiramente seu. Se tiver interesse em deixar de viver nas ruas e passar a viver como cavaleiro... Então, diga-me agora, menino.

Jimmy refletiu por um instante. Por mais que gostasse de ajudar as pessoas, ele sempre se sentiu solitário naquela vida de morador de rua. Talvez, se se tornasse um cavaleiro como aquela moça estava sugerindo, conseguiria ter boas motivações para viver e servir a um ideal, enquanto, ao mesmo tempo, tentava desvendar os segredos sobre sua vida... Como o controle sobre aquela energia vital, que ela havia chamado de “cosmo”, e sobre sua cauda.

— Eu aceito – declarou ele, por fim. A moça sorriu.

— Então temos um acordo. Eu o treinarei e farei com que se torne um grande cavaleiro. – Ela estendeu novamente a mão para o menino. – Há alguém de quem você queira se despedir antes de irmos? Algo que gostaria de buscar?

— Não – disse ele. – Só tenho essas roupas, e não tenho família. Mas... Antes de irmos para onde...?

A moça sorriu.

— Iremos para o lar dos Cavaleiros... para o Santuário. Lá você será designado para uma das armaduras que os Cavaleiros devem utilizar, e depois iremos para seu local de treinamento.

Jimmy pegou a mão da moça, e os dois começaram a andar, passando pelos bandidos desmaiados, em direção à rua.

— Santuário... – Ele saboreou o som daquela palavra. – Por que devemos ir a esse Santuário? E, aliás, o que os Cavaleiros fazem? Para que eles existem?

A mulher olhou para o horizonte, enquanto eles caminhavam pelas ruas de San José.

— Os Cavaleiros existem com um único ideal, menino. Servir àquela que é responsável pela paz na terra e pelo bem da humanidade... Servir à deusa Atena.

— A-Atena...? – balbuciou Jimmy. Ele se lembrava de ter lido algo sobre aquele nome, durante uma de suas visitas noturnas à biblioteca pública de San José. – Ela não é a deusa grega da guerra?

— Exatamente – confirmou a mulher misteriosa. – Os deuses gregos ainda existem, e ainda vagam pelo nosso mundo de vez em quando. Atena é um desses deuses, e é aliada de alguns, mas é inimiga de outros, que sempre tentam tomar a Terra para si. Os cavaleiros lutam justamente para que esses outros deuses, que possuem ambições malignas, derrotem Atena e tomem o controle sobre a Terra. – Ela riu de repente. – Está assustado, minha criança? Ainda dá tempo de desistir da ideia. Talvez a vida de cavaleiro seja intensa demais para você.

— N-Não – murmurou Jimmy. Ele havia ficado impressionado, mas não era aquela ideia de estar num mundo habitado pelos deuses da Antiguidade que o faria desistir de se tornar mais forte e poderoso. – Eu quero ser um cavaleiro. Se pudesse, eu... eu gostaria de conhecer Atena um dia.

A moça riu calorosamente.

— Todos os cavaleiros encontram Atena eventualmente um dia, meu pequeno. Esforce-se bastante, e você se tornará digno de conhecer Atena e lutar em nome dela. Se sua decisão está tomada, então podemos partir de vez para o Santuário. É lá onde Atena vive.

Jimmy olhou para o horizonte. Então os deuses gregos eram reais, e ainda habitavam o nosso mundo... E ele estava a caminho da morada de um deles, a deusa Atena, líder dos Cavaleiros.

— E como chegaremos ao Santuário? – perguntou ele.

— Há um barco enviado pelo Santuário nos esperando na costa do Mar do Caribe – explicou a moça. – Como ainda estamos na cidade, temos que andar numa velocidade normal para não atrair olhares curiosos dos humanos comuns. Porém, assim que sairmos da zona urbana, poderemos nos mover na velocidade da luz para chegarmos lá mais rápido, e de lá zarparmos para o Santuário.

— Velocidade da luz??

— Sim, é outra habilidade inerente aos Cavaleiros... Você talvez já seja capaz de se mover na velocidade do som, não é?

— S-Sim.

— Então teremos que trabalhar para evoluir essa habilidade, para que você rompa de vez a barreira do som e alcance a velocidade da luz. Será muito útil para quando estiver em combate... Mas é melhor deixarmos essas lições para seu treinamento.

— E-Está c-certo... – balbuciou Jimmy, ainda cheio de perguntas. – E onde fica o Santuário?

— Na Grécia – respondeu a moça. – O lar antigo dos deuses.

Jimmy ficou fascinado com aquilo. Então olhou para a moça e se lembrou de que ainda não havia feito uma pergunta crucial.

— Qual é o seu nome? – indagou ele.

Ela o fitou.

— Me diga o seu primeiro – pediu ela.

— Meus pais me deram o nome de Christian Jimenez – respondeu ele.

— Hmmm, entendo... – A moça ficou pensativa. – Você tem algum apelido?

— Não, moça.

— Então, que tal... Que tal se eu te chamar de Jimmy? – perguntou ela. – Assim, facilita a nossa comunicação. Será uma abreviação do seu sobrenome.

— Jimmy... eu gostei. – Ele sorriu para a moça, e foi assim que ele passou a ser chamado de Jimmy. – E você? Qual o seu nome?

A moça retribuiu o sorriso, e ergueu Jimmy, colocando-o para se sentar nos ombros dela.

— Meu pequeno Jimmy... Eu sou Shaina – disse ela. – Shaina, amazona de Prata, da constelação de Cobra. De hoje em diante, eu serei a sua mestra.

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