A Seleção de Bella Miller escrita por DarlingMamacita


Capítulo 15
Baile part-2


Notas iniciais do capítulo

Oi,anjos *-*
Fiquei muito feliz com os reviews de vocês, são simplesmente perfeitos, eu amo cada um de vocês e muito obrigada por me incentivarem a escrever. O capítulo vai especialmente para vocês!

Boa Leitura ^^



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Capítulo 15-Baile part-2

Os flashes dos fotógrafos espocaram ao meu redor enquanto andava pela área de impressa, mas eu mal me dei conta disso, estava sorrindo apenas por inercia. Na verdade estava retraída e ansiosa.

Quando cheguei a recepção, apanhei duas taças de champanhe da bandeja de um garçom que passava e virei uma delas enquanto procurava por Maria. Quando a vi do outro lado do salão, junto as selecionadas, fui direto até lá descartando a taça vazia sobre uma mesa no caminho.

—Bella! —A expressão de Thayla se iluminou ao me ver—Esse vestido ficou maravilhoso em você.

Ela me comprimento beijando minhas bochechas sem tocá-las. Estava linda em um vestido longo e justo, preto brilhante. Suas orelhas, seus pulsos e sua garganta estavam adornados de safiras, ressaltando a cor de seus olhos e tom de pele.

—Err... Obrigada. —Dei um gole na segunda taça de champanhe, lembrando que havia planejado expressar minha gratidão ao vestido. Apenas eu das selecionadas estava de branco, a maioria estava com vestidos brilhosos pretos ou pretos com bolinhas brancas, mas nenhuma estava definitivamente de branco.

Maria tomou frente, pegando-me pelo cotovelo. Só de olhar para meu rosto ela percebeu que eu estava chateada com alguma coisa. . .balancei a cabeça mostrando que não queria falar sobre o assunto naquele momento.

—Mais champanhe, então? —ela perguntou, gentil.

—Por favor.

Senti que as outras selecionadas me encaravam com um certo desprezo.

—Como suas criadas conseguiram fazer um vestido tão rápido assim? As minhas ficaram desesperadas e tiveram que customizar um já pronto, e você chega assim como se... se esse vestido fosse construído a milhares de séculos e perfeitamente construído para você! —Katrina disse por fim.

Virei o restante do meu champanhe e troquei com gratidão a taça vazia pela que Maria havia me trazido. A bebida produzia uma leve queimação no meu estomago, e ajudava a desatar um pouco o nó que havia se formado lá dentro.

—Eu não sei—encolhi os ombros—eu simplesmente cheguei e BUM, o vestido já estava lá.

—Eu divido—Rebateu Paloma, seus olhos azuis se destacavam por seus longos cabelos negros e por seu vestido negro com perolas brancas. Ele era efetivamente curto, o busto era uma blusinha curta do século cinquenta, a saia se estendia por suas curvas desejáveis. Ela com certeza estava querendo chamar à atenção. —Você deveria saber de alguma coisa e já estava preparada para esse baile.

Meus olhos se estreitaram de raiva. Aquela ideia era completamente idiota, eu não sabia de nada, e minhas criadas tiveram a sorte e a capacidade de criá-lo por empenho próprio não por uma sabotagem.

—O que você está querendo dizer? —elevei a voz—que por acaso eu tenho uma bola de cristal que me informou que ia ter uma reviravolta no baile e que minhas criadas são como a fada da Cinderela que é só mexer a varinha que um pano se transformar em um vestido. Ahh—grunhi—elas apenas se empenharam para fazê-lo e não é minha culpa se o meu vestido tirou o seu brilho.

Me levantei abruptamente, meu sangue fervia em minhas veias. Eu estava completamente carregada, e com certeza ficar ali não iria me fazer bem.

Fui para um canto mais distante da festa, preste a pegar minha bolsa e ir para meu quarto quanto um jovenzinho se aproximou para falar comigo. Seus cabelos castanhos rebeldes despertavam uma inveja imediata, e seus olhos de um tom verde acinzentado eram gentis e amistosos. Bonito e ostentando um sorriso jovial, ele arrancou de mim o primeiro sorriso sincero desde que cheguei.

—Olá.

Ele parecia me conhecer, o que me deixou na desconfortável posição de fingir que fazia alguma ideia de quem ele era.

—Olá.

Ele deu uma risada, despreocupada e charmosa—Meu nome é Martin, príncipe da Itália.

—Ah, é claro. —Senti meu rosto esquentar. Eu não conseguia acreditar que estava tão mergulhada na auto piedade que não fui capaz de fazer essa associação de imediato.

—Você ficou vermelha.

—Desculpe. Ofereci a ele um sorriso envergonhado—Não sei muito bem como dizer que li sobre você sem que seja muito esquisito.

Bem, na verdade Silvia fez com que lêssemos sobre todos os soberanos que estariam nessa festa. Sim, Martim Vidal, o filho do meio de três irmão. Eles eram muito próximos a família real de Ilhéa. Principalmente a Rainha America com a Rainha Nicoletta.

Ele riu—Fico feliz que tenha lembrado. Só me diga que foi na coluna social.

—Não—eu me apressei em esclarecer—Na Rolling Stone, talvez?

—Isso eu consigo aceitar—ele estendeu o braço pra mim—Quer dançar?

Dei uma olhada para Austin, parado diante da escadaria que levava ao palco. Estava cercado pelas selecionadas e de pessoas ansiosas para falar com ele, em sua maioria mulheres.

Apanhei minha bolsa e me forcei a sorrir para Martin. — Eu adoraria dançar!

De braços dados, fomos até a pista. A banda começou a tocar uma valsa, e seguimos naturalmente o ritmo da música, com movimentos suaves. Ele era um dançarino habilidoso, ágil e seguro quanto á sua capacidade de conduzir.

—Então você é uma selecionada?

—Sim.

Martin abriu seu carismático sorriso de menino.

—Austin tem muita sorte—Ele sussurrou.

Ele preencheu o restante do tempo da dança com piadinhas divertidas sobre indústria musical, que me fizeram rir e esquecer um pouco de Austin.

Quando a música terminou, outro homem já estava posto a próxima dança.

—Está se divertindo? —perguntei, tentando acompanhar o ritmo da música.

—Como não me divertiria dançando com a dama mais linda do baile! —ele sorriu, e aparentava ser um ou dois anos mais velho que Austin—Em todos os bailes e festa em que vou, sempre vejo pessoas bonitas... mas você....

Senti minhas bochechas pegarem fogo. E quando ele estava se aproximando dei voluntariamente um passo para trás esbarrando-me em alguém.

—Oh, mio Dio.

Virei-me para ver de quem era a voz que havia esbarrado, e me deparei com a fisionomia de Martin em uma mulher. Ela era incrivelmente linda, seus cabelos castanhos claros e seus olhos verdes acinzentados não deixavam escapar. Aquela era Pietra, irmã de Martin e princesa da Itália.

—Oh, me desculpe.

Assim que ela me viu, seus olhos brilharam. Sua carranca de dor, foi substituída por um sorriso carismático.

—Oh, não foi nada, prazer eu sou Pietra—ela saldou com um abraço caloroso.

—Prazer, Bella—disse quando sai de seu abraço. Pietra parecia ser uma pessoa vamos dizer...Alegre demais? Ou maluca demais? Seu vestido charge rodava enquanto ela dava pequenos pulinhos. Ela olhou para o homem que agora segurava minha cintura, de uma forma estranha...


—Micheangello, o que falei sobre você não ficar dando em cima das garotas.

Seu olhar queimou para o tal moreno que me segurava, instantaneamente ele me soltou. Pediu desculpas a Pietra e me deu um terno beijo na testa o que causou suspiro de irritação em Pietra.

Cielo, mi dispiace per questo.* Ele é o meu guarda costa pessoal e fica soltinho assim que vê um rabo de saia. Ainda mais alguém igual a você, você está linda! —Não pude deixar de sorrir com o elogio. —Meu irmão ainda está babando por você e os amigos dele também. Você parecia um anjo. Confesso que tive um pouquinho de inveja, eu por exemplo, sou completamente sem graça por trás desses esqueletos...

Em poucos minutos eu e Pietra nos tornamos grandes amigas, se é assim que pode dizer. Ela era completamente alegre e em apenas um minuto foi capaz de tirar a carraca que estava no meu rosto. Ela me apresentou suas amigas, Daphelenna futura rainha da França. Ela era uma jovem exuberante, seus cabelos loiros se destacavam pelas luzes ambulantes do salão. Ela era mais fechada, falava apenas o necessário. Amélia e Antônia, que eram filhas de Aspen, o general de Ilhéa. Giulia, Antonnela e Mia, primas e amigas de Pietra, as quatro não paravam por um segundo e fizeram questão de me deixar por dentro de todos os bafos e fofocas que envolviam as celebridades e soberanos. Eu já estava na minha quinta taça de champanhe e já estava sentindo o efeito, quando elas me convidaram para dançar.

Dançava ao lados de todas, a música era agita e me envolvia nas letras da música. Foi aí que senti seus lábios rocarem em minha nuca. Seu doce hálito me perfurar...Droga!

—Agora é minha vez de dançar com você.

Austin estava ao meu lado! Pietra parou e olhou para mim, interrogativa. Eu concordei. Ela se afastou, fazendo uma reverencia, como os olhos grudados em Austin. Os dois pareciam bastantes íntimos e Austin balançou a cabeça e abriu um sorriso ao ato de Pietra.

Ele me puxou para perto. Me levando ao centro da pista de dança. Dançar com Austin era uma experiência completamente distinta em relação aos meus infinitos parceiros anteriores. Ele possuía ao mesmo tempo a habilidade e intimidade com meu corpo.

Não ajudou muito o fato de, apesar da minha infelicidade, eu me sentir seduzida por ele. Seu cheiro era magnifico, ele me induzia a passos ousados e arrebatadores.

— Você não para de fugir—ele murmurou.

— Mas pelo jeito as outras selecionadas souberam ocupar meu lugar rapidinho.

Ele ergueu as sobrancelhas e me puxou para mais perto.

—Está com ciúmes?

—Fala sério...Só acho que não seria legal se eu saísse beijando cada homem que aparecesse na minha frente.

A música havia terminado e eu já estava preparada para sair dali, foi quando Austin me puxou novamente. Eu sabia o que ele iria fazer... eu sabia... e não poderia deixar.

—Por favor. Austin. Não faz isso—coloquei meus dedos em seus lábios. —Eu não ficarei chateada se você me mandar embora, isso aqui é uma seleção, eu não sou a única a conquistar seu coração, nem a mais bonita ou á mais preparada. Eu sei o quanto foi difícil...mas acho que seria melhor que você me mandasse de volta para casa—sussurrei.

Seus braços fraquejaram e ele tinha um olhar desolador. Sentia as lagrimas se formarem ao ver o desespero estampado na cara de Austin.

Ele estava se afastando e sussurrando coisas inaudíveis. Ele estava completamente abalado. E naquele momento me senti culpada. Como se...

—Por favor—supliquei.

—Não—Ele sussurrou—eu não vou te mandar embora.

Foram suas únicas palavras antes de se meter salão a dentro. A uma certa distância pude reparar em como ele estava deprimido, ele recusava-se a me olhar e eu sentia o efeito que isso estava causando-me. Peguei minha bolsa, determinada a voltar para o quarto, para o conforto de minhas criadas e me aprofundar em uma depressão constante.

Dei uma última olhada no salão e não pude deixar de sorrir. Pietra e suas primas dançavam animadamente músicas dos anos noventa, enquanto Amélia e Antônia dançavam acompanhadas de dois rapazes. Daphelenna estava em um canto conversando com Stefan, ela estava linda com aquele vestido. Stefan a encarava com certo privilégio. E pela última vez olhei em direção à Austin e percebi que uma menina se aproximava. Ela praticamente pulou em cima dele e quando ele percebeu abriu os braços meio em cima da hora, parecia ter uma certa experiência. Não dava para ver muito do seu rosto, não sabia se era uma amiga, ou algo do tipo. Ela enterrou a cabeça na curva de seu pescoço, e não sei o que me deu... Ciúmes?

Não, não pode ser...

Os dois ainda estavam abraçados quando a garota se afastou. Ela não era nenhuma selecionada, nenhuma era tão linda quanto ela.

Sua pele era pálida, extremamente pálida. Não tinha nenhuma marquinha sobre ela, apenas alguns sinais que se destacavam na sua pele, seus cabelos eram negros, e estavam em um penteado bem trabalhado. Haviam pequenos fecheis em seus cabelos que combinavam com o vestido. Que apesar de ser simples era visivelmente elegante. A parte de cima acabava nos quadris, até aí era justo e depois caia em lindas cascatas pretas e brancas. Seus olhos eram azuis, um tom de azul que eu já conhecia mas eu não lembrava de onde. Seu olhar era marcante e poderoso. Sua boca carnuda estava com um batom nude.

—Quem é ela? —sussurrei.

—Aquela...Humm, é minha irmã.

Vire-me no susto para ver de quem era a voz que havia dito aquilo. Olhos azuis... Cabelos loiros... Christopher?!

—Chris? —Perguntei sem folego.

Ele se aproximou com aquele sotaque sorrateiro e apaixonante.

—E quando eu penso que você não poderia ficar mais linda, você me surpreende.

Sua voz em meus ouvidos, causaram-me um profundo e doce arrepio. Ele está completamente diferente da última vez em que o vi. Seu smoking preto destacava-se em sua pele e seus cabelos, seu sorriso ainda estava lá, levando as garotas a loucura.

—Eu anseio muito lhe convidar para uma dança mais primeiro preciso entregar isso aqui para minha irmã—Ele levanta as mãos revelando um salto alto de plataforma.

—Eu sei—Ele debochou—Ela é meio maluquinha, venha, vou lhe apresenta-la.

Ele entrelaçou as mãos com a minha. E novamente aquele arrepio me abduzi-o.

Ele se aproximou próximo ao meu pescoço e sussurrou:

—Você está definitivamente linda.

Minhas bochechas se incendiaram de vergonha. Christopher tinha esse poder com qualquer mulher desse salão. Ele tinha uma confiança...surreal.

Não me lembro muito bem quando estávamos diante de Austin e a morena perigosa que a poucos minutos atrás estavam em seus braços.

—Grace—Christopher saúda-a formalmente.

Ela se virou e percebi de onde eu conhecia aqueles olhos azuis. Eles são identifico ao de Christopher, na verdade os dois são identifico... A personalidade, a beleza intimidante, o olhar poderoso e persuasivos, a única divergência entre os dois eram os cabelos, o de Chris era de uma tonalidade clara já o de Grace era um negro triunfante.

—Oh, você foi rápido, garotão—Ela deu tapinhas no ombro do irmão e arrancou-lhe os saltos.

Estava tão pressa na semelhança e beleza dos irmãos que nem percebi que Austin me encarava. Suas sobrancelhas estavam erguidas, e ele encarava as mão entrelaçadas entre mim e Chris.

—Austin.

Chris saldou Austin com um aceno e me puxou para perto, partindo para pista de dança. Antes que um dos dois pudesse revidar. Suas mãos seguravam minha cintura, explorando um espaço distinto a nós dois. Ele me conduzia pelo ritmo lendo e constante de A Thousand Years. Envolvi-me na compaixão e solidão da música.


I have died everyday waiting for you
Eu tenho morrido todos os dias esperando

Darling don't be afraid I have loved you
Meu amor não tenha medo eu tenho te amado

For a thousand years
Por mil anos

I'll love you for a thousand more
Eu vou te amar por mais mil





Apoiei minha cabeça na curva de seu pescoço, eu me sentia tão segura... tão livre quando estava com ele...Vai ver aquilo era carência, mas me deixei aprofundava, enlaçando-nos em uma sincronia profunda. Seu corpo se encaixava perfeitamente ao meu. Seu cheiro era divino, o modo como ele me conduzia... Não nos damos ao luxo de interromper aquele momento com palavras perdidas, nossa comunicação eram nossos corpos, que sincronizava nossos sentimentos e emoções... Vai ver nos dois estávamos carentes.

A música acabou e fomos recebidos por aplausos. Olhei ao redor e pude notar que uma roda havia se formado ao nosso redor. Os fotógrafos nos pipocaram com flashes e flashes, senti meu rosto esquentar com mais aquela atenção. Segure as lagrimas, Bella, segure.

Austin apareceu ao nosso lado: — Agora é minha vez.

Não foi um pedido. Christopher olhou para Austin, os dois homens incrivelmente lindos.

—Qual é, cara? Você tem ela pra você todos os dias—Chris serrou os punhos.

—Esse é o problema, Christopher, ela é minha, ela é uma selecionada e você não tem nenhuma propriedade aqui, então acho melhor você se calar e sumir da frente.

Apesar da raiva que com certeza Austin estava ele não demonstrou nada. Seu rosto estava impassível e seu tom de voz continuou o mesmo, só que mais autoritário e profundo. Chris olhou para mim, e eu encolhi os ombros. E ele se afastou, ainda com os olhos grudados em Austin.

Austin se aproximou e embalou-me em seus braços. Senti seus músculos rígidos através da camada de pano. Ele fez um ruído de frustração.

—Fique longe de Christopher, Bella.

—Por que?

—Porque eu estou mandando.

Fiquei irritada com aquilo, o que era uma coisa boa depois de tudo o que passamos decidi esquecer naquele momento. Decidi virar o jogo em uma opção viável no mundo de Austin Schreave.

—Fique longe de Grace, Austin.

Ele serrou os dentes.

—Ela é só uma amiga.

—Ah, sim, como as outras selecionadas?

—Claro que não. —A música desacelerou e diminuiu de volume. —Grace é uma amiga muito especial e eu não vou me afastar dela por uma negligencia sua. Já Christopher é um completo canalha, não se aproxime dele.


Suas palavras me destruíram. Me afastei um pouco, precisava criar uma certa distância. O cheiro dele mexia com minha cabeça.

—Vou ficar bem, me deixe.


—Bella—ele tentou me tocar, mais dei um passo atrás.

Um braço aparou minhas costas, e ouvi a voz de Christopher:


—Pode deixar eu cuido dela.

—Não complique as coisas, Christopher—alertou Austin.

—Pelo que estou vendo, você já fez muito bem isso sozinho—ironizou.


Engoli em seco, superando o nó que havia formado na minha garganta. Austin respirou fundo e passou as mãos nos cabelos de forma abrupta, disse algo como Eu vou te provar e foi embora.

—Você quer ficar? —Perguntou Cris em voz baixa.

—Não.

—Eu levo você, então.


—Não, não precisa—eu queria ficar um tempo sozinha—É melhor você ficar, você acabou de chegar. A gente conversa amanhã.

Ele me lançou um olhar inquisitivo.

—Tem certeza?

Confirmei com a cabeça.

—Seu puder falar as meninas que estou indo, preciso dar uma passadinha no banheiro.

A visita ao banheiro demorou mais do que deveria. Para começar, um número surpreendente de pessoas me parou para conversar, e o motivo disso só podia ser o fato de eu ter chamado tanta atenção em apenas um dia. Além disso, evitei o banheiro mais próximo, que tinha um grande fluxo de mulheres entrando e saindo, e encontrei um mais distante. Tranquei-me na cabine e fiquei um pouco mais de tempo do que tinha levado para fazer o que era necessário. Não havia ninguém ali além da funcionaria responsável.

Eu estava tão chateada com Austin que mal conseguia respirar, e estava absolutamente perplexa com suas mudanças de humor. A forma como ela havia dançado comigo. Seu aborrecimento por ter me aproximado de Christopher... Austin dava um novo significado a velha descrição de uma nova pessoa.

Fechei os olhos e retomei a compostura. Minha nossa. Eu não precisava passar por tudo aquilo.

Tinha exposto os meus sentimentos e estava extremamente vulnerável. Eu só queria ir para casa e me esconder, liberta-me da pressão de agir como se estivesse tudo bem.

Você entrou nessa porque quis, lembrei a mim mesma. Agora aguenta.

Respirando fundo, sai do banheiro e dei de cara com Grace parada de braços cruzados. Ela estava claramente a minha espera, ela me recebeu com um sorriso genuíno. Hesitei; depois me recompus e fui na direção da pia para lavar as mãos.
Ela se virou para o espelho, observando-me. Eu também a observei. Ela era ainda mais bonita pessoalmente. Seus lábios carnudos dissolviam num sorriso sexy e modesto. Ele parecia uma super modelo sex appeal.

A funcionária do banheiro me entregou a toalha de mão, e Grace falou com ela em espanhol, pedindo para nos deixar sozinhas, reforcei o pedido—Por favor, gracias.
Grace arqueou as sobrancelhas e me olhou mais atentamente, um olhar que retribui de igual.

—Ele gosta de você.

Encarei-a com o cenho franzindo.

—Não foi o que pareceu.

Isso pareceu surpreende-la.

—Então você não o conhece! Ele não tirou os olhos de você e quando você dançava com Chris, ele parecia um falcão te rodeando.

Tirei nota do que ela acabou de dizer. Realmente Austin ficou inexpressável com Chris, mas isso não conta em respeito que ele me tratou.

—Ah, sim—Concordei—você deveria ver como ele te olhava, como ele te abraçava... acho que se tem alguém que não o conhece aqui é você.

Ela estreitou os olhos, e a expressão de contentamento sumiu do seu rosto.

—Somos apenas amigos, Bella. Amigos especiais.

—Isso é ridículo.

Mantive a frieza, apesar de ter acusado o golpe que me acertou justamente onde mais doía.
Sai pisando duro e só parei quando vi a aglomeração de flashes que se espalhava no salão.

Hesitei, tentada a descobrir o porquê de toda aquela atenção. Foi aí que me aproximei mais do círculo, e vi a cena mais desprezível da noite.

Meu coração se agrumulou ao ver Austin aos beijos com Paloma.


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Notas finais do capítulo

E esse final? Gostaram? Graceeeeee divosa do meu core



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