Ilusões de Vidro escrita por Alena Santana


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Desde o primeiro momento em que vi Renji e Byakuya juntos em Bleach passei a shippar, haha. Como não adora-los? Bom, finalmente consegui escrever algo com esses dois mesmo já nutrindo antigas idéias. Pois bem, graças a Mila Tiptoe eu consegui escrever, muito obrigada!! Foi essa liinda que betou, ou seja, qualquer erro a culpa é dela (brincadeira!). Espero que vcs gostem!
Boa leitura!



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Dizer que Abarai Renji era completamente apaixonado por seu taichou em um passado ligeiramente distante seria algo absurdo, motivo de chacota. Entretanto, em sua atual situação não refletia nem um décimo do que estava sentido. OK... Pode parecer piegas, mas, para esse pobre fukutaichou era a mais pura verdade. A questão era: Quando, como e porque esse sentimento começou a se tornar tão forte?

Há algum tempo era possível dizer que ele até mesmo detestava Kuchiki Byakuya. Primeiramente roubou Rukia e... bom, talvez esse fosse o único motivo. Ainda assim, toda aquela pose e orgulho tiravam o ruivo do sério. Concomitantemente, é grande verdade que sentia certa inveja de Byakuya por motivos óbvios. E com isso tinha um grande desejo de superá-lo, quase uma necessidade.

Ao se tornar fukutaichou e com a convivência cotidiana com Byakuya, o que anteriormente sentia se tornou uma surpreendente admiração. “Como não admirar seu taichou?”, era o que Renji se perguntava. O problema é que em algum momento essa simples admiração se tornou algo muito mais preocupante. O lado bom é que finalmente o ruivo se deu conta de seus sentimentos, algo que a princípio o fez sentir que um grande peso havia sido retirado de suas costas.

Mas essa sensação não durou muito. Afinal de contas estava apaixonado por um homem. Esse não seria um problema se o homem em questão não fosse Kuchiki Byakuya. Suas chances de ser correspondido eram nulas, inexistentes, definitivamente nunca aconteceria; nem nessa muito menos em outra dimensão... OK, ok... Vamos parar de deprimir o pobre coitado. O melhor a fazer era fingir que nada estava acontecendo, quem sabe ele só estivesse confuso...

Principalmente pelo fato de que a visão de um Byakuya nu da cintura para cima, com toda certeza, deixaria qualquer um confuso. Pois é, nosso azarado ruivinho não seria imune a tal fato. Acredito que você deva estar se perguntando por que cargas d'água Kuchiki taichou estaria numa condição dessas, ainda mais na frente de um simples subordinado.

Bom, acidentes acontecem. Engraçado é o quão decorrentes eles se tornaram com Byakuya. Esbarrar em Renji havia se tornado cotidiano, derrubar coisas perto deste também, mas, ele era um bom taichou, sempre que tal fato ocorria, ele mesmo se abaixava bem devagar e recolhia o bendito objeto. Na situação em questão, ele acidentalmente havia derramado tinta tanto em seu haori quanto em parte de seu kimono. Que descuido imperdoável!

Porém, não há com o que se preocupar, era um homem precavido e tinha uma muda de roupas bem guardada no esquadrão. Interessante é que nem se deu o trabalho de ir se trocar em outro local, aparentemente não havia problemas em fazer aquilo com uma lentidão exacerbada na frente de seu fukutaichou. Confiança realmente é uma coisa muito bonita.

Ok... Você não caiu nessa. Realmente não havia como isso ser apenas confiança. Pois bem, não era. Digamos que a sutileza de Renji em ficar mais de 60% de seu tempo no esquadrão apenas secando Byakuya não lhe passou despercebido. Essa situação inicialmente foi um grande incomodo, mas, por que diabos o ruivo não se declarava logo? Assim o Kuchiki poderia lhe dar logo um sutil fora - sim ele é um homem bondoso - e acabar logo com essa situação constrangedora.

A princípio esse era o objetivo de nosso ilustre taichou. Mas como não se encantar com as reações de Renji que sempre ficava extremamente sem graça com suas "falsas investidas", isso sem falar o quão adorável ele se mostrava quando seu rosto tomava uma cor dois tons mais claros que as próprias madeixas. Digamos que a necessidade de uma confissão de seu fukutaichou havia tomado um novo significado, tornando-se algo de extrema urgência.

É verdade universal que situações desesperadoras requerem medidas desesperadas; pois bem, assim seria, afinal de contas Byakuya sabia muito bem como jogar sujo e no cenário atual isso se aplicava como uma luva. Renji estava chocado com a visão privilegiada que tinha. Não havia se dado a liberdade de imaginar tal coisa nem em seus sonhos. Se bem que não tinha controle sobre estes, e há pouco tempo eles começaram a ficar muito interessantes.

Imagens de um Byakuya anormalmente submisso lhe vieram à mente... Era melhor sair dali o quanto antes.

– Ta- taichou, eu preciso buscar... alguns relatórios. – Byakuya com seu shunpo rapidamente se colocou entre o ruivo e sua única porta de saída.

– A quais relatórios você se refere? Aos que estão sobre sua mesa bem atrás de você? – disse sem esboçar nenhuma emoção.

Renji se amaldiçoou mentalmente por não ter escolhido uma desculpa melhor, mas raciocinar não era seu forte, menos ainda na presença de um Kuchiki trajando pouquíssimas roupas. Mas diabos, o que poderia dizer agora? E qual era o problema de seu taichou? Por que se aproximava de forma sedutora mesmo demonstrando sua expressão fria de sempre? Espera... aquilo era um sorriso?

– Renji, você tem algo a me dizer? – o ruivo moveu a cabeça freneticamente em uma negativa enquanto se afastava de Byakuya. Espaço este não permitido pelo ilustríssimo homem que se aproximava mais à medida que o outro fugia. Em poucos segundos Renji estava praticamente sentado sobre sua mesa, não havia mais nenhuma escapatória. Por kami, o que poderia fazer?

Pensou em dizer alguma coisa, mas o que diria? Por falta de palavras decidiu fazer o impensável: atacou seu próprio taichou. Seu desejo era apenas um pequeno beijo, mas assim que pôs as mãos naquele corpo não conseguiu conter-se. O atacou de forma selvagem, o empurrando e prensando de encontro a uma parede qualquer. Achou melhor aproveitar o momento antes que o Kuchiki o matasse, pois em sua mente com toda certeza ele faria isso.

Ao contrário do que Renji imaginava, Byakuya se sentia vitorioso; sim ele estava certo desde o começo. Deixou o ruivo ter um falso controle da situação por mais tempo. E tenha certeza que Renji aproveitou sem nem imaginar o que realmente o aguardava. Depois de praticamente devorar os lábios de seu taichou, lhes abandonou em busca de ar para logo em seguida atacar seu pescoço. Suas mãos não se continham, alisavam todo o corpo do outro, se surpreendendo em quão macio ele era.

Byakuya estava reagindo bem aos seus toques, suspirando constantemente e contendo baixos gemidos. O Abarai começava a sentir certa confiança, talvez ser correspondido por aquele homem não fosse algo tão impossível. Afastou-se um pouco de Byakuya para olhar seu rosto, mas não soltou sua cintura. Levou um pequeno susto com o que viu, o Kuchiki esboçava um sorriso extraordinariamente malicioso.

– Acho que você já se divertiu o suficiente. – Então era agora, Byakuya finalmente o mataria. Bem, ao menos ele havia aproveitado seus últimos momentos.

O que aconteceu em seguida o espantou mais do que qualquer outra coisa que ocorreu naquele dia. Byakuya o jogou no chão e antes que pudesse reclamar, seus lábios se encontraram uma segunda vez. Agora era o moreno que controlava a situação, como deveria ser. Assustou-se com sua própria urgência em despir o outro, mas sabia muito bem o que queria fazer e as roupas eram um empecilho que deveria ser eliminado rapidamente.

Renji estava sem ação, não havia imaginado que as coisas ocorreriam daquela forma. Ainda assim, não poderia dizer que estivesse odiando a situação. Byakuya parecia saber o que fazia e em como todas as outras coisas era exemplar. O ruivo se limitou a conter seus próprios gemidos, afinal de contas estavam em pleno dia e ainda por cima na sala deles no esquadrão, onde qualquer um poderia entrar a qualquer momento.

– Ta.. taichou??

– Hmm?

– A porta... alguém pode... entrar. – Byakuya a contra gosto interrompeu o que fazia apenas para dizer:

– Eu já a tranquei.

Renji pensou em perguntar quando, mas foi dominado pelo momento. Que se dane como, o que importa é que ninguém os incomodaria. Afinal, não tinha nada a perder.

...

Ambos estavam esgotados. Byakuya era mais insaciável do que Renji poderia imaginar. Mesmo assim, sentia-se feliz deitado no meio da sala em um carpete felpudo com os braços de Byakuya em volta de seu corpo. Queria dizer algo, mas era covarde, então esperou que o outro dissesse alguma coisa. Não conseguia parar de se questionar sobre o que havia acontecido e se aconteceria novamente. Antes de formular algo, seus pensamentos foram interrompidos pelo moreno:

– Você ainda tem algo que deve me dizer. – virou-se para encarar seu taichou sem saber o que ele queria ouvir. – Ainda não me disse o que vem lhe atormentando a um bom tempo.

Ele sabia exatamente ao que o Kuchiki se referia, só faltava à coragem para dizer. E além de tudo tinha medo, de que tudo aquilo tivesse sido apenas uma mentira. Mas sabia que Byakuya nunca faria isso, não o admiraria tanto se fosse um homem desse tipo. Enquanto criava coragem seu rosto começava a esquentar e consequentemente corar. Ao notar o que acontecia, Byakuya sorriu levemente surpreendendo Renji.

– E-eu te amo, taichou. – o sorriso aumentou, ainda discreto, mas um genuíno sorriso de felicidade.

– A recíproca é verdadeira.


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Notas finais do capítulo

Muito obrigada a quem leu tudo!! Espero que tenham gostado. Bom, comentários me deixariam muito feliz, mesmo se estiver ruim não se acanhe, pode dizer.
~Momento Merchan~
Eu e a a Mila-chan estamos com um projeto em mente, e sério, pelo que tudo indica tem grandes chances de ser demais!! Aguarde, nesse verão em um Nyah perto de vc..
kkkkkkkkkkkk ta bom, parei.