The Mutants - O Dragão Branco escrita por Mano Vieira


Capítulo 13
Capítulo Treze


Notas iniciais do capítulo

E ai pessoas, tudo bom?
Bem,antes de tudo, tenho algo a dizer: FELIZ DIA DAS MULHERES, MINHAS LINDAS E ADORÁVEIS LEITORAS!
Agora, voltando ao assunto, o meu atraso deve-se ao fato de eu não estar mais tendo tempo, nem para escrever e nem para mexer no computador. E também tive diversos problemas em relação ao conteúdo presente neste capítulo, então decidi cortar pela raiz. Espero que vocês possam aproveitar a leitura :3



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May estava no chão. Já estava cansada de lutar contra o inimigo. O corpo todo estava dolorido e nenhum golpe sequer tinha surgido efeito.

“Mas que droga! Quem são esses que surgiram do nada e onde estão Jen e Ken?” ela pensou enquanto estava li mesmo, no chão. O que tinha achado mais estranho era que nenhum dos seus rivais tinha a atacado quando estava deitada. Olhou para os lados, ainda deitada, e não viu nada que lhe parecesse uma ameaça, então se pôs em pé novamente.

Não demorou muito para que o inimigo surgisse em sua frente, começando a atacá-la e fazendo com que os dois voltassem a bailar aquela mesma dança violenta de antes.

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Ken ainda estava correndo das grandes abelhas que estavam lhe perseguindo. Só de olhar com a ponta da visão para elas e para o tamanho do ferrão que estava apontado para ele, ele queria poder correr bem mais rápido. O negócio era tão feio que o ferrão chegava a pingar o veneno e a cintilar como diamante a luz do sol.

O garoto desviou, não sabia para onde estava indo e isso nem importava no momento. Tinha que salvar a sua pele, ou voltaria rolando para o colégio, precisando urgentemente de cuidados médicos.

O que estava aterrorizando Kentin agora era o barulho medonho que o bater das asas das abelhas estavam produzindo. Era como se fosse uma canção da morte.

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Jeniffer estava caída ao chão, como se tivesse levado uma bela surra na nuca, mas nada disso tinha de fato acontecido. O chão estava úmido com a névoa estranha que cobria tenuemente o chão da floresta. Algumas folhas molhadas estavam grudadas em sua bochecha. A garota não conseguia lembrar o que tinha acontecido antes de ter acordado ali, era tudo muito estranho para ela. Ela se pôs de joelhos e olhou em volta em busca de algo que a fizesse lembrar o real motivo dela se encontrar ali, mas nada além de árvores foi registrado em sua visão.

Talvez os meninos estivessem por ali mesmo, pensou ela, mas infelizmente eles não estavam e ela sequer sabia por onde procurar ou o que fazer. Levantou-se e a visão oscilou, girou e ela quase caiu. Um passo, tudo se repetiu, mas Jen foi mais forte e prosseguiu até ter andando um bom caminho e estar normal novamente. Ainda não havia um sinal sequer de Ken ou de May.

Aonde será que eles tinham se metido? Por que será que tinham deixado a menor para trás? Ela não compreendia, mas isso não importava agora. Ela tinha uma missão a cumprir. Andou um pouco mais, desnorteada. Dera o azar de estar somente com o mapa impresso, ou seja, qualquer maneira de tentar se encontrar através dele era bem mais complicada e demorada.

Mas algo chamou a sua atenção. Uma rocha estava a poucos metros dela e era possível ver vários buracos razoavelmente grandes na rocha. Jen se perguntou o motivo daquilo, será que ela estava na entrada de um formigueiro de formigas gigantes? E se as formigas adorassem seres humanos com o cabelo roxo? Ou se elas a confundissem com uma goma açucarada? Jen se arrepiou, mas não percebeu que seu corpo se movia involuntariamente em direção à rocha.

Ela era grande — maior do que aparentava ser de longe— e Jen pôde perceber ao analisar mais de perto que os buracos eram profundos e escuros. Não houve tempo para se afastar, pois algo estava saindo por um buraco próximo ao chão. Jen olhou para lá, olhos esbugalhados. Algo lilás se espremia todo para conseguir passar, até que depois de muito esforço, conseguiu. Jen continuou quieta, observando o pequeno ser que estava amaciando entre as suas orelhas de macaco com suas pequeninas mãos. Ele pôs-se em pé. Era semelhante a um pinguim misturado com uma coruja. Os olhos eram grande s e pretos e o bico lembrava algum pássaro qualquer. Não tinha asas, mas mãos pequenas. O ser olhou para Jen e Jen continuou olhando para ele, ambos quietos, sem saber o que fazer.

Ela piscou. Ele também. Ela piscou mais duas vezes e ele a imitou. O bico dele abriu, mas ele não disse nada. Jen estava esperando pelo inesperado.

—Eu não sou nenhuma goma açucarada, por favor, não me coma! — Suplicou o animalzinho chorando enquanto se ajoelhava e segurava aperna de Jen. — Por favor! — Choramingou ele novamente.

Jen estava mais assustada ainda. O que ele pensava que ela era?

—Calma... — Disse insegura, não sabia ao certo o que falar e nem o quer fazer. — Não vou te comer... Sou um humano, humanos não comem ah... érm... Enfim, humanos não comem seres da sua espécie!

Ele se recompôs rapidamente, suas lágrimas cessaram num instante.

—Ufa! Por segundos pensei que você era uma grande formiga comedora de cojons ou que tivesse me confundido com uma goma açucarada! — Ele disse aliviado. — Mas o que um humano faz aqui? Não é sempre que temos a honra de tê-los perambulando por essas áreas.

—Eu estava atrás de um dragão com os meus amigos quando entramos na floresta e eu acabei apagando... — Esclareceu Jen — o que é um cojon?

Os olhos do pequeno animalzinho brilharam.

—Os Cojons são como corujas da floresta, mas não ficamos em árvores, mas sim no subsolo... Você disse DRAGÃO? — Ele estava desesperado. A coruja já podia ver todo o seu lar sendo destruído por rajadas de fogo sendo cuspidas da boca de um grande e feroz dragão.

—Mas as corujas não falam! — Jen continuou batendo nessa tecla. — Ah, a história é muito longa para eu te contar tudo certinho, mas não acho que vocês estejam em algum tipo de perigo.

—Mas é claro que falamos! — Protestou o Cojon irritado. Jen percebeu que independente do que ela falasse em relação a isso, ele continuaria rebatendo. Afinal, por que raios ela estava conversando com uma coruja?

COLÉGIO THE MUTANTS, 10H45

Kakaroto estava empolgado, mas não mais do que Yumo.

Ambos seguiam a diretora para um local em que ainda desconheciam e tudo o que sabiam é que iam dar início a um processo de preparação. O moreno estalava os dedos enquanto a mente de K processava milhares e milhares de situações ao qual eles poderiam estar se metendo, realmente estavam muito empolgados.

O colégio estava deserto e não havia nenhuma porta perto de onde eles estavam quando a diretora parou de andar. Ela virou para eles e Kakaroto quase explodiu de ansiedade.

—Bem, garotos, eu devo dizer que vocês jamais, jamais devem trazer alguém para cá, entenderam? — Ela olhou severamente para eles, que concordaram com a cabeça. — Observam antes de vir para cá se não há ninguém os seguindo. Aqui — ela bateu com a mão levemente na parede e uma tênue luz apareceu, lembrava um leitor de digitais. — É a sala onde se iniciará o processo. A sua professora e suas colegas de treino já estão lá.

Colegas? Pensei que fossemos nós dois.

—Eu não posso me dar ao trabalho de ter poucas pessoas nesse projeto, Yumo. Preciso de um número grande, mas não exagerado. Sem mais enrolação, entrem antes que alguém apareça!

Ambos se moveram e a porta se fechou. Era incrível: estavam numa sala que era totalmente branca, dando uma impressão de infinidade. Kakaroto teria corrido o máximo que conseguisse se ele não estivesse com dificuldades para respirar. Yumo olhou para os lados e viu ali duas moças, ou melhor, uma mulher e mais uma aluna. Eles se aproximaram e não deixaram de notar a dificuldade que era andar naquele local.

—O-olá! — Disse uma mulher estranha e baixinha, Os cabelos além de frisados, estavam bagunçados como se ela nunca tivesse visto um pente em sua vida. A pele era bem branca e era possível notar que ela dormia pouco, já que haviam olheiras bem marcadas ali. — M-meu nome é M-Meltran e s-sou a professora d-de l-luta de vocês.

—E aí! — Disse Kakaroto sorrindo.

—Olá! Eu sou Yumo e esse aqui é o Kakaroto, bem, acho que não precisamos falar mais nada sobre nós, já que não há muita gente aqui... — Ele olhou para a aluna que acompanhava a professora. A menor possuía a pele roseada e seus cabelos tinham um tom de laranja vivo, mas não eram muito grandes, mal passavam do queixo. O mais engraçado nela eram os seus olhos, bem, não vou dizer que eram engraçados, mas sim diferentes. Olhos grandes, firmes e sua pupila chama total atenção por lembrar um pentagrama.

—Olá! — A menor sorriu. A voz dela não era tão bonita assim, Yumo quase se lembrou de uma criança falando.

—B-bem, j-já que v-vocês j-já s-se conhecem agora, q-que tal apresentarmos o-os n-nossos p-poderes? — Sugeriu Meltran para os mais novos alunos.

Eles estavam tão empolgados, que todos deram um passo a frente para fazer a demonstração.

FLORESTA DAS REDONDEZAS DA CIDADE DOS POMBOS 10H50

Ken conseguiu avistar alguma coisa lá longe, bem na direção em que ele estava correndo. Atrás, várias abelhas gigantes o perseguiam por um motivo desconhecido para o garoto. Ele não queria sequer olhar para onde elas estavam. Ken não perderia o seu tempo com isso.

Por se aproximar um pouco mais, Ken pôde ver que era uma garota que estava no meio da floresta, dançando. Os passes eram violentos, mas não podia ver com total nitidez ainda. Quando se aproximou de vez — gritando para que ela saísse da frente — ambos tombaram e caíram com tudo num laguinho que estava por ali. Kentin se sentou, todo molhado e com o cabelo grudado na testa, cuspiu um pouco de água que estava em sua boca e voltou-se para a garota, loira, que estava no mesmo estado.

Ken? — Exclamou May aliviada. — Ah meu Deus, Ken, é você! — Ela se moveu e abraçou o garoto com força.

—Olá, May! — Disse Ken, sem saber direito o que estava acontecendo, batendo de leve nas costas da amiga.

— Eu pensei que nunca mais ia te ver! — Ela explicou ao se afastar. — Eu estava tão ocupada lutando contra os monstrengos que apareciam um atrás do outro que nem tive tempo de ir procurar por você e por Jen!

Ken ficou branco.

Ah meu Deus! As abelhas!

—Que abelhas?

—As que estavam me perseguindo, cadê elas? — Ele olhou em volta, não havia nenhum sinal de qualquer abelha.

—Não tinha nada te seguindo, Ken. Eu teria ouvido ou sentido. O estranho é que os monstros desapareceram com a sua chegada.

—Quando eu te vi de longe, você parecia estar dançando. — Explicou o garoto — não havia ninguém ao seu redor.

May estremeceu.

—Será que o que estávamos enfrentando eram somente algumas ilusões?

—É uma possibilidade! — Disse Ken ao refletir melhor sobre o assunto.

—Oh não! Mas que seja. Nós precisamos ir atrás da Jen!

+++

Havia duas corujas agora, mas uma estava tomada por um medo tremendo. Jen estava parada, não sabia o que fazer.

—Calma! — Disse um cojon — ela não vai nos machucar!

—Ela é um humano! — falou a mais recente, que tinha uma voz feminina — Groover, ela é um humano. Ela vai nos machucar, por bem ou por mal. É a natureza dela!

—Não vou, não! — Protestou a menor. —Não tenho nenhum motivo para machucar qualquer um de vocês.

—Ela só está atrás do Dragão Branco. — disse Groover — Emillie vá com calma, ela não me machucou quando teve a oportunidade.

—Ela está atrás do Dragão Branco? — Emillie ficou totalmente assustada. Colocou as suas pequeninas mãos sobre os olhos e depois voltou ao normal — Você é uma humana que diz estar em paz, mas veio da floresta das ilusões e ainda está atrás do Dragão Branco? Quem é você? Será que não sabe que os selos devem permanecer onde estão para que possamos viver em paz? Ou é dessa nova geração de ignorantes que está desfazendo de qualquer crença existente?

—C-claro que não! — Jen ficou sem jeito com tantas acusações vindo de uma coruja que ela mal conhecia. — Bem, por onde eu começo? Há uma organização que sabe tudo sobre essa crença e eles desejam acabar com essa paz que vivemos agora. Eles estão atrás desses Selos e nós, eu e meus amigos, estamos tentando impedi-los. Se nós recolhermos os selos antes deles e mantivemo-los guardados nós podemos fazer com que a paz dure mais.

A coruja ficou quieta por um tempo.

—Onde estão os seus amigos?

—Eu não sei... Eu me perdi deles e, agora que sei o que a floresta faz eu não desejo voltar para lá. Tenho que arranjar um jeito de ir até o dragão o mais rápido possível.

Emillie olhou para Groover. A coruja compreendeu o olhar e disse para Jen:

—Nós temos um túnel. Ele vai deixa-la o mais próximo possível do dragão.

—Mas e os meus amigos? Eles vão me procurar!

—Nós damos um jeito de avisá-los! — Disse Emillie. — Descreva-os para nós.

+++

—JEN! — Gritou May mais uma vez. Não havia sinal da menor em lugar algum. Foi quando ela sentiu algo tremer em seu bolso.

Pegou com velocidade — e quase derrubou o aparelho no chão — e atendeu, pensando ser Jen, mas quem estava ali, na verdade, era Fernando.

—Olá, venho avisar que Meltran já localizou vocês e dentro de dez minutos o nosso transporte chega aí.

—Nós não podemos! — Disse May.

—Por quê? — Fernando perguntou meio hesitante.

—Nós nos separamos e acabamos de perder uma colega. Não a encontramos em lugar nenhum! Temos que acha-la e depois vocês enviam o transporte!

Não foi Fernando quem a respondeu, mas ele fechou os olhos, como se algo muito ruim tivesse acontecido quando uma nova garota pegou o aparelho de suas mãos.

A garota era bem pálida e parecia ter uns dezessete anos. O cabelo preto como noite possuía uma franja que lhe cobria toda a testa e não passava do queixo da garota. Os olhos estavam sendo aumentados devido aos óculos ray-ban pretos e grandes.

—Escuta aqui, garota — Sua voz era áspera — você acha que eu vou receber ordens de uma criança que mal nasceu? Você é somente um reforço indesejado, já que não solicitei nada a diretora! Agora, cale a sua boca e faça o que o Fernando disse! A sua amiga pode ser encontrada após garantirmos a paz mundial.

Após Trícia ter dito tais coisas, a chamada foi encerrada.


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Notas finais do capítulo

E aí, o que vocês acharam? Bem, não vou dizer que foi fácil a escrita e tenho que admitir que, mesmo o problema não tendo nada a ver com isso, fiquei meio receoso sobre colocar os Cojons e iniciar uma espécie "diferente", mas com o decorrer da história virá toda a explicação para essas alterações, fiquem tranquilões!
Enfim, obrigado por ter lido até aqui, um abraço para quem quiser e até o próximo capítulo!
(Que já está pronto, porém precisa de uma mudança no conteúdo dele também)
E isso é tudo, pessoal!



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