The Heiress II ─ The Rising escrita por Lady Caady


Capítulo 48
Um Pulo No Tempo


Notas iniciais do capítulo

Hey! o/
Boa leitura! *-*
Nos vemos no final. s2



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Acordei desnorteada, com a visão embaçada. Parecia que estava tudo azul... Ah, é. Eu estou na Corvinal agora. Caí da cama, depressiva com a vida, o universo e tudo mais.

─ É tudo tão azul. Tão claro... Quero minhas masmorras... Tirem-me daqui... ─ Choraminguei e a mãe de Luna, Diana, riu da minha cara.

─ É cedo ainda, Lya. Já que você não costuma estudar com a gente para antes das aulas, vá dormir no Salão Comunal. Iremos fazer silêncio hoje, já que terá alguns testes e temos de estudar. ─ Ela sugeriu.

─ Boa ideia. ─ Concordei desanimada. Eu não iria me trocar agora, já que as aulas só começariam em três horas. Sim, o pessoal da Corvinal acordava às cinco da manhã, sendo que as aulas começavam as 08h30min. Que revisar a matéria, o que! A Corvinal não era para mim, definitivamente.

Embrulhei-me em minha coberta preta fofa e saí dos dormitórios, entrando no Salão. Encontrei o maior sofá e sem ao menos olhar se tinha algo lá, me joguei nele.

─ Ai! ─ Alguém reclamou. Ergui os olhos e constatei que eu tinha me jogado em cima do Matt do passado que estava sentando bem folgado no meio do sofá.

─ Mas que folga, hein! ─ Reclamei. Ele tinha que estar no meu sofá? ─ Aqui é minha área, seu retardado. Se ‘tá achando ruim, saia.

─ Eu não vou sair sua idiota. ─ Ele retrucou.

─ Nem eu, babaca. ─ Respondi de volta. ─ Então apenas cale a boca.

Mas não, ele não ficou quieto. Ele fez questão de ler uma matéria superchata de História da Magia. Mas eu dormi com as pernas no colo dele mesmo assim. Porque se tinha uma coisa que eu gostava em Matt, era a voz dele. Não que ele soubesse disso. Então enquanto ele achava que estava me irritando ao discursar sobre uma matéria chata, na verdade ele estava mesmo é servindo de canção de ninar.

Pensando nisso, acho que ele fez de propósito... Digo, ele não saiu de lá só porque queria que eu dormisse perto dele. Mas eu já estava feliz em saber que não importe a época em que eu estivesse ele me amaria mesmo assim. Só que eu ainda não me esqueci do que ele disse: “alguém como você”. O Matt do futuro iria sofrer em minhas mãos.

─ Porque você está com essa cara de maligna? ─ Perguntou quando eu abri os olhos.

─ Porque você está olhando para minha cara? ─ Retruquei levantando-me e indo para o dormitório sem ouvir sua resposta. Quando terminei de vestir o uniforme, achando muito estranho o fato de minha gravata ser azul e não verde, voltei novamente para o Salão. Matt já não estava mais lá, afinal o eu passado dele não tinha a obrigação de me esperar, então dei de ombros e fui para o Salão Principal.

─ Lya! ─ Harry chamou-me. ─ Já faz quase meio ano que estamos aqui. Pelo visto vamos ter de terminar o ano no passado. Será que vamos conseguir voltar?

─ Tão cedo e você já está se preocupando com isso, Potter? ─ Estalei a língua, desaprovando. ─ Nós daremos um jeito, enquanto isso, vamos aproveitar.

─ Se você diz. ─ Ele deu de ombros. ─ Qual é o rolo com o Matt do passado?

─ Ele é um idiota, igual ele era no acampamento antes de... Bem, você sabe. ─ Respondi vagamente. Vai que ele estivesse escutando por aí... Harry deu uma risadinha. ─ Que foi? ─ Olhei pra ele.

─ Ele costuma te olhar bastante. ─ Meu irmãozinho sorriu.

─ Por favor, como se eu não soubesse disso. ─ Desdenhei. ─ Ele me ama, é claro.

─ Bem, vocês namorarão no futuro, então... ─ Harry continuou, mas eu tampei sua boca, desesperada.

─ Quieto! Não diga isso! Ele é um vampiro, caramba. E mesmo na forma mortal, sua audição é excelente. Não dê spoilers do futuro! ─ Briguei, tirando a mão da boca de Harry, que começou a gargalhar.

─ Desculpe. Mas não me sinto arrependido. Foi de propósito, na verdade.

─ Eu te odeio veado. ─ Retruquei e ele riu.

─ Se eu fosse meu pai eu diria “não é veado, é cervo”, mas... ─ Ele começou. ─ Enfim, vamos sentar comigo na mesa dos leões?

─ Claro, vamos lá. ─ Sorri.

Pois é. Seis meses. Fazia seis meses que estávamos ali, metade de um ano letivo e não conseguimos arrumar uma forma de voltar. Mas isso não era tudo. Eu, nesses seis meses, fiquei apenas me desesperando sobre minha terrível descoberta.

MINHA MÃE NAMORA O VOLDEMORT QUE AINDA NÃO É VOLDEMORT OFICIALMENTE PORQUE ELE ESTÁ AINDA SEM A CARA DE COBRA! Pronto, desabafei. Dá pra entender meu desespero? E nem Sean conseguia explicar direito. Quer dizer, para ele é normal a melhor amiga dele (minha mãe) namorar um cara que é poderoso e planeja dominar o mundo por trás das cortinas até que chegue o momento de se revelar como o “incrível” Você-Sabe-Quem-Não-Eu-Não-Sei-Quem.

─ Porque está com cara de “minha vida acabou mas estou com fome e quero chocolate”? ─ Sirius Black, o padrinho super gato de Harry, que em seus 15 anos é um cara ainda mais super gato, me abraçou pelo ombro.

─ Oi Six. ─ Sorri. Eu meio que realizei o sonho de toda fã: conhecer os marotos, caramba! Eles eram tão incríveis. ─ Só estou agonizando em minha triste vida. ─ Depreciei.

─ Credo. ─ Ele franziu a testa. ─ Está pior que o veado quando leva uns foras da Lily.

─ Não é veado, é cervo, seu tribufu! ─ James se intrometeu.

─ Cara, eu amo vocês! ─ Sorri alegremente, esquecendo meus problemas. ─ Permitam-me que eu seja aprendiz oficial dos marotos?

─ Claro. ─ Eles sorriram. ─ Só não conte ao Aluado, ou ele vai brigar com a gente por estarmos sendo “má influência” para as futuras gerações. ─ James continuou e eu ri.

─ Remus também é um maroto, então isso não é nada. ─ Sorri e olhei para o garoto quieto que de todos eles era meu maroto favorito. ─ Não é, lobinho?

Ele revirou os olhos.

─ Nem tem como eu brigar, você por si própria já é uma má influência. ─ Remus sorriu.

─ Poxa, magoou. ─ Indignei-me e Harry riu.

─ Mas é verdade, Lya. Você que nos levou para o caminho das sombras. ─ Disse ele.

─ Tem razão. Não me arrependo disso, aliás. ─ Sorri orgulhosa.

─ Então, qual vai ser seu nome de marota? ─ Sirius perguntou alegremente.

─ Reaper, a ceifadora de todo o mal e propagadora do caos em massa. ─ Sorri maliciosa. ─ E o Harry...

─ Não diga nada. ─ O garoto-raio interrompeu. ─ Eu já sei qual vai ser meu nome de maroto! Bastante incomum, mas é perfeito, ainda mais com um raio em minha testa... ─ Ele começa com um sorriso orgulhoso. ─ Eu vou ser Luthor, o deus do raio e das travessuras.

─ Esse deus não existe. ─ Arqueei uma sobrancelha.

─ Eu sei. ─ Ele deu de ombros. ─ Baseei em Thor e Loki. É uma mistura!

─ Mas isso é um ultraje! ─ Olhei para ele indignada. ─ Não se mistura o Loki delícia com o Thor gatão. Criaria uma criatura perfeita demais! Ou não...

─ Você os conhecesse? ─ Harry me olhou boquiaberto.

─ Nop. Nem sei se eles existem, mas eu assisti Thor. ─ Respondi simplesmente.

─ Assistiu Thor? Como assim? ─ Remus franziu a testa.

─ Tem filme sobre ele? ─ Lily, que estava ouvindo tudo, perguntou curiosa.

─ Filme? ─ Sirius cochichou para James, que estava tão confuso quanto o outro.

─ Esquece. Agora não tem, mas no futuro terá. Beeeeeem no futuro... Muito, muito tempo depois... ─ Respondi lembrando-me de quando eu morava no Brasil. ─ Enfim, seremos Reaper e Luthor. Legal! ─ Sorri animada.

─ Eu não aprovo isso. ─ Lily crispou os lábios. ─ Vocês vão se meter em encrencas se seguirem os passos deles...

─ Gente! ─ Daphne aparece do nada correndo até nós. ─ Venham comigo!

─ Hein? ─ Pergunto confusa. ─ O que houve?

─ Eu descobri tudo. ─ Ela explica eufórica. ─ Descobri como viemos parar no passado. Sean foi muito ardiloso, afinal.

─ Eu fui? Por quê? ─ O Sean do passado questiona, vindo atrás de nós.

Percebi então que Harry, James, Lily, Sirius, Remus, Sean e eu estávamos correndo atrás de Daphne, igual retardados.

─ Aquele quarto no Palast, ─ Ela começa, olhando para mim. ─ Era uma réplica perfeita da Sala Precisa. ─ Ela conta e eu arregalo os olhos. ─ Então, quando entramos lá sem saber, e ficamos pensando naqueles malditos números que o Sean do futuro ficava falando, viemos para 1974 acidentalmente. Quer dizer, nem tanto. Ele tinha planejado tudo!

─ Incrível! ─ Admiro-me com a astúcia de meu irmão. ─ Mas porque estamos correndo?

─ Porque se formos até a Sala Precisa e pedirmos um portal de volta para nosso tempo, nós poderemos voltar. ─ Ela diz e eu percebo que estamos em frente à tapeçaria que dava para a Sala Precisa.

─ Eu não entendi nada. ─ Sirius se manifesta. ─ Mas, isso significa que arrumaram uma forma de voltar?

─ Sim. ─ Respondo pesadamente, encarando Harry, que me encara de volta.

─ Então os senhores irão voltar para vosso tempo? ─ McGonagall pergunta atrás de nós, fazendo-nos dar um pulo.

─ Professora? ─ Pergunto confusa. ─ O que faz aqui?

─ Quando saíram correndo do Salão Principal, Dumbledore mandou-me vir investigar. ─ Ela deu de ombros.

─ Ah. ─ Murmuro e então olho para os marotos. ─ Ainda não, mas em breve iremos.

─ Certo. ─ Ela dá um breve sorriso. ─ Mas o que é essa Sala Precisa?

─ Desculpe-nos, mas não poderemos dizer se não poderá mudar para sempre o futuro e terá causas inimagináveis. ─ Daphne mente perfeitamente. ─ Ela é muito importante, entende?

─ Eu entendo. ─ A senhora nos encara. ─ Esperarei ansiosa para dar aula a vocês futuramente.

Acho que isso é tudo o que conseguiremos dela com um significado semelhante a “Gostei de vocês, pestes! Quero todos na Grifinória!”.

─ Não se preocupe professora, não se livrará de nós tão cedo. ─ Sorrio.


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Notas finais do capítulo

Oi! Vim mais cedo do que eu pensava, mas é uma comemoração por eu finalmente chegar a um final que eu me agradasse. Pro epilogo, eu quero dizer. Ainda falta mais um capítulo oficial (o depois desse) e então é o epilogo. E depois, TH3! o/
Esse também é um capítulo de "adeus férias"! :(
Pois é, amanhã começa meu tormento. Mas enfim, acho que até semana que vem já posto TH3. *-*
Ah, e quase ia esquecendo... Quero agradecer a todas/todos vocês que leem a fic. 150 comentários! Obrigada! Não conseguiria chegar até aqui sem vosso apoio, acreditem. Amo vocês. s2
Posso continuar a contar com vocês né? Haha. ^^
Até o próximo, até logo. Beijos! s2



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