Rainha dos Corações escrita por Angie


Capítulo 48
O Amor Mais Puro | Henrik e Layla


Notas iniciais do capítulo

Gente linda do meu core, eu sei que não postei na semana passada como prometido e me sinto muito culpada por isso. A escola anda sugando minha vida social (que, nos últimos tempos, inclui, principalmente, RDC, porque tá complicada a coisa). São provas e mais provas, não consigo lidar. Vocês sabem, eu me importo muito com minhas notas, então meu estresse está no céu. Mas essa semana foi mais tranquila, então tive tempo para escrever esse capítulo. Espero que vocês gostem dele tanto quanto eu!!!
Música tema Larik: Little do you know - https://www.youtube.com/watch?v=L-lp2bejhm4



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Quando a porta do Salão se fechou, fazendo com que um som alto se espalhasse por todo o recinto, Henrik já sabia exatamente quem havia saído. Seus olhos castanhos, aflitos, logo procuraram o local que era ocupado pela bela cabeleira loira cintilante, mas ela não estava mais lá. Sua vontade era de correr dali também, segui-la para onde quer que fosse, para explicar. Explicar que não sabia de nada, deixar claro que aquele casamento não era a vontade dele. Mas, infelizmente, os sentimentos da garota pouco importavam para todos os outros convidados, que ainda esbaldavam alegria para os recém-anunciados noivos.

— Um brinde para Henrik e Luísa — pediu a mãe do rapaz, já tendo em mãos uma taça cheia de um líquido amarelado que soltava bolhas estranhas, que as pessoas finas de mais idade costumavam chamar de champanhe. — Que a felicidade esteja desde já na caminhada deles!

Mesmo não concordando com aquelas palavras — pois não queria ter caminhada alguma com a Princesa latina —, ele ergueu seu próprio copo, forçando um sorriso. Ele sabia que, se demonstrasse qualquer reação diferente do esperado, seria muito julgado e, se ainda pensassem que ele tinha a idade de Saphira, até o colocariam de castigo. Era melhor ficar calado, como se fosse um bom menino.

— Com sua licença, Majestades, eu gostaria de proferir algumas palavras — disse a nobre estrangeira em dinamarquês, claramente se esforçando para esconder seu forte sotaque espanhol, logo recebendo o aceno positivo dos soberanos. — Em minha terra, quando fazemos as primeiras promessas de fidelidade, damos ao comprometido um chumaço de nosso cabelo. Isso tem um enorme significado e passa de geração em geração. Dessa forma, uma parte de nosso adorado estará sempre conosco. Até hoje meu pai guarda os fios cor de cobre de minha mãe em um dos seus amuletos. E eu, como boa latino-americana, desejo continuar essa tradição.

Dito isso, ela tirou de dentro de sua enorme túnica verde e roxa — a qual tinha um nome específico que Henrik não se lembrava — uma adaga de ouro inteiramente adornada com pedras preciosas. Levou a peça brilhante a seus cabelos, até uma região bem próxima à nuca. Dali mesmo ela cortou um pouco menos de dois dedos, que, antes que ele percebesse, já estavam em sua mão, parecendo penas, de tão leves e delicados. Apesar de considerar um ato bonito da parte dela, por estar tentando aproximar seu noivo da cultura de seu futuro país e tudo, o jovem Príncipe se recusava a fazer o mesmo. Os dinamarqueses apenas trocavam alianças na igreja, consumavam a união e estavam casados e felizes, nada mais. Sem facas, sem fios de cabelo caindo do couro cabeludo de ninguém.

— Agradeço muito a sua gentileza — ele se forçou a falar, tentando descobrir o que fazer com o presente. — Sua cultura realmente é magnífica.

— Ora, caro irmão, você deveria fazer o mesmo — disse a voz claramente debochada de Isabella, mas que não podia ser ouvida por todo o Salão, devido à proximidade da garota do mais novo. — Afinal, daqui alguns anos esses rituais farão parte da sua vida.

Ele não respondeu, apenas continuou olhando para o foco principal do ambiente com a mesma expressão neutra. Mas se por fora ele parecia tranquilo, por dentro estava mais agitado do que nunca. Desejava que cada pessoa — sendo ela da família, nobre estrangeiro ou selecionadas que tentavam impressionar a nova cunhada — que vinha cumprimentá-los fosse sucinta com seu discurso. Queria que elas simplesmente sumissem, para que a festa terminasse. Infelizmente, porém, isso não era possível. Ele teria, por bem ou por mal, abraçar e apertar as mãos de todos.

Mesmo com toda a mágoa que estava sentindo por dentro, entre toda aquela confusão, ele sorriu para a futura esposa mais uma vez. Afinal ela, como ele, não sabia de nada. Provavelmente, fora pega de surpresa também. Não havia um porquê para culpá-la. Ter ódio dela só faria a situação piorar. Nada mudaria se ele fosse antipático, o acordo ainda estaria lá. Pelo menos por hora.

Depois que o breve alvoroço, quando todos já haviam voltado a seus lugares, o Rei anunciou que a sobremesa seria servida. Para Henrik, a melhor parte de todas as refeições. Por alguns momentos, ele pôde apreciar a perfeita torta de maça alemã trazida pelos garçons de preto. A mistura balanceada entre a maça, a fruta e o açúcar logo entrou em sua boca, causando-lhe uma incrível sensação de bem-estar. Desde que as relações entre a Germânia e os demais países aliados à Dinamarca ficara difícil, era raro ver a sobremesa predileta do garoto nas mesas do Palácio. E, naquela situação, em que ele, com estresse, não conseguia parar de pensar em Lara, aquele doce caiu como uma luva.

Tão rápido quanto o último prato da noite apareceu em sua frente, ele também sumiu, fazendo restar apenas um prato repleto de migalhas. Gostaria de pedir mais, mas sabia que não era educado. Logo, toda a saciedade emocional trazida pelo prazer de comer já havia sumido. Bendita foi a hora em que ele deixou de prestar atenção na aula de Biologia um ano antes, em que a professora dizia que o açúcar apenas oferecia um alívio instantâneo. Por acreditar que estava bem anteriormente, naquele momento o que restava a ele era apenas observar todas as alegres pessoas em sua frente, esperando que todas acabassem suas refeições.

Os olhos castanhos percorreram todo o Salão, a procura de alo para se entreterem. As integrantes mais novas da mesa, inclusive Saphira, também já prontas, faziam uma brincadeira de mímica qualquer, orientadas por Ophelia. Mais à direita do Príncipe, as gêmeas mantinham uma conversa um tanto contida para seus padrões, mas ainda assim muito animada, com Arthur — cujos olhos pareciam hipnotizados por uma delas, Henrik não conseguia distinguir qual. Mais ao fundo a velha Sybil contava histórias, provavelmente sobre sua longa vida, a Yelizaveta e Aline, que estavam maravilhadas com tanto conhecimento. Até mesmo Luísa trocava algumas palavras tímidas em espanhol com Courtney, a esposa de Augusto. Não era difícil perceber que ele era o único que estava pensando em coisas ruins naquela situação toda...   

Longos minutos — que mais pareceram horas na cabeça do garoto — se passaram até que o Salão foi completamente esvaziado. As delegações se retiraram uma por uma, se direcionando a seus quartos para descansar, tendo em vista o próximo dia estressante. Mas foi quando as Selecionadas, últimas a saírem do recinto — algumas já um tanto alteradas pela bebida, diga-se de passagem — que o jovem príncipe se permitiu soltar um suspiro de alívio. Estava livre.

— Mãe, pai, se me permitirem, irei aos meus aposentos — anunciou ele, se levantando, tentando não demonstrar nenhum dos sentimentos que o corroíam por dentro. — A festa foi ótima, mas desgastante. Preciso de uma bela noite de sono para me recuperar.

— Claro, filho — o Rei, que se encontrava sentado a seu lado, respondeu, afagando os cabelos do filho.

— O aniversariante precisa do seu descanso de beleza — afirmou Isabella, se levantando e ficando ao lado do mais novo. — Cuidado para não virar a Bela Adormecida versão maldição latina, sabe-se lá que tipos de poções essa Princesa trouxe de sua terra exótica.

Ela envolveu a cabeça do menino, tomando vantagem da pequena diferença de altura entre eles que, com certeza, seria extinguida em pouco tempo, devido ao crescimento acelerado dele nos últimos meses. Ela colocou o nariz delicado nos cabelos rentes dele, fingindo lambe-lo como costumava a fazer na infância. O momento retrospectivo, porém, logo foi quebrado por Ingrid, que, ciumenta, se aproximou dos dois.

— Isso só nos seus livros malucos de fantasia, não na realidade. Menos, Bella, menos — ela falou entre sua risada contagiante, enquanto pegava o braço da gêmea. — Vamos nos retirar também. Boa noite, família.

O par de princesas, então, depois de depositar beijos sincronizados na bochecha do menor, que limpou a baba inexistente do local assim que elas se afastaram. Com uma última gargalhada, elas se viraram. Assim, as longas e volumosas saias dos vestidos, o de Ingrid, amarelo, e o de Isabella, roxo, balançaram com seu andar gracioso. Seus cabelos, presos em tranças maravilhosas, já soltavam alguns fios, que se desprendiam com o movimento e com o vento, mas, mesmo assim, continuavam com um ar de perfeição. Ninguém poderia negar, elas sempre roubavam a cena.

— Eu vou com você,  Henrik — disse a irmã mais nova assim que as outras saíram de seu campo de visão, levantando lentamente da cadeira com os olhos se fechando de cansaço e a boca se abrindo em um bocejo.

— Não, Phinny. Você está com tanto sono que irá cair da escada. Não posso ser o culpado por um acidente, ainda mais um que envolve você — respondeu ele, em uma mentira parcial, se ajoelhando na frente da menor. — Acho melhor você ir com Alexei.

O primogênito sorriu, também já muito sonolento, mas com muita compaixão. Quase que no mesmo momento, a criança foi até ele, se aconchegando em seu abraço. O vestidinho creme com flores vermelhas dela se destacava no terno negro dele. Os braços magros se entrelaçavam de uma maneira tão confiante que até pareciam tão fortes quanto os do mais graduado dos oficiais militares. Em alguns momentos, Henrik desejava que ela tivesse aquela intimidade também. Não poderia negar, a caçula era incrível, uma pessoa com quem qualquer pessoa deveria querer se relacionar. Aquela situação, porém, não era a ideal para querer ser amigo da irmã. Primeiro, ele precisava resolver seus problemas. E sozinho.

Por fim, ele lançou um último olhar aos pais e aos irmãos. Com toda a calma — usual para sua personalidade mais tranquila — ele saiu do Salão. Seus passos até a porta eram lentos, como se, em alguns momentos, ele fosse desmaiar de sono. Mas a verdade era que sua mente estava muito mais acelerada que o normal. Ele não conseguia parar de pensar na reação de Lara, em como ela deveria estar triste. A calmaria externa toda era só um disfarce, uma máscara para que a família continuasse pensando que ele era um rapaz conformado, a qual logo foi tirada. Isso porque, no instante em que cruzou a porta, certificando-se que não estava mais no campo de visão de ninguém, ele começou a correr.

Enquanto corria, um milhão de pensamentos percorriam sua mente. Suas pernas percorriam os caminhos entre o labirinto de corredores praticamente sozinhas, pois sua concentração estava em outras coisas. Mais especificamente, em outra coisa, que o dominava desde o anúncio de seu noivado. Nem nos quadros, que costumavam a tirar sua concentração, importavam mais. Ele apenas queria chegar logo aonde seu coração pertencia.

Lara não deveria estar no quarto, muito menos em qualquer dependência interna do Palácio. Mesmo nos momentos mais sombrios, ela preferia o ar livre. Quando crianças, sendo no Império Soviético ou na Dinamarca, o par de amigos geralmente brincava nos jardins, nada de brincadeiras pacíficas como as de Saphira. As risadas e a alegria estavam livres como o vento, não presos pelas paredes fortificadas da Residência Real. Era por isso, talvez, que seus passos o guiavam para aquele extremo da construção.

Quando ele finalmente parou de correr, já se encontrava na escuridão da noite no jardim. Como imaginara, sua melhor amiga estava sentada a alguns metros para dentro do gramado, com os cabelos dourados balançando com a brisa suave e batendo de leve em seu vestido de noite azul escuro. Assim, à luz da lua, ela parecia mais clara ainda, tanto que sua pele brilhava. Seus olhos azuis estavam olhando para os limites de seu campo de visão e não perceberam a presença do garoto, o que era até bom, porque ele não fazia ideia de como proceder.

Henrik, então, aproximou-se lentamente dela, com as pernas tremendo de tanto nervosismo.

— Lara…— chamou ele, encostando a mão na madeira áspera por trás dela.

Ela olhou para ele, porém não falou nada. Na verdade, nem sequer parecia que ela realmente olhava para ele, pois não demonstrava nenhuma reação. Ao sentar ao lado dela, ele pôde perceber toda a decepção, toda a tristeza. O menino nunca a vira daquele, estava acostumado com seu jeito alegre e ativo, e se sentia muito culpado.

— Lara, eu… — ele disse, apertando as mãos nas coxas. — Eu não sabia, não sabia de nada. Se tivessem me informado antes, você teria sido a primeira pessoa para quem eu ligaria. A primeira e a última. Não esconderia uma coisa dessas de você.

Ela continuou calada e sem expressão, deixando-o mais desesperado do que nunca.

— Admito, meus pais já estavam comentando sobre os nossos noivados, meus e das minhas irmãs. Ingrid e Isabella irão casar com os Príncipes do Reino Unido e da Noruega, respectivamente, e Saphira, é muito provável, com o filho de grande Chefe da Aeronáutica Dinamarquesa. Mas nada sobre mim havia sido confirmado — ele explicou, tentando encostar no braço dela, porém ela o afastou. — Há uma lógica por trás isso, nunca planejariam algo sem um motivo. O Império Latino-Americano é muito poderoso, pode trazer várias vantagens econômicas quando aliado a nós, assim como o seu país. Você sabe, o dinheiro é sempre um fator levado em conta nesses arranjos. Eles devem ter escolhido Luísa pelo número significantemente menor de ligações que a Europa tem com o Hemisfério Ocidental Sul.

Ela não pronunciou palavra alguma por mais alguns segundos. Mas logo quebrou seu voto de silêncio com um suspiro.

— Não é por isso, Henrik. Eles a escolheram porque ela merece, porque ela é uma perfeita herdeira. Eu não sou a Princesa que um pai ou mãe quer para seu filho, tenho que me conformar com isso. Não sirvo para esse cargo. Consigo imaginar a vergonha que seu país passaria se fosse representado por mim — daquela vez ela realmente olhou para ele, fazendo-o perceber que seus olhos estão inchados de chorar. — Meu pai e seus conselheiros querem, sim, uma aliança firme com a Dinamarca, até porque temos terras em sua administração. Mas eu sempre soube que essa ligação entre nossas nações não seria feita por mim, mesmo com toda a amizade que nós dois já temos. Meus pais até cogitaram, vários anos atrás, mandar uma proposta para unir Victoria a Alexander, mas nunca sequer citaram o meu nome… Obviamente, Luísa é melhor que eu em todos os quesitos.

— Eu não a conheço, Lara. Eu a vi pela primeira vez ontem, nunca troquei palavras com ela, tirando as polidas do anúncio de hoje — ele disse, mordendo o lábio inferior. — Por mais que um acordo tenha sido assinado, algumas frases com vocabulário rebuscado e chique não podem me obrigar querer casar com ela. Não pode impor uma relação que não tenho e que não irá surgir do nada, como eles desejam. E, acima de tudo, não pode mudar o que eu sinto por você.

Num impulso, ele diminuiu a distância ainda existente entre eles. Seus olhos se fecharam automaticamente e, quando se deu por conta, seus lábios já estavam colados aos dela. Ele pôde sentir nitidamente o perfume muito fraco de amoras do qual tanto gostava e que o fazia flutuar nas nuvens. Naquele instante, ele não conseguia pensar em nada, só no quão boa era a sensação de tê-la tão perto, tocando-o de um jeito que até o momento era desconhecido. Nada de Luísa, nada dos pais, nada de obrigações. Queria que sua mente pudesse viajar para aquele universo paralelo de paz sempre...

***

De longe, uma figura com longos cabelos negros, que quase sumiam na escuridão da noite, observava toda a cena que ocorria a alguns metros dela. Dali, já conseguia sentir toda a emoção, mas também toda a inocência contida naquele beijo. Vendo aquilo, ela se lembrava de todas as histórias que a mãe contara a ela quando menor, sobre o príncipe que levava suas princesas pelo céu estrelado como o daquela noite, com simplicidade material, mas com o luxo que apenas o amor poderia proporcionar. E, mesmo não conhecendo bem os dois adolescentes, ela já desejava que aquele fosse o caso deles.

— Parece que o jardim se tornou ponto de escape de outras pessoas também — disse uma voz vinda de trás dela, que logo se revelou pertencer a um homem jovem de cabelos castanhos que ela reconheceu de outras madrugadas. — A senhorita não tem mais a harmonia que tanto deseja.

— Não por isso. Ver algo tão doce não atrapalha minha paz, muito pelo contrário, apenas a alimenta — ela respondeu, enquanto ele se sentava no outro extremo do banco. — Algo dentro de mim parece se alegrar, se acalmar, mais até do que quando eu estou completamente sozinha.

Os apaixonados que desejam unir-se por laços eternos estão anunciando o pressentimento da imortalidade da alma — ele citou e suas palavras, mesmo parecendo não se encaixarem muito bem no contexto do momento, fizeram o maior sentido para Layla, trazendo-a sentir como se já as tivesse ouvido em outras épocas.  — Seu espírito, de tão puro, se contenta apenas em observar a felicidade, podendo senti-la mesmo sem estar diretamente ligada a ela.

Ela olhou para os profundos olhos verdes dele, como se pudesse ver através dele, dentro de sua alma, de sua alma imortal, e tirar de lá algo que era invisível a olho nu, algo muito antigo. Ele, então, sorriu para ela com toda a simplicidade, como se já tivesse feito aquilo um milhão de vezes. Ela, como se fosse o ato mais casual de sua vida, sorriu de volta. E então eles voltam a olhar para a cena que ainda ocorria em sua frente, admirando a suposta alegria. Daquelas duas pessoas ainda tão jovens. Afinal, amar é encontrar a própria felicidade na felicidade alheia.


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