Rainha dos Corações escrita por Angie


Capítulo 16
Academia Real Militar | Isabelle e Ulrika


Notas iniciais do capítulo

Hoje é quinta e quinta é dia de RDC!!!
Gente, desculpa por demorar tanto! Fim de ano não é mole! Mas agora estou de férias uhuuuu!
Resolvi dedicar um pouco do meu tempo para resolver algumas pendências que eu tinha (da Fanfic mesmo ashuahsuahs). Agora -quase- todo o 'antes' da história está completo!!! Tenho até uma cronologia!
Espero que vocês gostem!



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— Lembram-se da última grande guerra? – perguntou a professora, andando por entre as classes. – Motivos, países envolvidos e consequências... Rápido, meninas!

Isabelle resolveu não responder, ficando assim, quieta. À sua frente, pôde perceber algumas concorrentes levantando as mãos, um tanto tímidas. A docente trazia medo às meninas, por gritar. Tanto que, na aula dela, diferente da das demais, as Selecionadas ficavam caladas e apenas falavam quando a palavra era dirigida a elas.

— A última grande guerra foi a chamada “A Guerra da Germânia”, há 145 anos. – disse uma menina que estava no fundo da sala, cuja voz quase não era ouvida. – Envolveu cinco países que, antigamente eram chamados de Alemanha, Holanda, Bélgica, Polônia e Hungria.

—Muito bem, Ferissa.

A expressão no rosto pálido da professora era de tanto orgulho que Isabelle se viu obrigada a olhar para trás. A tal Selecionada era morena e sua farda estava apertada demais no peito, o que a fazia parecer mais sensual ainda. O tamanho da peça de roupa fora ajustado, sem dúvidas, pois a das outras se encaixava perfeitamente. Os olhos, mesmo que de longe, demonstravam uma inocência forçada, provavelmente tentando agradar a professora. Essa seria uma adversária difícil, pois, além de inteligente, era bonita e, é claro, oferecida.

— Sou professora como a senhora, por isso sei de tudo. – disse a menina, sorrindo ainda mais.

— Eu perguntei? – questionou a docente, obrigando Isabelle a segurar uma bela gargalhada. – Continuando. Vocês sabem como esse conflito terminou?

Desta vez apenas uma garota estendeu o braço. Era uma ruiva. A que recebera o apelido maldoso de “Mareada”, por sempre estar com um estranho mal estar. O seu braço magrinho, fazendo jus ao seu corpo pequeno, estava erguido de forma elegante, porém um tanto insegura. Isabelle pôde perceber isso pois estava bem ao lado da concorrente e sabia muito bem como notar a hesitação em alguém.

— Ivor Manteuffel, um jovem alemão, achou uma maneira pacífica de unificar todos esses países em um só: a Germânia. Ele se tornou o primeiro Rei do país, iniciando, também, o longo reinado dos Manteuffel, que dura até os dias atuais.

A professora sorriu novamente, parecendo satisfeita como nunca antes em suas aulas. Era uma pena que, quando tudo começava a ficar mais leve, a semana na Academia Militar estava acabando. O caminhar da mulher por entre as mesas, como fazia no momento, certamente deixaria saudades.

— Ótimo, Laryssa. Finalmente vocês estão me respondendo. Depois de cinco longos dias. Uma de vocês será princesa, terá de falar em público. – falou, meio feliz, meio zangada. – Enfim. Falando da Família Manteuffel, o que vocês conhecem dela?

— Apenas sei que a Rainha Juliane é dessa linhagem e que o Rei agora se chama Werner. – Isabelle resolveu se manifestar, não tendo muita certeza de suas palavras.

— Acho que você está errada. – anunciou outra menina ruiva, cujo nome começava com W, com um ar autoritário. – Quem governa agora é Luther, o antigo soberano morreu de vergonha por não ter herdeiros.

— Mas dizem que Werner será sempre o rei nos corações germanos. – defendeu a “Mareada”. – E eu ainda acredito que ele ainda está vivo... Seu falecimento é muito suspeito para o meu gosto.

— Se você não quiser acreditar na verdade, o problema é seu. – disse a outra, já exaltada.

— Meninas, meninas, se acal...

Antes mesmo de ela terminar a frase, o sinal estridente, anunciando o fim do período, tocou. O som preenchia todo o ressinto que já não era muito grande, fazendo os ouvidos de Isabelle doerem, como sempre. As meninas, automaticamente, ignorando a sensação de surdez, puseram-se de pé. Fizeram a estranha saudação à professora, cruzando os braços atrás das costas, erguendo a cabeça e batendo os pés. Por fim, entoaram o grito de guerra da Academia.

— Estão liberadas.

****

As Selecionadas foram levadas ao auditório da Academia após um curtíssimo intervalo. Todas estavam sentadas, aguardando. Enquanto isso, Ulrika Amelie conversava com duas garotas, esbanjando alegria como sempre. Elas falavam sobre tudo; família, educação e muito mais. Mayrelles e Kristal eram extremamente simpáticas, e Ulrie realmente esperava que as duas se tornassem suas amigas.

Infelizmente, não demorou muito para a elegante Major Solkan aparecesse. Instantaneamente, todos os presentes se calaram. A recém-chegada portava o seu belo sorriso. A militar deveria ter seus 40 anos e ainda tinha a beleza de uma adolescente, trazendo inveja às garotas.

Em suas mãos, ela transportava um maço de folhas. Ulrie estranhou, porém não disse nada por medo. Ficou só observando a figura esbelta subindo no palco. Nenhuma preocupação era percebida no rosto dela, então não era necessário ficar nervosa.

— Queridas Selecionadas, espero que tenham gostado da semana em que estudaram aqui na Academia e que tenham aproveitado essa oportunidade única.- disse a mulher, segurando as folhas perto do peito. – Para encerrar essa etapa, faremos uma pequena avaliação.

Algumas meninas protestaram, iniciando assim os ruídos, antes inexistentes. Nenhuma delas esperava ter de passar por tudo aquilo: primeiro a inspeção de saúde, depois as aulas na rígida escola militar e, por fim, uma prova. Ulrie, porém, acreditava que tudo era para o bem e sabia que a prova não seria difícil.

— Meninas, por favor, fiquem quietas! – disse a Major, provocando uma onda de silêncio repentina. – Ser da realeza não significa apenas usar belas coroas e vestidos, precisa-se, também, ter uma educação de qualidade. A família Schiønning não quer alguém sem conhecimentos em seu palácio. Por isso estamos testando-as.

Terminando de falar, a militar desceu do palco. Seu andar calmo não fazia jus à agitação das candidatas a sua volta. Para algumas meninas atrás de Ulrika Amelie, o mundo parecia estar ruindo. Tudo por causa de um pequeno exame com alguns pré-requisitos para ser esposa do Príncipe.

Aliás, pensou Ulrie, a autoestima deveria estar incluída nessas exigências, afinal, uma princesa deve ser confiante para lidar com a política do País.

Uma por uma, a Major entregava as provas. Demonstrava um sorriso encorajador para cada menina, sem exceções. Assim passava por entre as inúmeras colunas do auditório, por vezes se apoiando nas poltronas azul-escuras para dar a volta. Aconselhava todas a não abrirem o caderno de provas até segunda ordem, para evitar injustiças.

A professora chata de História não pode ser substituída por essa mulher? Questionou Ulrika a si mesma, enquanto recebia a prova com um sorriso.

Quando terminou, ela voltou ao palco. Já não tinha nenhuma folha em mãos, mas ainda demonstrava uma alegria carinhosa. Era difícil não gostar dela.

— A prova é simples; consiste em 25 questões objetivas de Estudos Sociais, 30 de Dinamarquês, 15 de Matemática e uma redação argumentativa com assunto pré-determinado por nossa equipe. – anunciou ela, já parada em seu local inicial. –Façam tudo com tranquilidade, não fiquem nervosas. Boa sorte. Vocês estão autorizadas a começar.

Logo que a coordenadora terminou sua fala, Ulrika encarou os papéis em sua frente. Eram quinze longas páginas. 70 questões. Uma redação. Se ela realmente quisesse conquistar o príncipe, deveria se sair bem.

Não seria nada fácil.


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Notas finais do capítulo

E aí, o que acharam? Gostaram? Odiaram?
Tenho que adimitir que eu estava em uma crise! Não conseguia escrever, kkkkkk
O próximo (provavelmente) será um especial de Natal. Amo especiais!
Uma pergunta: se acontecer um baile em Amalienborg, você preferem que eu crie as roupas ou que vocês criem?
Até, Jujubas