Obsidian escrita por Abby Swan


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoal, como vocês devem ter percebido é uma fanfic completamente diferente de Beward, eu sei, é minha primeira fanfic e ela é inspirada na trilogia LUX da JENNIFER L. ARMENTROUT.Espero que gostem! Postarei um vez na semana, fanfic movida reviews... Favoritos, recomendações etc.

Beijos novos leitores!



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Capítulo 1

Eu olhei para a pilha de caixas no meu quarto novo, desejando que a internet estivesse ligada. Não ser capaz de fazer qualquer coisa com o meu blog desde que me mudei para cá era como perder um braço ou uma perna. De acordo com a minha mãe " A louca obsessão da Bella", era a minha vida inteira. Não totalmente, mas era importante para mim. Ela não ligava para os livros da maneira que eu fazia.

Eu suspirei. Fazia dois dias que estávamos aqui, e ainda havia tanta coisa para desempacotar. Eu odiava a ideia de caixas ao redor. Até mais do eu que odiava estar aqui.

Pelo menos eu finalmente parei de pular com cada rangido desde que me mudei para Virginia "por deus" do Oeste e esta casa que parecia algo saído de um filme de terror. Ela ainda tinha uma torre - uma maldita torre. O que eu deveria fazer com isso?

Ketterman era sem personalidade jurídica, ou seja , não era uma cidade real. O lugar era mais próximo era Petersburgo - uma cidade de dois ou três semáforos, próxima a algumas outras cidades que provavelmente não tinham Starbucks. Nós não recebíamos correios em nossa casa. Tínhamos que dirigir até Petersburgo para receber nossa correspondência.

Bárbaro.

Como um chute na cara, isso me bateu. Flórida se foi - comida pelas milhas que tínhamos viajado em uma corrida louca para minha mãe começar de novo. Não é que eu sentia falta de Gainsville, do clima, da minha antiga escola ou até mesmo do nosso apartamento. Encostada na parede, eu esfregava a palma da minha mão sobre a testa.

Eu sentia falta do meu.

E Flórida era o meu pai. Foi onde ele nasceu, onde conheceu minha mãe, e onde tudo tinha sido perfeito... Até que tudo se desfez. Meus olhos ardiam, mas eu me recusei a chorar. Chorar não mudaria o passado, e meu pai teria odiado saber que eu ainda estava chorando, três anos depois.

Mas eu sentia falta da minha mãe, também. A mãe de antes de meu pai morrer, a que costumava enrolar-se no sofá ao meu lado e ler um de seus romances inúteis. Parecia uma vida atrás. Certamente era metade de um país atrás.

Desde que meu pai morreu, mamãe tinha começado a trabalhar mais e mais. Antes ela costumava querer estar em casa. Então pareceu que ela queria estar o mais longe possível. Ela finalmente tinha desistido dessa opção e decidimos que precisávamos dirigir para longe. Pelo menos desde que tínhamos chegado aqui, mesmo que ela ainda estivesse trabalhando como um demônio, ela estava determinada a estar mais na minha vida.

Eu tinha decidido ignorar a minha linha interna compulsiva e deixar as malditas caixas hoje, quando o cheiro de algo familiar fez cócegas no meu nariz. Mamãe estava cozinhando. Isso não era nada bom.

Corri lá embaixo.

Ela estava no fogão, vestida com uma roupa velha de bolinhas. Só ela podia usar um chapéu horroroso de bolinhas e ainda conseguir uma boa aparência. Mamãe tinha um cabelo loiro glorioso de corte reto e olhos castanhos brilhantes. Mesmo com bolinhas ela fazia com que eu parecesse tediosa com os meus olhos castanhos e cabelo castanho claro. E de alguma forma acabei mais... Torneada do que ela. Quadris curvilíneos, lábios inchados, e enormes olhos que a mamãe amava, mas que me faziam parecer uma boneca kewpie demente.

Ela virou-se e acenou com uma espátula de madeira para mim, os ovos meio cozidos respingando sobre o fogão.

— Bom dia, querida.

Olhei para a bagunça e me perguntei qual a melhor forma de resolver esse fiasco que ela fez, sem ferir seus sentimentos. Ela estava tentando fazer a mãe faz tudo. Este era um enorme progresso.

— Você está em casa mais cedo.

— Eu trabalhei quase um turno duplo entre ontem e hoje. Estou trabalhando de quarta-feira a sábado, das onze até as nove horas, isso me deixa com três dias de folga. Estou pensando em um ou outro trabalho por meio período em uma das clínicas por aqui ou, eventualmente, em Winchester. — Ela colocou os ovos em dois pratos e deixou a parte meio queimada na minha frente.

Delicia. Acho que já era tarde demais para uma intervenção, então eu vi uma caixa apoiada no balcão agora marcada com "Pratarias & Coisas".


— Você sabe como eu não gosto de não ter nada para fazer, então eu vou dar uma olhada nelas em breve.

Sim, eu sei. E a maioria dos pais provavelmente tiraria seu braço esquerdo fora antes de pensar em deixar uma adolescente sozinha em casa o tempo todo, mas não a minha. Ela confiava em mim, porque eu nunca lhe dei razão para não confiar. Não foi por falta de tentativa.Bem, ok, talvez fosse.

Eu era meio chata.

No meu antigo grupo de amigos na Flórida, eu não era a silenciosa, mas eu nunca ignorei a aula, mantinha um 4.0, e era muito bonita, uma boa menina. Não porque eu estava com medo de fazer algo imprudente ou selvagem, eu não queria acrescentar mais aos problemas da mamãe. Não na época...

Agarrando dois copos, os enchi com o suco de laranja que mamãe deve ter pegado a caminho de casa.

— Você quer que eu faça as compras hoje? Nós não temos nada.

Ela balançou a cabeça e falou com a boca cheia de ovos.

— Você pensa em tudo. Uma ida ao supermercado seria perfeito. — Ela pegou sua bolsa em cima da mesa, tirando dinheiro. — Isso deve ser o suficiente.

Eu guardei o dinheiro em minha calça jeans, sem olhar para a quantidade, ela sempre me deu muito em primeiro lugar.

— Obrigada — Eu murmurei. Ela se inclinou para frente, com um brilho nos olhos.

— Então... Hoje de manhã eu vi uma coisa interessante.

Só Deus sabe como ela é. Eu sorri.

— O quê?

— Você já reparou que existem dois jovens da sua idade na porta ao lado?

Meu interior se revirou e os meus ouvidos se animaram.

— Sério?

— Você não esteve do lado de fora, não é? — Ela sorriu. — Eu tinha certeza de que você estaria sobre todo esse canteiro de flores nojento até agora.

— Estou pensando sobre isso, mas as caixas não irão se desempacotar sozinhas. — Eu dei-lhe um olhar aguçado. Eu amava essa mulher, mas ela às vezes de alguma forma, me fazia esquecer essa parte. — Enfim, de volta para os vizinhos.

— Bem, uma é uma garota que se parece com a sua idade, e tem um menino. — Ela sorriu enquanto se levantava. — Ele é um gato.

Um pequeno pedaço de ovo ficou preso na minha garganta. Era seriamente grosseiro ouvir a mamãe conversar sobre os meninos da minha idade.

— Gato? Mãe, isso é tão estranho. Mamãe se empurrou para fora do balcão, pegou o prato da mesa, e dirigiu-se para a pia.

— Querida, eu posso ser velha, mas meus olhos ainda estão funcionando bem. E eles realmente estavam funcionando mais cedo.

Eu me encolhi. Dupla grosseria.

— Você está se transformando em algum tipo de puma? Isso é algum tipo de crise de meia idade que eu precise ficar preocupada?

Enxaguando o prato, ela olhou por cima do ombro.

— Bella, eu espero que você faça algum esforço para conhecê- los. Eu acho que seria bom para você fazer amigos antes da escola começar. — Fazendo uma pausa, ela bocejou. — Eles podem lhe mostrar os arredores, não é?

Recusei-me a pensar sobre o primeiro dia de escola, garota nova e tudo mais. Joguei meus ovos não consumidos no lixo.

— Sim, seria bom. Mas eu não quero ir batendo em sua porta, implorando para serem meus amigos.

— Não estaria implorando. Se você se colocar em um desses vestidos bonitos que você usava na Flórida, em vez disso. — Ela puxou a barra da minha camisa. — Estaria paquerando.

Olhei para baixo. Isso dizia MEU BLOG É MELHOR DO QUE SEU VLOG. Não havia nada de errado com isso.

— E se eu aparecer na minha calcinha?

Ela bateu o queixo, pensativa.

— Isso com certeza causaria uma impressão.

— Mamãe! — Eu ri. — Você deveria gritar comigo e me dizer que não é uma boa ideia!

— Baby, eu não me preocupo com você fazendo nada de estúpido. Mas, falando sério, faça um esforço.

Eu não tinha certeza de como "fazer um esforço".

Ela bocejou novamente. — Bem, querida, eu vou pegar no sono.

— Tudo bem, eu vou pegar algumas coisas boas no supermercado. — E talvez palha e plantas. O canteiro de flores do lado de fora estava horrível.

— Bella? — Mamãe tinha parado na porta, franzindo a testa.

— Sim?

Uma sombra cintilou em seu rosto, escurecendo os seus olhos.

— Eu sei que esta mudança é difícil para você, especialmente antes de seu último ano, mas foi a melhor coisa que nós fizemos. Ficar ali, naquele apartamento, sem ele... É hora de começarmos a viver novamente. Seu pai teria desejado isso. — O nó na minha garganta que eu pensei que tivesse deixado na Flórida estava de volta.

— Eu sei, mãe. Eu estou bem.

— Você está? — Seus dedos se enrolaram em um punho. A luz do sol que entrava pela janela refletia a banda de ouro em seu dedo anelar.

Eu balancei a cabeça rapidamente, necessitando tranquilizá-la.

— Eu estou bem. E eu vou na porta ao lado. Talvez eles possam me dizer onde é o supermercado. Você sabe, fazer um esforço.

— Excelente! Se precisar de algo, me ligue. Ok? — Os olhos da mamãe lacrimejaram em outro longo bocejo. — Eu te amo, querida.

Eu comecei a dizer a ela que eu a amava muito, mas ela desapareceu no andar de cima antes que as palavras saíssem da minha boca.

Pelo menos ela estava tentando mudar, e eu estava determinada a pelo menos tentar me encaixar aqui. Não me esconder no meu quarto, no meu laptop durante todo o dia como mamãe tinha medo que eu fizesse. Mas, misturar-me com adolescentes que eu não conhecia não era a minha praia. Eu prefiro ler um livro e perseguir meus comentários do blog.

Mordi o lábio. Eu podia ouvir a voz do meu pai, a sua frase favorita me incentivando: "Vamos lá, Bells, não seja uma espectadora". Eu inclinei meus ombros. Meu pai nunca deixou a vida passar por ele...

E perguntar sobre o supermercado mais próximo era uma razão inocente o suficiente para me apresentar. Se a mamãe estivesse certa e eles tivessem a minha idade, talvez isso não fosse um fracasso épico de movimento. Isso era estúpido, mas eu estava fazendo isso. Eu corri pelo gramado e em frente à entrada me acovardei.

Esperando na ampla varanda, abri a porta de tela e bati, em seguida, dei um passo para trás e alisei as rugas da minha camisa. Eu sou legal. Eu consigo fazer isso. Não há nada de estranho em pedir direções.

Passos pesados vieram do outro lado e, em seguida, a porta estava se abrindo e eu estava olhando para um peito muito largo, bronzeado e musculoso. Um peito nu. Meu olhar caiu e minha respiração tipo... Parou. Jeans pendurado baixo em seus quadris, revelando uma linha fina de cabelo escuro que se formava abaixo do seu umbigo e desaparecia sob a banda dos jeans.

Seu estômago era rasgado. Perfeito. Totalmente palpável. Não é o tipo de estômago que eu esperava em um rapaz de dezessete anos de idade, que é quantos anos eu suspeitava que ele tivesse, mas sim, eu não estava reclamando. Eu também não estava falando. E eu estava olhando.

Meu olhar, finalmente, viajou para o norte novamente, notei grossos cílios abanando as pontas de suas bochechas altas e escondendo a cor de seus olhos quando ele olhou para mim. Eu precisava saber qual era a cor de seus olhos.

— Posso ajudar? — Lábios cheios, beijáveis, expressavam aborrecimento.

Sua voz era profunda e firme. O tipo de voz acostumada a ouvir as pessoas e a ser obedecida sem questionar. Seus cílios levantaram,revelando olhos tão verdes e brilhantes que não poderiam ser reais. Eles eram de uma cor esmeralda intensa que se destacava no contraste vibrante contra sua pele bronzeada.

— Olá? — Ele disse de novo, colocando uma mão no batente da porta quando ele se inclinou para frente. — É capaz de falar?

Eu respirei fundo e dei um passo para trás. Uma onda de vergonha aqueceu meu rosto.

O menino ergueu um braço, afastando uma mecha de cabelo ondulado em sua testa. Ele olhou por cima do ombro, depois de volta para mim.

— Dou-lhe um...

Até o momento que eu encontrei a minha voz, eu queria morrer.

— Eu... Eu queria saber se você sabe onde é o supermercado mais próximo. Meu nome é Bella. Me mudei para a casa ao lado. — Fiz um gesto para minha casa, falando como uma idiota. — A dois dias atrás-

— Eu sei.

Ooooo-kay.

— Bem, eu estava esperando que alguém soubesse o caminho mais rápido para o supermercado e, talvez, um lugar que venda plantas.

— Plantas?

Por alguma razão, ele não soava como se ele estivesse me fazendo uma pergunta, mas eu corri para responder de qualquer maneira.

— Sim, veja, há este canteiro em frente-

Ele não disse nada, apenas levantou uma sobrancelha com desdém.

— Ok.

O constrangimento foi desaparecendo, sendo substituído por uma onda crescente de raiva.

— Bem, veja, eu preciso ir comprar plantas-

— Para o canteiro de flores. Eu entendi isso. — Ele inclinou seu quadril contra o batente da porta e cruzou os braços. Algo brilhou em seus olhos verdes. Não raiva, mas outra coisa.

Eu tomei uma respiração profunda. Esse cara me cortou mais uma vez... Minha voz assumiu o tom que minha mãe costumava usar quando eu era mais jovem e estava brincando com objetos cortantes.

— Eu gostaria de encontrar uma loja onde eu possa comprar mantimentos e plantas.

— Você está ciente que esta cidade tem apenas um semáforo, certo? — Ambas as sobrancelhas foram levantadas para o seu couro cabeludo agora, como se estivesse questionando como eu podia ser tão idiota, e foi aí que eu percebi o que eu vi brilhando em seus olhos. Ele estava rindo de mim com uma saudável dose de condescendência.

Por um momento, tudo o que eu podia fazer era olhar para ele. Ele era, provavelmente, o cara mais gostoso que eu já vi na vida real, e ele era um total idiota. Vai entender.

— Você sabe, tudo o que eu queria eram direções. Esse é obviamente um momento ruim. — Um lado de seus lábios se enrolou.

— Sempre é um momento ruim para você vir bater na minha porta, criança.

— Criança? — Eu repeti, com os olhos arregalados. Uma sobrancelha escura, zombeteira arqueou novamente. Eu estava começando a odiar aquela sobrancelha.

— Eu não sou uma criança. Tenho dezessete anos.

— É isso mesmo? — Ele piscou. — Parece que você tem doze anos. Não. Talvez treze anos, mas minha irmã tem essa boneca que meio que me lembra você. Toda de olhos grandes e vazios.

Eu o lembrava uma boneca? Uma boneca vazia? O calor ardia em meu peito, espalhando-se em minha garganta.

— Sim, uau. Desculpe por incomodá-lo. Eu não baterei na sua porta novamente. Confie em mim. — Eu comecei a virar, antes que eu cedesse ao desejo desenfreado de bater os punhos em seu rosto. Ou chorar.

— Ei! — Ele gritou. Parei no último degrau, mas recusei-me a virar e deixá-lo ver como eu estava chateada.

— O quê?

— Você pega a Rota 2 e vira na U.S. 220 Norte, não Sul. Leva você para Petersburgo. — Ele soltou um suspiro irritado, como se estivesse me fazendo um grande favor. — O Foodland é à direita na cidade. Não tem como se perder. Bem, talvez você consiga. Há uma loja de ferragens ao lado, eu acho. Eles devem ter coisas que servem para o solo.

— Obrigada. — Eu murmurei e acrescentei baixinho — Babaca.

Ele riu, profundo e gutural.

— Agora, isso não é muito elegante, Bells.

Eu me virei.

— Nunca mais me chame assim! — Eu atirei.

— É melhor do que chamar alguém de babaca, não é? — Ele se empurrou para fora da porta. — Esta foi uma visita estimulante. Eu vou amar isso por um longo tempo.

Ok. Era isso.

— Sabe, você está certo. Foi errado da minha parte chamá-lo de babaca. Porque a palavra babaca é muito agradável para você. — eu disse, sorrindo docemente. — Você é um idiota.

— Um idiota? — Ele repetiu. — Que encantador.

Eu me virei para ele.

Ele riu de novo e abaixou a cabeça. A confusão de ondas caiu para frente, quase obscurecendo seus intensos olhos verdes.

— Muito civilizada, Gatinha. Tenho certeza de que você tem uma variedade selvagem de nomes interessantes e gestos para mim, mas não estou interessado. — Eu tinha muito mais que eu poderia dizer e fazer, mas eu juntei a minha dignidade, girei, e pisei de volta para a minha casa, não lhe dando o prazer de ver como eu estava realmente chateada. Eu sempre evitei o confronto no passado, mas esse cara estava ligando meu interruptor de cadela como nada mais. Quando cheguei ao meu carro, eu puxei para abrir a porta.

— Vejo você mais tarde, Gatinha! — Ele gritou, rindo enquanto batia a porta da frente.

Lágrimas de raiva e embaraço queimaram meus olhos. Enfiei as chaves na ignição e coloquei o carro em marcha ré. "Faça um esforço", mamãe tinha dito. Isso é o que acontece quando você faz um esforço.

Edward e Bella


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado, comentem!