A Punição escrita por Bookworm


Capítulo 23
Sofá


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoas! Tudo bem com vocês? Antes que me apedrejem eu vou explicar o motivo de não ter tido capítulo semana passada: Minha mãe me deu a função de ser guia turística das minhas primas e então tive que passar 4 dias na casa do meu tio, sem internet, tendo como diversão ir na praia e andar no calçadão de noite. Espero que me perdoem, farei o possível para que não aconteça novamente.
Enjoy!



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Poseidon tentava a todo custo prestar atenção na tv, mas com Atena lhe fazendo cafuné distraidamente isso se tornava impossível. Principalmente porque ele estava deitado em suas pernas. Ela mordia o lábio e franzia as sobrancelhas, provavelmente especulando quem seria o culpado do crime daquele episódio. Isso foi suficiente para ele se levantar e dar-lhe um beijo.

— Já descobriu quem é o culpado? – perguntou depois do beijo.

— Sim – respondeu se distraindo com os olhos verde mar focando seus lábios.

— Então não precisa prestar atenção agora – disse beijando-a novamente.

Ela foi deitando devagar, mas sem descolar seus lábios, e ele apoiou um cotovelo no sofá para que seu peso não ficasse todo em cima dela. Quando o ar se fez necessário ele mordeu de leve seu lábio e passou a admirá-la.

Atena até pensou em falar alguma coisa, mas ao ver o olhar amoroso de seu noivo sobre si percebeu que aquele momento era para ser sentido e não comentado. Passou o polegar em sua bochecha e depois no contorno de seus lábios, uma mão em seus cabelos e sorriu.

Ele fechou os olhos por um momento por conta da suavidade que ela usara ao passar a mão em seus cabelos. Aproximou-se do rosto dela e roçou seus lábios, depois deu-lhe um beijo na testa, suspirou perto de seu ouvido e deu-lhe um beijo no pescoço, roçou seus lábios novamente e finalmente a beijou.

— Eu amo você – disse ele após o beijo.

— Também amo você – respondeu passando a mão carinhosamente em seu rosto.

— Obrigado por ter perdoado todas as besteiras que fiz e ter aceitado casar-se comigo – disse passando o polegar em sua bochecha.

— Afrodite me disse que quando uma pessoa realmente ama a outra, nenhum erro é imperdoável e nenhum defeito é um empecilho. Você sempre foi e sempre será o amor da minha vida Poseidon, casar-me com você fará com que eu seja a mulher mais feliz do universo – respondeu olhando-o nos olhos.

— Eu amo você e sou o homem mais feliz do universo porque me amas de volta – disse e a beijou novamente, desta vez mais lento e com muito mais paixão. Estremeceu e soltou um gemido rouco ao sentir Atena beijar seu pescoço timidamente.

Percebendo que o clima em alguns momentos ficaria muito quente, ele deu-lhe um selinho e se sentou igual menino comportado.

— Não quero que aconteça em um sofá com CSI ao fundo. Vai ser especial – explicou-lhe ao ver seu olhar confuso.

— Esqueça todas as vezes que te chamei de energúmeno peixinho, você é um romântico incorrigível – disse com um sorriso. — O meu romântico incorrigível – completou dando-lhe um selinho.

— Não é porque eu pedi uma benção a Perséfone só para te dar a rosa mais rara do mundo e te presenteei com um colar que a pérola era do tempo de Cronos que sou um romântico incorrigível corujinha, sou somente muito atencioso – respondeu como se aquilo não fosse nada demais.

— Como sabe que a pérola era do tempo de Cronos? – perguntou ao mesmo tempo em que deitava em sua perna.

— Eu mesmo a tirei do palácio que foi de Oceano – respondeu passando a mão em seus cabelos.

— Mas no tempo em que você me deu aquele colar Oceano ainda reinava as águas desconhecidas do Atlântico – disse olhando-o.

— Eu sei – respondeu com uma piscada e um sorriso travesso.

— Então você foi do Mediterrâneo até o Atlântico só para pegar uma pérola para me dar de presente? – perguntou boquiaberta.

— Não me custou muito esforço corujinha, eu aparatei até lá e voltei quando já tinha em mãos o que queria – respondeu dando de ombros.

— Você é maluco – disse com um sorriso.

— Só se for por você – retrucou em tom sedutor

— Está me deixando sem jeito – tentou esconder o rubor com as mãos.

— Eu sei – pegou suas mãos e as beijou. — É que eu adoro te ver corada, você fica linda assim – deu uma piscada.

Atena ficou ainda mais corada e virou para a televisão com um sorriso bobo estampado no rosto. Poseidon sorriu também e voltou a passar a mão em seus cabelos.

— Vai mesmo corar toda vez que eu lhe fizer um elogio? – perguntou com uma sobrancelha levantada.

— Provavelmente – respondeu virando-se para ele.

Ele sorriu com a resposta e voltou sua atenção para a tv novamente, mas sempre fazendo carícias em Atena.

— Vamos fazer o almoço? – perguntou ele quando o episódio terminou.

— São que horas? – levantou-se da perna dele e sentou no sofá.

— Não temos relógio aqui, então eu suponho que seja hora de almoço – respondeu com um sorriso travesso e Atena somente revirou os olhos.

— Você é impossível! – deu um soco de leve no braço dele. — Eu perguntei por que quero almoçar fora e gostaria de saber se dá tempo de assistirmos o filme antes de ir.

— Posso saber o motivo de vossa senhoria querer ir almoçar fora sendo que cozinhar é muito mais romântico? – perguntou com uma sobrancelha levantada.

— Eu gostei do Kyoto Garden e queria passar o resto da tarde lá – respondeu dando de ombros. — Só não entendo o motivo de você achar que cozinhar é romântico.

— Mas é claro que é! Imagine a cena... – pediu levantando-a do sofá e colocando seu rosto perto do dela em seguida. — Você estaria cortando os legumes, então eu chegaria atrás de você e ficaríamos do mesmo jeito que estamos agora. Depois eu beijaria seu pescoço... – beijou o pescoço dela de leve. — E você se desconcentraria da tarefa de cortar e com certeza tentaria esconder um suspiro da mesma forma que fez agora. Aí eu faria um caminho de beijos até o seu ombro bem devagar – disse com a voz doce e fez a trilha de beijos. — Finalmente você se renderia aos meus encantos e beijaria meus lábios – virou-a e beijou seus lábios levemente. — Então eu passaria suas pernas em volta da minha cintura e te levaria até o quarto e lá teríamos a melhor tarde de nossas vidas. Mas se você preferir ir ao Kyoto Garden eu não me importo – ele só sorriu quando levou um tapa no braço.

— Deixa a tarde de cozinha para outro dia – disse corada por causa de seus pensamentos. — Quer assistir o filme agora ou quando voltarmos? – perguntou enquanto fazia um coque no cabelo a fim de aliviar o calor repentino que sentira.

— Vamos assistir agora. Espera que eu vou buscar o dvd – disse e subiu.

Alguns momentos depois eles já estavam aninhados no sofá e a pedido de Atena Poseidon estava comportado. No fim do filme ela estava com os olhos um pouco marejados e ele a abraçava.

— Não acredito que aquele cara tinha uma bola de cristal – disse entre os cabelos dela e a mesma sorriu.

— E eu não acredito que você ignorou todo o enredo do filme para reclamar da bola de cristal do rapaz – disse indignada.

— O enredo foi maravilhoso, eu adorei a necrofilia implícita nele, mas o que mais me intrigou foi o fato do cara ter uma bola de cristal – comentou em tom brincalhão.

— Você está estragando meu filme preferido!

— Estou brincando. Apesar de ser muito clichê ele é bom – levantou-se. — Vamos almoçar? – estendeu a mão.

— Claro – disse pegando sua mão. — Só não quero ir naquele restaurante com a garçonete oferecida.

— Nem eu. Vou te levar em um bistrô que fica praticamente do lado do Holland Park – entrelaçou seus dedos com os dela e saiu de casa. — E depois passaremos a tarde de um jeito digno dos filmes preferidos de Afrodite – disse enquanto fazia sinal para o táxi.

— Quando o sol se pôr nós voltamos. A última vez que saí com você de noite ganhei a maior ressaca da minha existência.

— Você que manda – disse com um sorriso enquanto a ajudava a entrar no táxi.


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Notas finais do capítulo

O que acharam? Quem acha que Atena deveria ter aceitado a tarde da cozinha?
Vejo vocês no próximo!