Felizes para sempre escrita por Lu


Capítulo 2
Capítulo 2- Decisões


Notas iniciais do capítulo

Tive essa ideia, mas não sei se vcs vão gostar do desenrolar dela, então podem elogiar e criticar, pois vou sempre ouvi-los. Mais uma vez desculpem os erros, pois reli o primeiro capítulo e tinha muitos erros. Obrigada pelos comentários. :)



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Já era dia no trigal onde os pombinhos estavam dormindo. Gina acordara primeiro, e percebeu que Ferdinando continuava dormindo profundamente, preferiu ficar quieta por um tempinho só admirando o belo homem ao seu lado.

Em seguida começou a passar seus dedos no peitoral do marido, com a intenção de acordá-lo, pois ainda tinham que resolver algo importante. Pra onde iriam ao sair dali.

Prontamente, sentindo o carinho da amada, Ferdinando abriu os olhos lentamente, por causa da claridade, dizendo:

_ Bom dia, meu amor!

_ Bom dia, frangotinho!

_ Como foi tua noite?

_ Foi bom.

_ Ara, mas só bom?

_ Não! Foi ótima. Disse Gina sorrindo ao entender melhor a pergunta do amado.

E ali continuavam os dois, abraçadinhos, um contemplando a carinha do outro de felicidade por estarem ali, os dois juntos e sem ninguém para atrapalhar, até que Gina quebrou o silêncio e perguntou:

_ Mas Nando, pra onde é que nós vai dipois daqui?

_ Ara, pra casa de meu pai.

Gina não queria que ele desse essa resposta a ela, então sentou na cama, olhando para ele e falou:

_ Mas, Ferdinando, ieu num quero morar cum seu pai, sei que nós tamos nos dando bem, mas num sei seu vou conseguir morar junto cum ele.

Nando sentou cama também de frente pra ela e disse:

_ Mas menininha, ieu também num quero morar na mesma casa que sua mãe, ela inté que tá me aceitano melhor, mas ela vai querer ficar se intrometendo na nossa vida, como sempre fez.

_ Mas intão o que nós vai fazer agora? Purque ieu num vô morar cum seu pai, purque ieu sei que ele num gosta d’eu, purque se ieu num tivesse infrentado ele, nós num teria casado. I lá na minha casa todo mundo gosta doce.

_ Gina, meu pai gosta doce, é que ele num gosta de ceder os seus capricho nem ocê os dele, e ocês dois tem um gênio forte, intão é claro que ocês dois vão brigar muito, mas fique ocê sabendo que meu pai gosta docê.

_ Como assim meu capricho?

_ Suas vontades, Ginaa, ocê gosta que alguém lhe negue argo?

_ Não!

_ Intão? Meu pai adora mandar, ocê num gosta de ser mandada, num leva desaforo, nem meu pai, ai ele fala argo que ocê num gosta, te ofende e ocê num abaixa a cabeça pra ele, intão tem briga.

_ Intão pronto ocê falo tudo, ieu num quero morar cum seu pai e pronto, posso inté falar cum ele, fazer visitas junto cum ocê, mas morar junto cum ele, ieu num quero!

_ Gina ieu num quero brigar cocê.

_ E quem é que ta brigando, ieu só to dizendo que num quero morar cum seu pai, e pronto.

_ Pois bem, ocê num quer morar na casa de meu pai e ieu num quero morar na casa de vossos pais, intão o que vamos fazer? Mas a única certeza que ieu tenho é que num quero brigar cocê dispois da noite maravilhosa que tivemos onte.

_ Ieu também num quero briga, mas e dispois que nós tiver que vorta, sair desse lugar, nós vai pra ondi?

_ Ieu num sei, mas vamos ficar um pouquinho sem falar disso, vamos ficar aqui quietinhos, abraçadinhos, vamos deixar isso pra mais tarde.

Gina não queria brigar com ele, então mesmo a contra gosto, o fez, deitou abraçada com Ferdinando, assim como estavam dormindo e permaneceram sem falar nada um com o outro.

Passados uns trinta minutos, Ferdinando fala para Gina.

_ Gina, já sei! Que tal nós construir nossa própria casa assim como o Zelão e a Juliana?

_ É. Nós pode pedir a terra pro meu pai? Igual o que a Juliana fez.

_ Não, Gina. Ieu pensei em outra coisa.

_ Que coisa?

_ Ocê lembra que o Renato saiu daqui tão rápido, e que deixou o posto dele vazio sem nenhum arguem? Intão, nós podemos reformar aquele posto, deixa-lo com a nossa cara, ampliar, fazer um quintal bem grande, fazer quartos, pra nós e pros nossos filhos, ieu tenho um dinheirinho guardado, e ainda vou receber uma parte do dinheiro do trabalho que fiz aqui nesse trigal, dá pra gente fazer uma casinha bunitinha, o que ocê acha?

_ Oia, ieu inté que gostei da ideia de a gente fazer nossa casa, mas no posto do Renato... num sei não. A gente pode pedir uma terra pro pai, Nando.

_ Gina ieu num quero pedir nada nem ao meu pai nem ao seu, ieu quero começar nossa vida junto cum ocê, somente. Só que temos um problema;

_ Qual?

_ Temos que pedir permissão ao Renato, sabe-se lá, ele decidi vortar.

_ Intão o jeitu é falar cum o pai, to lhe dizeno.

_ Gina, ieu já lhe disse que num quero. Ieu sei que ele tá nas Antas, lá no hospital de lá, o que acha de ir darmos uma voltinha por lá pra falar cum ele?

_ Ah, intão, num custa nada tentar. Vamo, mas se ele disser que num quer dar pra nós o posto para construir nossa casa, ocê prometi que vamos pedir o terreno pro pai?

_ Ta bão Gina! Se ele num quiser nos dar ou vender, num sei, ai nós num tem outra opção, ai nós fala cum seu pai ou o meu para dar o terreno, tudo bem?

_ Tá bão.

_ Mas Gina, num fala pra ninhum arguem que a gente pretende pedir pro Renato, quero que eles saibam apenas quando tiver tudo, ou quase tudo pronto, só si num tivermos outra opção a num ser pedir o terreno. Se o Renato dexá, nós compra o material, ai só quando o material chegar a gente fala pros nossos pais, purque senão eles num vão dexá nós fazermos nada. Mas, enquanto isso a gente pode ficar na casa do meu pai?

_Tá bão, Nando. Mas se ele vier me encher as paciências eu prometo que saio de lá

_ Mas ocê teria coragem de me dexá?

_ Te dexá não, mas ieu vô pra casa dos meus pais e quando nossa casa tiver feita, ieu vô morar coce. Já te disse que num quero ver gracinha de seu pai.

Ferdinando não tinha certeza se seu pai aceitaria ela de verdade, sem criar nenhuma confusão com ela, então decidiu não arriscar, deles brigarem e ela fazer o que acabou de dizer, então falou:

_ Intão Gina, ieu num quero corre risco de lhe perder menininha, ieu faço o sacrifício de morar com sua mãe na sua casa.

_ Sério, fangotinho? Disse Gina muito feliz, indo em direção a ele e lhe tascando um beijão.

Ao termino do beijo, Ferdinando a abraçou e abriu um sorriso, pois ele pensava “Tomamos a primeira decisão como maridu e muié” e quis compartilhar sua alegria com a amada.

_ Gina, ocê viu que nós tomamos nossa primeira decisão sobre nossa vida de maridu e muié?

_ É verdade, Nando. Disse Gina sorrindo com a observação.

_ Nós tivemos que casá, pra decidi isso! Pois todos queriam tomar essa decisão por nós.

_ É. Nós vai quando falar cum Renato?

_ Hoje mermo, nós vamos de trem até as Antas, vamos até o hospital da cidade e falamos cum ele.

_ Tá, mas podemos tumar sorvete lá?

_ Mas é claro meu amor, se ocê quiser, nós almoça por lá, tomamos sorvete e vortamos.

_ Tá, mas temos que ir em casa pra pegar outra ropa, purque ieu num posso ir cum vestido de noiva e ocê de noivo.

_ É verdade, a gente fala que vai passear por lá, e ficar mais perto um du outro. O que num é mentira.

_ Tá bão, intão vamos logo.

Então, Gina e Ferdinando levantaram, puseram suas roupas de casamento e foram caminhando entre o trigal, abraçados, a caminho da casa dela.


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Notas finais do capítulo

Espero que gostem, esse capítulo não esta tão romântico como eu gosto de vê-los, mas nos próximos prometo altos romances.



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