República escrita por Larissa Gomes


Capítulo 21
Tudo resolvido?


Notas iniciais do capítulo

Minhas lindas, aqui está, o capítulo posterior ao capítulo da discórdia! rs
Desejo um maravilhoso fds a cada uma! Obrigada pelo carinho de sempre! s2



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Pessoas em choque tendem a ter uma das seguintes reações em mente: Matar ou morrer.

Ferdinando, ao se deparar com Gina, apenas de toalha, sentada em sua cama e com Cadu, agachado à beira da mesma tocando em um de seus pés, só pensava na primeira.

– EU POSSO SABER O QUE SIGNIFICA ISTO, GINA?! – Ele gritou estrondosamente, empurrando a porta, fazendo-a dar uma batida feroz contra a parede.

Cadu era esperto, estava realmente, apesar do motivo verdadeiro, se aproveitando para tocar os delicados pés de Gina, e inflou o peito de orgulho, ao perceber que havia conseguido fazer Ferdinando finalmente, perder o controle.

– Ferdinando, eu só... - Ele tentou iniciar cinicamente uma explicação, levantando-se.

– Você cale essa sua boca que eu estou falando é com ela! – Ferdinando respondeu ainda aos berros. O sangue havia lhe subido demais.

Ele agradeceu a Deus por Cadu ter tirado as mãos de cima de Gina, caso contrário, não teria controlado o instinto que lhe subia, de tirá-lo a força dali.

– Ferdinando Napoleão! – A ruiva se ergueu com certa dificuldade da cama. Incrédula com o comportamento do rapaz. – Você ficou maluco de entrar aqui assim?! Falar com o Cadu assim?!

Ela lhe erguia o queixo e falava firmemente. Mas Ferdinando ainda estava em sua razão, não se deixou atingir pelo tom da ruiva. “A errada aqui é ela!” Ele pensou, antes de reponde-la.

– Eu maluco, Gina?! Eu?! – Ele passava a mão na testa atordoado com a situação. - Ora essa Gina, eu chego ao seu quarto e te vejo de toalha com a porta aberta, assim sem nenhum problema, e ainda com este um lhe acariciando os pés! Você quer que eu pense o que?!

Cadu não conseguiria explicar o prazer que sentia, escutando tal discussão. Sim, ele tinha conseguido.

– Eu não quero que você pense nada Ferdinando! Você já falou coisa errada antes mesmo de saber! – Gina estava demasiadamente irritada pela postura e fala do engenheiro.

– Gente, o que tá acontecendo aqui?! – Zelão disse ao chegar à porta do quarto de Gina, com Juliana ofegante ao seu lado. - Ara... Desculpe Gina, não sabia que você não estava apresentável. – Zelão se afastou da porta em respeito à moça.

– Aí Gina, tá vendo?! É assim que um homem de respeito se porta em uma situação dessas! – Ferdinando apontava para Zelão.

– Ora Ferdinando, você cale....- Gina não conseguiu terminar o que ia dizer.

– Chega! Podem parar vocês dois! Isso aqui não é a casa da mãe Joana! – Juliana disse se enfiando no quarto de Gina.

– Gina, você me perdoe, mas eu concordo com o Ferdinando... Pelo que ouvi, o Cadu estava aqui no seu quarto e, você assim?! – Juliana apontava para a toalha que cobria a amiga. E olhava reprovadamente para o loiro.

– Juliana não é nada do que esse um aí tá falando! – Gina dizia tentando esclarecer de vez a situação, apontando para Nando.

“Esse um?!” Ferdinando sentiu seu coração doer. Uma vontade de sumir, desaparecer.

– Eu estava saindo do banho, Juliana, eu sempre saio de toalha, porque a porta do banheiro é de frente com a do meu quarto. – Ela respirou. – Foi aí que eu pisei em alguma coisa, e o Cadu, por estar ali no quarto dele com a porta aberta ouviu meu grito e veio me ajudar!

– Foi isso mesmo Juliana, quando o Ferdinando chegou eu estava aqui no quarto, tentando retirar o caco de cerâmica em que a Gina havia pisado. – Cadu pontuou. Deixando claro que era o herói da estória. Ao menos para ele mesmo, e Gina, talvez.

Ferdinando não sabia mais o que pensar. Não tinha achado a conduta de Gina correta, mesmo que perto, ter saído do banheiro de toalha, ainda mais com aquele um lá por cima... Bem como o pijama com que ela tinha passado o início da manhã ao lado deles, não lhe agradava... Mas mesmo assim, sentia-se totalmente do ‘lado negro’ da estória, por ter tirado diversas (e dolorosas) conclusões, sem deixar que Gina falasse antes. Ainda mais agora, sabendo que o motivo era resultado da gostosa arte, que os dois haviam feito na noite passada.

–Gina... Eu não sei... – Ferdinando gaguejava. Gina lançava para ele um olhar de completa decepção.

– Bom, agora que está tudo resolvido, eu acho melhor estes dois conversarem! – Juliana disse retirando delicadamente Cadu do cômodo pelo braço. – Ferdinando, espera a Gina se trocar, e volte aqui, acho que você lhe deve explicações...

– Não precisa sair não Ferdinando, o que eu tenho pra lhe dizer é bem rápido. – Gina foi clara ao dizer. Juliana entendeu o pedido silencioso da amiga, e ao sair e levar consigo o ‘causador’ de tudo aquilo, fechou a porta.

– Gina, me perdoa... – Ferdinando disse quase sem voz, com os olhos fechados e a os lábios comprimidos em um fio.

– Ferdinando, você não faz ideia, do quanto me ofendeu aqui, agora. – Ela dizia com uma voz de decepção.

Ferdinando preferiria mil vezes o tom grosseiro dela.

– Gina, eu sei, e eu estou lhe pedindo desculpas por isso... Mas você precisa entender o meu lado menininha...

Ele tentou se aproximar, ela se afastou.

– Entender o que Ferdinando?! Que você acha que eu sou uma qualquer?! Que na primeira oportunidade que tenho traria o Cadu aqui, pro meu quarto pra fazer sabe-se lá o que?! – Ela colocou a mão na testa. Sentia-se zonza, tamanho o nervosismo.

– Gina, eu não sei o que pensei, e nem quero lembrar em que eu pensei... Me dói só de imaginar... –Ele se aproximou novamente, tocando os ombros nus da moça.

Gina não queria, mas se arrepiou completamente com o toque do rapaz.
– Ferdinando, me solta... – A voz dela começava a vacilar. Os cachos molhados que começavam a se soltar do topo de sua cabeça, a faziam se arrepiar ainda mais. – Eu to muito magoada com você.

– Menininha, - Ele puxou o queixo dela na altura de seus lábios. – Me perdoa, por favor... – Ele beijou-lhe tentadoramente um dos ombros. – Deixa eu te mostrar o quanto quero seu perdão.

Ele era indecentemente irresistível.

“Inferno!” Gina pensava, começando a se deixar levar pelas carícias.
– Deixa eu lhe mostrar, o quanto eu te quero... – Ele lhe tomou os lábios em uma leve mordida. – Deixa, menininha?

Ela consentiu inconscientemente com a cabeça. Seus lábios já estavam entreabertos. Seu corpo pouco escondido ansiava mais do que nunca o toque dele.

Em questão de minutos, lá estavam eles, se entendendo no tapete felpudo do quarto, daquela maneira, que apenas eles entendiam.

Mas desta vez, além da mão mais corajosa de Gina já estar sobre o ponto que havia a pouco descoberto gostar de acariciar, a pele dela estava exposta ao contato direto com o corpo de Ferdinando. Afinal, por baixo da toalha, não havia nada.

Só de imaginar, que o corpo de Gina, uma das coisas que o engenheiro mais desejava, estava bem ali, na sua frente, apenas escondido por uma pequena faixa de tecido, Ferdinando já enlouquecia ainda mais nos beijos que depositava na boca, colo e pescoço da ruiva. Além disso, ele ainda tinha de suportar o fato de perceber que ela, estava aprovando por completo, as carícias que sua perna fazia diretamente em sua intimidade. Ele sentia que iria explodir em desejo. E a mão dela então, que havia encontrado seu membro com tanta agilidade desta segunda vez, o fazia temer se desmanchar com a tamanha onda de prazer que lhe invadiam a mente e o corpo.

Pelas condições da ‘veste’ da moça, Ferdinando estava tentando, até o momento, segurar os instintos de apalpá-la onde gostava. Mas os movimentos dela foram tornando-se cada vez mais intensos, bem como as carícias sobre seu membro, e ele não conseguiria manter a sanidade por muito tempo.

– Menininha... – Ele dizia ofegante entre um beijo e outro. – Eu acho melhor agente parar um pouco.

Gina sorriu com a ‘reclamação’ de Ferdinando, e passou a instiga-lo ainda mais. Pensou que fosse uma provocação dele para vê-la justamente assim, persistindo nos beijos.

Até que ele voltou a dizer, já inseguro sobre o que seria capaz de fazer.
– Gina, pelo amor de Deus. Eu preciso... - Ele a empurrou delicadamente.

– Ara Nando, o que foi?! – Ela olhou para o lugar que a pouco acariciava. – Eu te machuquei?

Nando sorriu. Por pouco não havia se desfeito em suas carícias.

– Não menininha, mas é que ter você assim sobre mim... – Ele a olhou descaradamente, mordendo os lábios. – Ara Gina, eu não sei o que tava prestes a fazer...

Gina se enrubesceu ao se lembrar de ainda estar com a intimidade totalmente exposta a perna de Ferdinando. Ela levou as mãos ao rosto, tentando esconder a vergonha de ter feito aquilo. De estar assim, ali. Tão intimamente exposta.

Ela não sabia o motivo, mas não se sentia presa ou envergonhada quando beijava Nando. Sentia seu corpo ser invadido por vontades e desejos cada vez mais íntimos. Algumas, ela realizava sem pestanejar, já outras só conseguia após travar uma difícil batalha mental consigo mesma.

Na verdade, no fundo, ela começava a desconfiar do motivo. Mas tinha medo de constatar ser a realidade.

– Nando... – Ela disse se levantando cuidadosamente do colo do rapaz, para não mostrar o que não devia. – Eu acho melhor você sair agora... Eu vou me trocar e já te encontro no jardim.

Ele consentiu, e viu Gina enrubescer ainda mais com o volume que viu denunciado pela bermuda.

– Ara menininha, eu não tenho culpa, você me deixa assim, eu já lhe disse. – Ele falou lhe beijando a testa, e roubando uma das almofadas de Gina, para conseguir descer para o jardim, sem demonstrar a ninguém, sua ‘animação’ evidente.

Antes de descer ele apenas a olhou fixamente.

– Gina, eu não quero mais brigar com você... Eu pedi desculpas por hoje, porque sei que errei... Mas quero que você, por favor, a partir de hoje, preste mais atenção nas roupas com que circula pela república...
– Mas Ferdinando, eu sempre... – Ele lhe depositou o indicador nos lábios.

– Só enquanto este rapaz estiver aqui, Gina... Eu estou lhe pedindo. Não quero mais brigar, já disse...

Gina suspirou.

– Tá certo Nando, eu coloco o pijama só quando for ficar no quarto. Prometo. – Ela também estava cansada daquele assunto.

– Isso menininha, e só abre essa porta pra mim. – Ele lhe sorriu maliciosamente.

– Ara, mais você é um convencido mesmo! – Ela também sorriu. – Vai saindo logo daqui! – Ela disse o ‘empurrando’ até a porta.

[...]

Ferdinando estava no jardim, esperando Gina, conforme haviam combinado, quando uma voz que nada lhe agradava chamou por seu nome.

– Ferdinando, será que podemos conversar como homens agora?!


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Notas finais do capítulo

Essa foi a última de hoje minhas lindas! Espero que tenham gostado!
Beeijos! s2