República escrita por Larissa Gomes


Capítulo 1
Casa Rosada, olhos azuis.


Notas iniciais do capítulo

Caros leitores, peço que perdoem qualquer erro! Esta é a primeira Fanfic que escrevo. Deixo claro que me inspirei em algumas fics, principalmente no momento de decidir o período em que a estória se passaria... mas apenas isso!
Pretendo fazer algo bem (até demais) original e diferente.
Afinal, Ginando nunca é demais! E quanto mais histórias, melhor !

Boa leitura!!



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Era uma daquelas situações que ninguém gosta: uma despedida.

Ela era a menina dos olhos, e apesar do jeito muleca de sempre (e para alguns, até mesmo, grosseiro) era a princesa dos pais também. Aquela não havia sido uma escolha simples, tão menos, fácil. Era difícil para Pedro Falcão observar sua única filha partir para a "cidade grande" assim, tão jovem e sozinha, após ser criada desde o nascimento em uma pequena vila. Mas era por amor a esta mesma vila, e ao futuro de sua filha, claro, que agora, ele fazia esta escolha. A mãe dela, ainda no caminho os tentava convencer que uma moça nesta idade deveria estar procurando um bom marido para, este sim, assumir o controle das terras da família, bem como a administração da pequena Vila de Santa Fé(que apesar de distrito, possuía uma organização bastante independente de sua cidade regente). Para a mãe, dona Teresa, seria dever também do marido em questão ser instruído e ir estudar longe de casa. Mas seus argumentos de nada adiantavam tendo em vista que neste momento, sua pequena Gina embarcava no trem, após inúmeros abraços e palavras de conforto.

- Intémãe, inté pai! - ela gritava sorridente, acenando pela janelinha estreita do tem, observando o mesmo iniciar sua viagem e seus pais aos poucos desaparecerem em meio ao relevo de pequenos montes.

- Primeiro objetivo cumprido! - dizia sorridente "ticando" em seu caderninho (jávelho e descuidado) o primeiro item de uma lista singela, porém completa.

Gina Falcão era uma menina decidida...ah se era! Sabia o que queria da vida, e não se permitia desviar de seus objetivos. Não gostava de surpresas, gostava do planejado, bem como estava acostumada com a safra que todos anos vinha nos campos de seu pai, derivada de muito trabalho, este miraculosamente organizado, para que todo ano tudo desse certo. E de fato dava. Por isso a moça desde sempre fez deste seu lema: Planejamento. Ao contrário do que se possa imaginar não era nada estudiosa, ou algo do tipo, era uma mulher do campo, e de nada queria se parecer com uma acadêmica centrada. Mantinha seus objetivos justamente para (tentar) prestar atenção nos estudos e adquirir os conhecimentos necessários para manter com honra o patrimônio, a terra, que ela e a família tanto amavam.

- Ara que o pai disse que essa tar de faculdade de Agronomia era longe, mas eu não imaginava que era tanto! - Ela resmungava baixo ao descer do último metrô que tomara, observando um táxi esperando-a, conforme já combinado.

- Moço, aqui!! - Ela acenava feito uma maluca na rua já iluminada pelos postes, dada a hora que era.

Mal o rapaz conseguira descer para ajudá-la e ela já estava encostada no porta malas, o esperando apenas abrir. Era Gina, nada de ajuda para carregar maletinhas.

[...]

- Chegamos senhorita Falcão! - Gina despertou em um breve pulo do sono de cansaço que à havia abatido no banco traseiro macio do automóvel. Pagou e desceu. Novamente apossando-se sozinha das malas indo em direção à aquela que, por um tempo, seria sua morada.

Observou aquela casa...tão... tão clássica, tão diferente do resto da cidade. Afinal, tratando-se de São Paulo, o aguardado sempre são prédios ou... prédios ora. Ainda mais na área central. Mas se via, na verdade, observando um belo sobrado, com decorações que pareciam derivadas de outra época, com paredes rosadas, portas e janelas brancas. Seus dois andares eram singelos, e era possível observar pelo portão de grades espaçosas estre sí, um belo jardim em frente a casa. - Bonito! - Ela pensava alto sorrindo levemente ao se deixar observando por um momento os detalhes.

Tocou a campanhia. Ouviu uma voz ao interfone:

- Pois não ?! - dizia uma senhora de voz doce, calma e leve.

- Olá...é... boa noite! Eu sou Gina Falcão, senhora...Margarida?!

- hahaha, éMargareth, minha querida. Mas estava lhe esperando, entre!

Gina ouviu o som da trava, e certificou-se de que já podia entrar. Passou "bestificada" observando mais atentamente o belo jardim, e verificou que até alguns poucos pinheiros ele possuía mais ao canto, ao lado do muro. Em seu restante, a grama puramente verde se chocava com algumas flores espalhadas pelo chão. Havia dois banquinhos e um balanço duplo, que compunham o ar convidativo do local.

"Este será meu canto favorito", pensava ela.

Atravessou o jardim e chegou àvaranda. Subiu dois degraus e se posicionou frente a porta. Quando estava prestes a abrir, sentiu sua mão ser forçada a virar a maçaneta mais rápido do que pretendia, e a soltou, percebendo que tratava-se de alguém a abrindo por dentro também. Assim que a porta se abriu rapidamente e por completo não teve tempo de verificar de quem era a mão "amiga" pois foi atropelada pelo dono desta, e quando percebeu, já se encontrava caída em meio as malas no chão.

- Ó céus, me desculpe, por favor moça, não sabia que estava aqui... - dizia um jovem com a voz trêmula pelo susto, tentando ergue- la pelas mãos. Gina, cabisbaixa até o momento, soltou- se da ajuda desnecessária e ergueu os olhos, enfurecida, a fim de incriminar seu "agressor". Então fitou aqueles olhos azuis, e não pôde acreditar justamente de quem se tratava.


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Notas finais do capítulo

Pretendo atualizá-la diariamente, o segundo capítulo está, inclusive, completo...estou apenas aguardando um retorno para postar.
Bom, é isso! Espero que gostem e comentem, por favor !! Beijos